Reavivados por Sua Palavra


Salmo 148 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
1 de outubro de 2023, 0:45
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Em toda a Bíblia, só encontramos a expressão “Aleluia” 22 vezes no livro de Salmos e 4 vezes no livro do Apocalipse. Aleluia vem do hebraico Hallelujah, que significa Louvado seja Deus. Com uma aplicação de louvor e adoração ao Deus verdadeiro, esta palavra, apesar de ter se tornado popular no vocabulário pentecostal num contexto apenas musical, está relacionada na Bíblia basicamente em torno de dois temas: Deus como Criador e Deus como Justo Juiz.

O Salmo de hoje é um convite a toda a criação, incluindo os elementos abióticos e todas as milícias celestes, para conferir a Deus o louvor que Lhe é devido. Obedecendo ao comando do Criador, a natureza cumpre o seu propósito e canta da grandeza do Onipotente. Na vida conferida pela luz do astro diurno, nas estrelas que permanecem em seu lugar, nas árvores a nos dar o sustento, nas pessoas tão diferentes umas das outras, mas tão igualmente amadas pelo Pai, tudo, ainda que degradado pelo pecado, declara que Deus mandou, “e foram criados” (v.5).

Tudo e todos pertencemos a Deus. De Suas mãos viemos, e se nEle permanecermos, para elas retornaremos. É só uma questão de tempo, e o Criador virá como Juiz para vindicar o que é Seu. Ele mesmo declarou: “Eu, Jesus, enviei o Meu anjo para vos testificar estas coisas” (Ap.22:16). Ele não nos abandonou nas trevas, mas, em Sua vida e obras nos deixou a clara revelação do caráter imaculado, humilde e compassivo de Deus. Muitos julgam demorada a promessa do segundo advento, “dizendo: Onde está a promessa da Sua vinda?” (2Pe.3:4). Mas creio, como Pedro, estarmos vivendo em tempos de misericórdia, em que o Senhor nos aguarda (2Pe.3:9).

Deus está aguardando “um povo preparado” (Lc.1:17), uma igreja militante, “para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef.5:27). Uma igreja que, reconhecendo a sua condição morna e miserável, busque em Jesus viver a melodia de Seu perfeito exemplo. Declaremos Aleluias ao Cordeiro mediante uma vida de fé prática, tendo a plena convicção que isso não vem de nós, “é dom de Deus” (Ef.2:8). Abramos o nosso coração para a obra do Espírito Santo e Ele nos conduzirá às Aleluias celestes.

Aleluia! Louvado seja o Teu nome, nosso amado Deus!

Vigiemos e oremos!

Feliz semana, igreja de Cristo Jesus!

Rosana Garcia Barros

#Salmos148 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100



1REIS 15 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros

“Porquanto Davi fez o que era reto perante o Senhor e não se desviou de tudo quanto lhe ordenara, em todos os dias de sua vida, senão no caso de Urias, o heteu” (v.5).

A história dos reis de Israel e de Judá ilustra bem a trajetória da nação após tornar-se uma monarquia. De todas as nações da Terra, Israel era a campeã em brigar consigo mesma. Esta rivalidade fica bem evidente no capítulo de hoje. “Houve guerra” (v.6) entre os reinos do Norte e do Sul, e alianças políticas entre eles e os reinos pagãos. Tudo o que o Senhor havia condenado como errado e abominável, era justamente o que o povo fazia, seguindo após os seus líderes imprudentes.

Em meio às trevas da idolatria e da apostasia, o Senhor suscitava “uma lâmpada em Jerusalém”, “por amor de Davi” (v.4). Asa foi o primeiro rei de Judá a promover uma verdadeira reforma no meio do povo. Eliminou os ídolos e objetos de culto, “tirou da terra os prostitutos cultuais” (v.12) e depôs a rainha-mãe de seu cargo dignitário, destruindo a imagem do poste-ídolo que ela havia feito. Enquanto Judá avançava no reinado estável de Asa, Israel sofria as consequências de um trono sem dono.

Sem sucessão de um rei ungido do Senhor, o reino do Norte tinha a sua coroa incerta. Cada rei que assumia o trono temia constantemente por sua vida e de seus descendentes em meio ao risco iminente de uma traição. Quanto a Judá, havia uma promessa de um Deus infalível, de modo que mesmo com a apostasia de vários de seus monarcas, o Senhor continuava cuidando do Seu povo por amor a Davi. Davi tornou-se o modelo de rei estabelecido por Deus; seu coração, a norma espiritual de intimidade com Deus. Não fosse o seu pecado contra Urias, e seu testemunho teria sido de uma força inabalável.

Diante da realidade de que “muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt.22:14), não vivemos mais no contexto de uma nação territorial, mas de uma nação espiritual que precisa despertar para a urgente necessidade de fazer o que é “reto perante o Senhor” (v.11), de ter um coração perfeito, “totalmente do Senhor” (v.14). E não existe a menor possibilidade de que isto aconteça sem que haja uma mudança real e visível.

Asa não se limitou em fazer o que era correto diante de Deus, mas compreendeu a sua responsabilidade como líder de promover um reavivamento e reforma em Jerusalém. Há quantos anos, amados, temos ouvido o mesmo clamor dos “profetas” modernos de que precisamos despertar de nossa letargia e viver e pregar, de fato, as três mensagens angélicas? Quanto tempo mais achamos que o Senhor irá tolerar toda a violência, crueldade e licenciosidade que este mundo tem promovido?

Há um Rei que está prestes a Se apresentar diante do trono do Pai para reclamar os que são Seus. À Sua frente há uma obra prestes a terminar e, em Seu coração, uma saudade que dói desde que o pecado entrou no mundo. Jesus espera por nós! Ele espera que escutemos o brado: “Eis o Noivo! Saí ao Seu encontro!” (Mt.25:6), e despertemos do sono erguendo bem alto as nossas lâmpadas acesas. Por amor a Davi, Deus cumpriu a Sua promessa. Por amor ao Seu remanescente e aos Seus filhos de todos os tempos, a derradeira promessa se cumprirá e veremos nosso Salvador nas nuvens vindo nos buscar. “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt.25:13).

Bom dia, escolhidos para a salvação!

Rosana Garcia Barros

#PrimeiroDeus #1Reis15 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100



Zacarias 5 by Jobson Santos
12 de janeiro de 2018, 1:00
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Comentário devocional:

Em seguida, Zacarias viu um grande rolo de pergaminho voando pelo ar. O anjo disse que era a maldição que avança sobre toda a terra. E o que é que traz essa maldição? É a desobediência à lei de Deus (ver Dt. 27:26; 28:15; Isa. 24:5, 6).

O Espírito Santo está em ação “convencendo o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16:8) Ao mesmo tempo, Ele convoca todos a buscarem a Deus e Sua salvação. Deus terá na Terra um povo que guarda os Seus mandamentos. A promessa da Nova Aliança é de que Ele escreverá Sua lei no coração e na mente daqueles que recebem o Salvador divino. No Salmo 50:1-6, ficamos sabemos que o Poderoso, o Deus que proclamou a Sua lei no Monte Sinai, virá em Sua majestade para julgar.  “Os céus anunciam a Sua justiça, porque é o próprio Deus que julga” (Sal 50.6, ARA).

Como foi que Zorobabel, Josué, e as pessoas obtiveram a vitória e realizaram grandes feitos para Deus? Eles avançaram em obediência à palavra de Deus e confiando em Suas promessas. Este é o segredo da vitória da fé.

David Manzano
Pastor aposentado
Estados Unidos

Texto original: https://www.revivalandreformation.org/bhp/en/bible/zec/5 ou https://www.revivalandreformation.org/?id=1162
Tradução anterior: https://reavivadosporsuapalavra.org/2014/10/19
Equipe de tradução: Jeferson Quimelli/Pr Jobson Santos/Gisele Quimelli
Texto bíblico: Zacarias 5 NVI
Comentário em áudio Pr Valdeci
Leituras da semana do programa Crede em Seus Profetas: https://credeemseusprofetas.org/


Hebreus 9 – Comentários Selecionados by tatianawernenburg

1 Também tinha. O fato de a primeira aliança ter preceitos é evidência de que a nova também os tem. O autor introduziu o serviço de Cristo como sumo sacerdote e, então, amplia as considerações sobre esse serviço. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 484.

Santuário terrestre. Ou seja, o santuário adaptado para a Terra, o qual está em contraste com o santuário da nova aliança, o “verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem”. CBASD, vol. 7, p. 484.

8 Espírito Santo. O Espírito é o intérprete divino da verdade (Jo 14:26). CBASD, vol. 7, p. 488.

9 Consciência. Do gr. suneidêsis (Rm 2:15). O adorador poderia cumprir as exigências exteriores e ainda não ter paz nem a certeza da aceitação divina. Só mediante a fé pessoal em Cristo ele poderia encontrar essa paz. Mas poucos alcançavam essa experiência superior. CBASD, vol. 7, p. 489.
10 Tempo […] de reforma. Literalmente, “tempo de endireitar”. O sistema levítico era temporário. Suas ordenanças apontavam para a obra do Messias e tinham a intenção de vigorar até que o Messias viesse. A transição do antigo sistema para o novo é chamada de “reforma” por causa da decadência do tema antigo (Ef 2:15). CBASD, vol. 7, p. 490.
12 Seu próprio sangue. A superioridade do ministério de Cristo é ainda mais enfatizada. Depois de afirmar que essa superioridade se destaca por ser realizada num “maior e mais perfeito tabernáculo”, o autor diz que ela se evidencia mediante o sangue envolvido: o do próprio Filho de Deus, em contraste com o sangue de meros animaisCBASD, vol. 7, p. 491.
14 Pelo Espírito eterno. No grego, não há o artigo definido, o que sugere que não é ao Espírito Santo que se refere aqui, mas à própria natureza divina de Cristo, que é eterna. Enquanto Ele estava em Seu estado preexistente e eterno, Cristo Se ofereceu para dar a vida pela humanidade (Ap 13:8). CBASD, vol. 7, p. 492.
16 É necessário. O testamento não tem força alguma, enquanto o testador ainda vive. Para que se torne eficaz, o testador precisa morrer. CBASD, vol. 7, p. 493.
22 Quase todas as coisas. Havia algumas exceções. Algumas coisas eram purificadas com fogo ou água, sem uso de sangue (Nm 19; 31:23, 24). CBASD, vol. 7, p. 493.
26 Para aniquilar […] o pecado. Cristo veio para “[salvar] o Seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21). Ele é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Dn 9:24). CBASD, vol. 7, p. 495.
 
28 Sem pecado. Isto está em contraste com a frase “para tirar os pecados de muitos”. No primeiro advento, Cristo tomou sobre Si os pecados do mundo. Ele foi feito “pecado por nós, […] para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Mas a obra que Ele veio fazer pelo pecado estará concluída antes que venha pela segunda vez. CBASD, vol. 7, p. 496.


II Coríntios 6 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli
5 de abril de 2015, 0:00
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1 Cooperadores com Ele. O princípio da cooperação é vital ao desempenho espiritual pessoal e ao sucesso no serviço cristão. Deus não dispensa o auxílio humano (DTN , 535). A capacidade humana para o bem depende da medida de sua cooperação com o divino (cf. Jo 5:19, 30; DTN, 297). Os ministros cristãos e os colaboradores não devem tentar trabalhar por sua própria força ou sabedoria, e Deus não os deixa entregues a si mesmos, à sua própria sorte, ou a seus próprios recursos. Essa cooperação entre Cristo e Seu s embaixadores deve ser íntima e contínua para que sejam "habilitados a realizar os feitos da Onipotência"(DTN , 827). Cristo é mais que um observador; é um companheiro ativo em tudo o que eles fizerem (Fp 2:12, 13; cf. Hb 1:14). CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 960.

Recebais. Do gr. dechomai, neste versículo, "receber favoravelmente", "aprovar", "aceitar". É possível concordar mentalmente com a graça de Deus e não ser beneficiado por ela. Cristo ilustrou essa verdade com as sementes que caíram em solo rochoso e entre espinhos (ver com. de Mt 13:5-7). Embora os coríntios tenham respondido às primeiras exortações de Paulo e tenham se reconciliado com Deus, isso não bastava. A obra da salvação deles, individualmente, ainda não estava completa. A vida cristã apenas se inicia quando os seres humanos são reconciliados com Deus e entram num novo relacionamento com Ele. É verdade que, no momento da reconciliação, eles estão numa situação segura. Permanecem justificados pela graça de Deus. No entanto, o evangelho de Cristo inclui muito mais que o perdão dos pecados passados; prevê também a transformação do caráter, cuja meta é uma vida em que o pecado não mais tome parte (ver com. de Rm 6:5-16; 2Co 1:22; 3:18). O recebimento inicial da graça de Deus, que justifica, deve ser seguido de um contínuo recebimento de graça, que produz santificação. CBASD, vol. 6, p. 960.

Em vão. Isto é, sem ter servido a qualquer propósito útil (cf. Is 55:10, 11). O importante é a maneira como o ser humano recebe a graça, e como continua a recebê-la (ver com. de Mt 13:23; At 2:41). A graça de Deus é recebida em vão: 1. Quando é negligenciada. … 2. Quando é pervertida ao usá-la como uma capa para o pecado (Rm 6:1, 15). … 3. Quando é adulterada com ideias e métodos humanos. … ; 4. Quando é recebida apenas pelo intelecto e não é levada para a vida. … CBASD, vol. 6, p. 960, 961.

2 Dia da salvação. Isto é, o tempo durante o qual se prolonga a luz da graça (ver Jo 12:35). CBASD, vol. 6, p. 961.

3 Escândalo. Literalmente, "uma ocasião para tropeço". Paulo aspira a conduzir seu ministério (cf. v. 1) de modo que ninguém tenha desculpas para rejeitar a graça de Deus. CBASD, vol. 6, p. 961.

Ministério. Paulo … sofre, trabalha, estuda e ministra a palavra para não dar qualquer motivo para.escândalo (lCo 8:13; 10:32, 33; Fp 2:15; lTs 2:10; 5:22; cf. Mt 10:16). Ainda assim, houve vários em Corinto que se escandalizaram. Seria, talvez, impossível pregar e agir de modo que ninguém se escandalizasse. Para alguns, até mesmo a verdade e a santidade escandalizavam. As pessoas que ouviam Jesus se escandalizavam dEle (Jo 6:60 , 61, 66). Para outros, qualquer advertência contra o pecado ou o erro escandalizava. No entanto, para os verdadeiros cristãos, o embaixador do evangelho não escandalizará ao repreendê-los por manifestações de orgulho, irreverência, indiferença, hábitos ou práticas questionáveis, grosseria ou vulgaridade. … Tanto quanto possível, o ministro do evangelho deve ter "paz com todos os homens" (Rm 12:18), contudo, Jesus e Paulo despertaram inimizade por onde passaram. … Nenhum cristão teve mais inimigos que Cristo, e Seus discípulos foram acusados de ter "transtornado o mundo" (At 17:6). CBASD, vol. 6, p. 962

6 No Espírito Santo. O Espírito é o agente no cultivo de todas essas virtudes (Gl 5:22, 23). É possível exibir esses traços em certo grau, superficialmente, independente do Espírito Santo, mas nunca em sua plenitude. CBASD, vol. 6, p. 963.

Amor. Do gr. agape (ver com. de Mt 5:43 , 44). A característica culminante do ministro do evangelho é este principal fruto do Espírito (ver com. de lCo 13; sobre a expressão "amor não fingido", ver com. de Rm 12:9). Sem essa qualidade, o embaixador de Cristo se torna rígido, autocomplacente e censurador. Pureza e poder são inalcançáveis sem amor. CBASD, vol. 6, p. 963.

11 Ó coríntios. Apenas neste versículo, nas duas cartas, Paulo se dirige aos coríntios especificamente. Paulo apela que retribuam seu amor e o tratem como ele os trata. CBASD, vol. 6, p. 965.

13 Como justa retribuição. Paulo considera os crentes coríntios como filhos espirituais (1Co 4:14, 15) e, como pai espiritual, ele derramou sobre eles a plenitude do amor paternal. Em contrapartida, o apóstolo anseia o amor dos coríntios. CBASD, vol. 6, p. 966.

14 Jugo desigual.A diferença em ideais e conduta entre cristãos e não cristãos é tão: grande que, ao entrar em qualquer relacionamento (casamento, negócios, etc), os cristãos são confrontados com situações em que têm de abandonar princípios ou enfrentar dificuldades. Entrar em tal união é desobedecer a Deus e negociar com o diabo. A separação do pecado e dos pecadores é apresentada em todas as Escrituras (Lv 20:24; Nm 6:3; Hb 7:26; etc). Nenhum outro princípio tem sido mais rigorosamente ordenado por Deus. Por toda a história do povo de Deus, a violação desse princípio tem, inevitavelmente, resultado em desastre espiritual. CBASD, vol. 6, p. 966.

Com os incrédulos. Para os que não aceitam Cristo como salvador, nem Seus ensinos, como padrão de crença e conduta, os ideais, princípios e a prática do cristianismo são loucura (1Co 1:18). Em razão de sua perspectiva da vida, os descrentes normalmente acham difícil tolerar um padrão de conduta que tende a restringir seu modo de viver, ou que indique que seus conceitos e práticas são maus ou inferiores. Paulo não proíbe toda a associação com descrentes, mas apenas a associação que teria a tendência de diminuir o amor do cristão por Deus, adulterar a pureza de sua perspectiva de vida ou levá-lo a se desviar de seu padrão de conduta. Os cristãos não devem se esquivar de seus parentes e amigos, mas se associar com eles como exemplos vivos do cristianismo posto em prática e, assim, ganhá-los para Cristo (1Co 5:9, 10; 7:12; 10:27). … Quando se trata de um relacionamento de vinculação como o casamento, o cristão que verdadeiramente ama o Senhor de modo algum se unirá a um descrente, mesmo na piedosa ou louvável esperança de conquistá-lo para Cristo. Quase sem exceção, o desapontamento é o resultado de uma ação contrária ao sábio conselho apresentado pelo apóstolo neste versículo. Aqueles que escolherem prestar atenção a esse conselho poderão esperar, de modo especial, desfrutar o favor divino e descobrirão que Deus tem algo reservado para eles, que ultrapassa, em muito, quaisquer planos humanos. CBASD, vol. 6, p. 966, 967.

Que sociedade. Toda união em que o caráter, as crenças e os interesses do cristão perdem algo de sua distinção e integridade, é proibida. O cristão não pode se dar ao luxo de entrar em uma ligação que exija concessões. CBASD, vol. 6, p. 967.

15 Maligno. Neste versículo, a palavra é uma personificação para Satanás, representando a inutilidade e o vazio das coisas por meio das quais ele tenta atrair e seduzir as pessoas ao pecado. … Por trás de tudo o que é mau e desprezível estão as forças sobrenaturais das trevas, conduzidas por Satanás. Todo o mundo está alinhado atrás de um ou outro líder (1Pe 5:8-9; Ap 12:11). CBASD, vol. 6, p. 967.

16 Ligação. Ou "concordar", "consentir" (Lc 23:51). Não pode haver aliança entre Cristo e Satanás, entre o verdadeiro Deus e os falsos deuses, entre o cristianismo e o paganismo. Paulo declara que uma aliança entre crentes e descrentes é igualmente inconcebível. CBASD, vol. 6, p. 967.

17 Por isso, retirai-vos. A referência histórica é a retirada dos israelitas cativos da antiga Babilônia, que Paulo menciona neste versículo como uma ilustração da separação do povo de Deus do mundo e da Babilônia espiritual (ver com. de Ap 18:4). Após retornarem do cativeiro, os judeus foram encarregados de não levar qualquer coisa que tivesse relação com a idolatria pagã. De modo semelhante, o Israel espiritual é ordenado a "não tocar na s coisas impuras" (ver com. de Is 52:11, 12). CBASD, vol. 6, p. 968.

18 Filhos e filhas.Em consequência da fé dos crentes em Cristo, a operação sobrenatural do Espírito de Deus gera nova vida espiritual, que torna o ser humano um filho de Deus. Esse relacionamento Pai-filho é tão real e vital como o relacionamento humano utilizado para ilustrá-lo. Na vida de Jesus como o Filho de Deus, temos um perfeito exemplo do relacionamento que é nosso privilégio ter como filhos do Pai celestial (ver com. de Lc 2:49; Jo 1:14; 4:34; 8:29). A chave para esse relacionamento é o amor, e seu resultado é confiança e obediência. CBASD, vol. 6, p. 968.



II Coríntios 3 by Jobson Santos
2 de abril de 2015, 0:59
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Comentário devocional:

O apóstolo Paulo lembra aos crentes de Corinto que eles não precisam de uma carta de apresentação para conhecerem o seu caráter (3:1). A própria existência da igreja em Corinto é um testemunho acerca do ministério de Paulo. Como um pastor dedicado, ele se preocupava com eles genuinamente.

Paulo, então, traça um contraste entre o seu próprio ministério e o de Moisés (como o esquema a seguir ajuda a ilustrar):

O ministério de Moisés:
– Um ministério que tinha glória, mas também trouxe a morte e a condenação (2 Cor. 3: 7, 9)
– Gravado em tábuas de pedra (2 Cor. 3: 7)
– Veio com uma glória que era temporária e desapareceu (2 Cor. 3: 7, 9-11)
– Moisés usava um véu para esconder do povo aquela glória temporária (2 Cor. 3:13)
– A mente dos que lêem os escritos de Moisés permanece com um véu (2 Cor. 3: 14-15)

O ministério de Paulo:
– Um ministério do Espírito doador de vida que traz justiça (2 Cor. 3: 8, cf. 2 Cor. 3:6)
– Escrito nas tábuas de corações humanos (2 Cor. 3: 3)
– Um ministério com glória superior e que não desvanece (2 Cor. 3: 8-11)
– “Todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor” (2 Cor. 3:18)
– Aqueles que se voltam para o Senhor Jesus tem o véu removido (2 Cor. 3:16)

Em última análise, o “ministério do Espírito” é “muito mais glorioso” (v. 8, NVI). Na verdade, Moisés, através da “antiga aliança”, apontava para os dias de hoje. Estes não são dois pactos separados, mas o que Moisés ensinou foi como um “véu” que foi retirado “em Cristo.” Em outras palavras, o trabalho e as palavras de Moisés apontavam para Jesus Cristo como o Messias prometido.

Michael W. Campbell, Ph.D.
Professor Assistente, Estudos Históricos / Teológicos
Instituto Adventista Internacional de Estudos Avançados
Filipinas


Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/2co/3/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: 2 Coríntios 3
Comentários em áudio:


I Coríntios 14 by Jeferson Quimelli

Comentário devocional:

Paulo volta a falar sobre “os dons espirituais, principalmente o dom de profecia” (v 1 NVI). “Quem profetiza o faz para edificação, encorajamento e consolação dos homens.” (v 3 NVI). Assim, o dom de profecia “edifica a igreja.” Este dom é tão significativo que Paulo reconhece a sua prioridade entre os demais dons. 

Como adventistas do sétimo dia, acreditamos na continuidade de todos os dons espirituais, incluindo o dom da profecia. Acreditamos que, em dezembro 1844, Deus designou outro mensageiro profético, assim como Deus operou em muitos outros pontos críticos ao longo da história da salvação. Deus revelou a Ellen Harmon (mais tarde White) uma mensagem de encorajamento através de uma revelação divina. Os crentes estavam desencorajados após o não retorno de Jesus em 22 de outubro de 1844. Assim, Deus usou uma jovem mulher para incentivar e “edificar” o povo de Deus. O tema de sua primeira visão acabou se tornando o tema principal de todo o seu ministério profético: o caminho de Deus é um caminho estreito, que conduz a Jesus. Mais uma vez o dom profético contribuiu para edificar e ajudar a igreja de Deus. Para aqueles que acreditam na importância de todos os dons espirituais, não deveria ser surpresa a escolha divina de um mensageiro profético para ajudar o povo de Deus do tempo do fim a se concentrar em Jesus.

Em seguida, Paulo discorre sobre o falar em “línguas” (idiomas) e a necessidade de serem interpretadas (vv 6-25). Ele destaca, mais uma vez, que todos os dons espirituais, incluindo o dom de “línguas”, devem levar à “edificação da igreja” (v 12). O dom de línguas vem junto com o dom de interpretação e compreensão (vv 13, 15). Na verdade, a palavra-chave deste capítulo, estreitamente associada com “línguas” é “entendimento”. Tal entendimento conduz à maturidade cristã (v 20).

Ao comparar e contrastar estes dois dons espirituais (profecia e línguas), Paulo observa que o dom de falar em línguas diferentes é “um sinal para os descrentes” mas o dom de profetizar “é para os que crêem” (v 22 NVI). Independentemente do dom, a ordem na igreja deve ser mantida para que os incrédulos não acusem os crentes de estarem “loucos” (v 23 NVI). Todos os dons espirituais devem levar à “edificação” (v 26) e cada orador deve ter a sua vez de falar para que haja ordem na reunião (vv 27-28).

Paulo conclui afirmando que as revelações trazidas pelo dom de profecia devem estar em harmonia com as orientações proféticas prévias (vv 32-33). Ou seja, devemos julgar toda nova revelação pelas verdades encontradas na Palavra de Deus. Para nós, isto significa que a Escritura é a nossa autoridade final.

Michael W. Campbell, Ph.D.
Professor Assistente, Estudos Históricos / Teológicos
Instituto Adventista Internacional de Estudos Avançados
Filipinas

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/1co/14
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: I Coríntios 14 

Comentários em áudio



I Coríntios 13 by Jeferson Quimelli
27 de março de 2015, 5:06
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Comentário devocional:

O amor é o maior dos dons espirituais. É ainda mais importante do que toda a variedade de dons espirituais mencionados no capítulo anterior (e como eles são importantes!). Acima de todas as tolas divisões e controvérsias, Paulo levanta a voz para lembrar os fiéis do que realmente importa. O amor!

No mundo greco-romano havia muitas palavras diferentes que hoje são traduzidas como amor. O apóstolo Paulo usa uma palavra muito distinta, agape, para nos lembrar do amor altruísta de Deus. Isso está em contraste com os conceitos de amor que hoje nos chegam através da mídia e suas propagandas. O amor de Deus é diferente. É puro, elevado, altruísta. Não importa quão eloquente eu seja ou quais dons espirituais possa ter (v 1, 2), “se não tiver amor, nada serei” (v. 2 NVI). Podemos alimentar os pobres ou nos tornar mártires, mas isto pode ser feito pelo motivo errado e, então, não fará muita diferença perante Deus! (v. 3).

Em seguida, Paulo descreve este tipo especial de amor agape (vs. 4-8). Esta é uma passagem que muitos pastores, inclusive eu, usam para casamentos, e faríamos bem em utilizá-la também para verificar se continuamos a crescer em nossa experiência cristã. Temos que nos perguntar: em tudo que fazemos agimos com delicadeza e amor? O mais importante teste da verdadeira fé e prática cristã é o desejo de demonstrar na prática o amor de Deus.

Quanto mais nos aproximamos de Jesus, mais vemos nossa necessidade dEle. É por isso que Paulo nos lembra a respeito da maturidade cristã: “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” (v. 11). Ou, para usar outro exemplo: “Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face” (v. 12). Em ambos os casos, somos lembrados de que nenhum de nós tem todo o amor que deveríamos ter, mas à medida que crescemos diariamente, nos aproximando de Jesus, nos tornamos mais semelhantes a Ele.

Michael W. Campbell, Ph.D.
Professor Assistente, Estudos Históricos / Teológicos
Instituto Adventista Internacional de Estudos Avançados.
 
 
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/1co/13/
Traduzido/adaptado por JAQ/JDS
Texto bíblico: I Coríntios 13 
Comentários em áudio 


I Corintios 2 – Comentários Selecionados by tatianawernenburg
16 de março de 2015, 0:00
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1 Ostentação de linguagem. Paulo não tentou ganhar as pessoas por meio de retórica ou oratória. Tampouco se apoiou na “sabedoria”, isto é, filosofia, para provar a verdade do evangelho. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 737. 
2 Se não a Jesus Cristo e este crucificado. Paulo pregou Cristo crucificado a respeito de que a ideia de um Salvador crucificado fosse uma ofensa tanto a judeus quanto a gregos. CBASD, vol. 6, p. 738.
4 Demonstração. Do gr. apodeixis, “prova segura”, “evidência”. A prova de que a mensagem que Paulo pregava era de origem divina não se estava na argumentação hábil, mas na evidência, ou “demonstração”, do Espírito Santo. A obra do apóstolo em Corinto foi acompanhada, bem como em outros lugares, de milagres. CBASD, vol. 6, p. 738.
5 Vossa fé. Paulo desejava que os coríntios confiassem no poder de Deus para mudar vidas. Ele não queria levá-los a depositar a confiança em nenhuma forma de poder humano. CBASD, vol. 6, p. 738.
7 Mistério. O plano da salvação, formulado antes da criação do mundo e anunciado e posto em prática por Deus quando Adão pecou, era, um grande mistério para o universo. Os anjos não podiam compreendê-lo plenamente. Os profetas, que escreveram sobre isso, entendiam apenas em parte as mensagens que transmitiam a respeito da salvação por meio de Cristo. O ser humano não é capaz de compreender a sabedoria de Deus porque é diretamente contrária à filosofia de vida mundana. Mesmo o crente, consagrado é incapaz de entender plenamente o plano da salvação. CBASD, vol. 6, p. 739.
9 Nem olhos viram. O texto diz, literalmente: “As coisas que olho não viu e ouvido não ouviu, e não vieram sobre o coração do homem, é o que Deus preparou para aqueles que O amam.” Os aspectos físicos da existência são percebidos pelos sentidos e usados para se adquirir conhecimento das coisas ao redor. O fato de o olho nem o ouvido poderem entender as coisas de Deus prova que são necessárias outras faculdades além dos sentidos físicos para se entenderem as verdades espirituais. CBASD, vol. 6, p. 739.
12 Para que conheçamos. O propósito de Deus em conceder o Espírito é que entendamos as coisas providas pela graça. O Espírito de Deus não só revela ao ser humano as bênçãos do evangelho, mas também opera nele a vontade divina. O resultado
desse recebimento do Espírito será visto na vida em harmonia com a vontade de Deus. CBASD, vol. 6, p. 740.
14 O homem natural. O homem cuja mente não está voltada para o que é espiritual, que não foi regenerado, cujos interesses estão nas coisas desta vida. Uma pessoa assim recorre à sabedoria humana para a solução de seus problemas. Vive para agradar a si mesmo e satisfazer os desejos do coração não convertido. Por isso, é incapaz de entender e apreciar o que vem de Deus. Para ele, o plano da salvação e a revelação do amor de Deus são loucura. Não consegue distinguir entre filosofia mundana e verdade espiritual porque a sabedoria de Deus é entendida apenas pelos que se permitem ser instruídos pelo Espírito Santo. CBASD, vol. 6, p. 741.
15 Não é julgado por ninguém. As pessoas podem desejar fazê-lo, mas ninguém cuja mente esteja voltada para as coisas deste mundo pode entender os princípios, sentimentos e esperanças de alguém espiritual. O coração não regenerado não é capaz de apreciar as coisas do Espírito de Deus. CBASD, vol. 6, p. 742.
16 Mente do Senhor. A primeira parte deste versículo é uma citação de Isaías 40:13. Os não regenerados não podem entender as ações divinas. Portanto, não estão em posição de ensinar a pessoa espiritual, que está sob a direção do Espírito. Quem é espiritual têm o Espírito, que lhe ensina o que é de Deus. CBASD, vol. 6, p. 742.
Mente de Cristo. Somos unidos a Cristo pelo Espírito, pois a presença do Espírito Santo equivale à presença de Jesus. Por isso, temos o mesmo sentimento de Cristo. Pelo Espírito Santo, Jesus habita no crente e atua nele e por meio dele. CBASD, vol. 6, p. 742.

 



I Coríntios 1 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli

1 Vontade de Deus. Paulo … sabia que não havia sido apontado para o ministério por homem, mas por Deus (ver Gl 1:1). Todo verdadeiro ministro do evangelho de Jesus Cristo deveria ter a mesma convicção a respeito de seu chamado, e, como Paulo, crer que um “ai” cairá sobre ele se assumir outra tarefa (ver 1Co 9:16). CBASD, vol. 6, p. 727

Apóstolo. O direito de Paulo ao apostolado foi questionado em Corinto. Nesta passagem e mais adiante na epístola, ele afirma e defende sem temor esse direito (ver 1Co 9). CBASD, vol. 6, p. 727.

2 Em Cristo Jesus. Apenas é considerado santo quem busca e encontra refúgio em Jesus e está coberto pela justiça do Salvador. CBASD, vol. 6, p. 728.

Em todo lugar. É possível também que Paulo estivesse usando uma frase comum em saudações da época. Inscrições encontradas em sinagogas continham a seguinte saudação: “Que haja paz neste lugar e em todo Israel” (ver lans Lietzmann, Handbuch zum Neuen Testament, com. de 1Co 1:2). A epístola não e destinava apenas a eles, mas continha insruções a todos e foi preservada no cânon agrado para nossa instrução e edificação ver 2Tm 3:16). CBASD, vol. 6, p. 727

3 Graça. Do gr. charis, palavra que ocorre cerca de 150 vezes no NT, sendo traduzida como “graça” 123 vezes. Nos demais casos, traduzida como “favor”, “alegria”, “recompensa”, “dádivas”, “gratidão” e “benefício”. Todas essas palavras, juntas não podem expressar a glória, alegria, felicidade e gratidão despertadas na mente de quem tem um vislumbre da revelação dos atributos de Deus manifestados ao ser humano por meio de Jesus Cristo. Todos esses se resumem em uma palavra: charis. … A igreja cristã apostólica adotou a expressão e aplicou a conotação de natureza gentil, afetuosa, agradável e de disposição bondosa à atitude dos cristãos uns para com os outros. De forma mais particular, o termo foi usado para expressar “a conduta de Deus para com o ser humano pecador conforme revelada em e por meio de Cristo, especialmente como um ato de favor espontâneo” (Hermann Cremer, Biblico-Theological Lexicon [1886], p. 574). Esse favor de Deus de forma alguma depende da condição humana. Isto é, nem seus esforços para obter a graça por meio de obras de justiça nem o fracasso em alcançá-la afetam a manifestação do favor de Deus. Portanto, cabe ao ser humano aceitar a graça, se assim o desejar. Seu nível de pecaminosidade não influi na disposição divina de conceder graça por meio de Jesus (ver com. de Rm 1:7). CBASD, vol. 6, p. 728

Paz. Do gr. eirene, palavra da qual deriva o nome “Irene“. Conforme empregado no NT, eirene significa a completa ausência de tudo que perturba ou interrompe a obra plena do Espírito Santo na vida de uma pessoa, por meio do qual esta entra em perfeita harmonia com o Criador. CBASD, vol. 6, p. 728.

4 Dou Graças a [meu] Deus. Antes de tratar dos problemas que afetavam a igreja, Paulo elogia o que os crentes de Corinto alcançaram em sua experiência espiritual: O elogio à fidelidade e obediência antecede a repreensão ou advertência. Isso está bem exemplificado nas mensagens às sete igrejas (Ap 2:2-4, 13, 14, 19, 20). Deus encoraja a igreja ao mencionar o que está bem e, com isso, prepara o caminho para as advertências e repreensões necessárias, que; se levadas em consideração, como no caso da igreja de Corinto, resultarão em crescimento espiritual e bênçãos. CBASD, vol. 6, p. 729

Graça. Do gr. charis (ver com. do v. 3). Nesta passagem, os dons da graça, os charismata (1Co 12:4), são enfatizados (ver 1:5-7). CBASD, vol. 6, p. 729.

5 Em tudo. Deus tinha abençoado grandemente os crentes de Corinto. Ele os tinha resgatado do ambiente corrupto em que viviam, levantando-os das profundezas do vício e do pecado, conferindo a eles dons espirituais em abundância de modo que não lhes faltava “nenhum dom” (v. 7). Dessa forma, fez-se abundante provisão, além das necessidades, para que a igreja não tivesse motivo para reincidências e apostasia (comparar com 2Co 9:11). CBASD, vol. 6, p. 729.

Conhecimento. Do gr. gnosis, do qual derivam as palavras “gnóstico” e “agnóstico” (sobre esse dom, ver com. de 1Co 12:8). O conhecimento é um fundamento essencial para a fé. Os fatos básicos relativos à existência de Deus e ao plano da salvação devem ser entendidos por aqueles que desejam se tornar cristãos. Era necessário haver na igreja quem pudesse transmitir tal conhecimento. Paulo dizia ter esse dom (2Co 11:6). Em Corinto, alguns haviam pervertido o dom (1Co 8). CBASD, vol. 6, p. 729.

6 Assim como. Esta expressão parece indicar que o conhecimento do plano da salvação por meio de Jesus Cristo foi esclarecido e estabelecido pela obra poderosa do ‘Espírito Santo na igreja de Corinto. CBASD, vol. 6, p. 729.

De Cristo. Ou, “sobre Cristo”. O resultado do derramamento abundante do Espírito Santo sobre os crentes coríntios foi a confirmação de sua fé no evangelho, da convicção e aceitação da verdade do amor de Deus e do sacrifício de Jesus. O testemunho dos apóstolos a respeito de Cristo não foi apenas crido e aceito, mas, por meio do poder do Espírito de Deus, a igreja recebeu os dons do Espírito (ver v. 7; esses ‘ dons’ são alistados em I Co 12:1, 4-10, 28; Ef 4: 8 , 11-13) . Declara-se que o propósito dos dons do Espírito é o desenvolvimento da igreja até que alcance unidade e perfeição em Jesus (Ef 4:12-15). CBASD, vol. 6, p. 729.

7 Nenhum dom. “A manifestação do Espírito” foi “concedida a cada um visando a um fim proveitoso” (1Co 12:7). Os dons eram abundantes na igreja de Corinto, e cada crente recebeu algum deles. CBASD, vol. 6, p. 729.

Revelação. ‘Do gr. apokalupsis, literalmente “descobrimento”, “revelação”, “descobrir o que está oculto”. Esta é a palavra usada para descrever a vinda de Jesus (2Ts 1:7; 1Pe 1:7, 13; 4:13). Cristo, que estava oculto aos olhos físicos, será revelado de nodo que todo olho O verá (Ap 1:7). … A segunda vinda de Jesus era a expectativa e esperança da igreja do primeiro século, e ainda é a ‘bendita esperança” de todo verdadeiro discípulo (Tt 2:13). Os cristãos de Corinto, firmados na fé de Jesus pelos diversos dons do espírito, esperavam ansiosamente a manifestação do Salvador em Sua segunda vinda. CBASD, vol. 6, p. 730.

8 O qual confirmará até ao fim. Comparar com Fp 1:10; 1Ts 5.23; Jd 24. Não se deve considerar que essa declaração signifique ser impossível sair da graça. Outras passagens revelam que isso possível (ver, por exemplo, Hb 6:4-6). Os crentes serão confirmados até ao fim somente se permanecerem fiéis (Mt 24:13; ver com. de Jo 10:28). CBASD, vol. 6, p. 730.

Irrepreensíveis. Os cristãos têm a certeza de que Cristo os manterá firmes em meio às provas e tentações e que os guardará no caminho da santidade por toda a vida, de nodo que na vinda de Cristo serão encontrados irrepreensíveis. Isto não é uma promessa de que serão perfeitos, no sentido de serem isentos de pecar, pois “todos pecaram” e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23). Jesus os capacitará a viverem de forma vitoriosa ao se submeterem a Ele constantemente. Em Sua vinda, serão achados irrepreensíveis porque estão cobertos por Sua justiça. “Irrepreensíveis” é diferente de “perfeitos”. “Irrepreensíveis” são aqueles que não podem ser culpados de nenhum crime, que se colocam perante o Juiz supremo, e contra quem não há base para acusação. … A dependência absoluta de Deus é a base para a declaração do Paulo de que os crentes serão preservados irrepreensíveis até ao fim. CBASD, vol. 6, p. 730.

9 Fiel é Deus. Comparar com 1Co 10:13; 1Ts 5:24; 2Ts 3:3. … As promessas do Deus, assim como Seu caráter, são imutáveis. Essa é uma fonte de constante conforto para o cristão que vive num mundo cada vez mais instável. CBASD, vol. 6, p. 730.

Comunhão. Do gr. koinonia (ver com. de At 2:42; Rm 15:26). CBASD, vol. 6, p. 730.

10 Rogo-vos. Este versículo marca a transição da ação de graças e elogio para a repreensão. Após uma breve introdução, Paulo passa diretamente a abordar os problemas que demandavam sua atenção (ver com. de Mt 5:4). CBASD, vol. 6, p. 730

Irmãos. Uma forma comum de Paulo se dirigir aos leitores de suas epístolas. Neste caso, o termo carinhoso é talvez usado com o fim de amenizar a severidade da repreensão que Paulo está prestes a fazer. O termo também implica unidade, algo em falta entre os crentes coríntios. CBASD, vol. 6, p. 730.

Faleis todos a mesma coisa. Esta frase traduz uma expressão encontrada no grego clássico que significa “estar de acordo”. O emprego desta expressão mostra que Paulo estava familiarizado com as obras clássicas gregas (ver com. de At 17:28). CBASD, vol. 6, p. 731

11 fui informado, pelos da casa de Cloe. O nome significa “imaturo” ou talvez “loiro”. O nome era comum entre escravos libertos, fato que sugere que Cloe deve ter sido uma escrava liberta. Sem dúvida, a família vivia em Corinto, de onde levaram a Paulo informações de primeira mão sobre as dissensões na igreja (ver AA, 300). CBASD, vol. 6, p. 731.

12 De Paulo. Primeiramente, o apóstolo menciona o partido que afirmava ser de seus seguidores. Ele não demonstra favor a nenhum deles, muito menos a seu próprio. Todos são condenados. O espírito de dissensão de qualquer forma é errado. Comparar um líder espiritual a outro é contrário ao espírito de Cristo. CBASD, vol. 6, p. 731

Apolo. Judeu alexandrino, seguidor dos ensinos de João Batista e homem “eloquente e poderoso nas Escrituras” (At 18:24, 25). CBASD, vol. 6, p. 731. Sua personalidade, modo de trabalhar e o tipo de mensagem que transmitia apelavam a uma j determinada classe que começou a mostrar ‘ preferência por ele. … Entre Paulo e Apolo havia perfeita harmonia (ver v. 5-10). Quando surgiram dissensões, Apolo deixou Corinto e voltou para Éfeso. Paulo o instou a retornar a Corinto, mas Apolo se recusou. CBASD, vol. 6, p. 731.

Cefas. Os que pertenciam a esse partido criam que havia mérito especial em estar unido a um dos doze apóstolos. Pedro tinha estado associado intimamente a Jesus e era um dos líderes dos doze apóstolos. Acreditavam que isso o colocava acima de Paulo ou Apolo. CBASD, vol. 6, p. 732.

De Cristo. Os que pertenciam a esse partido se recusavam a seguir um líder humano. Eram independentes nas suas atitudes e afirmavam receber instruções diretas de Cristo (ver AA, 278, 279). CBASD, vol. 6, p. 732.

14 A nenhum de vós batizei. Os conversos de Paulo eram batizados por seus colaboradores, talvez para evitar que atribuíssem santidade especial ao rito quando realizado por certos indivíduos. O rito em si, ou o fato de ser realizado por determinado indivíduo, não confere nenhum significado especial ao batismo. A exemplo de Paulo, “Jesus mesmo não batizava, e sim os Seus discípulos” (Jo 4:2). CBASD, vol. 6, p. 732.

15 Fostes batizados. Ao que parece, era comum em Corinto a crença de que havia uma relação especial entre quem batizava e o batizado. CBASD, vol. 6, p. 732.

17 Para batizar. Paulo esperava que apenas Cristo fosse exaltado, e que homens e mulheres fossem ganhos para Ele. Por isso, ele deixou claro que batizar não era seu trabalho principal, mas sim persuadir pessoas a se renderem ao Salvador. Não era sua intenção insinuar que não batizaria ninguém, mas que soubessem que ele não se gloriava com um grande número de batismos. … Isso mostra que Paulo estava ciente do perigo de que os batizados pelos apóstolos pensassem ser superiores a outros conversos que não tiveram essa oportunidade. Assim se iniciaria uma luta de partidos na igreja, o que de fato estava ocorrendo. Ele declara que sua obra era proclamar as boas-novas da salvação e chamar todos ao arrependimento e à fé em Jesus. Esse é o principal objetivo dos ministros do evangelho. CBASD, vol. 6, p. 732.

Sabedoria de palavra. Os gregos estimavam os métodos sutis e polidos que usavam em seus debates e a refinada eloquência de seus oradores. Paulo não buscou imitar o estilo complicado e filosófico da retórica deles. O êxito do evangelho não depende dessas coisas, e o apóstolo não as tinha exibido na sua pregação. Seu ensino e modo de falar não inspirava louvor dos sofisticados gregos. Eles não consideravam sábia sua pregação. O apóstolo anelava que a glória da cruz de Cristo não fosse obscurecida por filosofia humana e oratória elegante, exaltando-se assim o homem em lugar de Deus. O êxito da pregação da cruz não depende do poder do raciocínio humano nem do encanto de uma argumentação refinada, mas do impacto de sua verdade simples apoiada no poder do Espírito Santo. CBASD, vol. 6, p. 732, 733.

18 Palavra. Do gr. logos. CBASD, vol. 6, p. 733

Da cruz. Isto é, sobre a cruz. A “palavra da cruz” é a mensagem da salvação por meio da fé no Senhor crucificado. Tal mensagem parecia o cúmulo da loucura para os gregos amantes da filosofia e para os judeus inclinados ao ritualismo. CBASD, vol. 6, p. 733.

Os que se perdem. Eles estão no caminho da perdição, pois a única coisa que tem poder para salvá-los, isto é, a palavra da cruz, parece-lhes loucura. CBASD, vol. 6, p. 733 ,

Somos salvos. Literalmente “estão sendo salvos”. Paulo descreve a salvação como um ato presente. CBASD, vol. 6, p. 733

Poder. Do gr. dynamis (ver com. de Lc 1:35). … O evangelho é muito mais que uma declaração de doutrina ou um relato do que Jesus fez pela humanidade quando morreu na cruz. É o poder de Deus atuando no coração e na vida do pecador crente arrependido, fazendo dele nova criatura (ver Rm 1:16; cf. 2Co 5:17). CBASD, vol. 6, p. 733.

19 Está escrito. Uma citação de Isaías 29:14 … Paulo apresenta uma evidência bíblica à observação feita no versículo anterior. Todos os esforços para encontrai um caminho para a salvação por meio da filosofia humana e sem Deus serão rejeitados e aniquilados pelo Senhor. CBASD, vol. 6, p. 733.

20 Onde está o sábio? Este versículo destaca a completa inutilidade de todas as formas de pensamento e raciocínio humano como meio de promover a pregação e a salvação. CBASD, vol. 6, p. 733.

21 Por sua própria sabedoria. Os gregos eram conhecidos pela filosofia, mas toda sua busca por coisas novas e estranhas (ver At 17:21) não os levou ao conhecimento do “Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe” (v. 24). CBASD, vol. 6, p. 733, 734.

Pregação. Do gr. kerugma,’ “anúncio”, “proclamação … A “loucura da pregação” é o anúncio do evangelho da salvação por meio da fé do Cristo crucificado, que para os gregos e judeus descrentes parecia loucura. CBASD, vol. 6, p. 734.

22 Sinais. Os judeus buscavam demonstrações físicas exteriores em forma de maravilhas, milagres e fatos sobrenaturais. CBASD, vol. 6, p. 734.

Gregos. Por séculos, este povo foi visto como intelectual e pensador. Acreditavam que o intelecto era capaz de compreender tudo. CBASD, vol. 6, p. 734.

23 Cristo crucificado. Para os israelitas, que se apegavam à expectativa de um Messias que governaria como um rei terreno e faria de Israel o reino supremo do mundo, a mensagem do Salvador crucificado era ofensiva. CBASD, vol. 6, p. 734.

Para os gentios. Para os que confiavam na lógica, na ciência e nas descobertas intelectuais, a ideia de que alguém condenado à morte pela forma mais humilhante de punição usada pelos romanos, a crucifixão, pudesse salvá-los era completa tolice (ver AA, 245). CBASD, vol. 6, p. 734.

24 Tanto judeus como gregos. Ver com. de Rm 1:16. Todos os verdadeiros cristãos, independentemente de oportunidades e privilégios nacionais ou culturais, reconhecem Jesus como aquele por meio de quem o poder de Deus é exercido para a salvação. CBASD, vol. 6, p. 734.

25 Loucura de Deus. … Na realidade, não há loucura ou fraqueza em Deus, mas o modo como Ele lida com o ser humano parece completa insensatez ao coração não regenerado. De fato, os planos de Deus para a restauração do ser humano estão muito mais bem adaptados às necessidades humanas do que todos os esquemas e artifícios do pensador mais brilhante que o mundo pode ter. CBASD, vol. 6, p. 735.

Foram chamados. Seria melhor entender a passagem como: “Não há muitos sábios entre vós.” CBASD, vol. 6, p. 735.

Muitos sábios. Para estabelecer a igreja, Deus não se valeu da sabedoria, riqueza, ou do poder deste mundo. Ele procura ganhar todas as classes, mas a chamada sabedoria deste mundo com frequência leva as pessoas a se exaltarem em vez de se humilharem perante Deus. Portanto, não é grande a proporção de ricos segundo o mundo e dos considerados líderes do pensamento popular que aceitam o evangelho simples de Jesus Cristo. De fato, “o evangelho sempre alcançou seu maior sucesso entre as classes humildes” (AA, 461). CBASD, vol. 6, p. 735.

27 As coisas loucas. A mente cheia da sabedoria deste mundo fica confusa diante da clara e simples pregação do evangelho por alguém instruído pelo Espírito de Deus, mas com pouca instrução secular. Os judeus ficaram surpresos com a sabedoria de Jesus, e perguntaram: “Como sabe este letras, sem ter estudado?” (Jo 7:15). Não podiam entender como alguém que não frequentou as escolas dos rabis fosse capaz de apresentar as verdades espirituais. O mesmo se dá hoje. O valor atribuído à instrução se calcula em geral pela quantidade de anos de estudo. A verdadeira instrução é aquela que torna a Palavra de Deus a fonte do saber. Quem obteve tal instrução é humilde, manso e submisso à orientação do Espírito Santo (comparar com Mt 11:25). CBASD, vol. 6, p. 735.

Coisas fracas. Isto é, as coisas que o mundo considera fracas. CBASD, vol. 6, p. 735.

28 Humildes. Do gr. agenes, literalmente, “de nenhuma família”, portanto, empregado para descrever alguém sem nome ou reputação. Neste caso, agenes indica os desprezados pela sociedade. Paulo enfatiza que Deus não depende da habilidade ou instrução humana para o cumprimento de Seu propósito: a redenção do ser humano. Instrumentos humildes que se entregam por completo a Deus são usados para mostrar como é vão e impotente confiar na instrução e no poder do mundo. CBASD, vol. 6, p. 735.

29 Ninguém. Isto é, nenhum ser humano (cf. Mc 13:20; Lc 3:6). Paulo resume o raciocínio dos v. 18 a 28 declarando que nenhuma classe de pessoas, ricas ou pobres, poderosas ou humildes, instruídas ou não, tem motivo para se gloriar perante Deus. CBASD, vol. 6, p. 735.

30 Dele. Isto é, de Deus. A vida pertence a Deus (At 17:25, 28). CBASD, vol. 6, p. 735.

Em Cristo Jesus. E a união com Cristo que torna os cristãos fortes e sábios. Eles não buscam posições honrosas, riqueza, honra ou poder para si mesmos. Deus, por meio de Jesus Cristo, supre todas as coisas. Muito embora o ser humano não reconheça, Cristo é quem provê tudo o que se possui. Todo o necessário para resgatar o ser humano da degradação em que se afundou, como resultado do pecado, se encontra em Jesus, em quem habita “toda a plenitude da Divindade” (Cl 2:9; cf. PJ, 115). Por meio de Jesus, nos tornamos sábios, justos, santos e remidos. CBASD, vol. 6, p. 735, 736.

Justiça. Pela fé, a justiça de Cristo é imputada e concedida ao crente. CBASD, vol. 6, p. 736.

31 Glorie-se no Senhor. Citação abreviada de Jeremias 9:23 e 24. Não há motivo para exaltação ou jactância em nenhuma conquista humana. A única coisa pela qual o ser humano pode encontrar justificativa para se gloriar é no fato de conhecer o Senhor Jesus Cristo como seu salvador pessoal. A maravilha do amor e da sabedoria de Deus, revelada em Cristo, é fonte contínua de louvor e regozijo, diante da qual toda sabedoria e proeza humanas se perdem em total insignificância. CBASD, vol. 6, p. 736.