Filed under: esperança, liderança, relacionamento | Tags: Certeza da Salvação, encorajamento, esperança, exortação, relacionamento espiritual
Comentário Devocional:
O capítulo de hoje vem com outra saudação surpreendente. O pastor Judas afirma claramente seu laço familiar com Tiago (seu irmão), mas humildemente refere-se a si mesmo como um “servo de Jesus Cristo” (v. 1 NVI). Muitos estudiosos acreditam que Judas foi um dos meio-irmãos de Jesus! Quão inspirador é testemunhar uma verdadeira liderança-serviço.
A parte realmente cativante da saudação é a descrição dos santos (você e eu): “aos que foram chamados, amados por Deus Pai e guardados por Jesus Cristo: Misericórdia, paz e amor lhes sejam multiplicados”(v. 1b-2 NVI). Ser capaz de cumprimentar com tal carinho extravagante e inclusão requer uma conexão viva com Jesus. A saudação de Judas resume a sua carta.
Com a preocupação e a paixão do coração do pastor amoroso, Judas, em seguida, adverte os leitores para os perigos daqueles que gostariam de tirar nossos olhos de Jesus e anular a Sua graça. A cautela inclui lembrar daqueles que foram libertos da escravidão do Egito, mas foram destruídos por causa de sua incredulidade. A exortação é ampliada com um lembrete das razões da destruição de Sodoma e Gomorra. Poderia isso acontecer conosco? Não deveríamos tomar cuidado para não cairmos? Caim, Balaão e Coré caíram – que garantia temos de que também não cairemos?
Graças ao Senhor, esperança e encorajamento emergem no convite a perseverar! Não desista, mesmo que hajam escarnecedores ao nosso redor. Espere pacientemente, edifique-se na fé, orando no Espírito Santo. Ousamos nós sair, neste ou qualquer outro dia, sem estas atitudes? E que em nossa caminhada – estejamos à procura de qualquer um que possa ser salvo, mesmo “… arrebatando-os do fogo” (v 23 NVI).
Para finalizar, vem a doxologia que coroa a saudação de abertura: A promessa de que Deus é capaz de nos impedir de cair, “… e para apresentá-los diante da sua gloriosa presença sem mácula e com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre!” (vs. 24-25 NVI). Amém! A doxologia completa o círculo iniciado na saudação: Jesus é capaz de nos salvar, e o fará – se O permitirmos!
Peter Landless
Diretor mundial dos Ministérios de Saúde
Estados Unidos
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jud/1/
Traduzido por JAQ/GASQ/IB
Texto bíblico: Judas
Comentário em áudio
Comentário devocional:
Deve ter sido desapontador para os seguidores de João Batista quando ele lhes disse que não era o Messias. Porém ele os encorajou dizendo que o Messias estaria em breve com eles. Eles acreditaram em João quando ele disse que Jesus viera cumprir a profecia. Porém, a mais terrível tristeza que eles sentiram foi pela morte de João, seu professor e mentor.
Enviado por Deus para preparar o caminho para o Messias, ele foi decapitado a mando de Herodes. Tenho certeza de que eles devem ter se perguntado como eles prosseguiriam sem seu mestre. Eles teriam que confiar em seus ensinamentos e colocar sua fé em Jesus. A voz que clamava no deserto fora silenciada. Esta história tem sido sempre difícil de se entender. Eu não posso nem imaginar o horror que os seus seguidores sentiram quando ouviram a notícia de sua decapitação. Como eles iriam lidar com a perda e manter a fé?
Às vezes existem em nossas vidas algumas coisas, pessoas e até mesmo idéias que sentimos não poderíamos nunca viver sem elas. A dor que sentimos quando vidas de entes queridos são arrancadas de nós, mesmo que temporariamente, é terrivelmente difícil de suportar. Sentimos que não existe mais sentido em viver. Podemos até chegar até a questionar a presença de Deus em nossas vidas, Seu cuidado ou preocupação por nós.
Imediatamente após a decapitação de João, Jesus procurou por um lugar para ficar sozinho. Ele se sentiu muito triste por seu primo. No entanto, uma multidão afluiu para o planejado lugar de descanso. Jesus manifestou compaixão para com todos. Muitos provavelmente eram seguidores de João. Ele, então, começa a curá-los de suas doenças; os alimenta espiritual e fisicamente. Em meio a Sua tristeza e dor pessoal, Jesus atende às necessidades do povo.
O clímax deste capítulo é a figura de Jesus caminhando sobre as águas em direção aos discípulos. Eles estão com medo, e questionam aquilo que eles estão vendo. Eles não reconhecem Jesus e especulam – em sua ignorância – se é um “fantasma”, talvez até mesmo o de João Batista. Mas Jesus se faz conhecido para eles. Eles agora estão cheios de paz e reverência.
A perda de João Batista foi temporária. Um dia ele e Jesus se encontrarão novamente, na manhã da ressurreição. Deus permite alguma perdas deste lado da eternidade. Isso é necessário para que compreendamos quão terríveis são as consequências do pecado. Porém, em cada sofrimento que experimentamos e em cada perda temporária que enfrentamos, Jesus é a nossa esperança.
Joey Norwood Tolbert
Cantora e compositora cristã
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/14/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Mateus 14
Comentário em áudio
Filed under: esperança, profecias, restauração | Tags: guerras, Miqueias
Comentário devocional:
Logo após o início da Primeira Guerra Mundial, HG Wells publicou um livro, “A guerra que vai acabar com todas as guerras”. Esta frase se tornou uma das expressões mais comuns da época. Infelizmente, não somente aquela não foi a última guerra, mas parece que hoje vivemos em uma época de guerras sem fim. Muitos se reúnem para fazer guerra contra outros grupos de pessoas por motivos teológicos, políticos e mesmo financeiros.
Jesus disse: “Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim.”(Mat. 24:6 NVI).
Ao longo de toda a história humana houve guerras. Mas Miquéias apresenta uma profecia extraordinária acerca de um tempo em que não haverá mais guerras. “Ele será juiz entre muitos povos e decidirá questões entre grandes nações distantes. Os povos transformarão as suas espadas em arados e as suas lanças em foices. Nunca mais as nações farão guerra, nem se prepararão novamente para batalhas.”(Miquéias 4:3, NTLH).
Que promessa maravilhosa! Oremos para que este dia chegue logo. Maranata!. “Vem, Senhor Jesus!” (Apoc 22:20 NVI).
Gordon Bietz
Presidente da Southern Adventist University
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mic/4/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Miqueias 4
Comentário em áudio
Filed under: esperança, restauração, vitória | Tags: esperança, Miqueias, restauração
Comentário devocional:
Embora o primeiro capítulo seja claro acerca do julgamento que está a caminho, Miqueias não deixa seus leitores sem esperança. No segundo capítulo, ele nos assegura que há um remanescente que será recolhido e salvo do inimigo.
O profeta usa imagens que as pessoas comuns, acostumadas a lidar com a agricultura e o pastoreio, podiam entender. Ele fala, por exemplo, que as pessoas serão reunidas com segurança “como ovelhas num aprisco” (Miqueias 2:12, NVI).
É uma necessidade humana universal termos um lugar de segurança, um lar, onde sejamos cuidados em nossas necessidades. Jesus diz: “Não se perturbe o coração de vocês” (João 14:1, NVI), pois ele está preparando um lugar para nós, onde estaremos com Ele para sempre. Ao lado dEle teremos segurança e proteção. Esta é a nossa feliz esperança.
A esperança é a certeza de que haverá dias melhores a frente. Paulo diz: “Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão” (1 Coríntios 15:19, NVI). Mesmo que a sua vida lhe pareça hoje injusta ou fora de equilíbrio, você pode ter a certeza de que um dia você estará bem ao lado do Seu salvador!
Nossa esperança está no Senhor. Ele trará de volta o equilíbrio, a harmonia e a segurança a Sua criação, por toda a eternidade.
Gordon Bietz
Presidente da Southern Adventist University
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mic/2/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: Miqueias 2
Comentário em áudio
Filed under: confiança em Deus, esperança, Lamentações | Tags: confiança em Deus, dúvida, esperança
Comentário devocional:
Todos nós nos lembramos de momentos sombrios em nossas vidas. Momentos em que lutamos, duvidamos, choramos. Mas existe um outro ponto, mais importante, que transforma tudo. É o momento em que nos damos conta de que Deus ainda age em nossas vidas e que Ele é bom.
Lamentações 3 não é apenas o capítulo mais longo do livro – é também o momento de virada nos sentimentos do profeta em que ele passa do desespero à confiança: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a Tua fidelidade”(v. 22, 23 ARA).
A bondade e a compaixão de Deus não são negociáveis; elas não dependem de nós; elas estão disponíveis gratuitamente, mas exigem uma resposta chave. Precisamos esperar por Ele (v. 25); é preciso “esperar tranquilo pela salvação do Senhor” (v. 26). Esperar requer resistência. Temos que tratar aquilo que não podemos ver como se fosse realidade. A espera é a parte da fé que se apodera de Jesus; a espera também requer um autoexame e uma disposição de se arrepender e retornar para Deus.
“Examinemos e coloquemos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao Senhor. Levantemos o coração e as mãos para Deus”(v. 40, 41 NVI). Ao enfrentar os desafios de hoje, levante o seu coração para o Pai celeste e diga-Lhe que você está disposto a deixá-lo conduzir a sua vida.
Gerald A. Klingbeil, D.Litt.
Universidade Andrews, USA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/lam/3/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: Lamentações 3
Filed under: arrependimento, correção, cuidado de Deus, discernimento, escolhas, esperança, Justiça, profecias, Queda de babilônia | Tags: advertência, Apocalipse, juízos divinos
Comentário devocional:Que capítulo intenso! Deus envia aqui Sua Palavra a toda a nação de Judá e, também, ao mundo todo, em todas as épocas, através de seu servo Jeremias.
A mensagem de Deus é simples e clara. Observe Seu “Plano de três pontos” para a sobrevivência espiritual:
1. Arrependei-vos dos vossos maus caminhos e maldades;
2. Não vá atrás de outros deuses para os servir e adorar;
3. Não Me obrigue a agir por causa das más obras das tuas mãos.
A Escritura registra a triste verdade que eles se recusaram a ouvir. Recusaram não apenas poucas vezes, mas de forma permanente.
A leitura deste capítulo me faz imaginar Jeremias tentando conseguir a atenção das pessoas no portão da cidade. Mas o povo não deu ouvidos às palavras de Deus. Estas palavras os teriam salvo se tivessem levado o profeta a sério.
Jeremias detalha os resultados devastadores de desprezar as repreensões divinas. Os babilônios se tornaram instrumento divino de juízo. Os sons da vida foram silenciados e as luzes se apagaram.
Mas existe uma esperança: encontramos neste capítulo a profecia de Jeremias de que os cativos ficariam na Babilônia por 70 anos e depois retornariam.
Veja que interessante: como registrado em Daniel 9, esta é a mesma profecia que Daniel estava estudando perto do fim do cativeiro! Preste atenção: vemos aqui um profeta – Daniel – estudando as palavras de outro profeta – Jeremias – que tentava entender o que Deus dizia! Quão importantes são as palavras de Deus!
No restante do capítulo observamos Jeremias ser levado em visão para além dos 70 anos de cativeiro, após a punição de Babilônia por seus pecados, até o desfecho do conflito entre o bem e o mal no fim dos tempos.
Estas questões que trouxeram os juízos divinos ao povo de Deus agora se aplicam a todo o mundo. Deus diz: “Pegue de minha mão este cálice com o vinho da minha ira e faça com que bebam dele todas as nações a quem eu o envio.” (v. 15 NVI).
Os estudantes da Bíblia reconhecem aqui uma forte semelhança com as palavras de Apocalipse [em especial, Apoc 14], descrevendo o conflito final dos tempos. Deus tem um acerto de contas a fazer, não só com o Seu povo, mas com todas as nações. A devastação do pecado e do mal não perdurará para sempre.
No final deste capítulo é feita referência aos líderes e pastores no Dia do Juízo. Não é uma imagem bonita. Parece mais um momento de terror. Eu não gostaria de ser responsabilizado por ter levado um dos filhos de Deus a se extraviar!
A boa notícia é de que haverá um fim para a loucura de rejeitar as palavras de Deus. Façamos a nossa parte em aceitar as mensagens de Deus para nós e as colocarmos em prática. Assim seremos aprovados no juízo final.
“Senhor, que cada membro da família mundial “Reavivados por Sua Palavra” ouça atentamente as Suas palavras e as pratique”.
Dan Houghton
Centro de Pesquisa Hart
Califórnia, EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/25/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto original: Texto bíblico: Jeremias 25
Comentário devocional:
Acaz, o rei de Judá, preferiu fazer uma aliança com a Assíria do que confiar em Deus para proteger seu reino. Uma das consequências deste ato é que os reis de Israel e da Síria se uniram e entraram em guerra contra Acaz, buscando evitar que a Assíria conseguisse uma posição em Judá para atacá-los (v.1) e planejando colocar em Jerusalém um rei que os apoiasse (v.6). O povo de Judá tremia de medo, como árvores sob um vento forte (v.2).
A mensagem de Deus através de Isaías para Acaz e as pessoas ansiosas em Jerusalém foi: “Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração” (v.4 ARA). Embora esta mensagem garantisse que Judá receberia o livramento dos reis da Síria e de Israel (v. 7-9), o capítulo termina descrevendo os problemas que os assírios lhes trariam no futuro (v. 17 -25).
O texto nos mostra a falta de fé do rei Acaz (v. 9). Quando o Senhor, através do profeta, ofereceu-se para conceder ao rei um sinal de que Deus estava com ele (v. 11), este recusa. O rei estava tão desconectado de Deus que não queria ouvir o que Deus tinha a lhe falar.
Somos diferentes de Acaz? Já aprendemos a confiar no Senhor de todo o coração (Prov. 3:5)? Como o povo em Jerusalém, há coisas que nos fazem tremer de medo? Um futuro tempo de angústia e perseguições? Problemas financeiros, de saúde ou de família? No meio da tragédia e perda você não percebe evidências do amor de Deus? Não observa nenhum sinal de esperança?
Sim, temos motivos de sobra para ter esperança! Aleluia! Com confiança na vinda do Messias, Isaías diz: “Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel” (v.14). Deus conosco! Jesus é o melhor sinal de Deus! Ele prometeu: “Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mat. 28: 20 NVI). “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo!” (João 16:33 NVI). “Não se perturbe o coração de vocês … Eu voltarei” (João 14:1-3).
“Não podemos senão esperar novas perplexidades na luta que está para vir, mas podemos fixar a vista no passado, da mesma maneira que no futuro, e dizer: “Até aqui nos ajudou o Senhor.” I Sam. 7:12. “E a tua força será como os teus dias.” Deut. 33:25. As provações não excederão às forças que nos serão dadas para as suportar. Empreendamos, pois, nossa tarefa onde quer que a encontremos, crendo que, seja o que for que sobrevier, ser-nos-á concedida a força proporcional à provação.” (Caminho a Cristo, p.125).
Mesmo assim, vem Senhor Jesus!
Pr. Lloyd e Sheila Schomburg
EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/isa/7/
Traduzido por JAQ/GASQ/JDS
Texto bíblico: Isaías 7
Comentário devocional:
Tendo a eternidade em nossos corações, parece que nunca estamos satisfeitos com a forma como o tempo passa rápido. Quando estamos fazendo algo que gostamos ou quando passamos o tempo com aqueles que amamos parece que o tempo nunca é suficiente.
No entanto, quando estamos doentes ou solitários, o tempo parece parar e nunca passa rápido o suficiente. Considerando a correria da vida moderna, que nos mantém conectados a tudo e a todos, temos a impressão de que nunca temos tempo suficiente para todas as coisas que precisamos fazer.
O fato é que o texto sagrado nos diz que “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (v. 1 NVI). Sábio é aquele que aprende a gerir o seu tempo de uma forma que ele possa desfrutar os frutos de seus esforços. Se esta sabedoria não for desenvolvida, o tempo passará e ficaremos com o gosto amargo do que “já foi” (v. 15 NVI). Essa sombra mortal só pode ser iluminada através da esperança dada pelo Eterno, que “pôs no coração do homem o anseio pela eternidade” (v. 11 NVI). Deus deve ser louvado por Sua graça que nos permite ter esperança na vida eterna.
Ao reconhecermos quão preciosa é a vida e quão fugaz é o tempo, devemos nos esforçar para desfrutar das coisas boas enquanto elas acontecem (v. 22).
Um dia iremos prestar contas do uso que fizemos do tempo (v. 17). Esse conhecimento deve nos levar a priorizar o que é mais importante: Deus, a família e aqueles que precisam de nós.
Senhor, preciso aprender a priorizar as coisas na minha vida. Para fazer isso preciso de Sua ajuda e orientação. Amém.
Pr Alijofran Brandão
Brasil
https://www.facebook.com/ReavivadosPorSuaPalavra
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/ecc/3/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Eclesiastes 3
Comentário devocional:
Jó quer tratar aqui de sua inocência. Ele tinha feito um “pacto” com os olhos, “de não olhar com cobiça para moças” (v. 1, NVI). Este texto é suficientemente claro em qualquer versão, dispensando qualquer pesquisa e análise adicional, mostrando que Jó não permitia que seus olhos se demorassem sobre o que lhe pudesse sugerir pensamentos que turbassem sua comunhão com Deus, mantendo seus desejos sob domínio do Espírito. Que porção, portanto, ele poderia esperar receber de Deus se alimentasse uma mente impura? (v. 2). Ele sabe que os ímpios só podem esperar a ruína (v. 3). E que Deus conhece os “caminhos” de sua vida, num testemunho de quem andava nos caminhos de Deus (v. 4).
A partir do versículo 5 em diante, quase quinze vezes, Jó usa uma fórmula que podemos descrever como: Se for encontrado nele algum mau comportamento, que se abata sobre ele uma maldição. Ele defende sua integridade e diz que as acusações de ser falso e enganador (como os amigos repetidamente acusavam Jó) (v. 5) não tinham fundamento e invoca ao próprio Deus que o avalie imparcialmente (pesasse com balança justa), atuando como testemunha em seu favor (v. 6).
Jó continua: Se o seu coração ceder aos seus desejos e persistir de fazer o mal (v. 7), que ele semeie e outro coma (v. 8); Se o seu coração for seduzido por uma mulher casada e ele chegar a espreitar à porta do seu próximo (v. 9), que sua própria mulher se transforme em escrava e concubina de outros (v. 10).
No verso 11, Jó enfatiza que está plenamente consciente de que más ações precisam punição adequada, em especial à cobiça sexual, porque é “fogo que consome até à destruição” (v. 11 e 12).
Caso Jó desprezasse conscientemente o direito de seu servo e serva, criaturas e filhos de Deus como ele próprio, como poderia estar perante Deus, quando Ele se levantar (v. 13-15)? Se Jó ignorou os pobres e necessitados, em especial a viúva, o órfão e o faminto, o que padece com frio, que seu braço, símbolo de sua capacidade de fazer algo, lhe seja arrancado (v. 16-22).
Jó fornece então o maior motivo de sua inocência: ele vivia sempre na consciência da presença de Deus, O amava e reverenciava, com temor (v. 23). Se Jó tivesse colocado acima de Deus suas riquezas (pois tinha muitas posses) ou qualquer outra coisa, incluindo o sol, lua e estrelas (que tanto fascinavam os povos antigos), ele sabe que mereceria a condenação (versos 24-28).
Jó ainda se declara inocente de ter se alegrado com a infelicidade e desgraça de seus inimigos, ou mesmo desejado intimamente este mal (v. 29-30); de ter recusado alimento ou abrigo ao estrangeiro e viajante (v. 31-32) ou cometido qualquer dos pecados que seus amigos falsamente lhe atribuíram. E afirma que nunca deixou de fazer o mal tão somente por temer a voz da multidão ou desprezo das famílias (v. 33 e 34) ou de ter se calado em defesa de uma causa justa.
Nos versos 35 a 37 Jó descreve o quanto almeja que alguém o ouça (v. 35). Moisés, o escritor do livro de Jó também era um profeta e não podemos deixar de relacionar o que disse com as cenas de juízo investigativo de Daniel 7. Ele viu, como Abraão (Jo 8:56), a Cristo como seu Advogado (Heb. 11:26).
Após isto, Jó volta às condições e maldições: se ele tivesse sido desonesto ao adquirir suas propriedades, que seu solo produza, espinhos ao invés de trigo e ervas daninhas em vez de cevada.
Estas foram as últimas palavras de lamento e auto defesa de Jó. Ele só voltará a falar após os discursos divinos, apresentando breves palavras de arrependimento (40:4,5; 42:2 a 6).
Querido Deus,
Abraão e Moisés já sabiam que necessitavam de um intercessor no Céu, Alguém que fosse um divino Príncipe da Paz, que tivesse acesso ao próprio Deus. Nós não queremos nada entre nós e nosso Advogado, Jesus Cristo. Nada mesmo. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Trad/Adap JAQ/GASQ
Texto bíblico: Jó 31