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Texto bíblico: https://pesquisa.biblia.com.br/pt-BR/NVI/job/8
Neste capítulo encontramos a fala de Bildade, o suíta. Seu propósito não é ajudar a Jó, mas defender a sua própria visão de mundo. Bildade apresenta fragmentos de verdade numa moldura de erro. Ele estava familiarizado com o que tinha sido descoberto pelos “pais” e registrado por Moisés em Gênesis 1-11 (vv. 8-10). Assim, ele diz a Jó que não apenas estude história, mas também que se permita ser conduzido pelas verdades obtidas por observações (v. 8).
O pensamento de Bildade pode ser descrito do seguinte modo: se uma pessoa se esquece de Deus, Suas bênçãos para ele se secam; se uma pessoa se lembra de Deus e obedece a Ele, as bênçãos florescem. A observação mostra que é assim que as coisas acontecem. O conselho de Bildade aparentemente é muito bom, mas é o resultado de uma pessoa que julga só pelo que pode ver e que acha que sabe a verdade total, sem considerar a história da rebelião no Céu.
Querido Deus,
Moisés nos mostrou o perigo do apego aos padrões enganosos deste mundo e construir sobre bases frágeis, negando o Grande Conflito entre o Bem e o mal. Livra-nos de pessoas que se julgam sábias, mas não demonstram compaixão, como Bildade. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Texto mundial: https://www.revivalandreformation.org/?id=690
Equipe de tradução: Pr. Jobson Santos, Jeferson e Gisele Quimelli
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10 DIAS DE ORAÇÃO – http://www.tendaysofprayer.org
Buscando o Espírito de Deus
Dia 3 — VITÓRIA ATRAVÉS DO ESPÍRITO SANTO
“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.” (Gálatas 5:16).
Testemunho
“Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de caráter.”(Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 77).
Jerry era um trabalhador esforçado. Ele passou a maior parte de sua vida adulta como um montador de estruturas de ferro construindo pontes e arranha-céus. Ele era o cara que caminhava a centenas de metros acima do solo em uma viga estreita de ferro e a soldava em outra viga de ferro. Mas, embora Jerry fosse talentoso e trabalhador, ele também abusou do seu corpo com álcool, cigarro, drogas, promiscuidade e uma vida agressiva. Sempre que um cristão vinha trabalhar em sua equipe, Jerry o perseguia verbal e emocionalmente, na esperança de afastá-lo do trabalho. Jerry odiava o cristianismo e os cristãos.
Quando Jerry chegou aos 50 anos, ele começou a ficar deprimido. Um dia ele decidiu acabar com sua vida. Enquanto dirigia para casa a fim de cometer suicídio, ele viu uma placa para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, à beira da estrada. O Espírito Santo colocou um pensamento em sua mente: “Talvez eles possam me ajudar.” Então Jerry entrou no estacionamento no momento em que a escola da igreja estava começando as suas atividades do dia, aproximou-se do diretor e murmurou algo sobre precisar de ajuda. O diretor deu a Jerry o meu número e disse: “Este é o número do telefone do nosso pastor. Por favor, ligue para ele. ”Quando Jerry ligou naquela noite, ele me disse que estava com problemas e perguntou se eu poderia ajudar. Telefonei para um ancião e juntos fomos imediatamente para a casa de Jerry.
Jerry nos contou tudo e acrescentou: “Não acredito que eu tenha chegado a uma situação tão crítica a ponto de ter um pastor em minha casa.” Ele disse que tentou tudo que o mundo tem a oferecer sem encontrar satisfação, por isso decidiu acabar com a sua vida. Eu disse: “Jerry, você ainda não tentou de tudo, porque você ainda não tentou Jesus.” “Você está certo”, disse ele com um sorriso amarelo, “eu não experimentei Jesus. Então, o que tenho que fazer para experimentar Jesus? ”Compartilhei a mensagem simples do evangelho e perguntei: “Existe alguma razão para você não querer receber Jesus em sua vida?” Jerry disse: “Não, porque a menos que Ele faça algo por mim hoje à noite, vou dar um fim à minha vida.
Convidando Jerry para se ajoelhar conosco, pedi a ele que repetisse uma oração depois de mim. Logo depois que dissemos “Amém”, Jerry agarrou meu braço e disse: “Você viu isso?” “Vi o quê?”, Perguntei. “Assim que eu disse ‘Amém’, abri os olhos e vi um homem pairando sobre a minha cabeça com uma expressão muito maligna no rosto, e então ele desapareceu. Você precisa acreditar em mim!” “Eu acredito em você, Jerry” eu disse. “Como você se sente agora?” Após um momento de reflexão, ele disse: “Eu me sinto bem, muito bem. Faz muito tempo que não me sinto tão bem. Acho que nunca me senti tão bem assim. O que aconteceu comigo?” Expliquei: “Jerry, você acabou de pedir a Jesus que entre em sua vida e perdoe seus pecados. Ele agora está vivendo em seu coração. O espírito maligno que você viu estava tentando fazer com que você pusesse fim à sua vida, mas Jesus o expulsou.”
Uma grande alegria encheu a casa de Jerry naquela noite, tanto que Jerry não conseguiu dormir. Ele vasculhou a sua casa e recolheu bebidas alcoólicas, drogas, revistas e qualquer outra coisa que pudesse ser pecaminosa. Ele colocou tudo em um saco plástico e enterrou-o a um metro e meio de profundidade em seu pomar. No dia seguinte, foi a um viveiro de plantas e comprou uma árvore para plantar por cima de todas as coisas que havia enterrado. Quando fui visitá-lo, ele me mostrou a árvore e disse: “Pastor, aquele buraco no chão e essa nova árvore representam minha vida. O velho Jerry está enterrado lá embaixo e essa nova árvore frutífera representa o novo Jerry, porque agora estou vivendo uma nova vida!”
Textos da Bíblia para orar
- João 16:8-11 – A obra do Espírito Santo é convencer-nos de nossos pecados e nos levar a Jesus.
- Ezequiel 36:25, 26 – Nos é prometido um novo coração, uma nova mente, uma nova vida.
- 2 Coríntios 5:17 – Se alguém está em Jesus Cristo, ele é uma nova criação. As coisas velhas passaram.
- João 8:36 – Você pode realmente ser livre através de Jesus Cristo.
- 1 Tessalonicenses 4:3 – A vontade de Deus é que você tenha vitória sobre o pecado.
- Romanos 6:14 – O pecado não terá mais domínio sobre você.
- Mateus 5:29, 30 – Separe-se de qualquer pessoa e qualquer coisa que o tente a pecar.
- Romanos 12:21 – Substitua pessoas e coisas negativas por pessoas e coisas positivas.
- Gálatas 5:19-26 – Os maus desejos da carne podem ser subjugados pelo fruto do Espírito.
A cada dia, quando nos voltamos para Jesus e oramos, recebemos Seu perdão e graça. Como os filhos de Israel saíam diariamente para receber o maná do céu, diariamente precisamos renovar o nosso relacionamento com Jesus, o pão da vida (João 6:58). Através da presença do Espírito Santo se movendo em nossas vidas, confessamos nossos pecados a Deus, aceitamos a justiça de Jesus em nosso favor e somos capacitados a resistir às tentações do diabo (Gálatas 5:16).
Orações sugeridas
- Querido Senhor, sei que a sua vontade para mim é que eu vença todos os pecados em sua força. Por favor, encha-me com o teu Espírito Santo e me guie a toda a verdade (João 16:13).
- Em nome de Jesus e por meio do Seu sangue, repreendo Satanás e seus espíritos malignos em minha vida. Por favor, Senhor, expulse o diabo da minha vida e do meu lar. Deixe apenas a verdade e a retidão habitarem comigo.
- Querido Pai, satura a minha vida com a presença do Espírito Santo. Que o poder do Espírito flua através de mim para ministrar aos que ainda estão presos no pecado. Traga-os a Jesus para que suas correntes sejam quebradas.
- Senhor, ajude-nos a ser pacientes e bondosos, mostrando Teu amor e piedade àqueles que nos incomodam ou nos acusam.
- Oramos por aqueles que cuidam de familiares idosos ou doentes. Dê-lhes paciência, força e amor.
- Senhor, por favor, alivia a ansiedade daqueles que enfrentam doenças terminais. Conceda-lhes coragem e a paz de Jesus.
- Oramos pelo Departamento de Ministérios Pessoais e Escola Sabatina (MIPES) de cada igreja local à medida em que buscam evangelizar suas comunidades por meio de serviço amoroso, estudo da Bíblia e testemunho pessoal.
- Oramos pelo batismo do Espírito Santo sobre nossos jovens e líderes jovens, conforme prometido em Atos 1:8. E oramos especialmente pelas bênçãos de Deus para os jovens envolvidos com diversas iniciativas de oração.
- Senhor, por favor, mostra-nos uma estratégia dada por Deus a fim de alcançar as Jericós do mundo com as Três Mensagens Angélicas e conduzir as Raabes de todas as cidades à salvação em Cristo.
- Por favor, abençoa os 100 dias de oração (27 de março a 4 de julho) que antecederão a Sessão da Conferência Geral de 2020. Derrama Teu Espírito Santo enquanto oramos por sabedoria e Teu breve retorno.
- Também oramos por nossa lista de sete ou mais pessoas [mencione os nomes, se apropriado].
Pedidos de oração locais:
Músicas sugeridas
Toma, ó Deus, meu coração (Hino 298); Alvo mais que a neve (Hino 205); Mais perto da tua cruz (Hino 289);
Em inglês:
Refiner’s Fire; I Will Bow to You; The Power of Your Love; What the Lord Has Done in Me.
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JÓ 8 – Quantas bobagens falamos quando pensamos que somos donos da verdade!
Após abrir a boca e gritar a alto e bom som, Jó se calou e esperou por palavras de ânimo, esperança e atitudes de compaixão e compreensão. Então, Bildade irrompe o silêncio com seus perspicazes argumentos filosóficos/teológicos.
Após Jó falar que sua vida apagava-se de uma forma horrorosa (capítulo 7), Bildade expôs-lhe a razão nua e crua segundo seu ponto-de-vista: “Bildade retrata a horrorosa punição do perverso como a luz que se apaga (vv. 5-6), a ave pega na armadilha (vv. 7-10), o criminoso caçado (vv. 11-13), a tenda que vem abaixo (vv. 14-15) e árvore que seca (vv. 16-17)” (Warren W. Wiersbe).
Palavras cruéis, ferinas e humilhantes saem como flechas da boca dos que arrotam possuir todas as respostas. “Após acusar Jó de vociferar palavras irresponsáveis, Bildade defende a justiça de Deus em punir o perverso e recompensar o justo. Além disso, afirma, com tremenda indelicadeza, que os filhos de Jó morreram porque pecaram contra Deus” (William MacDonald).
• Forte, não?
A razão de nossa indelicadeza no falar está nos falsos conceitos que estão em nossa mente, eles explodem em nossas palavras e atitudes. “Bildade compartilhava os falsos conceitos de seus companheiros; por isso, teve dificuldades para condoer-se de Jó” (Carol Ann Mayer-Marlow).
Às vezes não importa a exposição teológica, mas a forma de lidar com quem carece de consolo, compaixão e empatia. “Quando as pessoas sofrem, elas não desejam um debate teológico e argumentativo. Precisamos nos lembrar deste fato quando procuramos ajudar os que se acham envoltos em pesar. Eles necessitam de alguém que lhes segure a mão e ouça suas exclamações de dor”, explica Mayer-Marlow.
• Você concorda?
Podemos crescer muito como cristãos estudando o livro de Jó: “Precisamos considerar aqueles que sofrem, não como ilustrações abstratas do grande conflito, mas como pessoas reais. Eles almejam que os aceitemos como pessoas íntegras, e não como seres inferiores que estão sendo submetidos a castigos por causa de pecados em sua vida. O sentimento de culpa só tende a exacerbar o sofrimento” (Mayer-Marlow).
Sofredores precisam de crentes verdadeiramente…
• Amorosos;
• Atenciosos;
• Altruístas;
• Simpáticos;
• Empáticos;
• Positivos;
• Dedicados;
• Comprometidos;
• Visionários;
• Consagrados.
Devemos refletir o caráter de Deus aos sofredores! Precisamos ser cristãos reavivados biblicamente, transformados pela graça! Ativos… – Heber Toth Armí.
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“O teu primeiro estado, na verdade, terá sido pequeno, mas o seu último crescerá sobremaneira” (v.7).
Acusado injustamente por Elifaz, Jó externou o seu sofrimento e expôs diante de Deus a sua queixa. Não bastasse todo o mal que o afligia, teve de suportar mais palavras de acusação. Além de reprovar a réplica de Jó, Bildade insinuou que a morte dos filhos de Jó foi consequência de seus próprios pecados e colocou em dúvida a sua pureza e retidão. O estado de Jó era visto como um castigo, já que a prosperidade e o sucesso eram intimamente relacionados a uma vida de integridade diante de Deus. No verso sete, contudo, mesmo sem saber, Bildade profetizou a sorte final de Jó.
Podemos dizer que os amigos de Jó eram adeptos da teologia da prosperidade. Eles não podiam conceber a ideia de que o íntegro passasse por tanto sofrimento não fosse pela culpa de algum pecado. Foi por contemplar a prosperidade dos ímpios que o salmista Asafe quase endureceu o coração. O contraste entre as dificuldades de Israel e a tranquilidade dos pagãos despertou-lhe a inveja que o destruiria, não fosse a misericórdia de Deus em lhe revelar o resultado final: “até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles” (Sl.73:17).
Bildade foi insensato ao questionar a integridade de seu amigo enfermo. Na verdade, ele e seus amigos, e até o próprio Jó, desconheciam sobre a batalha espiritual que cerca cada ser humano. Uma vida próspera e tranquila pode se tornar em laço pior do que uma vida atribulada. Aquele que sonda os corações sabe exatamente o que dar e o que tirar da vida daqueles que O temem e O buscam. Portanto, os “nossos dias sobre a terra” (v.9) não podem ser medidos pelo que possuímos e sim pelo que somos.
A essência de Jó foi ignorada pelos olhos que só enxergam a aparência, mas foi nAquele que vê o coração, que ele depôs as suas feridas. Sabem, amados, nós julgamos e somos julgados com muita facilidade. Nossas orações são repletas de formalismos enquanto nosso coração implode pela necessidade de ser revelado. O pecado trouxe sobre este mundo a maldição da injustiça, mas nós precisamos aprender a viver cada dia pela fé, confiantes na justiça divina, e andar na presença do Senhor com sinceridade.
Não houve e nem haverá neste mundo injustiça maior do que aquela que pendurou o nosso Salvador numa cruz. A Sua vida de humilde serviço e amor abnegado era um contraste com a próspera condição dos líderes religiosos. E acusado pelos pecados que nunca cometeu, foi condenado, crucificado e morto. Mas Jesus não Se importava com a prosperidade passageira. Olhando para o futuro, não via a hora de alegrar-Se com “o fruto do penoso trabalho de Sua alma” (Is.53:11).
Assim como a tristeza de Jó tornou-se em triunfo, uma gloriosa vitória final nos foi garantida na cruz. Que independente de nossa condição aqui nesta Terra e do que julgam a nosso respeito, olhemos “firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, O qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb.12:2). Vigiemos e oremos!
Bom dia, servos de Deus!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #Jó8 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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1011 palavras
Bildade agora entra no debate. Está horrorizado com a aparente blasfêmia de Jó. Bildade é tradicionalista por excelência, e exorta Jó a curvar-se perante à sabedoria da tradição. Repreende Jó pelas suas palavras intempestuosas (2), defende a absoluta justiça de Deus (3), e lança a acusação aos filhos de Jó que cometeram pecado (4) (Bíblia Shedd).
Bildade ficou contrariado porque Jó ainda reclamava ser inocente enquanto questionava a justiça de Deus. […] O argumento de Bildade era: Deus não pode ser injusto e Deus não puniria um justo; portanto, Jó deve ser injusto. Bildade sentia que sua teoria não possuía exceção. Como Elifaz, Bildade supôs erradamente que as pessoas sofrem somente como resultado de seus pecados. Bildade foi ainda menos sensível e compassivo, dizendo que os filhos de Jó haviam morrido por causa da maldade deles (Life Application Bible Study).
Essa resposta apresenta Bildade como um homem brutal e sem sentimentos. […] Sua mensagem a Jó é direta. Ele e sua família receberam o que mereciam. Se ao menos agora ele [Jó] se arrependesse dos atos desavergonhados que trouxeram essa desgraça, ele poderia ser restaurado a uma prosperidade e felicidade ainda maiores das que tinha desfrutado antes (Bíblia de Genebra).
1 suíta. Membro da tribo de Sua, descendente de Abraão e Quetura, aparentado aos midianitas (Gn 25.2; 1Cr 1.32), e habitante do deserto do norte da Arábia (Bíblia Shedd).
2 até quando? V. 18.2. Em contraposição com Elifaz, mais velho, Bildade é impaciente (Bíblia de Estudo NVI Vida).
qual vento impetuoso. Uma acusação fortíssima, diferente do tom de Elifaz, que tentara uma abordagem suave no princípio (4.2) (Bíblia de Genebra).
4 teus filhos. A mais severa das perdas de Jó foi a de seus filhos. Bildade dirigiu um impiedoso ataque a Jó ao inferir que seus filhos morreram porque eram pecadores (CBASD, vol. 3, p. 581).
6 se fores puro e reto. Na mente de Bildade, Deus teria misericórdia apenas quando os seres humanos a merecessem. Mas a misericórdia, na verdade, jamais pode ser merecida. Se for merecida, então já seria justiça (Bíblia de Genebra).
A pressuposição é sempre a de que Jó é um injusto, necessitado de ensinos (Bíblia Shedd).
8 pergunta agora às gerações passadas. Elifaz tinha apelado para a revelação como sua autoridade, embora essa revelação fosse um tanto enigmática (4.12-17). Bildade, porém, apelou para as tradições humanas (Bíblia de Genebra).
Elifaz recorrera a uma revelação do mundo dos espíritos (v. 4.12-21), ao passo que Bildade recorre à sabedoria acumulada da tradição (Bíblia de Estudo NVI Vida).
10 não te ensinarão os pais? Bildade obviamente considerava Jó um aluno rebelde, mas esperava que ele desse ouvidos às vozes do passado (CBASD, vol. 3, p. 581).
11 junco. O junco consome grandes quantidades de água (CBASD, vol. 3, p. 581).
12 secam. Essas plantas não tem capacidade de autossustentação. Dependem da umidade para se sustentar. Se faltar água, murcham e morrem (CBASD, vol. 3, p. 581).
13 todos quantos se esquecem de Deus. Este verso contém a aplicação da parábola. Quando o poder sustentador de Deus é retirado de uma pessoa, ela perece como o outrora luxuriante junco d’água. A figura ilustra o juízo que Bildade pensa estar caindo sobre o homem que outrora fora justo e, portanto, próspero, mas que depois se afastou de Deus. Jó não deixaria de compreender a aplicação (CBASD, vol. 3, p. 581).
ímpio. Como é óbvio, Bildade considerava Jó um caso típico de impiedade (Bíblia de Genebra).
15 agarrar-se a ela. A figura é a de uma aranha que está tentando se suster agarrando-se à sua casa. A “casa” de Jó lhe havia sido tirada. Sua esperança fora cortada. Assim, Bildade parece classificar Jó como um ímpio (CBASD, vol. 3, p. 582).
Bildade assumiu erradamente que Jó estava confiando em algo que não Deus para sua segurança, então ele destacou que tal apoio iria quebrar. […] Uma das necessidades básicas do homem é segurança e as pessoas farão quase qualquer coisa para se sentirem seguras. Eventualmente, contudo, nosso dinheiro, nossos bens, conhecimento e relacionamentos falharão ou irão embora. Somente Deus pode dar segurança duradoura. No que você tem confiado para sua segurança? Quão duradoura ela é? Se você tem um fundamento seguro em Deus, sentimentos de insegurança não abalarão você (Life Application Bible Study).
16 viçoso. Uma nova ilustração, a de uma luxuriante trepadeira cheia de seiva e vitalidade, que de repente é destruída e esquecida (CBASD, vol. 3, p. 582).
18 o arranca. É insinuado que Jó seria a planta arrancada (Bíblia Shedd).
19 brotarão outros. Ninguém lamenta a morte da planta nem sente falta dela. Outras plantas lhe tomam o lugar (CBASD, vol. 3, p. 582).
20-22 Nestes versículos Bildade faz sua recapitulação. O ponto principal do discurso acha-se no v. 20. Notamos, todavia, que Bildade não possuía a simpatia pela qual Jó ansiava. A conclusão de que a família de Jó morrera vítima de algum castigo divino, em razão de sua iniquidade, era como uma espada a transpassar um coração já exausto de dor e de angústia (Bíblia Shedd).
20 Deus não rejeita ao íntegro. Este versículo contém o coração da teologia de Bildade sobre o sofrimento. Não estava errada como sabedoria corrente. O Sl 1.6 ensina que o Senhor cuida do caminho dos justos, que o caminho dos ímpios perecerá. O erro de Bildade consistia em supor que Jó, por estar sofrendo, forçosamente era um ímpio (Bíblia de Genebra).
21 Ele te encherá a boca. Bildade não acha que o caso de Jó seja sem esperança. Como Elifaz, ele prediz que a calamidade de Jó será revertida e que sobrevirão juízos aos inimigos dele. Os amigos parecem ter certo graus de confiança na integridade básica de Jó, embora estejam convencidos de que ele cometeu algum grande pecado que trouxe a calamidade (CBASD, vol. 3, p. 582).
Uma comparação do primeiro discurso de Elifaz com o de Bildade revela que ambos têm uma introdução censuradora e um encerramento conciliatório. Ambos exortaram Jó a ir a Deus arrependido, em busca de ajuda e apresentaram a promessa de salvação. Elifaz reforçou seu argumento com uma suposta revelação divina, enquanto que Bildade procurou alcançar o mesmo resultado, apelando para os antigos mestres da sabedoria (CBASD, vol. 3, p. 582).
22 aborrecedores. Bildade, depois de falar aquilo que tinha em mente, procura demonstrar que ele não se inclui entre os inimigos de Jó (Bíblia Shedd).