Reavivados por Sua Palavra


EZEQUIEL 13 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS by Jeferson Quimelli
4 de janeiro de 2021, 0:50
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1 A palavra do SENHOR. Esta profecia se compara à de Jeremias 23 contra os falsos profetas que estavam em Jerusalém e ao seu redor. Alguns pensam que Ezequiel esteja se referindo aos falsos profetas que estavam entre os cativos (ver Ez 13:9). CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4, p. 676.

2 Profetas de Israel. O fato de Ezequiel se referir aos falsos mestres desta forma sugere que eles contavam com a simpatia e a aceitação do povo. O espírito da época aprovava esses falsos mestres. Eles estavam tão mergulhados no autoengano, a ponto de acreditar que o que diziam era de fato verdade (ver 2Ts 2:11). Esses supostos mensageiros divinos, no entanto, foram instruídos a ouvir “a palavra do SENHOR”. CBASD, vol. 4, p. 676.

3 Loucos. Do heb. nabal, que indica não apenas uma falha intelectual, mas também falta de valor moral. CBASD, vol. 4, p. 676.

4 Como raposas. As raposas são astuciosas e ardilosas (Lc 13:32), devastam os vinhedos (Ct 2:15) e habitam em ruínas (Lm 5:18). Os falsos profetas eram astuciosos e maliciosos, bem como destruidores da vinha de Deus. CBASD, vol. 4, p. 676.

5 Muros. Os falsos profetas não fizeram nada para advertir ou instruir, a fim de ajudar a nação em crise. Estavam entregando o povo nas mãos dos inimigos, em vez de ajudá-lo (ver Is 1:5, PJ, 287). CBASD, vol. 4, p. 677.

6 Visões. Do heb. chazah, palavra frequentemente usada com referência a pronunciamentos divinos (Is 1:1; 2:1; etc.). CBASD, vol. 4, p. 677.

O SENHOR disse. Esses supostos profetas têm correspondentes em muitos pregadores modernos que propõem falsas doutrinas que eles afirmam, apaixonadamente, ter respaldo no “Assim diz o Senhor”. Não importa quão fervorosamente uma doutrina seja proposta ou quão impressivos sejam os títulos de seus proponentes, ela não deve encontrar aceitação por parte do crente a menos que tenha sido de fato proferida pelo Senhor. Por mais plausíveis que possam parecer as teorias humanas, não deve ser esquecido que lhes falta a autoridade divina. CBASD, vol. 4, p. 677.

Esperam o cumprimento. Eles esperam provar serem dignos de confiança por meio do cumprimento do evento predito. Talvez esperassem que Deus fosse honrar a missão que haviam designado para si mesmos, fazendo com que seus pronunciamentos presunçosos se materializassem. CBASD, vol. 4, p. 677.

Não … conselho … registros … terra.  São mencionadas aqui três calamidades a sobrevir a esses profetas enganadores. CBASD, vol. 4, p. 677.

Conselho. Do heb. sod, assembleia secreta ou conselho privado. CBASD, vol. 4, p. 677.

Nos registros. Não fariam parte dos registros da nação israelita que seria formada pelo remanescente fiel. Em Esdras 2:62, encontra-se o exemplo de um registro usado por ocasião do retorno do cativeiro. CBASD, vol. 4, p. 677.

10 Paz. Ver Jr 6:14; 23:17; Mq 3:5; Zc 10:2. Os falsos profetas embalavam os homens num falso senso de segurança e, assim, lhes anestesiavam a consciência. Os verdadeiros mensageiros de Deus, por outro lado, não lisonjeiam o pecador. A mensagem deles não é de paz para embalar os não santificados numa segurança fatal. Sua missão é despertar a consciência do malfeitor até que a alma declame, em angústia: “Que devo fazer para que seja salvo?”(At 16:30; ver com. de Jr 6:14). CBASD, vol. 4, p. 677.

Parede. Do heb. chayits… Parece representar uma parede divisória e, portanto, uma estrutura sem firmeza. CBASD, vol. 4, p. 677.

Caiam. Do heb. tafel. … A ilustração é a seguinte: Alguém construiu uma parede divisória frágil. Os falsos profetas a caiaram e, assim, melhoraram sua aparência, mas não aumentaram em nada a resistência. Os governantes e o povo elaboraram vários planos, como uma aliança com o Egito (ver Jr 37:5, 7), e os que se autointitulavam profetas valorizavam esses planos por meio de sua influência e capacidade de persuasão.

Há um notável paralelo no mundo religioso atual. Muitas doutrinas falsas, que não têm apoio de Deus, foram introduzidas na fé cristã. Estão enraizadas na tradição e, por trás da tradição, pode-se verificar que sua origem remonta a conceitos e práticas pagãs. Em vez de abandonar toda crença que não esteja fundamentada nas Escrituras, as pessoas empregam enormes quantidades de energia para caiar esses frágeis conceitos a fim de torná-los plausíveis. Um exemplo notável é o esforço para encontrar evidências bíblicas relativas à guarda do domingo. A maioria dos cristãos guarda um dia cuja observância não é ordenada na Bíblia. Raciocinam que tal observância deve ser correta, uma vez que a igreja cristã a tem seguido há séculos. Passam por alto as claras evidências que apontam para o sétimo dia da semana como o verdadeiro dia de repouso, e torcem outras passagens para respaldar o primeiro dia da semana. O resultado de tudo isso será como o que sobreveio aos que construíram e caiaram a parede de Ezequiel (Ez 13:12-16). CBASD, vol. 4, p. 677, 678.

11 Pedras de saraivada. Ver Sl 11:6; 18:13, 14; Ez 38:22. Sem dúvida, a referência aqui é primariamente à invasão babilônica, à qual os judeus seriam incapazes de resistir, apesar de todos os preparativos de que se gabavam (ver com. de Ez 13:12). CBASD, vol. 4, p. 678.

12 Parede. Do heb. qir, uma parede externa, não uma hayits (ver com. do v. 10). A razão para o desastre foi, sem dúvida, o fato de que a estrutura defeituosa era demasiado fraca para servir como parede externa. A terrível desilusão dos caiadores e dos que confiaram em suas ciladas encontra um correspondente na súbita conscientização daqueles que, no final dos tempos, terão colocado toda a confiança no grande reavivamento religioso falso montado por Satanás, e depois verão esse sistema se desintegrar sob os terríveis juízos das sete últimas pragas. Como uma das últimas cenas no grande drama dos séculos, o próprio Satanás pretenderá ser divino e se apresentará ao mundo todo como sendo Deus (ver T6, 14; T8, 27, 28; T9, 16; TM, 62, 364, 365; GC, 624). Os milagres serão o grande agente utilizado para enganar (Ap 13:13, 14; 16:13, 14). Como resultado desses enganos, todos, exceto um remanescente fiel, serão arrebatados para as fileiras do inimigo (Ap 13:8) e se unirão a Satanás em sua batalha contra Deus (TM, 465). Apenas um pequeno remanescente permanecerá fiel a Deus (Ap 14:12). Quando os juízos caírem e as multidões perceberem que aquele considerado como Deus é impotente para deter a poderosa mão divina, repentinamente perceberão que foram enganadas. Voltam-se, então, com ira, contra a falsa organização criada pelos enganos de Satanás e a destroem completamente (Ap 17:16, 17; GC, 656). Então, novamente, poderá ser dito: “A parede já não existe, nem aqueles que a caiaram” (Ez 13:15). CBASD, vol. 4, p. 678.

18 Ai das que. Embora o significado geral dos v. 18 e a9 pareça claro, há incerteza quanto aos detalhes. Ezequiel viu o que descreve aqui; ninguém mais viu. Ele usou palavras suficientemente conhecias naquela época, mas, uma vez que muitas delas não ocorrem em nenhuma parte do AT, seu significado não é totalmente claro. CBASD, vol. 4, p. 678.

Invólucros feiticeiros. Do heb. kesathoth … “faixas” ou “amuletos”. CBASD, vol. 4, p. 678.

Articulações. Do heb. ‘atsilim. A frase diz, literalmente, “articulações de minha mão”. CBASD, vol. 4, p. 678.

Véus. Do heb. mispachoth, palavra que, no AT, ocorre apenas aqui e que deve indicar algum tipo de véu ou cobertura para a cabeça. Aparentemente os véus não eram usados pelas profetizas em si, mas por aqueles que as consultavam. CBASD, vol. 4, p. 679.

Almas. Do heb. nefashoth (singular, nefesh), aqui, simplesmente, “pessoas”(ver com. [CBASD] de Sl 16:10). O significado parece ser que essas falsas profetisas defraudavam os que recorriam a elas. CBASD, vol. 4, p. 679.

Preservar outras para vós mesmas. A frase pode ser traduzida da seguinte forma: “Desejareis matar as almas do Meu povo e preservar com vida a vossa alma?” (ver NVI). O significado pode ser que, em seu interesse próprio, as profetizas viviam à custa da credulidade de suas vítimas. CBASD, vol. 4, p. 679.

19 Punhados de cevada. Alguns entendem que se referira ao antigo costume de levar presentes para um profeta, ao consultá-lo (1Sm 9:7, 8; 1Rs 14:3). Em vista de a cevada ser um grão inferior, e de que “punhados” exprime pequena quantidade, estas palavras poderiam indicar o lucro ínfimo pelo qual as falsas profetisas estavam dispostas a perverter a verdade e levar o povo à ruína. Outros veem aqui uma referência ao antigo costume de se adivinhar usando grãos de cevada e migalhas de pão. CBASD, vol. 4, p. 679.

Escuta mentiras. As palavras podem indicar uma propensão para ouvir mentiras agradáveis. Jeremias descreve tal condição: “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o Meu povo”(Jr 5:31). CBASD, vol. 4, p. 679.

20 Como aves. Do heb. parach, cujo significado é incerto. O sentido geral do versículo é claro. As vítimas seriam livradas da armadilha daqueles que haviam tentado escravizá-las. Deus não permitirá que uma pessoa de coração sincero seja enganada. CBASD, vol. 4, p. 679.

22 Visto que com falsidade. As profetizas criaram falsas impressões de Deus na mente dos justos e dos ímpios, desanimando os primeiros de se esforçar para agir corretamente e confirmando os últimos em seus maus caminhos. CBASD, vol. 4, p. 679.


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