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“E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a Sua estrela no Oriente e viemos para adorá-Lo” (v.2).
Ainda que Israel não tenha cumprido com fidelidade a sua missão como luz do mundo, os magos do Oriente representam a colheita daqueles que foram fiéis em divulgar e praticar as palavras do Senhor. Aqueles homens importantes poderiam não ter todo o conhecimento que Israel e seus líderes possuíam, contudo, certamente usaram a luz que tinham, e reconheceram naquela Criança o Rei que Sua própria nação não reconheceu. Esperando encontrar o menino no palácio, em Jerusalém, acabaram se deparando com um povo alheio às boas-novas e líderes religiosos que, apesar de conhecer o lugar “onde o Cristo deveria nascer” (v.4), não se uniram à sagrada caravana. Para Herodes aquela criança era uma ameaça à sua coroa. Para os judeus, a frustração de seus planos político-militares.
Mas aqueles gentios “alegraram-se com grande e intenso júbilo” (v.10) ao chegarem à casa onde estava o Menino. Ao prostrarem-se e adorarem Jesus antes de entregar-Lhe suas ofertas, aqueles homens manifestaram o espírito dos verdadeiros adoradores: a fé precede as obras. A mudança de rota após o encontro com Jesus não foi simplesmente uma fuga, mas um importante símbolo de uma vida transformada. Ninguém que vá em busca de Jesus permanece no mesmo caminho. Em nossa busca podemos até chegar em lugares errados, mas Deus usa a Sua Palavra e os Seus anjos até que O encontremos. E quando O encontramos, há grande júbilo e alegria. E ainda que surjam provações e ameaças, o Senhor está sempre orientando Seus humildes servos: “Este é o caminho, andai por ele” (Is.30:21).
José foi privilegiado na ocorrência de sonhos. Por quatro vezes (1:20; 2:13, 19 e 22), o anjo do Senhor o preveniu acerca do que deveria fazer, e em todas as vezes obedeceu sem questionar, assim como Maria se colocou a serviço do Senhor (Lc.1:38). Em Seus pais terrestres, o caráter de Jesus foi forjado nos ditames da estrita obediência. Na morte dos inocentes, Satanás não conseguiu seu intento, assim como a vida de Moisés foi preservada no massacre do Egito (Êx.1:22). E, cercado de anjos e de pessoas tementes a Deus, Jesus cresceu em Nazaré, na cidade desprezada pelo povo. Ali, Ele aprendeu as preciosas lições da simplicidade, da humildade e de fazer diferença entre o santo e o profano, sem, contudo, fazer acepção de pessoas.
Nem sempre seguir a Deus e fazer a Sua vontade significa estar onde gostaríamos de estar ou fazer o que gostaríamos de fazer. Geralmente requer o exercício da fé através da renúncia e do sofrimento. Não foi fácil a jornada dos homens do Oriente, como também não deve ter sido fácil perseverar em seu propósito diante da letargia daqueles que se denominavam depositários das verdades de Deus. Mas sua fé não desfaleceu e teve grande recompensa. Jesus também encontrou dificuldades desde o Seu nascimento em um estábulo, levado como fugitivo para o Egito, criado em uma família pobre, habitando em uma cidade que dificultaria a Sua aceitação pelo povo; com certeza Ele experimentou as dificuldades deste mundo com a intensidade máxima de um inimigo ansioso para destruí-Lo. Mas a cada passo dado, uma profecia se cumpria e Sua motivação era renovada pela fidelidade “de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt.4:4).
Diante da iminência do segundo advento de Cristo, e da “estrela” que incide sobre nós através do brilho do evangelho eterno, a quem podemos ser comparados hoje? Aos fiéis “magos do Oriente” (v.1) ou aos indiferentes “sacerdotes e escribas do povo” (v.4)? Precisamos refletir atentamente nas palavras: “alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém” (v.3). O retorno do nosso Senhor e Salvador não deve nos alarmar, e sim nos alegrar: “E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo” (v.10). Como a estrela foi um sinal que conduziu os magos ao encontro de Cristo, os sinais e profecias que apontam para o grande Dia do Senhor nos foram revelados para nos alegrar e não para nos assustar: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc.21:28). “Quem é sábio atente para essas coisas e considere as misericórdias do Senhor” (Sl.107:43). Vigiemos e oremos!
Bom dia, fiéis adoradores de Cristo!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #Mateus2 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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