Filed under: confiança em Deus, escolhas, fidelidade, profecias | Tags: consequências, escolhas
Comentário devocional:
Este é o terceiro capítulo seguido que nos apresenta uma parábola. Na maioria das vezes as parábolas bíblicas são muito óbvias em seu significado. Muito poucas têm significados ocultos. Quando Jesus falava em parábolas, a maioria delas tinham significado claro. Mas em algumas outras os discípulos aproximaram-se dele e perguntaram: “Senhor, diga-nos, o que é que essa parábola quer dizer?”
A mesma coisa é verdade a respeito das parábolas do Antigo Testamento. Na maioria das vezes no AT uma parábola é muito óbvia em seu significado.
As parábolas de Ezequiel 15 e 16 são fáceis de entender. Porém a do capítulo 17 não. É por isso que o versículo 2 diz: “Filho do homem, propõe um enigma e usa de uma parábola para com a casa de Israel” (ARA). É uma parábola, no sentido que ela tem significados espirituais, mas é um enigma no sentido de que precisa ser explicada.
Na ilustração de Ezequiel uma águia gigante quebrou o topo de um jovem cedro e o levou para uma terra diferente. De fato, em 597 aC Babilônia capturou Joaquim, rei de Judá, juntamente com o melhor do povo de Jerusalém, e levou-os para a Babilônia.
Retornando à terra do cedro, a águia plantou uma semente nativa que cresceu e se transformou em uma videira. Ela não cresceu muito, mas se manteve obediente à águia. Ou seja, retornando a Jerusalém, Babilônia nomeou outro membro da família real de Judá, Zedequias, como rei em lugar de Joaquim. Zedequias recebeu uma limitada independência após ter jurado submissão a Babilônia.
Em seguida, outra águia gigante, tão impressionante quanto a primeira, aparece em cena, e a videira de baixa estatura transfere sua lealdade (suas raízes) a esta nova águia. De fato, Zedequias se rebelou contra a Babilônia através da celebração de um tratado militar anti-Babilônia com o Egito. A primeira águia (Babilônia), portanto, arrancou a videira com suas raízes e cortou seus frutos e galhos, deixando-a murchar e morrer. Babilônia destruiria Jerusalém e levaria Zedequias ao exílio humilhante onde ele morreria.
A interpretação de Ezequiel da ilustração dá ênfase especial à traição de Zedequias ao quebrar o tratado com a Babilônia (v. 18, 19). Zedequias tinha feito um juramento de fidelidade a Nabucodonosor, em nome do Senhor Jeová, mas quebrou esse juramento ao buscar ajuda do Egito. Como castigo ele foi levado cativo para a Babilônia.
Por último, Ezequiel, mostra que Deus, não uma águia, vai retirar o topo de um cedro (v. 22). Ele vai plantá-lo no topo de uma montanha, onde se transformará em uma árvore enorme e magnífica, trazendo benefícios para aves e animais de todos os tipos.
A partir da linha davídica de reis, Deus tomará um rei, o Messias, e por meio dele estabelecerá um reino que trará bênçãos a todo o mundo. Árvores altas e verdes secarão, mas a árvore de Deus florescerá. Nações como a Babilônia e o Egito perecerão, mas o reino de Deus será exaltado.
Ao empreendermos as nossas atividades hoje lembremos de colocar o Messias em primeiro lugar em nossas vidas. Aqueles que estão unidos a Ele hoje participarão de Seu reino para sempre.
Pr Mohanraj Israel
Universidade Spicer, Índia
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/17/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Ezequiel 17
Comentário em áudio
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Comentário devocional:
Neste capítulo temos a mais longa alegoria de toda a Bíblia. A prostituição é a metáfora mais frequente nesta alegoria e, através dela, a infidelidade de Jerusalém ao Senhor é comparada à imoralidade de uma prostituta. A figura da prostituta, espiritualmente falando, é recorrentemente usada no Antigo Testamento para se referir à prática de Israel de seguir a outros deuses. Palavras como prostituição, promiscuidade, lascívia, depravação, imoralidade, são usadas muitas vezes neste capítulo para descrever a falta de fidelidade de Judá a Deus.
A história de Jerusalém, narrada como um conto figurativo de uma menina que nasce e cresce até a maturidade, é apresentada para expor os pecados de Israel. Esta menina não havia nascido em uma família carinhosa normal*; não havia recebido os cuidados que um recém nascido obtinha no antigo Oriente Médio (v. 3-5). Cortar o cordão umbilical, a lavagem com água, esfregar com sal, envolvimento com panos – eram práticas de parteiras palestinas que têm sido observadas entre os camponeses árabes modernos.
Depois de estabelecer a Sua aliança, o Senhor transformou Jerusalém de uma existência marginalizada a uma propriedade real (banhada, vestida, adornada, v. 9-11), apta a ser uma rainha (v. 13). A fama de Jerusalém se espalhou entre as nações, o que aponta para o esplêndido reinado de Israel na época de Salomão. Entretanto, confiou em sua formosura e se entregou à imoralidade espiritual (v. 15-59), a ponto de se tornar mais depravada que Sodoma e Samaria (v. 46-48).
Por incrível que pareça, apesar da longa história de maldade de Jerusalém, a alegoria deixa claro que Deus não a rejeitará para sempre (v. 60-63). Seu cativeiro vai acabar e Deus vai honrar sua antiga promessa de restabelecer a Sua aliança com ela, torná-la pura novamente, protegê-la e elevá-la. Israel será perdoado e declarado justo novamente.
A alegoria aponta também para o fato de que, além da restauração de Jerusalém, Deus um dia perdoará muitas outras pessoas de seus pecados, e que Ele acabará por estabelecer uma existência onde a justiça prevaleça e a rebelião contra Ele não mais existam.
É encorajador perceber que, se estamos em Cristo, já vivemos nessa “aliança eterna”. Nosso futuro lar é a Nova Jerusalém, que vamos alegremente habitar em cumprimento desta promessa de fidelidade da parte de Deus. Lá não haverá nenhuma das abominações – arrogância, materialismo, idolatria – que causaram morte e desolação (espiritual e literal) nos dias de Ezequiel. Mas será novamente a morada de Deus com o Seu povo, um verdadeiro lar eterno para os santos.
Este final feliz para a alegoria, entretanto, não é a única parte que tem significado para nós. A história do pecado de Jerusalém é também um espelho do nosso próprio estado passado. Quando pecamos, estávamos nos voltando contra Deus, que ama e cuida de nós; nos fizemos indignos de Seu socorro.
Quando O ignoramos e até mesmo nos rebelamos abertamente contra Ele, imitando aqueles que admirávamos no mundo, não agimos melhor do que a prostituta Jerusalém. Fizemos assim porque não admiramos e imitamos o Filho de Deus.
No entanto, sempre houve uma esperança para nós, porque Deus ainda nos ama. Não importa quanto tenhamos nos degenerado, nunca estamos tão longe que não possamos ser resgatados, bastando responder pela fé ao chamado de Deus.
Pr Mohanraj Israel
Universidade Spicer, Índia
* “Os primitivos reis que governaram Jerusalém antes da ocupação israelita tinham nomes amorreus e heteus [v. 3]. Foram esses os antecedentes étnicos de Jerusalém. A linguagem de Ezequiel é uma afronta ao povo de Jerusalém que se gabava de ser descendente de Abraão, mas que agia como se descendesse dos antigos pagãos da terra que, mais tarde, veio a constituir Israel. A semelhança do caráter era mais importante do que a mera descendência étnica (ver Jo 8:44). Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4, p. 687.
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/16/
Traduzido por JAD/JDS
Texto bíblico: Ezequiel 16
Comentário em áudio
Comentário devocional:
Nos capítulos 15-17 temos três parábolas. Uma parábola é uma verdade envolta em uma história ou figura de linguagem. Boa parte do ensino de Jesus foi feito por meio de parábolas. Muitos dos profetas do Antigo Testamento, incluindo Ezequiel, também ensinaram desta maneira.
Ezequiel 15 é uma parábola acerca de uma videira. O profeta utiliza a metáfora da videira três vezes, ao longo de cinco capítulos (15:1-8; 17:5-10; 19:10-14). O que a videira possui que a torna mais importante que outras árvores da floresta? Nada! Outras árvores produzem madeira útil, mas a madeira da videira é macia, frágil, torta, e, geralmente, de pequeno porte.
O único propósito da videira é dar frutos. Quando não dá fruto, é inferior a outras árvores. Então, se o povo de Deus perde o seu propósito distintivo de não dar frutos de justiça, então são mais inúteis do que as pessoas do mundo. Pela ótica da parábola, portanto, os judeus foram considerados inferiores a outras nações.
A palavra hebraica aqui para videira indica um ramo que só é útil quando está dando frutos. A madeira não é útil o suficiente para qualquer outra finalidade a não ser para alimentar o fogo. Portanto, como Israel não está produzindo frutos, o fogo do juízo de Deus é iminente. Ezequiel 15:8 diz: “Arrasarei a terra porque eles foram infiéis. Palavra do Soberano, o Senhor.” Se uma videira for frutífera, é valiosa, mas se não for frutífera, é sem valor e inútil – será lançada ao fogo. Isto simboliza a forma na qual Judá havia se tornado inútil para o Senhor e agora não servia para nenhum outro propósito além de ser queimado em julgamento.
Ezequiel muda aqui o sentido da metáfora bíblica da videira. Ela é geralmente uma imagem positiva na Bíblia (cf. João 15). Quando usada de forma negativa, apenas o seu mau fruto é condenado. Mas, agora, Ezequiel critica a própria natureza da videira: a inutilidade de sua madeira, em comparação com a madeira das outras árvores. Os moradores de Jerusalém são inúteis, diz ele, pela sua própria natureza!
Assim, o homem é capaz de produzir fruto precioso somente ao viver para Deus e para os outros; este é o propósito de sua existência. Se ele falhar neste aspecto, ele não tem qualquer utilidade e merece ser destruído. Isto se refere às pessoas que vivem no abandono total de Deus e da verdadeira religião!
Esta parábola é aplicada originariamente a Jerusalém. Porém, tomemos cuidados para que nós mesmos não vivamos de modo infrutífero. Acheguemo-nos a Cristo e busquemos permanecer nEle, praticando as Suas palavras.
Pr Mohanraj Israel
Universidade Spicer, Índia
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/15/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Ezequiel 15
Comentário em áudio
Filed under: arrependimento, idolatria, integridade, relacionamento | Tags: arrependimento
Comentário devocional:
Este capítulo lida com dois aspectos importantes da vida espiritual: o ouvir a palavra de Deus e a oração. A mensagem neste capítulo é dirigida aos anciãos e à nação de Israel, que tentavam usar desses dois caminhos para agradar a Deus. Mas tanto os anciãos quanto a nação de Israel estavam longe da experiência de comunicarem-se com Ele através da Sua Palavra e da oração.
Os anciãos vêm a Ezequiel com o aparente propósito de ouvir a palavra do Senhor, mas seus corações estavam cheios de ídolos. A idolatria impede as pessoas de escutarem a Deus. A manifestação externa do desejo de ouvi-Lo não é suficiente – só estaremos prontos para receber a palavra de Deus depois que o coração estiver limpo de qualquer pecado conhecido. Deus apresenta o remédio para essa condição: arrepender-se e abandonar o pecado (v. 6). A garantia de Deus é que, se Israel se arrepender e voltar-se para Ele, passará a ser novamente o Seu povo e Ele o seu Deus (v. 11).
Deus adverte os falsos profetas de que receberão severa punição por conduzirem seu povo para longe dEle. Por causa de seus pecados, a nação de Israel trouxe punição e desolação sobre si mesma. Contudo, eles pensavam que as orações de alguns profetas justos poderiam ajudar a evitar o castigo de Deus. Em vez de abandonar o seu pecado e arrepender-se, Israel tentou encontrar a sua própria maneira de se reconciliar com Deus.
No entanto, ninguém pode se livrar da punição pelos seus pecados pela justiça de outra pessoa – cada um precisa se arrepender individualmente dos seus pecados. Somente então Deus poderá ouvir as orações e abençoar aqueles que o buscam. E o arrependimento verdadeiro é aquele que envolve uma mudança interior e um completo abandono do pecado.
Que possamos ser testemunhas vivas do cuidado e fidelidade de Deus ao demonstrarmos em nossas vidas o genuíno fruto do verdadeiro arrependimento, nascido de uma verdadeira entrega e submissão a Deus.
Roy Jemison Injety
Spicer College, Índia
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/14/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: Ezequiel 14
Comentário em áudio
Filed under: Falsos profetas, obediência, verdade | Tags: confiança em Deus, salvação
Comentário devocional:
O povo de Deus se encontra em uma situação conflitante: Deus está lhes concedendo mensagens através de Ezequiel, mas há também falsos profetas que os desviam para longe da verdade. Vemos Deus suplicando a seu povo que pare de atender àqueles que com falsidades e mentiras fingem falar a mensagem de Deus, induzindo o povo a construir casas e reforçar os muros de Jerusalém para protegê-los no dia da batalha.
Os falsos profetas podem ser facilmente identificados por suas “mensagens de paz”, quando ao seu redor a realidade é de guerra e problemas. Eles procuram obter o favor de Israel dando falsas esperanças, colocando cal nas paredes fracas que constroem, mas que não resistem e caem diante dos ventos fortes. Esses falsos profetas não apenas enganam as pessoas, mas procuram desacreditar os verdadeiros profetas. A ira e castigo de Deus certamente virão sobre eles.
Os falsos profetas e profetisas procuram seduzir o povo através da sensualidade e artifícios de magia para que acreditem em suas mentiras. Eles espreitam como leões para devorar aqueles a quem enganam. Deus diz que irá cortá-los de Seu povo. Não serão tolerados, mas punidos por enganar o povo de Deus. Eles não tem parte alguma com o reino de Deus e não entrarão nele.
Esta condição de Israel antes da destruição final de Jerusalém pelos babilônios nos lembra e nos adverte de que, como Israel moderno, vivemos na terra do cativeiro de Satanás. Enquanto Deus envia mensagens de advertência para o Seu povo, o inimigo traz falsos profetas e mestres que proclamam mensagens de formas sedutoras a fim de enganar o povo de Deus. Somente aqueles que amam a Deus e a verdade serão capazes de resistir aos enganos do tempo do fim.
Querido Deus, coloca em meu coração o amor à verdade e a disposição de proclamá-la e praticá-la em minha vida. Amém.
Roy Jemison Injety
Spicer College, Índia
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/13/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Ezequiel 13
Comentário em áudio
Filed under: profecias, testemunho, verdade | Tags: escolhas, fidelidade, juízo, rebeldia
Comentário devocional:
O ministério do profeta Ezequiel se estendeu por quase o mesmo tempo que o de Daniel; ambos foram profetas durante o exílio babilônico. Enquanto Daniel se manteve como estadista na corte da Babilônia, Ezequiel recebeu mensagens divinas entre os exilados. Em Ezequiel 12, vemos o profeta encenando a mensagem de Deus através de uma apresentação dramática que deveria atrair a atenção e estimular o pensamento do povo a discernir o significado da mensagem.
O profeta Ezequiel usa o método dramático de apresentar a mensagem de Deus por causa da natureza rebelde dos israelitas. Eles chegaram a uma posição onde tendo olhos, não viam, e tendo ouvidos, não ouviam. Haviam perdido a sensibilidade moral para discernir as mensagens de aviso de Deus.
O foco da mensagem apresentada é a desgraça iminente dos judeus que ainda permaneciam em Judá e o cativeiro do rei Zedequias. Esta mensagem profética, como em outras vezes, é dada para preparar as pessoas, alertá-las sobre o futuro e aceitar as mensagens de Deus. Enquanto Ezequiel advertia os exilados na Babilônia, Jeremias (Jer 34:2-3) revelava sua mensagem a Zedequias de que os babilônios estavam vindo para destruir Jerusalém.
A representação do profeta encontra cumprimento exato na captura de Zedequias, ao tentar ele escapar por um buraco na parede, à noite, e depois ao ter os olhos vazados pelo rei Nabucodonosor em Ribla (v. 12). Embora Zedequias tenha sofrido este destino cruel nas mãos dos babilônios, Deus teve misericórdia em deixá-lo viver e, como prometido através de Jeremias, morrer em paz e não pela espada (Jer 34:4, 5).
Após a captura de Zedequias, muitos judeus foram espalhados e dispersos entre as nações. Mas foram relativamente poucos estes que escaparam da espada, da fome e da peste que sobrevieram sobre Jerusalém. Através deles, as nações iriam aprender mais sobre o Deus de Israel (v. 16). Há sempre uma oportunidade para o remanescente que é fiel a Deus para que seja poupado da punição e sirva de exemplo vivo ao mundo do amor de Deus.
Quando a mensagem de aviso foi dada por Ezequiel aos exilados, houve entre eles incerteza, medo, desânimo e perda de esperança. Alguns entre eles disseram que a palavra do profeta levaria muito tempo para se cumprir ou que a visão iria falhar. Deus afirmou através de Ezequiel que os eventos previstos certamente aconteceriam, apesar da contestação dos falsos profetas. A desgraça sobre a casa de Israel era certa por causa de sua maldade e falta de confiança para acreditar nas mensagens dos verdadeiros profetas (Ezequiel e Jeremias). Deus, neste capítulo, alerta repetidamente as pessoas do perigo iminente e de que Sua Palavra certamente seria cumprida.
Como é trágico ver o povo escolhido de Deus não se voltar para Ele apesar da desgraça e do retorno iminente dos babilônios para atacar Jerusalém! O maligno está sempre tentando anular mensagens divinas com mensagens falsas que são facilmente aceitas.
Se nós, como remanescente final de Deus, não endurecermos nossos corações como o fez o Israel de outrora, mas atendermos às mensagens de Deus e as praticarmos em nossa vida diária, então cumpriremos o Seu propósito para o povo escolhido que é compartilhar o evangelho a todo o mundo.
Roy Jemison Injety
Spicer College, Índia
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/12/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Ezequiel 12
Comentário em áudio
Filed under: Aliança, Amor de Deus, consequências, relacionamento | Tags: consequências, glória de Deus, Remanescente, Shekinah
Comentário devocional:
Existe uma tendência humana para nos compararmos – e as circunstâncias que nos cercam – com os outros. E quando fazemos isto, temos a tendência de nos vermos como melhores do que os outros. Somos tentados a pensar em termos de “nós” em oposição a “eles”. E tendemos a nos colocar no topo, especialmente quando achamos que somos abençoados e outros não.
Os vinte e cinco líderes de Judá que Ezequiel viu avaliaram a sua situação em Jerusalém como muito melhor que a de seus compatriotas que estavam no exílio. Afinal, eles estavam na Cidade Santa, a cidade de Davi , e os exilados estavam longe, vivendo em cativeiro. Parecia, pelas aparências, que aqueles que tinham a liberdade de andar pelas ruas de Jerusalém tinham o favor de Deus (“nós somos a carne”, a parte boa do sacrifício, v. 3) e os que estavam na Babilônia, não. Foram julgados por Deus e receberão a Sua ira.
Quando você está convencido de que está certo e Deus clareia o seu entendimento, mostrando que você está errado, isto pode ser um grande choque. Esta inversão da maneira de pensar aparentemente foi um choque para Ezequiel. Ele pede enfaticamente: “Ah! Soberano Senhor! Destruirás totalmente o remanescente de Israel?” (v. 13). Em outras palavras: “Se essas pessoas que estão em Jerusalém estão enfrentando julgamento, que se dirá de nós? Teremos alguma chance?”
A mensagem de Deus através de Ezequiel é preocupante. Aqueles que estavam em rebelião contra Ele ou que cultivavam uma religião apenas passiva receberiam o julgamento de Deus. A glória de Deus havia abandonado aqueles que professavam ser algo que não eram e sua situação parecia muito sombria.
Mas – e isso é muito importante – a glória de Deus não os havia deixado completamente. A sentença contra essas pessoas não significava o fim do povo de Deus. Um remanescente sempre existiu. Havia um remanescente dos fiéis de Deus (alguns em Babilônia e outros em Judá) e, em pouco tempo, eles iriam experimentar a restauração.
Note que quando a Shekinah, a glória da presença de Deus, fez o Seu caminho para fora do Templo e de Jerusalém, fez uma última parada (v. 22, 23) acima da montanha que fica a leste da cidade. Essa elevação, mais tarde conhecido como o Monte das Oliveiras, não é apenas o lugar onde Jesus se reuniria com seus discípulos para orar, mas é o lugar onde Jesus subiria ao Céu, depois de Sua ressurreição. É o lugar onde, quando Ele voltar com o seu povo depois do milênio, Seus pés irão tocar novamente a terra e o monte se dividirá em dois, abrindo um lugar para a Nova Jerusalém descer (Zc 14:4 e O Desejado de Todas as Nações, p. 829).
Assim como no tempo de Ezequiel, hoje também existem aqueles que presumem ter a salvação por uma religião formal ou professam uma coisa enquanto vivem outra. Mas existe ainda um remanescente. Para estes, a salvação só é recebida por ter a glória de Deus, a Sua presença, no templo de seu coração.
Jesus está ansioso para residir em seu coração e libertar você do pecado. Você vai convidá-lo a entrar? Se você o fez, isto é uma ótima notícia! Louvado seja o Senhor!
Pr. Eric Bates
EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/11/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Ezequiel 11
Comentário em áudio
Filed under: consequências, idolatria, Israel | Tags: glória de Deus, Shekinah
Comentário devocional:
Este é um capítulo onde há movimento, mas ao contrário do capítulo 8, onde Ezequiel é transportado para Jerusalém e para o Templo, o que se movimenta aqui é a glória de Deus.
A glória de Deus se move do lugar Santíssimo até o portão oriental do Templo e, em seguida, a glória de Deus deixa a cidade completamente. Sem a presença da glória de Deus, Jerusalém está condenada. Não é coincidência que Judá tenha desistido de Deus em favor de seus ídolos e agora Deus pareça desistir de Judá por causa de sua tola confiança nos seus ídolos. A glória de Deus havia permanecido durante séculos no lugar Santíssimo, mas agora ela se foi por causa da desobediência do povo.
O que você faria se descobrisse que Deus havia decidido se afastar do prédio da igreja onde você congrega por causa da sua rebelião e idolatria? Como você se sentiria se descobrisse que, apesar de seus hinos e orações no sábado pela manhã, Deus não estava mais em sua igreja? Eu penso que eu e os líderes da minha igreja iríamos nos humilhar e nos lançar sobre a misericórdia de Deus. Veremos, entretanto, no capítulo 11, que esta não foi a reação de Judá quando a glória de Deus deixou o templo.
Apesar da partida de Deus, os líderes de Judá não se humilharam diante do Senhor e Ezequiel descreve que não foi sem pesar que a glória de Deus os abandonou. À medida que Sua glória e os querubins se moviam, em cada local onde passavam houve uma pausa no movimento. Este movimento pode ser descrito como hesitante.
Minha família gosta muito de visitar outras famílias, quando os adultos passam horas em conversação e as crianças brincam. Mas, quando chega a hora de voltar para casa, a despedida leva quase o mesmo tempo que permanecemos juntos. Começamos nosso adeus na sala de estar, fazemos uma pausa no corredor e, em seguida, mais uma pausa na entrada. Nós andamos e paramos várias vezes, porque nós realmente não queremos ir embora.
Deus se afastou de Jerusalém com relutância, porque Ele não queria deixá-los sem dar a Judá amplas oportunidades para implorar: “Senhor, por favor, não vá! Nós não queremos que vás embora. Podes ficar mais tempo?”
Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele está ansioso para ouvir hoje Seus filhos pedindo a sua ajuda e implorando por Sua presença. Louvai o nosso Deus para sempre porque a Sua misericórdia dura para sempre.
Pr. Eric Bates
EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/10/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Ezequiel 10
Comentário em áudio
Filed under: adoração, sábado | Tags: selamento, selo de Deus, tempo de angústia
Comentário devocional:
Depois da visão de Ezequiel das crescentes cenas de abominação no capítulo anterior, seis anjos foram encarregados de executar o julgamento de Deus. Um deles, que estava vestido com a roupa sacerdotal comum, foi instruído a colocar uma marca na testa daqueles que se afligem por causa das abominações que estavam sendo cometidas em Judá. Todos aqueles que não tivessem a marca, a começar pelas autoridades do templo deveriam ser destruídos. Os que tivessem a marca, porém, deveriam ser poupados. Este julgamento teria efeitos tão amplos que Ezequiel temeu que nem mesmo um remanescente fosse poupado da destruição (v. 8).
Esta cena se repete em Apocalipse 9:4, onde Deus, ao descrever as pragas, instrui os gafanhotos a não prejudicarem aqueles que receberam o selo em suas testas. Tanto no livro de Ezequiel quanto no Apocalipse, este selamento ou marcação do povo de Deus indica a proteção especial de Deus sobre os justos nos tempos de angústia pouco antes do retorno de Jesus.
Estamos verdadeiramente vivendo nos últimos dias antes da volta de Cristo. Esse dia será um dia terrível para aqueles que rejeitaram seu Salvador e receberam a marca da besta.
A pergunta de Ezequiel sobre se um remanescente sobreviverá ao julgamento de Deus é muito séria. Será que alguém será capaz de sobreviver?
A resposta é um sonoro “Sim!” Deus tem um remanescente! Os justos terão em suas testas a própria marca de Deus, que é um selo de Sua propriedade. O próprio selo de aprovação de Deus estará em suas testas. Esta marca garante a fidelidade do usuário a Deus e a manifestação do caráter de Cristo neles, não por causa de qualquer coisa que eles tenham feito, mas por causa do gracioso trabalho de Deus através de Seu Espírito Santo em seus corações.
Muitos adventistas interpretam o selo como a observância do sábado, que é uma indicação externa de amor e submissão a Cristo. No entanto, a guarda do sábado é simplesmente uma demonstração externa do trabalho de selagem do Espírito Santo no coração. A marca não é a guarda do sábado, mas ela representa o desenvolvimento do caráter dos corações dos justos.
Na visão, Ezequiel viu uma nação de pessoas que presume que Deus é misericordioso demais para trazer julgamento e acham que suas ações não são vistas por Deus ou apresentam desculpas para o seu pecado. Eles são orgulhosos e egoístas.
Por outro lado, Deus preservou um remanescente que é diferente da maioria. Quando Deus descreve aqueles que são selados, a principal característica que identifica o remanescente é o seu profundo pesar sobre as abominações que ocorrem em sua própria terra e entre seu próprio povo.
O remanescente é um povo que reconhece sua necessidade. Eles são um povo submisso que busca o Senhor com todo o coração. Ao se renderem e se humilharem perante o Senhor, Ele lhes provê a graça para que seu caráter reflita o Seu. O Senhor é Quem graciosamente muda o nosso caráter e nos torna semelhantes a Ele. Essa é uma notícia maravilhosa! Amém.
Pr. Eric Bates
EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/9/
Traduzido por JAQ/JDS/GASQ
Texto bíblico: Ezequiel 9
Comentário em áudio
Comentário devocional:
Neste capítulo, Ezequiel, que se encontrava exilado na Babilônia, vê abominações sendo cometidas em Jerusalém, cada uma pior que a anterior. Na primeira visão (v. 1-6), Ezequiel viu um ídolo sendo adorado publicamente no portão norte de Jerusalém. O norte era a direção típica de onde os inimigos de Judá se aproximavam. Em vez de colocar a sua esperança e confiança em Deus, eles confiavam nesse ídolo para sua proteção.
A situação piora. Na segunda visão (v. 7-13), Ezequiel é levado para um local mais privado, a entrada para o pátio do Templo. Ali Ezequiel vê 70 líderes adorando ídolos semelhantes aos ídolos egípcios, desenhados em uma parede. Você pode imaginar Ezequiel vendo os líderes de Judá adorando ídolos egípcios e declarando que o Senhor não os vê e os abandonou (v. 12)? Isso é terrível, mas tamanha perversidade fica ainda pior na próxima visão.
Ezequiel vê mulheres que praticam um ritual babilônico, chorando para o deus Tamuz. O ritual tinha como objetivo apressar a ressurreição dentre os mortos do deus Dumuzu (o nome babilônico para Tamuz). Esse ritual marcava o fim do inverno e simbolizava fertilidade e vida nova. Essas mulheres estão de luto pelo deus do inverno que estava morto, em vez de adorarem ao Deus vivo.
A visão final do capítulo oito é a mais abominável. Esta visão tem lugar no próprio Templo. Ezequiel vê 25 homens de costas para o templo, olhando para o oriente, adorando o sol. Eles dão as costas para o Criador e adoram a Sua criação.
Estas visões não deixam ninguém de fora. As visões de idolatria incluíam a todos – homens e mulheres, povo e líderes, ídolos e deuses de todas as regiões. A idolatria se espalhara por toda a Jerusalém e até mesmo para o interior do Templo.
É importante notar que nessas visões da idolatria de Judá, esses adoradores de ídolos nunca diziam que Deus não existia. Na verdade, o povo de Judá e seus líderes reconheciam a sua existência, mas negavam sua relevância em suas vidas.
O mesmo pode ser dito de nós, às vezes. Professamos, nominalmente, nossa fé e raramente questionamos a existência de Deus ou Seu cuidado por nós. No entanto, quando enfrentamos problemas – uma doença grave, dificuldades financeiras devido a cortes nas horas de trabalho, desemprego ou problemas em nossos relacionamentos -, nosso comportamento, muitas vezes, nega o que professamos. Agimos como aqueles que não esperam no Senhor.
Mas aqui estão as boas notícias: Deus quer nos ajudar e tem todo o poder no céu e na terra para fazer isso! Você e eu podemos confiar nele acima de tudo. Amém.
Pr Eric Bates
EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/8/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Ezequiel 8
Comentário em áudio