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Comentário devocional:
Hemã, o Ezraíta, está aterrorizado diante da proximidade da morte. Ele se sente totalmente sozinho, sem companhia humana para apoiá-lo (v. 8 e 18). Ele clama: “Sou contado entre os que descem à cova (v. 4, NVI). Juntamente com o medo da morte ele experimenta também o horror de estar sofrendo a ira de Deus: “Sobre mim se abateu a tua ira; os pavores que me causas me destruíram” (v. 16, NVI).
Estas palavras desesperadas nos ajudam a sentir um pouco do sofrimento de Jesus na cruz, quando Ele suportou a ira de Deus contra o pecado e gritou em agonia : “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mateus 27:46, NVI). Por um tempo, Jesus “não pode enxergar além dos portais do sepulcro” e sentiu que estava dando a Sua vida por toda a eternidade a favor de uma raça de rebeldes. Jesus também foi abandonado por todos os Seus amigos em seus últimos momentos de agonia na cruz.
O salmista deseja muito voltar a louvar a Deus na terra dos viventes. Tanto que ele lembra a seu Criador: “Acaso os mortos se levantam e te louvam?” (v. 10, NVI). Estas palavras são um apelo para que Deus o livre da morte iminente.
Todos aqueles que se sentem pânico quando a morte se aproxima, precisam se lembrar de que podemos, pela fé, ter a certeza da nossa salvação. “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:1-2, NVI).
Senhor, eu não quero esperar até estar a beira da morte para fazer as pazes contigo. Obrigado por Tua grande salvação e pela garantia de que perdoaste os meus pecados e me vestiste com as vestes da Tua justiça.
Beatrice Neall
Professora aposentada de Religião
Union College, EUA
Texto original: http://www.revivalandreformation.org/bhp/en/bible/psa/88 e http://revivedbyhisword.org/en/bible/Psa/88/
Tradução: Jeferson Quimelli/Pr Jobson Santos
Texto bíblico: Salmo 88 NVI
Comentário em áudio Pr Valdeci
Leituras da semana do programa Crede em Seus Profetas: https://credeemseusprofetas.org/
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O Salmo 88 tem sido considerado o mais triste e depressivo do livro dos Salmos. … foi composto num período de sofrimento físico e mental. Nele não há um raio de esperança, com exceção da frase: “Ó SENHOR, Deus da minha salvação.” É um longo gemido de tristeza, concluindo com a palavra “trevas”. CBASD, vol. 3, p. 937.
Não importa quão abatido possamos nos sentir., sempre poderemos nossos problemas a Deus e expressar nossa angústia a Ele. Life Application Study Bible Kingsway.
A situação imediata nos mostra um atribulado buscando a face de Deus. A figura profética nos mostra o peso que Jesus carregou para ser nosso Salvador e ser o cumprimento do salmo anterior. Bíblia Shedd.
É o único salmo atribuído ao ezraíta Hemã (descendente de Corá), a quem Davi colocou na liderança da música na casa do Senhor (1Cr 6:31-22, 90). Bíblia de Estudo Andrews.
1 Da minha salvação. Este parece ser o único raio de luz em todo o salmo. … Um filho de Deus nunca deveria chegar ao ponto de desistir, mesmo em desespero.Não importa quão abatido possamos nos sentir., sempre poderemos nossos problemas a Deus e expressar nossa angústia a Ele. CBASD, vol. 3, p. 937.
6 Nenhuma destas expressões é forte demais para o sofrimento mental, mais profundo que o físico; mas também têm paralelos na história de Israel: cova – José [e também Daniel] foi posto na cova e depois na prisão, como parte do plano divino para levantá-lo e fazê-lo salvador de sua família; lugares tenebrosos – Abraão foi cercado por Deus, nas cerradas trevas antes de receber a aliança (Gn 15:12-18); abismos – Jonas foi lançado nos abismos para depois aprender a ser fiel profeta de Deus. E tudo isto se coroa pela angústia de Jesus no jardim do Getsêmani (Mt 26.38). Jesus, que por meio de sofrimentos, foi aperfeiçoado Autor de nossa salvação (Hb 2.10). O sofrimento faz parte do plano de Deus (cf Cl 1.24; 1 Pe 3.14). Bíblia Shedd.
Um crente não está isento … de sofrimento neste mundo. Pelo contrário, a sorte do crente comumente inclui sofrimento e dor. Não podemos esperar escapar de todo o sofrimento, mas encontramos consolação nos sofrimentos e na ressurreição de Jesus (Fp 3:10). Bíblia Shedd.
8 Abominação. Isto é, algo detestável e abominável, que deve ser evitado como impuro. CBASD, vol. 3, p. 937.
10-12 maravilhas. Os atos salvíficos de Deus a favor de Seu povo. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Não existe vida, louvor a Deus, declaração de Seu amor, fidelidade, maravilhas ou atos de justiça na sepultura. Os mortos não se levantam. Ênfase no caráter final da vida, pois a ressurreição não é uma experiência cotidiana (89:49); a afirmação não nega necessariamente a esperança da ressurreição. Bíblia de Estudo Andrews.
11 Será referida a Tua bondade na sepultura? Cadáveres não apreciam os atributos de Deus. Somente os vivos conseguem louvar a Deus por Seu amor (ver Sl 89:1). CBASD, vol. 3, p. 938.
12 terra do esquecimento. Expressão poética única que retrata a ausência de memória após a morte, 0casião em que se encerram todos os processos mentais, o nada total (ver Ec 9:5, 6, 10), mas também a imagem da falta de lembrança dos mortos algum tempo depois pelos vivos, ou até mesmo pro Deus, pois são eliminados de Seu cuidado terreno (ver Sl 88:5, comparar com 139:8). Bíblia de Estudo Andrews.
13-18 Qual a diferença entre a angústia do crente e a do pagão? O crente odeia o pecado, a causa de toda a fraqueza humana, volta-se para Deus em oração, deseja reconstruir com Ele e espera o resultado vindo de Deus. Bíblia Shedd.
13 Mas eu, SENHOR, clamo a Ti por socorro. O salmista volta, por assim dizer, à realidade de que ele não está na sepultura, mas está vivo. Embora à beira da sepultura, ele continuará a orar para que Deus venha resgatá-lo. CBASD, vol. 3, p. 938.
14 Por que rejeitas, SENHOR, a minha alma e ocultas de mim o rosto? Sem perceber um grave pecado, ele não consegue entender porque tinha que sofrer tanto. CBASD, vol. 3, p. 938.
17 Como água. O salmista é como uma pessoa prestes a se afogar. CBASD, vol. 3, p. 938.
18 Amigo e companheiro. O salmista … foi abandonado até mesmo por aqueles a quem ele tinha o direito de pedir ajuda e simpatia no sofrimento (ver Jó 19:13-21). CBASD, vol. 3, p. 938.
trevas. O salmo é um exemplo de fé confiante: embora … não visse livramento, [o salmista] permanecia firme em Deus. CBASD, vol. 3, p. 938.
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SALMO 88 – Quando densas nuvens pairam sobre nossa face, impossibilitando que nossos olhos enxerguem qualquer luz no fim do túnel, nossa alma precisa derramar-se sinceramente perante Deus exalando angústia e pesar.
O salmo é “oração de um adorador em aflição profunda, que clama a Deus das profundezas de seus problemas… Pode ser que esta oração desesperada se origine de alguém com uma doença fatal, pois o humor revela depressão profunda” (Bíblia Andrews).
Sem mudanças, o salmo começa com tristeza e termina com notas fúnebres. Não há sinal de vitória, nem de esperança. O único ponto positivo é que a fé encontra forças na fraqueza e na tristeza para falar com Deus em meios às densas trevas da existência.
Segue o esboço deste texto inspirado: O salmista…
• clama a Deus em meio à tristeza (vs. 1-2);
• descreve sua situação deprimente (vs. 3-8);
• pede urgência no atendimento de sua oração (vs. 9-12);
• solicita compreensão da parte de Deus por sua situação (vs. 13-18).
Este Salmo é considerado o mais triste dos salmos. Ele “representa o fundo do poço do sofrimento humano. O salmista parece explorar todo o vocabulário da tristeza e da amargura com o intuito de descrever sua situação desesperadora, semelhante a de um paciente em estado terminal, isolado em alguma ala de hospital destinada aos incuráveis. É apenas questão de tempo até cobrirem seu rosto com um lençol e transportá-lo para o necrotério” (William MacDonald).
Lições:
• Mesmo nas situações mais negras, é possível elevar nossa alma a Deus através da oração.
• Ainda que estejamos no túnel sem fim, sem luz, podemos agarrar-nos ao Deus que habita em luz inacessível – a corda é a oração suplicante.
• Até quando alguém se sente abandonado por Deus, sofrendo ameaças de morte desde a infância, crendo ser alvo da ira divina, é possível encontrar conforto na presença do divino Consolador através da oração.
• Embora a melancolia, a tristeza e a fraqueza de espírito ofusquem nossa visão de Deus ou malogre nossa interpretação sobre Ele, todavia, é possível clamar a Ele em oração.
• Apesar das palavras serem negativas, pesadas, enfadonhas e tristes, elas revelam o que vai dentro d’alma; e, Deus aprecia a sinceridade de quem ora.
Sem lágrimas de tanto chorar e sem melhoras… ainda é possível orar. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí
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“Mas eu, SENHOR, clamo a Ti por socorro, e antemanhã já se antecipa diante de Ti a minha oração” (v. 13).
No estudo do livro anterior, vimos a vida de Jó e as agruras que o cercaram. A lamentação de hoje lembra muito as palavras atribuladas de Jó em seu mais terrível desespero. Por muitas vezes, Jó fez referência à ira de Deus com relação ao seu sofrimento, mas, como o salmista, não perdia a sua fé e o seu clamor não cessava “dia e noite” (v. 1). Muito parecido com dois dos discursos de Jó (Vide Jó 7 e Jó 14), o Salmo de hoje também confirma a doutrina bíblica sobre o estado dos mortos. “Na terra do esquecimento” (v. 12), “o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu SONO” (Jó 14:12). Percebem a coerência entre os textos? Jesus mesmo comparou a morte a um sono, quando estava para ressuscitar a Lázaro: “Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo… Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (João 11:11 e 14).
A morte é um período de descanso, de sono, de pausa, onde o corpo volta ao pó e o espírito (fôlego de vida, “pneuma”) volta a Deus. Somos a junção destes dois “ingredientes”, que nos torna almas viventes (Vide Gênesis 2:7). Portanto, nós não temos uma alma, nós somos uma alma. A partir do momento em que descemos à sepultura, não há mais louvor (v. 10), nem lembrança alguma (v. 11), nem recebemos o cumprimento da justiça divina (v. 12), mas, como confirmou o sábio Salomão, “entramos” na “terra do esquecimento”: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas OS MORTOS NÃO SABEM COISA NENHUMA, NEM TAMPOUCO TERÃO ELES RECOMPENSA, PORQUE A SUA MEMÓRIA JAZ NO ESQUECIMENTO” (Eclesiastes 9:5). Percebem como a Palavra de Deus deve ser estudada um pouco aqui, um pouco ali, sobre o mesmo assunto (Vide Isaías 28:10)?
Muitos têm sido enganados e outros muitos têm distorcido as verdades divinas (Vide II Pedro 3:16) fazendo com que haja descrédito da parte de muitos com relação à veracidade da Bíblia Sagrada. Mas o salmista escolheu crer e permanecer firme na única coisa que lhe dava algum alívio: sua fé. Apesar de sua ideia equivocada acerca da ira retributiva de Deus, como Jó, ele apegou-se a Deus com todas as suas forças na certeza de que, mesmo que a morte o alcançasse, poderia como o íntegro sofredor afirmar: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a terra” (Jó 19:25).
O Dia do SENHOR se aproxima, quando “todo olho O verá” (Apocalipse 1:7), e todo aquele que mesmo atribulado perseverou até o fim, será salvo (Vide Mateus 24:13). Vem chegando o grande Dia em que o nosso Salvador Se levantará e Sua voz despertará os salvos que dormem no pó: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e OS MORTOS EM CRISTO RESSUSCITARÃO PRIMEIRO” (I Tessalonicenses 4:16).
Ainda que a tua vida esteja à beira da morte (v. 3), ainda que sejas abandonado e rejeitado pelos teus conhecidos (v. 8), ainda que os teus olhos desfaleçam de aflição (v. 9), como o salmista, não cesse de clamar ao Deus da tua salvação (v. 1). Pois, todo aquele que nEle crê, “ainda que morra, viverá” (João 11:25)!
Bom dia, aflitos que serão consolados (Vide Mateus 5:4)!
Desafio do dia*: Talvez você não esteja tão aflito, mas você conhece alguém que está. Considere ser um companheiro de oração para essa pessoa!
*Leiam #Salmo88
Rosana Garcia Barros
*Contribuição: Jeferson Quimelli