Reavivados por Sua Palavra


Romanos 14 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli

2 Legumes. Do gr. lachana, “vegetais” (ver com. do v. 1). Paulo não discute a conveniência de comer certos alimentos ou abster-se deles, mas ordena paciência e tolerância nesses assuntos. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 700.

Em Coríntios, o problema é identificado como a ingestão de alimentos sacrificados aos ídolos. De acordo com os antigos costumes, os sacerdotes pagãos praticavam um extenso comércio dos sacrifícios de animais oferecidos aos ídolos. Paulo disse aos conversos, tanto do judaísmo como do paganismo, em Corinto que, na medida em que os ídolos não eram nada, também nada havia de errado, em si, em comer alimentos dedicados a eles: No entanto, ele explica que, devido à experiência prévia, treinamento e diferenças de discernimento espiritual, nem todos tinham esse “conhecimento” e podiam não sentir a consciência livre para consumir esses alimentos (ver com. de 1Co 8). Assim, Paulo exortou os que não tinham problemas quanto a esses alimentos a que não colocassem uma pedra de tropeço no caminho de um irmão mediante o consumo dos mesmos (Rm 14:13). Sua admoestação, portanto, está em harmonia com a decisão do concílio de Jerusalém e, sem dúvida, lança luz sobre pelo menos uma das razões pelas quais o concílio tomou essa posição sobre o assunto (ver com. de At 15). Por receio de escandalizar outros, alguns cristãos se abstinham de alimentos cárneos, o que significa que sua alimentação era restrita a “legumes”, isto é, vegetais (cf. Rm 14:2). Paulo não trata de alimentos prejudiciais à saúde. CBASD, vol. 6, p. 698, 299.

3 Julgue. A censura é muitas vezes uma característica daqueles cuja experiência religiosa se fundamenta em grande parte no cumprimento de exigências exteriores. CBASD, vol. 6, p. 700.

4 Tu que julgas. Paulo se dirige ao irmão débil, uma vez que “julgas” corresponde ao “julgue” do v. 3. CBASD, vol. 6, p. 700.

Julga. Do gr. krinõ, “julgar”, “avaliar”, “aprovar”. Paulo discute então a observância de dias especiais, outra causa de discórdia e confusão entre os crentes (ver com. do v. 1; comparar com questão semelhante nas igrejas da Galácia [Gl 4:10, 11] e de Colossos [Cl 2:16, 17]). Os crentes cuja fé os capacita a abandonar imediatamente todos os feriados cerimoniais não devem desprezar os outros cuja fé é menos experiente. Nem, por sua vez, estes últimos podem criticar os que lhes parecem liberais. Cada crente é responsável por si diante de Deus (Rm 14:10-12). E o que Deus espera de cada um de Seus servos é que “esteja inteiramente convicto em sua própria mente” e siga conscientemente as próprias convicções, de acordo com a luz que recebeu. Entre os seguidores de Cristo não deve haver força nem compulsão. É o espírito de amor e tolerância que deve prevalecer. CBASD, vol. 6, p. 701.

Opinião bem definida. Ou, “plenamente convencido” (ver com. de Rm 4:21). Paulo não sugere que os cristãos não discutam assuntos sobre os quais pode haver discordância. Ao contrário, ele insiste que os crentes cheguem a conclusões claras e definidas. Mas, ao mesmo tempo, devem fazê-lo com amor por aqueles de opiniões diferentes. Não se deve privar a ninguém da liberdade de ter a própria posição quanto ao dever pessoal (comparar com DTN, 550; Ed, 17). CBASD, vol. 6, p. 701.

6 Para o Senhor. O motivo de ambas as partes é o mesmo, seja na observância, seja na negligência de um dia, no uso ou na abstinência de alimentos. O irmão mais amadurecido dá graças a Deus por “todas as coisas” (v. 2) e participa de seu alimento para a glória de Deus (cf. 1Co 10:31). Seu irmão débil dá graças a Deus por aquilo que come, e para a glória de Deus, abstém-se de alimentos que possam ter sido sacrificados aos ídolos (ver com. de Rm 14:1). CBASD, vol. 6, p. 701.

7 Vive para si. Não é só na questão dos alimentos e dos dias especiais que o cristão faz tudo “para Penhor”. É seu objetivo não viver “para si próprio”, para o próprio prazer e de acordo n os próprios desejos, mas “para o Senhor”, para Sua glória e de acordo com Sua vontade (ver 2Co 5:14, 15). … As palavras deste versículo têm sido muitas vezes aplicadas à influência que as pessoas exercem sobre seus semelhantes. Deve ser lembrado, porém, que este não é o sentido principal, como o contexto deixa evidente. Paulo enfatiza o pensamento de que tudo o que o cristão faz, ele o faz com referência ao Senhor. CBASD, vol. 6, p. 702.

8 Somos do Senhor. Ou seja, pertencemos a Cristo, pois Ele é o “Senhor tanto de mortos como de vivos” (v. 9). Os débeis e os amadurecidos na fé, igualmente na vida ou a morte, são responsáveis perante o Senhor, pois são propriedade adquirida para Ele (At 20:28; 1Co 6:20; Ef 1:14). Que direito alguém de julgar quem pertence a Cristo? CBASD, vol. 6, p. 702.

9 De mortos como de vivos. A inversão da ordem habitual destas palavras talvez seja devida à ordem das palavras sobre Cristo, na primeira parte da frase. Mesmo na morte, o cristão pertence a Cristo, porque, quando morre, adormece “em Jesus” (1Ts 4:14; cf. Ap 14:13). … Este versículo é usado por alguns para defender que a alma é imortal e que a morte só transfere o crente de uma esfera de serviço consciente para outra. A interpretação está fora de sintonia com o restante das Escrituras. A questão da natureza da alma deve ser determinada com base em outras passagens que tratam da condição da alma na morte, assunto que Paulo não trata aqui (ver Jó 14:21; Ec 9:5; Jo 11:11). CBASD, vol. 6, p. 702.

10 Por que julgas […]? Ou, “por que tu desprezas teu irmão?” O que julga o irmão é o que “come legumes”, e o que despreza é o que conscientemente acredita que “pode comer de todas as coisas” (v. 2). CBASD, vol. 6, p. 702.

Todos compareceremos. Considerando que todos os crentes são igualmente súditos e servos de Deus, e que todos devem comparecer perante o mesmo tribuna], eles não têm o direito de julgar uns aos outros. Esse julgamento usurpa uma prerrogativa de Deus (Rm 14:10; cf. 2Co 5:10). CBASD, vol. 6, p. 702.

13 Não nos julguemos. A primeira razão de Paulo para não julgar é que as pessoas são responsáveis, não a si mesmas, mas a Deus, que é senhor e juiz. A segunda razão é sua regra, repetida muitas vezes, do amor cristão. Os crentes amadurecidos na fé, por amor, terão consideração pelos sentimentos e pela consciência de seus irmãos débeis, e terão cuidado para evitar ofendê-los ou confundi-los. Embora seja verdade que, em matéria de consciência, ninguém é responsável perante o outro, todos os cristãos são responsáveis pelo bem-estar mútuo. Apesar de o cristão ser livre para abandonar todos os critérios legalistas do passado, o amor ao próximo lhe proíbe de usar essa liberdade, se isso puder prejudicar um irmão “débil na fé” (Rm 14:1). CBASD, vol. 6, p. 703.

14 Nenhuma coisa. Isto é, neste contexto, os alimentos de que Paulo tratou (ver com. do v. 1). A expressão “nenhuma coisa” não deve ser entendida em sentido absoluto. Frequentemente, as palavras transmitem mais de um sentido, portanto, a definição particular, em cada caso, deve ser determinada pelo contexto. Por exemplo, quando Paulo disse:’ “todas as coisas me são lícitas” (1Co 6:12), sua declaração, se isolada do contexto, seria a declaração de um libertino. O contexto, que é de uma advertência contra a imoralidade, proíbe imediatamente essa dedução. CBASD, vol. 6, p. 703.

De si mesma. Os alimentos dos quais o “débil” (v. 1) se abstém de comer, mas que o irmão amadurecido aceita, não são os tipos de alimentos que são impuros em sua própria natureza, mas devem sua mancha aos escrúpulos da consciência. CBASD, vol. 6, p. 703, 704.  

Impura. Do gr. koinos, literalmente, “comum”. Este termo era usado para descrever as coisas que, apesar de “comuns” para o mundo, eram proibidas aos judeus (ver com. de Mc 7:2). CBASD, vol. 6, p. 704.

Para esse fim é impura. O cristão “débil” (v. 1) crê que não deve comer alimentos oferecidos aos ídolos, por exemplo, e faz com que seja uma questão de consciência a abstinência desses alimentos. Enquanto mantém essa convicção, tal prática seria um erro para ele. Ele pode estar errado, pelo julgamento de outro ponto de vista, mas não seria adequado que ele agisse em violação do que ele conscientemente supõe que Deus requeira (v. 23). CBASD, vol. 6, p. 704.

15 Entristece. O irmão débil é ofendido e tem a consciência perturbada ao ver os crentes mais experientes entregando-se ao que ele considera pecaminoso. Essa dor pode resultar em destruição, pois ele pode se afastar da fé, o que estaria associado a práticas que considera pecaminosas, ou pode ser levado pelo exemplo dos amadurecidos a concordar com atitudes que lhe parecem pecaminosas (ver 1Co 8:10-12). CBASD, vol. 6, p. 704.

Não faças perecer. Seja o que for que influencie alguém a violar a consciência, isso pode resultar na destruição de sua fé. A consciência, uma vez violada, fica enfraquecida. Uma violação pode levar a outra até que a fé seja destruída. Portanto, o cristão que, por condescendência egoísta, mesmo sobre algo que considera perfeitamente adequado, exerce influência tão destruidora, é culpado da perda de uma pessoa pela qual Cristo morreu (cf. 1Co 8). CBASD, vol. 6, p. 704.

Cristo morreu. Ele deu a vida para salvar os débeis (v. 1), e seus irmãos não devem destruí-los por questão de indulgência sobre certos alimentos. Em comparação com o que Cristo fez, o sacrifício pedido é insignificante. Ele deu Sua vida. Certamente, os cristãos amadurecidos na fé estarão dispostos a renunciar ao prazer de alguma comida ou bebida favorita em favor dos débeis. CBASD, vol. 6, p. 704.

17 O reino de Deus. [O] presente reino da graça (ver com. de Mt 4:17; Mt 5:2, 3). … A essência do reino de Deus não está em coisas exteriores, mas na graça interior da vida espiritual. CBASD, vol. 6, p. 704, 705.

Comida nem bebida. Ou, “comer e beber”. Estas questões são insignificantes, quando comparadas com o que, na verdade, constitui o reino de Deus. CBASD, vol. 6, p. 705.

Paz. Inclui não só a reconciliação com Deus (Rm 5:1), mas também a harmonia e o amor na igreja (cf. Rm 14:19; Ef 4:3; Cl 3:14, 15). CBASD, vol. 6, p. 705.

Alegria no Espírito Santo. Esta é a condição dos que “vivem no Espírito” (Gl 5:25; cf. Rm 15:13; Gl 5:22; 1Ts 1:6). Os amadurecidos na fé entendem que o reino de Deus consiste em graças espirituais como estas, e não em coisas materiais como comida e bebida. Assim, no que diz respeito à liberdade cristã no comer e beber, eles preferem restringir a própria liberdade a permitir que o exercício dela destrua a paz da igreja (Rm 14:13). CBASD, vol. 6, p. 705. 

18 Deste modo. O crente que age com amor conquista a boa vontade de seu irmão, em lugar de colocar uma pedra de tropeço em seu caminho. CBASD, vol. 6, p. 705.

20 Destruas. Do gr. kataluõ, literalmente, “derrubar”. A palavra é usada para descrever a demolição de algo que foi construído. Portanto, dá-se sequência aqui à figura iniciada com o termo “edificação”, literalmente, “construção”, no v. 19. Pela mera questão de comida, os cristãos não podem lutar contra Deus, derrubando e destruindo o que Ele construiu. CBASD, vol. 6, p. 705.

Com escândalo. Paulo estaria dizendo que “é errado a pessoa ser uma pedra de tropeço para os outros por causa do que come”. CBASD, vol. 6, p. 705.

21 É bom. O cristão amadurecido deve estar disposto a abrir mão de sua liberdade nessas questões relativamente insignificantes, em vez de ofender o irmão débil (cf. 1Co 8:13). CBASD, vol. 6, p. 705. 

Vinho. Evidentemente, a carne e o vinho eram os principais objetos de escândalos religiosos para os “débeis”, provavelmente porque era usados pelos pagãos nos sacrifícios aos ídolos. CBASD, vol. 6, p. 705.  

22 Tem-na para ti mesmo. Esta fé não deve ser exercida abertamente para escandalizar (v. 1) o “débil”, mas deve ser mantida entre si mesmo e Deus. CBASD, vol. 6, p. 706.

Bem-aventurado. Do gr. makarios (ver com. de Mt 5:3). Esta é a felicidade diurna consciência clara e confiante. CBASD, vol. 6, p. 706.  

23 Tem dúvidas. Ou, “debate dentro de si mesmo”. Isto se compara à pessoa de coração dividido (Tg 1:6; cf. Mt 21:21; Mc 11:23; Rm 4:20). CBASD, vol. 6, p. 706.

É condenado. Do gr. katakrinõ, “condenar”. Aquele que come, apesar das dúvidas de sua consciência, é condenado. CBASD, vol. 6, p. 706.

. Paulo afirma aqui que, se o cristão não age por convicção pessoal de que o que faz é certo, mas, em vez disso, segue o juízo de outros, sua ação é pecaminosa. Não se deve violar a própria consciência. Mas ela pode requerer treinamento. Pode sinalizar que certas coisas sejam erradas, quando de fato podem não ser. Assim, até que seja convencido pela Palavra e pelo Espírito de Deus de que determinada atitude é boa, o crente não deve seguir a consciência por si só. Não deve fazer dos outros o critério para sua conduta; deve ir às Escrituras e aprender por si mesmo seu dever sobre o assunto (ver T2, 119-124). CBASD, vol. 6, p. 706.



Romanos 12 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli

4817 palavras

Paulo volta-se à aplicação prática de tudo o que já dissera nessa epístola. … agora Paulo detém-se nos pormenores para demonstrar que Jesus Cristo deve ser Senhor de todas as áreas da vida. … toda a epístola procura demonstrar que Deus exige a nossa atuação, bem como a nossa crença e a nossa reflexão. A fé manifesta-se na obediência. Bíblia de Estudo NVI Vida.

rogo-vos.Paulo então se volta para a aplicação prática da justificação pela fé, que explicou nos cap. 1 a 11. Ele mostra que justificação pela fé significa não só perdão dos pecados, mas também novidade de vida. Inclui justificação e santificação; reconciliação bem como transformação. O propósito de Deus é restaurar completamente os pecadores, tornando-os aptos a viver em Sua presença. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 677.

pois.Uma vez que o crente foi justificado pela fé em Cristo e restaurado como filho de Deus e membro da família celestial, deve levar uma vida de pureza e santidade, como convém a sua nova condição. Assim, Paulo deixa claro que a justificação pela fé e a salvação pela graça não permitem a ilegalidade ou o descumprimento dos mandamentos de Deus. Ao contrário, aquele que é justificado e ‘ santificado torna-se cada vez mais disposto a obedecer, pois “a justiça da lei” está sendo cumprida nele (Rm 8:4, ARC). CBASD, vol. 6, p. 676.

Vosso corpo. Paulo primeiramente apela aos cristãos para que consagrem o corpo a Deus. Então, ele os exorta a dedicar a Ele suas faculdades intelectuais e espirituais (v. 2). A verdadeira santificação é a dedicação de todo o ser: corpo, mente e espírito / (lTs 5:23), ou seja, o desenvolvimento harmonioso das faculdades físicas, mentais e espirituais, para que a imagem de Deus, na qual, originalmente, o ser humano foi criado, seja restaurada (Cl 3:10). CBASD, vol. 6, p. 676, 677.

sacrifício vivo. Em oposição a um sacrifício de sangue [Oferenda de animais mortos]. Andrews Study Bible.

Os sacrifícios do sistema cerimonial do AT eram de animais mortos. O sacrifício cristão é o ser vivo. O adorador cristão se apresenta vivo com todas as suas energias e faculdades dedicadas a Deus. CBASD, vol. 6, p. 677.

Santo. Os judeus eram proibidos de oferecer em sacrifício um animal que fosse coxo, cego ou vítima de qualquer deformidade (Lv 1:3, 10; 3:1; 22:20; Dt 15:21; 17:1; Ml 1:8). Toda oferta era examinada e, se descoberta qualquer mancha, o animal era rejeitado. Da mesma forma, os cristãos devem apresentar o corpo na melhor condição possível. Todas as faculdades e virtudes devem ser preservadas puras e santas; caso contrário, a dedicação de si mesmo a Deus não pode ser aceitável. Esse requisito não é arbitrário. O propósito de Deus para os crentes é a completa restauração. Isso inclui, necessariamente, a purificação e o fortalecimento da integridade física, bem como dos poderes mentais e espirituais. CBASD, vol. 6, p. 677.

O Deus que amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho para salvar deleita-Se quando os pecadores se convertem dos hábitos autodestrutivos e se dedicam a Ele. Isso torna possível a Ele cumprir Seu propósito de restaurá-los. e levá-los de volta à perfeição em que foram originalmente criados. CBASD, vol. 6, p. 677.

Culto. Paulo fala de um culto que diz respeito a mente, razão e entendimento, em contraste com o que é exterior e formal. A vida cristã em pureza e santidade é um ato de adoração espiritual. O sacrifício já não consiste de animais, mas da própria pessoa, num ato de culto que diz respeito à sua razão. … Este versículo eleva o significado dos princípios do viver saudável. O crente realiza um ato de adoração espiritual, oferecendo a Deus um corpo santo e saudável, juntamente com mente limpa e coração consagrado, porque, assim fazendo, submete à vontade de Deus tudo o que há nele e abre o caminho para a plena restauração da imagem divina em si. … O motivo é que o cristão glorifica a Deus em seu corpo (1Co 6:20; cf. 1Co 10:31), servindo como exemplo vivo da graça salvífica de Deus e participando com mais força e vigor na obra de difundir o evangelho. CBASD, vol. 6, p. 677, 678.

culto racional. Adoração espiritual em oposição a um serviço em templo físico. A adoração cristã consiste em uma conduta santa. Andrews Study Bible.

Racional. Do gr. logikos, “racional”, “espiritual”, “lógico”. A outra ocorrência desta palavra no NT é em 1 Pedro 2:2, em que “espiritual” é a tradução preferível (ver com. ali). CBASD, vol. 6, p. 678.

Não vos conformeis com este século.O cristão não deve seguir os costumes de sua época, como era seu hábito anterior, quando vivia segundo a carne (Rm 8:12). Ao contrário, deve passar por completa transformação mediante a renovação da mente. CBASD, vol. 6, p. 678.

transformem-se. Aqui se trata de um processo, não de um fato isolado. Bíblia de Estudo NVI Vida.

renovação da vossa mente. Adotando um novo padrão de pensamentos e julgamentos. Andrews Study Bible.

Na conversão, a mente é posta sob a influência do Espírito de Deus. O resultado é que “temos a mente de Cristo” (1Co 2:13-16). … E, ao ser o interior transformado pelo poder do Espírito Santo, a vida exterior é progressivamente alterada.  CBASD, vol. 6, p. 678.

Experimenteis. Pela renovação da mente, o crente é habilitado a saber o que Deus deseja que ele faça. É iluminado para rejeitar as formas de conduta desta época má. Se já não tem mente carnal, mas a mente de Cristo, ele está disposto a fazer a vontade de Deus e, assim, é capaz de reconhecer e compreender a verdade (Jo 7:17). Só a mente renovada pelo Espírito Santo pode interpretar corretamente a Palavra de Deus. CBASD, vol. 6, p. 678.

qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus pode ser traduzida como: “para que experimenteis e aproveis qual é a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita”.  CBASD, vol. 6, p. 679.

boa. O que leva ao crescimento espiritual e moral do cristão. Bíblia de Estudo NVI Vida.

3. Porque […] digo. Paulo passa então a demonstrar os resultados práticos da mente renovada e iluminada. Primeiramente, ele fala da humildade e sobriedade de espírito que convêm ao crente consagrado e do uso apropriado dos dons espirituais para a construção unificada da igreja. CBASD, vol. 6, p. 679.

A cada um. Com estas palavras enfáticas, Paulo inclui cada membro individual da igreja de Roma, não importando seu ofício ou sua influência. CBASD, vol. 6, p. 679.

não pense. A tradução literal seria: “Para não se ensoberbecer além do que deveria pensar, mas pensar de modo a estar sóbrio.” Esta é uma advertência contra superestimar-se a si mesmo. Cada cristão precisa se familiarizar com os pontos fracos, bem como com os traços positivos de seu caráter, a fim de estar protegido contra o envolvimento em empreendimentos e responsabilidades para os quais Deus nunca o capacitou (ver OE, 319). CBASD, vol. 6, p. 679.

moderação. O orgulhoso e vaidoso não tem uma ideia correta de si mesmo. A humildade é o efeito imediato da entrega a Deus e à consequente renovação da mente. O cristão consagrado reconhece sua dependência da graça de Deus por todo dom espiritual que possa desfrutar, e isso não deixa espaço para autoestima desvirtuada. O cristão vê a si mesmo com discernimento iluminado e julgamento sóbrio. CBASD, vol. 6, p. 679.

a medida da fé. Este é o verdadeiro padrão pelo qual se deve medir. A pessoa com mente carnal não regenerada avalia-se pelos padrões do mundo, por riqueza, posição ou erudição. Está sempre se esforçando para dar a impressão de ser maior do que realmente é. Mas, quando a fé assume o comando, e a mente se renova, a pessoa tem poder para discernir as reais limitações de suas habilidades. A fé apresenta um novo padrão de medida, de acordo com o qual se pode determinar com precisão a natureza e a extensão das habilidades e, assim, não pensar demasiadamente sobre si mesmo. Percebe-se que, quanto maior a fé, maior será a influência e o poder espiritual. Mas isso não pode ser um motivo para orgulho, pois quanto maior a medida da fé, mais elevada será a percepção da dependência de Deus. CBASD, vol. 6, p. 679

4-8 Compare as listas de dons espirituais em 1Co 12:4-11, 27-30; Ef 4:11. Sobre o propósito dos dons espirituais, ver Ef 4:11-16. Andrews Study Bible.

num só corpo temos muitos membros. A razão pela qual os cristãos devem ter humildade e bom-senso é que a igreja, assim como o corpo humano, é composta de muitos membros, com diferentes funções a executar. Essas funções são necessárias e importantes , mas nem todas parecem igualmente gloriosas. Na igreja, o bem-estar e o progresso de todos dependem do espírito de amor, cooperação e estima recíproco entre os membros, cada um exercendo suas funções designadas. Essa ilustração do corpo e seus membros é desenvolvida de forma mais completa em 1 Coríntios 12:12 a 27. CBASD, vol. 6, p. 679.

Um só corpo em Cristo. Assim como muitos membros compõem um só corpo humano, assim também, a multidão de cristãos é um só corpo em Cristo. Jesus é o único que une e vitaliza toda a congregação de crentes. Paulo descreve Cristo como a cabeça da igreja, e os membros todos sujeitos a Ele (Ef 1:22; 4:15, 16; Cl 1:18). Essa unidade da igreja cristã sugere a interdependência de seus membros. Uma vez que todos pertencem a um só corpo, pertencem individualmente uns aos outros. Assim, Paulo ordena que os crentes trabalhem unidos, cada um em sua própria esfera, para o bem comum da igreja. CBASD, vol. 6, p. 679, 680.

6-8 Dê uma olhada nesta lista de dons e imagine os tipos de pessoas que receberia cada dom. Profetas muitas vezes são ousados e articulados. Cristãos servidores (envolvidos no ministério) são fiéis e leais. Professores conseguem pensar claramente. Exortadores sabe como motivar os outros. Doadores são generosos e confiantes. Líderes são bons organizadores e gestores. Os misericordiosos e cuidadores são pessoas que são felizes em dar o seu tempo aos outros. Seria difícil para uma pessoa apresentar todas estas características. Um profeta assertivo não costuma ser um bom conselheiro, e um doador generoso pode falhar como líder. Quando você identificar seus próprios dons (e esta lista está longe de ser completa), pergunte como você pode usá-los para construir a família de Deus. Ao mesmo tempo, perceba que seus dons não podem fazer o trabalho da igreja sozinho. Seja grato por pessoas cujos dons são completamente diferentes dos seus. Deixe os pontos fortes deles equilibrarem suas fraquezas, e seja grato por que as habilidades deles compensam as suas deficiências. Juntos vocês podem construir a igreja de Cristo. Life Application Study Bible.

diferentes. Pela graça de Deus, os membros da igreja cristã são dotados de grande variedade de poderes espirituais, a fim de atender às diferentes necessidades de seus irmãos e disseminar o evangelho a cada nação, língua e povo. CBASD, vol. 6, p. 680.

Dons. Do gr. charismata, “dons da graça” (cf. Rm 1:11; 5:15, 16; 6:23; 11:29; ICo 7:7; 12:4, 9, 28). Estas são qualidades e faculdades especiais transmitidas aos crentes pelo Espírito Santo, para o serviço da igreja. Muitas vezes, parecem ser talentos naturais de que o Espírito Se apropria, aumentando seu poder e santificando seu uso. Todos os dons espirituais são “dons da graça”, concedidos de acordo com a vontade e o propósito de Deus. Os que os recebem não têm motivo para vaidade. A fonte de sua força e influência não está em si mesmos. CBASD, vol. 6, p. 680.

Profecia. Nas Escrituras, este termo se aplica a qualquer palavra inspirada e não deve ser limitado à predição de eventos. Um profeta pode falar do passado, do presente ou do futuro (ver Êx 7:1; Lc 1:76, 77; At 15:32; I Co 14:3, 24, 25). CBASD, vol. 6, p. 680.

Não é somente predizer o futuro. Muitas vezes o termo se refere a pregar a mensagem de Deus. Life Application Study Bible.

O significado da expressão “de acordo com a proporção da fé” é indicado pela frase paralela 4 “segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (v. 3). Se a mente do cristão foi renovada (v. 2) e se torna capaz de fazer um julgamento sóbrio (v. 3), ele avalia corretamente as próprias habilidades e poderes v empregá-los adequadamente e com humildade a serviço de Deus, que o dotou com esses dons para esse fim (ver com. do v. 3). CBASD, vol. 6, p. 680.

De acordo com nossos dons espirituais e nosso chamado. Neste capítulo Paulo utiliza o termo “fé” como o senso de nosso entendimento dos dons espirituais porque espera-se que expressemos nossa fé através dos dons espirituais que temos recebido (ver 1:11-12). Andrews Study Bible.

Deus dará o poder espiritual necessário e apropriado para desempenhar a responsabilidade. Life Application Study Bible.

Ministério. Do gr. diakonia. … Uma vez que Paulo fala aqui de diferentes dons e distingue “ministério” de profecia, ensino e exortação, parece evidente que a palavra deve ser entendida no sentido mais limitado de serviço em assuntos temporais e externos, tais como o suprimento das necessidades dos pobres, dos doentes, bem como dos estrangeiros. CBASD, vol. 6, p. 680.

dediquemo-nos. O sentido é que os que foram chamados para esse tipo de serviço devem se dedicar a ele. O trabalho de atender às necessidades temporais da igreja não deve ser considerado de pouca importância. É tanto um dom da graça de Deus como o é a profecia. O significado espiritual desse serviço é enfatizado pelo fato de que, no tempo dos apóstolos, só homens “cheios 680 do Espírito Santo e de sabedoria” eram colocados sobre “o ministério diário” da assistência (At 6:1, 3). CBASD, vol. 6, p. 680, 681.

ensina. Em 1 Coríntios 12:28, o mestre é alistado logo depois de apóstolos e profetas. Seu trabalho é organizar, desenvolver, impressionar a mente e aplicar à vida prática as verdades reveladas. Este dom consiste em um entendimento iluminado e na habilidade da exposição clara. CBASD, vol. 6, p. 681.

Exorta. Do gr. paraklêsis, “apelo”, “encorajamento”, “consolação” (comparar com Rm 15:5; 2Co 8:4; Fp 2:1). O ensino é dirigido ao entendimento. A exortação visa, sobretudo, ao coração e à vontade. Alguns têm o dom especial de estimular as pessoas à ação, ou confortá-las quando em aflição. CBASD, vol. 6, p. 681.

contribui. Do gr. metadidõmi. O termo significa “contribuir” ou “compartilhar” os próprios bens e as riquezas (comparar com Lc 3:11; Ef 4:28). Paulo passa então dos dons que qualificam para um cargo específico na igreja a outros de natureza mais geral. A aceitação do cristianismo implicou pobreza para muitos dos primeiros crentes, e tornou-se necessário que fossem apoiados pelas ofertas liberais de seus irmãos na fé (cf. At 2:44, 45; Rm 15:26; ICo 16:1; Gl 2:10). CBASD, vol. 6, p. 681.

liberalidade.O cristão que compartilha os bens com os outros deve fazê-lo com singeleza de coração (cf. Ef 6:5; Cl 3:22) e não para se gloriar. Não deve nutrir qualquer ostentação nem objetivo egoísta. Essa sinceridade e generosidade também são dons do Espírito, cuja influência orientadora é necessária para o uso correto das riquezas (cf. Mt 6:3; 19:21). CBASD, vol. 6, p. 681.

O que preside. Literalmente, “aquele que é colocado à frente”. CBASD, vol. 6, p. 681.

diligência.De toda pessoa em posição de liderança, espera-se energia e zelo. Essas qualidades são dons do Espírito Santo, e o cristão que delas foi dotado deve dedicar todo esforço ao trabalho a ele designado.  CBASD, vol. 6, p. 681.

alegria. Seja ao confortar os enlutados ou ao aliviar os sofredores, quem “exerce misericórdia” deve deixar claro que o serviço é prestado voluntariamente e de bom grado. Os atos de bondade realizados com ânimo e alegria são de mais elevado valor do que aqueles praticados apenas pelo cumprimento do dever.  CBASD, vol. 6, p. 681.

9. Amor. … o amor de que Paulo fala aqui não é mera emoção, mas se trata de amor ativo. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Do gr. agapê (ver com. de Mt 5:44; l C o 13.1). Da discussão sobre o uso correto dos dons espirituais, Paulo passa então a instruir os crentes acerca do exercício do maior de todos os dons e do princípio básico de todo o verdadeiro cristianismo: o amor. Assim, como em 1 Coríntios 12 e 13, Paulo aqui conclui a discussão acerca dos dons espirituais com uma referência ao amor. CBASD, vol. 6, p. 682.

Detestai. Do gr. apostugeõ, que ocorre só aqui no NT e significa aversão tão grande a algo que a pessoa se mantém longe do mesmo. O amor sincero não pode tolerar o mal, mesmo que seja numa pessoa amada. CBASD, vol. 6, p. 682.

10 Amai-vos cordialmente. Do gr. philostorgoi, termo que expressa o terno amor e carinho existente entre parentes próximos.  CBASD, vol. 6, p. 682.

Amor fraternal. Do gr. philadelphia, termo que descreve o vínculo estreito que deve existir entre os membros da igreja (comparar com 1Ts4:9; Hb 13:1; 1Pe 1:22; 2Pe 1:7). … Paulo afirma que, em amor por seus irmãos em Cristo, os crentes devem manter aquela mesma calorosa afeição que os parentes próximos. CBASD, vol. 6, p. 682.

preferindo-se em honra uns aos outros. “prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios” (NVI), “se esforcem para tratar uns aos outros com respeito” (NTLH). Talvez o significado pretendido seja o sugerido na passagem quase paralela de Filipenses 2:3: “por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo”. Um resultado do verdadeiro amor é que a pessoa não busca a própria honra ou vantagem, mas está disposta a honrar os outros. Os cristãos, motivados pelo amor genuíno, serão mais dispostos a prestar respeito do que a recebê-lo. CBASD, vol. 6, p. 682.

Tratando o outro com respeito e honra. Na sociedade grecoromana, respeito e honra eram reservados para as pessoas das classes superiores da sociedade. A maioria dos primeiros cristãos eras escravos ou escravos libertos. Andrews Study Bible.

11 No zelo, não sejais remissos (ARA). NVI: “Nunca lhes falte o zelo”.  . Do gr. spoudê: “zelo”, “ardor”, “fervor”. … Aqui, Paulo não se refere a negócios seculares, mas ao zelo e energia espirituais. CBASD, vol. 6, p. 682, 683.

Remissos. Do gr. oknêroi, “demorados”, “hesitantes”, “tímidos”, “lentos”, “descuidados”, “preguiçosos”. CBASD, vol. 6, p. 683.

Fervorosos. Do gr. zeo, literalmente, “ferver”. Apolo é descrito como alguém que era “fervoroso de espírito” (At 18:25). O cristão zeloso sempre mantém o interesse na causa de Deus, como se estivesse a ponto de ebulição. Seu fervor lhe dá poder com as pessoas (At 18:25, 28) e lhe traz o poder de Deus. CBASD, vol. 6, p. 683.

sede fervorosos de espírito. O crente consagrado e ativo não considera o exercício de suas funções cristãs como um trabalho desinteressante e penoso, mas uma experiência alegre e vitalizante. Com o coração em chamas, ele sempre se apressa para onde quer que haja algum bem a ser feito. Compartilha o amor de Cristo pela humanidade caída e, assim, encontra a mais profunda satisfação em ministrar às necessidades dos semelhantes. Assim como o Senhor, ele tem uma energia que outros não conhecem, pois sua comida “consiste em fazer a vontade dAquele que [o] enviou e realizar a Sua obra” (Jo 4:32-34).  CBASD, vol. 6, p. 683.

12 Regozijai-vos na esperança . A esperança cristã é a causa da alegria, e é explicada em Romanos 8:20 a 25. É ela que permite ao cristão olhar para além da escuridão e das dificuldades do mundo presente para as coisas invisíveis e eternas (2Co 4:17, 18). A esperança, bem como muitas das virtudes cristãs, brota da virtude fundamental, que é o amor. Isso é indicado por 1 Coríntios 13:7: o amor “tudo espera”. CBASD, vol. 6, p. 683.

Perseverantes. Devemos orar, não somente em tempo difíceis, mas também para manter comunhão com Deus a todo tempo, mediante a oração (v. Lc 18.1; 1 Ts 5.17). Bíblia de Estudo NVI Vida.

Unicamente pela constante comunhão com Deus é que o cristão pode conservar a força e a coragem para suportar os desafios próprios da fé (ver At 1:14, 6:4; Cl 4:2). O demorar-se nas coisas que são de cima (Cl 3:2) e medir cada ato e impulso pela contemplação da glória e da vontade de Deus é o antídoto contra a impaciência sob provocação e oposição. CBASD, vol. 6, p. 684.

13 compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade. Compartilhai . Do gr. koinõneõ, “compartilhar”, “tomar parte em”, “atuar como parceiro” (ver Rm 15:27; Fp 4:15; ITm 5:22; Hb 13:16; IPe 4:13). Paulo afirma que os cristãos devem compartilhar as necessidades de seus irmãos na fé, e atendê-las como se fossem as suas próprias. Isso é muito mais do que dar esmolas, é uma aplicação prática do princípio do amor (Rm 12:9). CBASD, vol. 6, p. 684.

Refere-se à generosa distribuição de comida e caracterizava o companheirismo dos primeiros cristãos. Andrews Study Bible.

Praticai a hospitalidade. Do gr. diõkõ, literalmente, “perseguir”, “seguir após” (comparar com ICo 14:1; lTs5:15;Hb 12:14; IPe 3:11). O termo indica que os cristãos não devem apenas exercer hospitalidade, mas estar ansiosos por praticá-la.  CBASD, vol. 6, p. 684.

Hospitalidade. Do gr. philoxenia, literalmente, “amor aos estranhos”, portanto, “abrigar os estranhos”. Desde cedo, os cristãos consideraram a hospitalidade uma das mais importantes virtudes cristãs (cf. ITm 3:2; Tt 1:8; Hb 13:2; IPe 4:9). Isso ocorria em vista do grande número de viajantes e perseguidos. Muitos cristãos eram expulsos de suas casas e cidades e obrigados a procurar abrigo com aqueles que mantinham a mesma fé (ver At 8:1; 26:11). A hospitalidade que os crentes praticavam uns para com os outros contribuía para os vínculos que mantinham unidos os membros dispersos da igreja. CBASD, vol. 6, p. 684.

13 A hospitalidade cristã difere de entretenimento social. O entretenimento centra-se no anfitrião – a casa deve ser impecável; a comida deve ser bem preparada e abundante; o anfitrião deve aparecer relaxado e bem-humorado. Hospitalidade, pelo contrário, centra-se nos convidados. Suas necessidades – seja para um lugar para ficar, alimento nutritivo, um ouvido atento, ou aceitação – são a principal preocupação. A hospitalidade pode acontecer em uma casa bagunçada. Pode ocorrer em torno de uma mesa de jantar mesa onde o prato principal é sopa enlatada. Ele pode até mesmo acontecer enquanto o anfitrião e o convidado estão trabalhando juntos. Não hesite em oferecer hospitalidade só porque você está muito cansado, muito ocupado, ou não se considera ter recursos suficientes para entreter. Life Application Study Bible.

14 abençoai os que vos perseguem. Abençoai, do gr. eulogeõ, “falar bem de”, “invocar bênçãos sobre”. No v. 13, Paulo fala do tratamento dos cristãos aos amigos; n e s t e versículo, ele indica o tratamento adequado aos inimigos. Nós “abençoamos” nossos perseguidores, quando oramos e trabalhamos por seu bem. As palavras de Paulo são semelhantes às de Jesus (ver Mt 5:44; cf Lc 6:28; IPe 3:9).  CBASD, vol. 6, p. 684.

O objetivo da conduta cristã é trazer bênçãos aos outros, mesmo àqueles que lhe perseguem. Andrews Study Bible.

15 Alegrai-vos. A simpatia em todas as circunstâncias é uma evidência da autenticidade do amor. Das duas formas de simpatia mencionadas neste versículo, a primeira talvez seja a mais difícil. Parece mais fácil e natural simpatizar-se com a dor. Mas alegrar- se com o sucesso e as alegrias dos outros requer nobreza de caráter. Os opostos dessas virtudes são a inveja, que diz respeito à boa sorte dos outros, e a dor e a maldade, que se satisfazem com os infortúnios dos outros. Essas manifestações de egoísmo são tendências naturais do coração não regenerado.  CBASD, vol. 6, p. 684, 685.

16 Tende o mesmo sentimento. O cristão deve compartilhar dos sentimentos e aspirações de seus irmãos (cf. Rm 15:5; 2Co 13:11; Fp 2:2; 4:2). Entre os cristãos, deve existir sempre a harmonia que resulta de um objetivo comum, esperanças e desejos comuns. Não competir um com o outro. Andrews Study Bible.

Em lugar de serdes orgulhosos. Ou, “não te ensoberbeças” (Rm 11:20), “não cuideis das coisas altivas” (TB). “O amor […] não se ufana, não se ensoberbece” (ICo 13:4). O orgulho pode ser motivado até por realizações espirituais (ver 1Co 12).  CBASD, vol. 6, p. 685.

Condescendei. Do gr. sunapagõ, literalmente, “carregar consigo”, como por uma inundação; portanto, “sujeitar-se”, “submeterse”, “entregar-se”.  CBASD, vol. 6, p. 685.

humilde. A maioria dos membros da igreja era pobre, e os poucos ricos podem ter sido tentados a considerar com algum desdém os irmãos mais humildes (Tg 2:1-9). Mas essa falta de amor e simpatia tornaria impossível aos crentes ter “o mesmo sentimento uns para com os outros”. Portanto, os cristãos devem ter a mente semelhante à de Jesus. … Se o filho de Deus Se dispôs a humilhar-Se por amor de Suas criaturas corrompidas, certamente, os cristãos devem estar dispostos a “rebaixar-se” para se associar a qualquer um dos seus semelhantes (ver OE, 330-336; ver com. de Tg 1:9, 10). CBASD, vol. 6, p. 685.

Não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Esse tipo de orgulho é um pecado contra o amor cristão, pois significa desprezo pela opinião dos outros e, finalmente, até mesmo aos conselhos de Deus.  O cristão que tem a mente renovada não confia na presunção da própria habilidade e compreensão nem se recusa a ouvir os conselhos dos outros. Ao contrário, em amor e humildade, ele respeita o julgamento de seus irmãos e mantém a mente aberta e receptiva ao ensino. Está pronto a reconhecer suas limitações e seus erros, e a aprender com os outros. CBASD, vol. 6, p. 685.

17-21 Estes versos resumem a essência da vida cristã. Se amamos alguém como Cristo nos ama, estaremos dispostos a perdoar. Se temos experimentado a graça de Deus, vamos querer compartilhá-la com os outros. E lembre-se, a graça é favor imerecido. Ao saciar a sede de um inimigo, não estamos desculpando seus crimes. Estamos reconhecendo-o como pessoa, perdoando-o, e amando-o, apesar de seus pecados, assim como Cristo fez por nós. Life Application Study Bible.

17 esforçai-vos. Tentar fazer. Andrews Study Bible.

Fazer o bem. Do gr. kala, “coisas boas”, “coisas nobres”, “coisas corretas”. … A fim de desarmar a oposição, o cristão deve pensar e agir a fim de que sua conduta, devido a bondade e justiça transparente, seja irrepreensível não só diante de Deus, mas aos olhos de todos. Os seguidores de uma causa impopular que querem convencer outros da veracidade e excelência de sua mensagem devem fazer com que seu comportamento esteja acima de qualquer suspeita. O cristão deve fazer sua luz brilhar diante dos semelhantes, para que vejam suas boas obras e glorifiquem ao Pai que está nos céus (Mt 5.16). Para isso, nunca devem se engajar em atividades ou empreendimentos de caráter duvidoso q u e coloquem em descrédito não só a si mesmo, mas também todo o corpo cristão.  CBASD, vol. 6, p. 686.

18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. Os cristãos não deveriam iniciar hostilidades. Andrews Study Bible.

Tanto quanto se refira ao cristão, ele deve fazer tudo que puder para manter a paz. Mas há momentos em que a fidelidade ao princípio pode implicar incorrer no antagonismo dos outros. Portanto, Paulo acrescenta a qualificação: “se possível”. O registro da própria vida de Paulo, que foi um conflito quase constante, mostra que nem sempre é possível manter em paz. Em um mundo onde o príncipe é Satanás, os soldados de Cristo não devem esperar que tudo seja paz. No entanto, o cristão deve sempre se certificar de que, se a paz for quebrada, que não seja por sua culpa. CBASD, vol. 6, p. 686.

19 dai lugar à ira. O artigo definido antes da palavra “ira” indica que a referência é à ira de Deus (cf. com. de Rm 5:9). Essa interpretação é confirmada pelas palavras seguintes: “a Mim Me pertence a vingança. Eu é que retribuirei”. “Dar lugar” significa “dar espaço” para que a ira vingadora de Deus opere. Os cristãos nunca devem buscar vingança contra quem os trata injustamente. Devem deixar o assunto com Deus. Apenas um Deus onisciente, todo-amoroso e perfeito pode julgar e punir os malfeitores com justiça. … Os que estão cheios de pensamentos de vingança dão oportunidade a que Satanás inspire ira, ódio e amargura, quando deveriam encorajar o crescimento do fruto da Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade (Gl 5:22). CBASD, vol. 6, p. 686.

Está escrito. Citação de Deuteronômio 32:35; comparar com Hb 10:30. … em Romanos, é usada como um consolo ao povo de Deus, que é perseguido injustamente. Deus os vinga no devido tempo. CBASD, vol. 6, p. 686.

Os cristãos não deveriam exercer vingança com suas próprias mãos. Andrews Study Bible.

20 amontarás brasas vivas. Isto quer dizer fazê-lo reconhecer o seu pecado e ficar envergonhado e, por fim, arrepender-se. Em qualquer caso, a melhor maneira de mostrar o nosso amor para com o nosso inimigo (Mt 5.44) é torná-lo num amigo. Bíblia Shedd.

Isto pode se referir a uma tradição egípcia de carregar uma panela de carvão em brasas na cabeça como ato público de arrependimento. Ao se referir a este provérbio, Paulo estava dizendo que devemos tratar nossos inimigos com bondade de maneira que eles se envergonhem e se arrependam de seus pecados. a melhor maneira de se livrar de nossos inimigos é torná-los nossos amigos. Life Application Study Bible.

Ver com. de Pv 25:22. A bondade é a melhor vingança que o cristão pode tomar contra um inimigo. Amontoar brasas vivas sobre a cabeça de um oponente significa um ato de amor, e não de maldade. CBASD, vol. 6, p. 687.

21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. A vingança é um sinal, não de força, mas de fraqueza. Sofre derrota quem permite que seu humor seja afetado e seus princípios cristãos de amor e domínio próprio sejam abandonados. Mas quem controla o desejo de vingança e faz do mal sofrido uma oportunidade para mostrar bondade obtém a vitória sobre si mesmo e sobre os poderes do mal. Essa atitude não é apenas mais nobre, quanto mais eficaz. Com ela, pode-se desarmar o inimigo (cf. Pv 15.1) e conquistar outra pessoa. Assim, Deus não retribuiu aos pecadores a vingança que mereciam, mas revelou amor e misericórdia. E a bondade, paciência e longanimidade de Deus que leva as pessoas ao arrependimento (Rm 2:4). CBASD, vol. 6, p. 687.

Este verso resume a vida de Jesus, especialmente Sua morte na cruz. Andrews Study Bible.



Romanos 8 by Jeferson Quimelli

Comentário devocional:

Este capítulo é o clímax da explicação de Paulo acerca do evangelho e um dos grandes capítulos de toda a Escritura. No primeiro versículo, ele resume tudo o que já dissera nos sete primeiros capítulos, afirmando: “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (NVI), que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Ser livre da condenação significa que estamos em Cristo Jesus e não andamos segundo a carne, mas andamos segundo a direção do Espírito Santo. Cristo nos libertou do pecado e da morte.

Paulo prossegue nos lembrando que nossa carne é fraca. No entanto, Cristo veio em semelhança da carne do pecado e condenou o poder do pecado, “a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (v. 4, NVI). Isto é justificação pela fé. A mente carnal é contra Deus e isso leva à morte. No entanto, a inclinação do Espírito “é vida e paz”. Aqueles que são justificados pela fé tem paz com Deus (vs. 5-8).

Em seguida, Paulo demonstra que a vida espiritual é possível quando o Espírito de Deus habita em nós, o que permite que Cristo viva em nós. Quando Cristo vive em nós, o velho homem do pecado morre, e espiritualmente ressuscitamos para viver uma nova vida (vs. 9-13). Mas se continuarmos a viver segundo a carne, morreremos, como ele disse em Romanos 7. Entretanto, nós temos a bela promessa de que quando vivemos uma vida cheia do Espírito Santo nos tornamos filhos de Deus. Podemos falar com Deus como nosso Pai. Não somente isso, mas assim como Jesus é o Filho de Deus, nós também nos tornamos filhos de Deus, isto é co-herdeiros com Cristo! Que presente maravilhoso Deus nos deu (vs. 14-19).

Encontramos então duas belas promessas. A primeira, que o Espírito faz com que nossas orações sejam aceitáveis ​​a Deus. E a segunda, que Deus faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que O amam (vs. 20-30). 

Paulo termina o capítulo dizendo que é o amor de Deus que justifica. Portanto não importa que tribulações venhamos a enfrentar ou quantas perseguições possam se abater sobre nós, enquanto tivermos a graça justificadora em nossas vidas nada poderá nos separar do amor de Deus (vs. 31-39). Viveremos com Ele pelos séculos e séculos da eternidade!

Norman McNulty
Neurologista, TN, EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/rom/8/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: Romanos 8 
Comentário em áudio



Romanos 6 – Comentários de Bíblias de Estudo by Jeferson Quimelli
4 de março de 2015, 0:00
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6.1 – 8.39 Em 3.21 – 5.21 Paulo explica como Deus tem provido a nossa redenção e justificação. E em seguida, explica a doutrina da santificação – o processo mediante o qual os crentes crescem e chegam à maturidade em Cristo. Trata do assunto em três partes: 1) libertação em relação à tirania (cap. 6), 2) libertação quanto á condenação da lei (cap. 7) e 3) vida no poder do Espírito Santo (cap. 8). Bíblia de Estudo NVI Vida.

1, 2 Se Deus ama perdoar, por que não lhe dar mais para perdoar? Se o perdão é garantido, temos a liberdade de pecar o quanto quisermos? A enérgica resposta de Paulo é: “De modo nenhum!” Tal atitude – decidir pecar no futuro para tirar vantagem da benignidade de Deus – mostra uma pessoa que não entende a seriedade do pecado. O perdão divino não diminui a seriedade do pecado; a morte de Seu Filho pelo pecado mostra-nos a terrível seriedade do pecado. Jesus pagou com Sua vida para que pudéssemos ser perdoados. A disponibilidade da graça de Deus não deve se tornar um desculpa para um viver descuidado e frouxidão moral. Life Application Study Bible.

1 Continuaremos pecando para que a graça aumente? A pergunta surgiu do que Paulo acabara de dizer em 5.20: “Onde aumentou o pecado, transbordou a graça”. Tal pergunta expressa um conceito antinômico (contrário à lei). Bíblia de Estudo NVI Vida.

1-4 Na igreja dos dias de Paulo [assim como na igreja adventista, hoje], a forma usual de batismo era por imersão – isto é, os novos cristãos eram completamente “enterrados” na água. Esta forma de batismo simbolizava a morte e sepultamento do velho modo de vida. Sair da água simbolizava a ressurreição para uma nova vida em Cristo. Se pensarmos em nossa vida de pecado como morta e enterrada, teremos um motivo poderoso para resistir ao pecado. Podemos conscientemente escolher tratar os desejos e tentações da velha natureza como se elas estivessem mortos. Então podemos continuar a desfrutar nossa maravilhosa nova vida com Jesus (ver Gl 3:27 e Cl 2:12 e 3:1-4 para mais a respeito deste conceito). Life Application Study Bible.

5ss Podemos desfrutar nossa nova vida em Cristo porque somos unidos com Ele em Sua morte e ressurreição. Life Application Study Bible.

3-4 Através do batismo o crente se identifica com a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus (Cl 2:12-13) e se torna membro do Seu corpo (1Co 12:13). Como o sepultamento, o batismo marca o fim de um antigo modo de vida. Andrews Study Bible.

4 mediante a glória do Pai. pelo poder de Deus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

6 o nosso velho homem. Nosso eu não regenerado; o que éramos antigamente. Bíblia de Estudo NVI Vida.

corpo do pecado. O eu no seu estado pré cristão, dominado pelo pecado. Trata-se de uma expressão figurada em que nosso velho eu é personificado. É um “corpo” que pode ser morto. Para o crente, esse velho eu tem sido “deixado sem poder” … de modo que já não possa nos escravizar ao pecado – embora talvez queira ainda fazer valer alguns restos de vitalidade ao agonizar. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Deus não nos retira deste mundo ou nos torna robôs – nós ainda sentiremos desejo de pecar e algumas vezes pecaremos. A diferença é que antes de sermos salvos nós éramos escravos de nossa natureza pecaminosa, mas agora escolhemos viver por Cristo (ver Gl 2:20). Life Application Study Bible.

7 morreu. O crente morreu com Cristo para o poder dominante do pecado. Bíblia de Estudo NVI Vida.

8 Assim como a ressurreição seguia a morte na experiência de Cristo, assim também o crente que morrer em Cristo é ressuscitado a uma nova qualidade de vida moral aqui e agora. A ressurreição no sentido de um novo nascimento já é um fato e se faz valer cada vez mais na vida do crente. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Por conta da morte e ressurreição de Cristo, seus seguidores não precisam jamais temer a morte. Esta certeza nos permite desfrutar comunhão com outros e fazer a Sua vontade. isto afetará todas as nossas atividades – trabalho e adoração, diversão, estudo da Bíblia, tempo de descanso e em cuidado de outros. Quando você sabe que não tem mais que temer a morte, você experimentará um novo vigor na vida. Life Application Study Bible.

14 não estais debaixo da lei. Não debaixo da lei como meio de salvação. A lei revela o pecado (3:20), mas não perdoa ou ajuda a superá-lo. O sistema do santuário revelado na lei (Torah) não possuía poder para libertar pessoas do pecado. Ver Hb 9:1-10. Andrews Study Bible.

15-23 Este trecho faz uma comparação entre a redenção e o mercado de escravos tão vulgar nos tempos do NT. O escravo está sob a obrigação de servir o seu mestre até a morte. Uma vez morto, o dono não consegue mandar mais nele. É igual com o cristão.

O seu velho dono, o pecado, não tem mais direito sobre ele uma vez que já morreu com Cristo (vv 3, 4). Bíblia Shedd.

15 Quando estávamos sob a lei, o pecado era nosso mestre – a lei não nos justificava ou nos ajudava a vencer o pecado. Mas agora que estamos ligados a Cristo, Ele é o nosso mestre e Ele nos dá poder para fazer o bem ao invés do mal. Life Application Study Bible.

16 O contraste entre o pecado e a obediência leva a supor que o pecado, pela própria natureza, significa desobediência para com Deus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

17 obedecer de coração. A obediência cristã não é forçada nem legalista, mas de boa vontade. Bíblia de Estudo NVI Vida.

A “forma de doutrina” entregue a eles são as Boas Novas que Jesus morreu por seus pecados e ressuscitou para lhes dar vida. Life Application Study Bible.

19-22 É impossível ser neutro. Toda pessoa tem um mestre – ou Deus ou o pecado. Um cristão não é alguém que não pode pecar, mas alguém que não é mais um escravo do pecado. Ele pertence a Deus. Life Application Study Bible.

19 santidade. Ser servo de Deus produz a santidade, e o fim do processo é a vida eterna… Não existe vida eterna sem santidade (ver Hb 12.14). Bíblia de Estudo NVI Vida.

22 fruto para a santificação. É o tema dos cap. 6-8. Se um homem não está sendo santificado, não há razão para se pensar que tenha sido justificado. Bíblia Shedd.

23 Aqui dois tipos de servidão são contrapostos. Um deles traz a morte com o salário; o outro resulta na vida eterna, não como salário imerecido por trabalho, mas como dádiva de Deus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Você é livre para escolher entre dois mestres, mas você não é livre para alterar as consequências de sua escolha. Qualquer um dos dois mestres pagará do seu modo. A moeda do pecado é a morte. Isto é o que você pode esperar da vida sem Deus. A moeda de Cristo é a vida eterna – nova vida com Deus que começa na terra e continua para sempre com Deus. Qual a sua escolha? Life Application Study Bible.

A vida eterna é um presente [dom] gratuito de Deus. Se é um presente, então não é algo que se possa comprar, nem algo para o qual tenhamos que dar uma retribuição. Considere a tolice de alguém que recebe um presente e então se oferece para pagá-lo. Um presente não pode ser comprado por quem o recebeu.. Uma resposta mais apropriada a um amado que oferece um presente é a aceitação agradecida. Nossa salvação é um presente de Deus, não algo que possamos produzir (Ef 2:8, 9). Ele nos salvou por causa de Sua misericórdia, não por causa de algo bom que tenhamos feito (Tt 3:5). Com quanto maior gratidão deveríamos aceitar o presente que Deus nos tem dá gratuitamente. Life Application Study Bible.



Romanos 5 – Comentários de Bíblias de Estudo by Jeferson Quimelli

5:1 – 8:39 Paz e alegria vem aos crentes em Jesus e a eles é garantida a glória futura e a vida eterna. Andrews Study Bible.

1-11 Estes versos descrevem  as bênçãos que acompanham a justificação: paz, alegria e esperança. Tendo exposto a maneira pela qual Deus justifica o pecador, Paulo prossegue apontando a importância da reconciliação com Deus. Não é simplesmente perdão mas elevação à posição de grande favor, “a esta graça na qual estamos firmes” (v. 2). Bíblia Shedd.

1-5 Estes versos introduzem uma seção que contém alguns conceitos difíceis. Para entender os quatro próximos capítulos, ajuda ter em mente os dois lados na natureza da vida cristã. De um lado, somos completos em Cristo (nossa aceitação por Ele é segura). Por outro lado, estamos crescendo em Cristo (estamos nos tornando mais e mais semelhantes a Ele). Temos ao mesmo tempo o status de reis e as cargas de escravos. Sentimos tanto a presença de Cristo quanto a pressão do pecado. Apreciamos a paz que vem de sermos declarados justos perante Deus, mas ainda enfrentamos diariamente problemas que frequentemente nos ajudam a crescer. Se nos lembrarmos destes dois lados da vida cristã, não perderemos a coragem diante das tentações e problemas. Em vez disso, aprenderemos a depender do poder disponível em Cristo, que vive em nós através do Espírito Santo. Life Application Study Bible

1 justificados pela fé. Sem as obras da Lei. Andrews Study Bible.

paz com Deus. Não meramente um sentimento subjetivo (paz de espírito), mas sobretudo uma posição objetiva, um novo relacionamento com Deus: antes éramos seus inimigos, mas agora somos Seus amigos (cf v. 10; Ef 2.26; Cl 1.21, 22). Bíblia de Estudo NVI Vida.

3 nos gloriamos nas tribulações. Não “por causa delas”, mas “nelas”. Paulo não propõe um conceito mórbido da vida, mas uma atitude alegre e triunfante. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Para os cristãos do primeiro século, a regra era o sofrimento, não a exceção. Life Application Study Bible.

4 caráter aprovado (NVI; ARA: experiência). Uma disposição testada e aprovada por Deus. Andrews Study Bible.

O cristão pode regozijar-se no sofrimento por saber que este não está destituído de significação. Parte do propósito de Deus é produzir caráter nos Seus filhos. Bíblia de Estudo NVI Vida.

5-6 Todos os três membros da Trindade estão envolvidos na salvação. Life Application Study Bible.

5 a esperança não decepciona (NVI; ARA: não confunde; NKJV: não desaponta). Não é uma ilusão. Andrews Study Bible.

A esperança do crente não deve ser equiparada ao otimismo infundado. Pelo contrário, trata-se da certeza bendita do nosso destino futuro e baseia-se no amor de Deus, revelado pelo Espírito Santo e objetivamente demonstrado na morte de Cristo.

Derramou. O verbo (no original) denota uma situação resultante de uma ação no passado. Quando cremos pela primeira vez em Cristo, o Espírito Santo derramou seu amor em nossos corações, e esse amor continua habitando em nós. Bíblia de Estudo NVI Vida.

6 no devido tempo. O momento determinado no plano redentor de Deus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

8 sendo nós ainda pecadores. Estas são palavras maravilhosas. Deus mandou Jesus Cristo para morrer por nós, não porque éramos suficientemente bons, mas porque nos amou. Sempre que você ficar inseguro do amor de Deus por você, lembre-se que Ele lhe amou antes de você voltar para Ele. Se Deus lhe amou quando você era em rebelde, ele pode certamente fortalecer você, agora que você o ama também. Life Application Study Bible.

9 por Seu sangue. Referência à morte de Cristo por nossos pecados (v. 35). Bíblia de Estudo NVI Vida.

Ira de Deus. O juízo derradeiro, conforme deixa claro o verbo de “seremos salvos” (cf 1Ts 1.9, 10). Bíblia de Estudo NVI Vida.

10 inimigos de Deus. O homem é inimigo de Deus, e não o contrário. Por isso, a hostilidade precisa ser eliminada do homem para que se efetue a reconciliação. Deus tomou a iniciativa ao reconciliar-nos com Ele mediante a morte de Seu Filho (cf v. 11; Cl 1.21, 22).

Reconciliados. Reconciliar é “por fim à hostilidade” e relaciona-se de perto com o termo “justificar”. Bíblia de Estudo NVI Vida.

12-21 Contraste entre Adão e Cristo. Adão introduziu no mundo o pecado e a morte; Cristo trouxe a justiça e a vida. … Esses dois homens também resumem a mensagem do livro até agora. Adão representa a condenação do homem (1.18-3.20); Cristo representa a justificação do crente (3.21-5.11). Bíblia de Estudo NVI Vida.

12 O pecado, como princípio governante da natureza do homem, entrou na humanidade através de Adão. Em Adão todo mundo pecou, o que fica demonstrado na morte universal. A alma que pecar, essa morrerá (Ez 18.4). Bíblia Shedd.

a morte. A morte física é a punição pelo pecado. É também o símbolo da morte espiritual, que separa o homem definitivamente de Deus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Como podemos ser declarados culpados por algo que Adão fez a milhares de anos atrás? Muitos consideram que não é correto Deus nos julgar por causa do pecado de Adão. Entretanto, cada um de nós confirma sua solidariedade com Adão pelos nossos pecados a cada dia. … Porque somos pecadores, não é justiça que precisamos – é de misericórdia. Life Application Study Bible.

13 até ao regime da lei (ARA; NVI: antes de ser dada a lei; NKJV: até a lei). Antes da Lei ser dada a Moisés. Andrews Study Bible.

14 O pecado existia no mundo antes que alguém quebrasse a Lei, como ela foi dada a Moisés. Andrews Study Bible.

Paulo lembra seus leitores que por milhares de anos a Lei não havia sido explicitamente concedida e, mesmo assim, as pessoas morriam. A Lei foi dada, ele explica em 5:20, para ajudar o povo a ver sua pecaminosidade, para lhes mostrar a seriedade de suas ofensas e conduzi-los a Deus em busca de misericórdia e perdão. Life Application Study Bible.

15 dom gratuito. A morte de Cristo. Andrews Study Bible

a ofensa. A queda de Adão. Andrews Study Bible.

muito mais. Tema que percorre essa seção. A graça de Deus é infinitamente mais poderosa para o bem [do] que o pecado de Adão o é para o mal. Bíblia de Estudo NVI Vida.

16 dádiva de Deus. A salvação. Muitas transgressões [ofensas]. Os pecados das sucessivas gerações. Bíblia de Estudo NVI Vida.

18 vida a todos os homens. Não significa que todos acabarão sendo salvos no fim, mas que a salvação está à disposição a todos. Para ser eficaz, a dádiva gratuita de Deus precisa ser aceita (cf. v. 17). Bíblia de Estudo NVI Vida.

19 obediência de Um só. A morte obediente de Cristo na cruz (ver Fp 2:8). Andrews Study Bible.

20 Lei foi introduzida. A lei tornou o pecado ainda mais pecaminoso, ao revelar o que é o pecado por nítido contraste com a santidade de Deus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Como pecador, separado de Deus, você vê a Lei de baixo para cima, como uma escada a ser galgada para chegar até Deus. Talvez você tenha repetidamente tentado subir por ela, somente para cair ao chão cada vez que você avança por um ou dois degraus. Ou talvez a escada tenha parecido tão assustadoramente alta que você nem tentou subir. Em ambos os casos, que alívio você deve sentir ao ver Jesus oferecer, com Seus braços abertos, para elevar você acima da escada da Lei, diretamente até Deus! Uma vez que Jesus eleva você à presença de Deus, você está livre para obedecer – por amor, não por necessidade; e através do poder de Deus, não do seu. Você sabe que se você tropeçar, não cairá no chão, mas será seguro pelos amorosos braços de Jesus. Life Application Study Bible



Atos 12 by Jeferson Quimelli

Comentário devocional:

A igreja cristã enfrentava sua pior crise desde a crucificação de Jesus. O Rei Herodes tinha executado o primeiro apóstolo, Tiago, e aprisionado a Pedro com a intenção de matá-lo em breve. 

Pouco antes de sua planejada execução Pedro dormia “entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias, e sentinelas à porta guardavam o cárcere” (verso 6, ARA). Talvez ele imaginasse que esta poderia ser sua última noite. A fé de Pedro entretanto era forte e permitia que ele dormisse naquelas circunstâncias. Mas o tempo de Pedro ainda não havia chegado e um anjo o conduziu para fora da prisão. 

Tendo perdido um apóstolo para executar, Herodes explodiu em raiva e ordenou que os guardas da prisão fossem mortos. Pedro foi libertado por um anjo e os guardas foram mortos. Isto oferece uma lição para nós. Assim como pessoas são abençoadas pela associação com os justos, pessoas sofrem por se associarem com os ímpios.

Querido Deus, dá-me discernimento para andar com os sábios e evitar a companhia dos tolos. Aumenta a minha fé de tal maneira que eu consiga dormir, mesmo quando cercado por lutas e dificuldades, por saber que estás assentado no trono do Céu e diriges todo o universo. Amém.

Andrew McChesney 

Editor de notícias da Adventist Review

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/12/ 

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Atos 12  

Comentários em áudio  

 



Atos 9 by Jeferson Quimelli
7 de fevereiro de 2015, 1:00
Filed under: conversão, coragem, crescimento espiritual, testemunho | Tags: , , ,

Comentário devocional:

A história da conversão de Saulo [Saul, no original], ou Paulo, registrada no capítulo 9 é tão poderosa que Barnabé teve que pessoalmente recontá-la aos apóstolos em Jerusalém, para convencê-los que Paulo era um novo homem (v. 27). O próprio Paulo duas vezes narrou seu testemunho de conversão tempos depois  (caps 22 e 26). 

Paulo é apresentado pela primeira vez em Atos 7 como estando a aprovar o apedrejamento de Estêvão. E reaparece brevemente em Atos 8 como o opressor que fez com que os primeiros cristãos fugissem de Jerusalém. O capítulo 9 começa dizendo que “Saulo ainda respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor” (v 1 NVI). Que contraste Saulo apresentava com Jesus! Este soprou sobre os discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo” (João 20:22). Paulo, por outro lado, respirava um espírito profano. 

Assim, Paulo teve muito a contemplar depois de ser cegado por Jesus, e apresentou uma radical mudança de vida. Suas velhas prioridades e ambições se foram, e não pareciam mais importantes. O que ele faria? Não admira que ele deixasse de comer e beber por três dias. Pela imposição de mãos de Ananias, Paulo então recuperou a visão e lhe foi dado o Espírito Santo: “algo como escamas caiu dos olhos de Saulo e ele passou a ver novamente” (v 18 NVI). Paulo escreveu mais tarde em 1 Co 2:14 que é isso que acontece conosco quando nós recebemos o Espírito Santo – de repente nós recebemos a capacidade de discernir as coisas espirituais.

Paulo não se demorou muito neste intervalo entre a sua antiga e nova vida, e “logo começou a pregar … que Jesus é o Filho de Deus” (v 20 NVI). Este é um exemplo para nós. Não importa se você ou eu cometemos erros ontem, não devemos gastar tempo focando nossas fraquezas ou esperando nos sentirmos perdoados. Em vez disso, devemos manter nossos olhos em Jesus, apegando-nos à Sua graça misericordiosa, e corajosamente compartilhando o nosso amor pelo Mestre.

“Querido Deus, perdoe-me pelos meus pecados e por, como Saulo, perseguir metas que não realizam nada para Ti. Enche-me com o Espírito Santo para que eu possa discernir e praticar a Tua vontade. Que eu possa ser apaixonado como Paulo em partilhar Jesus a partir de hoje, não importa os erros que cometi ontem. Amém.”
Andrew McChesney
Editor de notícias da Adventist Review

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/9/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Atos 9 
Comentário em áudio 



Atos 8 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli

1 Saulo consentia. A escuridão deste momento desponta esperança ao sermos apresentados ao homem que se tornou o maior dos missionários cristãos – o Apóstolo Paulo. Andrews Study Bible. 

Ele estava de acordo com o ato, embora não tenha participado do apedrejamento. Sem dúvida, o testemunho destemido de Estêvão teve mais influência sobre Saulo do que ele se deu conta. Isso resultou num conflito interior entre seu fanatismo farisaico e a suspeita de que a causa de Estêvão era correta. A consequência desse conflito foi o aumento da amargura contra os cristãos e perseguição intensificada. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 208.

 Naquele dia. O apedrejamento de Estêvão marcou o início da perseguição organizada contra a igreja. Depois de não poupar esforços para matar o diácono, a liderança judaica concentrou sua raiva nos cristãos. CBASD, vol. 6, p. 209.

A permanência dos apóstolos em Jerusalém seria animadora para os encarcerados e serviria de centro ao qual os dispersos poderiam recorrer. A igreja passou a ser subterrânea. Bíblia de Estudo NVI Vida. 

 2 Grande pranto. Foi necessária muita coragem para realizar os ritos funerais para Estêvão, pois este fora alvo da fúria do Sinédrio. Em geral, a pessoa morta por apedrejamento, não tinha sepultamento honroso. O lamento público por parte dos “piedosos” pode ter sido uma forma de protesto contra os que causaram a morte de Estêvão. CBASD, vol. 6, p. 210.

3 devastava. V 22.4. A palavra grega em questão diz respeito, ás vezes, às devastações provocadas por animais selvagens. Bíblia de Estudo NVI Vida.

O verbo grego é enfático, e significa não somente perseguição, mas um esforço para destruir a igreja. Bíblia de Genebra. 

Casas. Sugere que Saulo entrava primeiro nas sinagogas em busca das vítimas e depois perseguia os cristãos de casa em casa. As casas também podiam ser locais de encontro dos cristãos. CBASD, vol. 6, p. 210.

4 dispersos pregando a palavra. Através da perseguição, a mensagem foi espalhada mais longe e mais rapidamente (11.19). Como disse Tertuliano, “o sangue dos cristãos é a semente da igreja”. Bíblia de Genebra. 

5 Filipe. O Filipe desta história não é o apóstolo Filipe (1:13; Jo 1:43-46). Tudo que sabemos dele nos vem de At 6:1-7 (onde ele é um dos sete diáconos), esta passagem [At 8:5], e At 21:8, 9. Em 21:8-9 ele é “Filipe, o evangelista”, tinha se estabelecido em cesareia (ver 8:40), e tinha quatro filhas que profetizavam. Andrews Study Bible. 

Anunciava-lhes. Do gr. kêrussõ, que significa “proclamar”, subentendendo uma pregação mais formal e deliberada que a dos cristãos não ordenados. O mesmo termo é usado para a pregação de João Batista e a de Cristo (Mt 3:1, 4:17). O tempo verbal indica que Filipe pregava continuamente. CBASD, vol. 6, p. 212.

uma cidade da Samaria. Alguns manuscritos trazem “a cidade de Samaria”, referência à antiga capital de Samaria, que recebera o novo nome de Sebaste ou Neápolis (atual Nablus). Bíblia de Estudo NVI Vida. 

Justino Mártir afirma que Simão Mago era natural de Gita na Samaria. Bíblia Shedd.

6 atendiam. A ótima preparação dos samaritanos fora feita por Cristo (Jo 4). Bíblia Shedd.

9 Simão. Este homem costuma ser chamado de mago. Relatos posteriores dos pais da igreja o descrevem como um inimigo persistente de Pedro, a quem seguiu até Roma, a fim de se opor a seus ensinos ali. CBASD, vol. 6, p. 212.

Nos escritos cristãos primitivos, o “feiticeiro” (Simão, o Mago) é apresentado como arqui-herege na igreja e “pai” da doutrina gnóstica. Bíblia de Estudo NVI Vida. 

O gnosticismo (nome que vem da palavra grega gnosis, que significa “conhecimento”) ensinava que uma pessoa ganhava a salvação não pelo mérito da morte de Jesus pelos pecadores, mas por conhecimento especial a respeito de Deus. Bíblia de Genebra. 

13 Abraçou a fé. Convencido do poder sobrenatural exercido por Filipe, Simão creu intelectualmente sem se converter de fato. Bíblia Shedd. 

Sem dúvida, Simão ficou impressionado com os milagres que Filipe operava. Viu que estava na presença de um Poder infinitamente maior do que o dele. Simão compreendeu o bastante para ser batizado, mas a atitude posterior demonstrou que o batismo não representou um nascimento para uma vida mais elevada. Lucas traça uma distinção entre a crença dos samaritanos e a de Simão: o povo foi conquistado pela pregação de Filipe, ao passo que Simão foi atraído pelas maravilhas que viu. Deus, porém, não rejeitou sua fé imperfeita, Ele a aceitou como uma base sobre a qual Simão deveria desenvolver uma crença mais aceitável. CBASD, vol. 6, p. 213.

14 recebera a palavra. Samaria forma o terceiro passo na prometida expansão geográfica do evangelho (1.8; 5.16n). Bíblia Shedd. 

João. Filho de Zebedeu, autor do evangelho e de três epístolas, aparece aqui pela última vez em Atos (cf Gl 2.9). Aquele que quis trazer fogo do céu sobre os samaritanos (Lc 9.54) agora lhes traz o Espírito Santo. Bíblia Shedd. 

15 recebessem o Espírito Santo. Os crentes samaritanos, até esse ponto, não haviam recebido a evidência da dinâmica presença interior do Espírito Santo, embora, como crentes, o Espírito Santo estivesse habitando neles (Rm 8.9). Bíblia de Genebra. 

Deparamos aqui o Pentecostes de Samaria (cf 10.44). Bíblia Shedd. 

19 Concedei-me. O caráter de Simão foi plenamente revelado. Ele não queria o Espírito Santo como um dom espiritual que selaria seu batismo, mas para usar o poder e dominar os outros. Queria o poder exterior sem passar pela mudança interna que justifica o dom. É possível que tivesse a intenção de ganhar dinheiro com a habilidade de conceder o Espírito Santo a outros a seu bel-prazer. CBASD, vol. 6, p. 215.

20 dinheiro. Nenhum dom divino pode ser adquirido com dinheiro. Bíblia Shedd. 

21 Não tens parte nem sorte. Este não foi um pronunciamento arbitrário, mas um juízo baseado no conhecimento do coração de Simão. Ele não pertencia à família de Deus, portanto não se qualificava a ter parte em seus privilégios e responsabilidades. CBASD, vol. 6, p. 215.

22 O pecado de Simão não é aquele que Cristo declarou ser imperdoável (Mt 12.32). O perdão depende do pecador se arrepender, confessar seu pecado e pedir perdão. Bíblia Shedd. 

23 fel de amargura. Esta expressão tem origem em Dt 29.18 (citado em Hb 12.15). Nesse contexto trata da influência má que, de um indivíduo, passa a contaminar o povo todo. Bíblia Shedd. 

Pelas suas ações, Simão comprovou que não cria em Cristo. … Uma profissão de fé sem arrependimento é inválida. Bíblia de Genebra. 

24 Rogai vós por mim. A súplica de Simão revela que ele não fora tocado por um arrependimento genuíno. Ele não demonstra tristeza nem senso de necessidade de mudança. Só pede para ser poupado da ameaça de punição. CBASD, vol. 6, p. 216.

25 Jerusalém. Evidentemente a Igreja de Jerusalém não criou embaraços para a inclusão dos samaritanos na Igreja (contraste-se 11.3). Bíblia Shedd. 

27 etíope. O etíope era um homem de prestígio, influente, rico, educado (ele está lendo um rolo), e piedoso (veio para adorar; vv 27-28). Andrews Study Bible. 

Ireneu (180 d.C.) diz que ele se tornou em missionário entre os etíopes. Bíblia Shedd. 

A Etiópia correspondia nesse período à Núbia, desde a região do alto Nilo, na primeira catarata (Assuã), até Cartum. Bíblia de Estudo NVI Vida. 

O cristianismo africano não se iniciou com os missionários da era colonial, mas encontra suas raízes no tempo dos apóstolos. Andrews Study Bible. 

Candace. O título da rainha-mãe, que governava em lugar de seu filho. Acreditava-se que ele era sagrado demais para ser envolvido com negócios seculares. Bíblia de Genebra. 

28 Vinha lendo. Se o etíope estivesse lendo a passagem sobre a misericórdia do Senhor para com os eunucos (Is 56.3-5; cf Dt 23.1), teria sido natural para ele ler também Is 53. Bíblia de Genebra. 

29 disse o Espírito a Filipe. Lucas deixa bem claro que o avanço da Igreja foi dirigido passo a passo pelo Espírito Santo. Bíblia Shedd. 

Filipe é dirigido à carruagem do etíope (provavelmente parte de uma grande caravana) e o escuta lendo Is 53:7-8 (nos tempos antigos, era costume ler em voz alta). Andrews Study Bible. 

31 Convidou. Ou, “suplicou”. A palavra expressa um pedido intenso e revela a avidez do eunuco por receber mais instrução. A ordem do Espírito se cumpre de maneira natural. Filipe se aproxima, e o próprio eunuco convida o evangelista a entrar em sua carruagem e viajar com ele. CBASD, vol. 6, p. 218.

A passagem profética de Is 52.13-53.12 é quase incompreensível para os que desconhecem a história de Cristo. Bíblia Shedd. 

35 Explicou. Sempre que o termo ocorre no NT, sugere um discurso bem formulado, não o mero ato de falar. CBASD, vol. 6, p. 219.

37 Este versículo não consta nos melhores manuscritos. Preserva, no entanto, uma liturgia muito antiga e uma fórmula de credo dos primeiros tempos. Bíblia Shedd. 

38-39 o batizou. O NT conhece apenas uma forma de batismo cristão pela água, que é por imersão. Eles desceram à água e saíram da água. Para mais sobre batismo, ver Rm 6:3-8. Andrews Study Bible. 

39 Saíram.  Isto ocorreu para que o eunuco fosse batizado por imersão. CBASD, vol. 6, p. 220.

E este foi. Isto sugere que o etíope aceitou o desaparecimento de Filipe como um ato sobrenatural, por isso não perdeu tempo buscando aquele que o ensinara e batizara. Em vez disso, seguiu o próprio caminho, ou seja, continuou a jornada. CBASD, vol. 6, p. 220.

cheio de júbilo.Indica a presença do Espírito Santo [comparar com o jovem rico, Mc 10.22]. Bíblia Shedd. 

40 Azoto. É a Asdode do Antigo Testamento (1Sm 5.1), uma das cinco cidades filisteias, cerca de 32 km ao norte de Gaza e 96 km ao sul de Cesaréia, na costa. Bíblia de Genebra. 

Cesaréia. Uma grande cidade que Herodes, o Grande, tinha reconstruído. … Tinha um excelente porto que Herodes expandiu para importante tráfego marítimo (21.8) e servia como quartel general para os procuradores romanos, tais como Pilatos, Félix (23.33-24.4) e Festo (25.6). Filipe deve ter se radicado em Cesaréia, porque anos depois ele ainda está la. Bíblia de Genebra. 

Evangelizava. Ou, “ele estava evangelizando” ou “continuava a evangelizar”. A experiência extraordinária de Filipe com o eunuco não interrompeu suas outras atividades de pregação do evangelho. CBASD, vol. 6, p. 221.

O relato, nessa altura, deixa Filipe em Cesaréia; quando reaparece, 20 anos mais tarde, ainda está localizado na mesma cidade (21.8). Bíblia de Estudo NVI Vida.

 

Compilação: Tatiana W / Jeferson



João 16 by Jeferson Quimelli

Comentário devocional:

Jesus estava indo embora! Os discípulos estavam aterrorizados. Sua presença trouxe-lhes a paz e Ele prometera mais ainda desta paz (Jo 14:27). Estar com Ele e conhecê-Lo era a primeira prioridade deles (Mc 3:14) para que pudessem fazer as obras de Deus (Jo 6:28,29). Então, Ele anuncia: “virá o tempo quando quem os matar pensará que está prestando culto a Deus” (v 2 NVI). Ele também disse: “Agora … vou para aquele que me enviou” (16:5a NVI). Imagine a frustração e confusão dos discípulos! Ele irá embora enquanto eles têm de ficar e serem mortos!

Jesus comunica aos discípulos a próxima fase do plano: enviar a eles um “Advogado”, ou um “Consolador.” O palavra grega, Parakletos, significa “aquele que vem para estar junto”. E isto deveria ser para o bem dos discípulos (v. 7). Eles ainda não estavam convencidos? Jesus diz: “Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora” (v 12 NVI). O quê, Senhor, será que entendemos corretamente? O Senhor acaba de nos dizer que as pessoas tentarão nos matar em nome de Deus e o Senhor não ficará conosco? Tente imaginar o que os discípulos devem ter sentido naquele momento.

Todos nós temos aqueles momentos de frustração e confusão a respeito dos planos de Deus E isto pode ser muito desgastante. Como você lida com isso? A sua fé se enfraquece ou você se achega a Jesus mais fortemente do que nunca?

Se praticarmos a fé nos pequenos desafios da vida, Deus nos prepara para as provas maiores que virão ao nosso caminho. As dificuldades estão acontecendo em sua vida agora? Você está firmemente ligado a Jesus? 

O Espírito Santo está com você, se esta é a sua vontade e seu pedido. O Pai dará tudo o que pedirmos em nome de Jesus. Jesus diz: “Meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome. … Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa.” (vv 23-24).

Jesus prediz que os discípulos iriam se dispersar, mas diz: “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (v 33 NVI).

Você tem algum problema? Anime-se, receba a paz, seja ungido pelo Espírito ungido, e segure-se firme a Jesus, pois Ele venceu o mundo!

Christopher Bullock
Pastor em Atlanta, Georgia
Estados Unidos da América

 

Texto original:  http://revivedbyhisword.org/en/bible/jhn/16/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: João 16 
Comentário em áudio 



João 15 by Jeferson Quimelli
23 de janeiro de 2015, 1:00
Filed under: crescimento espiritual, Jesus, parábolas, religião viva | Tags: , , , , ,

Comentário devocional:

Não é bom não produzir frutos. Quem quer ser infrutífero? No entanto, aqui Jesus diz que alguns serão encontrados infrutíferos. Então, o Pai, como jardineiro, irá cortar fora estes ramos da videira. 

Esta parábola pode trazer um sentimento de preocupação. Afinal, como é que vamos realmente saber se somos frutíferos ou não? Dentro do Reino de Deus, muitas vezes nosso fruto não se mostra imediatamente. Muitas vezes, como diz a Bíblia: um planta, outro rega, e ainda um outro colhe! Ou um estabelece uma base enquanto outro edifica sobre ele (1Co 3:5-10). Aqui Jesus usa a analogia de uma videira e um ramo. Trabalhe um pouco em jardinagem e a preocupação começará a se dissipar. 

No meu quintal, há árvores e arbustos. Meus dois favoritos são a macieira e um arbusto especial. O arbusto me traz grande alegria, porque, naturalmente, atrai muitos tipos de borboletas. Mas ele exige um trabalho cuidadoso de poda. A macieira também requer muito cuidado. Ao longo dos anos, ao cuidar dessas duas obras de Deus, tenho notado que os ramos que não produzem frutos são os que não se desenvolveram da maneira certa. O que quero dizer? Eles não cresceram para cima, para o sol, então não produzem frutos. 

Nenhuma planta produz frutos a menos que olhe para o sol. Nenhuma pessoa dá frutos a menos que olhe para o Filho de Deus. “Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim” (Jo 15:4 NVI). Você está mantendo seus olhos em Jesus? 

Jesus disse: “Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (vv 9-11 NVI).

Christopher Bullock, M.Div. 
Pastor, em Atlanta, Georgia
Estados Unidos da America

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jhn/15/
Traduzido por JAQ/GASQ
Texto bíblico: João 15 
Comentário em áudio