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Este capítulo é tão rico que é difícil escrever um comentário limitado a poucas palavras.
A versão de Ciro da conquista da Babilônia, escrita no Cilindro de Ciro, agora no Museu Britânico, fala da conquista da Babilônia sem uma batalha sequer e a subsequente libertação dos cativos para adorarem como bem entendessem em suas próprias terras.
O historiador grego Heródoto, fornece mais alguns detalhes. Enquanto Ciro estava sitiando a cidade de Babilônia o seu cavalo favorito se afogou no rio Eufrates. Chateado com o rio, ele colocou seus homens a cavar canais para desviar o seu curso. O Eufrates corria então sob os muros e através da cidade, e quando o nível da água caiu o suficiente para permitir que o exército de Ciro foi capaz de percorrer o leito do rio e encontrar abertos os portões internos da cidade. Naquela noite o rei de Babilônia foi morto (Dan 5:30) .
Muitos eruditos liberais assumiram a posição de que a seção dos capítulos 40-66 de Isaías não podia ter sido escrita pelo profeta Isaías, mas, sim, por um “segundo” Isaías. Uma das principais razões é a menção de Ciro antes de seu nascimento, os detalhes desta profecia e o fato de que em vários lugares o texto fala do exílio na Babilônia e do retorno dos exilados. A conclusão errônea destes estudiosos é que esta parte de Isaías foi escrita dois séculos mais tarde, quando esses eventos já estavam ocorrendo, e não antes.
Contudo existem razões sólidas para creditar a Isaías a autoria também desta porção, uma delas é que o apóstolo João cita Isaías 6 e Isaías 53 como sendo de um único autor (veja João 12:38-41). Além disso, o livro de Isaías encontrado entre os Manuscritos do Mar Morto, copiado 150 anos antes de Cristo e descoberto em 1947, não dá nenhuma indicação de haver divisões no livro ou da existência de vários autores.
Ron E M Clouzet
Pastor ministerial na Divisão Norte da Ásia e do Pacífico
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