Reavivados por Sua Palavra


Miquéias 1 by Jeferson Quimelli
27 de setembro de 2014, 0:00
Filed under: arrependimento, integridade, pecado | Tags: ,

Comentário devocional:

Uma vez eu vi um adesivo em um carro que dizia: “Só para constar: Deus está anotando tudo.” O fato de haver um registro de nossas vidas deixa você nervoso? Você gostaria de ver uma lista publicada de todos os sites da internet que você já visitou, uma compilação de todos os pensamentos que você teve, ou a gravação de todas as palavras que você já falou?

Nesta época de “politicamente correto”, é altamente indesejável ser rotulado como alguém que julga os outros. Muitas pessoas na sociedade de hoje parecem ter adotado uma atitude: “Viva e deixe viver”, e nunca julgar o comportamento de outra pessoa, porque “isso não é da sua conta!”

O título de um livro faz a pergunta importante; “O que aconteceu com o pecado?” (Karl Menninger, Hawthorn Books, 1973). Boa pergunta! Já ouvi falar de pastores que lutaram com situações em que membros da igreja estavam praticando abertamente o pecado sem nenhum intenção de mudança ou arrependimento, mas a liderança da igreja não queria sequer considerar em removê-los da qualidade de membros. A atitude generalizada era: “Eu não sou o guarda do meu irmão e o que eles fazem não é da minha conta.” A opinião geral parece ser que, enquanto não causar mal a ninguém, não faça nada a respeito.

No entanto, existem situações em que o pecado deve ser chamado pelo nome, não é mesmo? Como Ellen White diz: ” A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, p. 57 (1903).

Falar com aqueles que estão desonrando o nome de Deus é a coisa certa para os líderes fazerem. O aviso de Miquéias a respeito do julgamento pode não tê-lo feito muito popular, mas o juízo final é uma mensagem clara da Bíblia e precisamos viver nossas vidas com o pensamento de que um dia teremos que prestar contas de todos os nossos atos e intenções.

Gordon Bietz
Presidente da Southern Adventist University

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mic/1/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Miqueias 1

Comentário em áudio 



Amanhã começaremos ler Miquéias! by Jeferson Quimelli
26 de setembro de 2014, 2:00
Filed under: arrependimento, caráter de Deus, pecado | Tags: ,


Amanhã leremos Obadias! by Jeferson Quimelli
21 de setembro de 2014, 15:00
Filed under: Justiça, pecado | Tags: , , , ,


Oséias 6 by Jeferson Quimelli
1 de setembro de 2014, 0:00
Filed under: adoração, Amor de Deus, arrependimento, pecado | Tags: , , ,
Comentário devocional:
 
Oséias 6:1-3 é uma continuação de 5:15. Deus quer que Israel se arrependa e volte para ele. Somente após o castigo de Deus eles poderiam esperar a cura de seu país (6:1). Mesmo que  estivessem mortos, no terceiro dia Deus os ressuscitaria e lhes daria poder para viver para Ele (6:2). Se eles conhecessem a Deus intimamente e orassem a Ele, o Senhor certamente apareceria diante deles, e os abençoaria com boas chuvas e colheitas (6:3).
 
Efraim (v. 4a) representa o Norte de Israel. Deus disse tanto a Israel ao norte quanto a Judá, no sul: “Que posso fazer com você …?” A fidelidade e o amor deles a Deus era como a neblina da manhã, que logo desaparece ou o orvalho que logo evapora (6:4b). É por isso que as mensagens dos profetas de Deus traziam palavras de destruição (6​​: 5-7). Eles traziam a Deus os seus sacrifícios de animais e ofertas, mas Deus desejava a misericórdia que brota do amor (6:6). Eles agiam contra a expectativa de Deus. Como Adão havia transgredido e pecado contra Deus no Éden, eles também tinham pisado e quebrado sua aliança com Deus (6:7).
 
Gileade era a região mais importante da Transjordânia. Algumas vezes, esta região era  representada pelo nome “Gileade”. Samaria, a oeste do rio Jordão cometera pecado; Gileade, a leste do Jordão também cometera o mal (6:8). Deus apontou o mal dos sacerdotes em Gileade (6:9). Eles deviam ser instrutores de assuntos religiosos e Deus esperava que tivessem um padrão moral elevado. Todavia os sacerdotes agiam como um bando de ladrões à espera de um homem para emboscar e matar no caminho para a cidade refúgio de Siquém, como faziam os ladrões (v. 9).
 
Deus viu coisas horríveis no reino do norte de Israel (6:10). Aos olhos de Deus a sua adoração de ídolos era como prostituição. Eles contaminaram a si mesmos por sua adoração de ídolos e lascívia, quebrando seu relacionamento com Deus.
 
Que possamos responder positivamente ao amor imutável de Deus por nós e que possamos ter e desfrutar de um relacionamento verdadeiro com Ele.
 
Yoshitaka Kobayashi
Japão.
 
 
Traduzido por JAQ/GASQ/JDS
Texto bíblico: Oséias 6
Comentário em áudio


Oséias 5 by Jeferson Quimelli

Comentário devocional:

A mensagem profética contra os pecados dos sacerdotes do Israel do norte começa em Oséias 4:4. Neste quinto capítulo, começando com o versículo 1, esta mensagem de julgamento não é dirigida apenas aos sacerdotes, mas também ao rei e os altos oficiais do reino de Israel. Era um anúncio do juízo vindouro.

Eles tinham feito locais de adoração de ídolos em Mispa e na encosta do Monte Tabor (5:1). Aqueles que inventaram a adoração do bezerro de ouro e o rei que introduziu a adoração de Baal em Israel não hesitaram em abater os verdadeiros adoradores de Deus (5:2). A causa desta maldade e degradação era a adoração de ídolos e o espírito de devassidão sexual. Sua desobediência intencional contra Deus em fazer o bezerro de ouro e a introdução em Israel do culto ao Baal de Sidom eram uma rejeição direta das instruções de Deus e Sua lei. E eles ainda queriam que Deus os escutasse! Tais adoradores não tinham capacidade de estabelecer uma verdadeira relação de amor com Deus (5:4).

O final do versículo 7 [Agora suas festas de lua nova os devorarão, NVI] pode ser lido: “Um mês os devorará e à sua herança.” Um mês judaico tinha 30 dias e estes 30 dias poderiam ser interpretados profeticamente como 30 anos, cada dia por um ano. De fato, do final do reinado de Jeroboão II (753 aC) até a destruição de Samaria (722 aC) e cidades circunvizinhas se passaram cerca de 30 anos. Oséias 5:8-9 ressalta a certeza da vinda da Assíria para destruir o reino do norte de Israel (5:13).

Por outro lado, Judá, o reino do sul, também se tornara uma nação de adoradores de ídolos como Israel (5:10, 12, 14). Para eles, Deus seria como uma traça que se alimenta de roupas, e tornar-se-ia a causa da podridão que faria a comida intragável. Ele também seria como um leão forte, que ataca pessoas e gado, e ninguém seria capaz de salvá-los deste Leão.

Enquanto eles não reconhecessem seus pecados e buscassem o perdão de Deus, Ele não poderia abençoá-los, nem poderia restaurar um bom relacionamento com eles como seu Criador e Redentor (5:15).

Deus está sempre disposto a Se relacionar conosco. Precisamos reconhecer que santidade como um povo significa nossa dedicação total a ele.

Yoshitaka Kobayashi
Japão

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/hos/5/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Oseias 5 

Comentário em audio 



Ezequiel 43 by Jeferson Quimelli
9 de agosto de 2014, 0:00
Filed under: adoração, pecado | Tags: , , ,

Comentário devocional:

A primeira seção de Ezequiel 43 (versículos 1-12), que descreve o retorno da glória de Deus ao Templo, é realmente o clímax do livro. 

Em Ezequiel, o juízo de Deus sobre um Israel pecaminoso é vividamente retratado na dramática partida passo a passo da glória da presença de Deus do Templo. Isto é descrito em Ezequiel 10 e 11. Essa partida é invertida no capítulo 43 quando a glória retorna ao Templo restaurado, através do portão leste, o caminho pelo qual ela havia saído.

O templo reconstruído, descrito por Ezequiel nos capítulos 40-42, só se torna funcional quando Deus está presente, o que acontece em Ezequiel 43. Isto também estabelece a base para o restante do livro, onde são descritos os rituais do Templo, a cidade nova e a nova terra. O clímax de tudo isso é visto no nome da cidade: “O Senhor está aqui” (Ez. 48:35, NVI).

Esta mensagem é tão importante que o próprio Deus diz para Ezequiel declarar tudo isso para Israel. Então, no verso 10 é dada a razão para toda a descrição do templo: o templo restaurado tem como finalidade ajudar Israel a se envergonhar de seus pecados passados e arrepender-se e, então, seguir os estatutos e as leis dadas por Deus.

Estas belas considerações nos fazem refletir sobre algumas questões importantes para nós, hoje: quão importante para nós é a presença de Deus? Temos hoje edifícios e igrejas agradáveis, mas está Deus presente nelas? Permitimos que a graça restauradora de Deus, a presença amorosa de Deus, toque nossos corações e nos leve a ter vergonha de nossos pecados e a verdadeiramente adorá-Lo?

Jon Dybdahl
Universidade Walla Walla, EUA

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/43/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Ezequiel 43 

Comentário em áudio 



Ezequiel 28 by Jeferson Quimelli
25 de julho de 2014, 1:00
Filed under: adoração, humildade, pecado, profecias | Tags:

Comentário devocional:

Aqui Ezequiel anuncia a desgraça do príncipe de Tiro. A maior parte deste lamento faz sentido se aplicado ao real governante humano de Tiro. Entretanto, alguns detalhes não fazem sentido. Esteve o governante terreno, alguma vez, no Éden, enfeitado com jóias como um querubim cobridor? Na verdade não, mas na adoração que ocorria no templo de Tiro o príncipe terreno talvez assumisse esse papel. Esteve ele, alguma vez, no santo monte de Deus? Não literalmente. Mas os pagãos consideravam seus santuários como montanhas divinas. O príncipe humano de Tiro tinha sido perfeito no dia de sua criação? Certamente não, mas essa pode ter sido a sua pretensão, abrindo espaço para Ezequiel empregar tais declarações de ironia.

Uma coisa é certa, o fato do príncipe ter assumido o papel de uma divindade no culto da cidade indica que este governante representa muito mais do que somente a si mesmo. Vemos aqui representado em escala humana algo de dimensões cósmicas. Nós não queremos basear a doutrina da queda dos anjos celestes apenas neste capítulo, mas o que é dito aqui ilumina o assunto que é abordado em outros lugares da Bíblia.

A própria essência da queda no pecado é o fato da criatura pretender possuir as prerrogativas do Criador, seja essa criatura angelical ou humana. Nenhum de nós consegue escapar dessa tentação, por mais ridícula que essa pretensão seja. 

No entanto, aquele que é Deus não procurou a exaltação própria. Em vez disso, Ele “esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!”(Filipenses 2:7, 8. NVI).

Ele é a nossa salvação e nosso modelo de ser.

Ross Cole
Avondale College, Austrália

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/28/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Ezequiel 28 

Comentário em áudio 



Ezequiel 28 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli
25 de julho de 2014, 0:00
Filed under: Bíblia, pecado | Tags:

Comentários selecionados:

2 príncipe. Do heb nagid, “um chefe”, “um líder”. Segundo Josefo, o rei tírio na época do cerco de Nabucodonosor era Etbaal (Contra Apion, i.21). Contudo, o profeta, sem dúvida, está censurando a insolência e o orgulho desmesurado dos líderes de Tiro em geral. CBASD, vol. 4, p. 741.

eu sou Deus. Etbaal II de Tiro é uma representação de orgulho sem limites do seu povo, por dominar os mares a partir de uma fortaleza considerada inexpugnável. Bíblia Shedd.

3 mais sábio que Daniel. Isto é uma ironia. … O rei de Tiro é comparado a ele, provavelmente, por causa de sua satisfação própria e de seu senso de superioridade. CBASD, vol. 4, p. 741.

10 Da morte de incircuncisos morrerás. Segundo Heródoto (ii.104), os fenícios praticavam a circuncisão. Como os judeus, eles considerariam os incircuncisos um desdém. CBASD, vol. 4, p. 741.

12-19 rei de Tiro. Os v. 11 a 19, embora apresentados como um hino fúnebre ao rei de Tiro, dificilmente podem ter sua aplicação limitada a esse príncipe. As figuras usadas vão além da referência local; … Ao considerar o caráter e as atividades do rei literal de Tiro em visão, Ezequiel viu mais longe, por revelação divina, e enxergou o ser invisível mais poderoso a quem o rei de Tiro servia. Da mesma forma, foi permitido que Isaías enxergasse além do rei literal de Babilônia (Is 14:4) e visse Satanás, cujo caráter e política era reproduzidos por aquele rei (v. 12-16). … Foi o Espírito Santo quem planejou e unificou as Escrituras, e foi Ele que providenciou que fossem dadas informações suficientes sobre todos os assuntos essenciais, inclusive a história de Satanás. Além disso, foi Ele quem determinou quando, como e por meio de quem devia ser dada a revelação. A ocasião envolvida na passagem em questão era especialmente apropriada, uma vez que o príncipe de Tiro havia imitado de maneira tão notável o exemplo de seu verdadeiro líder, o diabo. À luz do grande conflito, a nação de Tiro, juntamente com todas as nações pagãs, era controlada pelos princípios desse grande líder rebelde, e a influência dele na história dessas nações precisava ser devidamente exposta (para mais informações sobre a origem e o destino de Satanás, ver PP, 33-43; GC, 492-504). CBASD, vol. 4, p. 742.

A linguagem desta seção não é mais aplicável a um governante terreno. O foco muda para o reino cósmico, enfatizando o ser sobrenatural por trás das cenas, o mentor angélico do seu representante humano no trono terrestre. Esta passagem descreve a origem cósmica do pecado e da rebelião contra Deus (vv. 15-17); é paralela a Is 14:12-14, onde o ser sobrenatural responsável pelo mal é chamado Lucifer, e a Apoc. 12:4,7-9, onde este ser após a sua queda é chamado Satanás ou o diabo. Esta seção central e culminante do livro de Ezequiel é arranjada num padrão simétrico (quiástico):

A. Condição antes da expulsão (vv. 12b-13)
   B. “Querubim da guarda ungidor” (v. 14)
      C. “Te estabeleci” (v. 14)
         D. “No monte santo de Deus” (v. 14)
            E. “No brilho das pedras andava” (v. 14)
               F. “Perfeito eras nos teus caminhos” (v. 15)
               F’. ”Se achou iniquidade em você” … “pecaste” (v. 15)
            E’. “Em meio ao brilho das pedras” (v. 16)
         D’. “Fora do monte de Deus” (v. 16)
      C’. “Te farei perecer” (v. 16)
   B’. “Querubim da guarda” (v. 16)
A’. “Condição após a expulsão” (vv. 17-19). Andrews Study Bible.

Sinete da perfeição. A ACF traduz a frase como: “Tu eras o selo da medida.” A palavra traduzida como “perfeição” ocorre somente aqui e em Ezequiel 443:10, em que é traduzida como “modelo”. O significado geral é claro. Lúcifer foi revestido de sabedoria, glória e beleza, acima de todos os outros anjos CBASD, vol. 4, p. 742.

13 Éden. Não o Éden terreno, mas o “jardim de Deus” celestial, no santo monte (v. 14). Andrews Study Bible.

O lugar da habitação de Deus (ver PP, 35). CBASD, vol. 4, p. 742.

Todas as pedras preciosas. As pedras mencionadas aqui se encontram também na lista de pedras preciosas que se encontravam no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.17-20; 39:8-14). … A enumeração dessas várias joias enfatiza a exaltada posição do anjo mais honrado no Céu. CBASD, vol. 4, p. 742.

Foste criado. Por se tratar de um ser criado, Lúcifer era distintamente inferior ao Pai e ao Filho, em quem havia vida original, não emprestada, não derivada. Contudo, foi com o Filho que Lúcifer reivindicou igualdade. Quando Deus disse ao Filho: “Façamos o homem à Nossa imagem”, Satanás teve ciúmes de Jesus (ver PE, 145). Desejava ser consultado na formação do homem. Ao aspirar assim, ao poder que era prerrogativa apenas do criador exercer, caiu de sua exaltada posição e se tornou o diabo. É incorreto dizer que Deus criou o diabo. Deus criou um belo anjo, santo e imaculado, mas esse anjo fez de si mesmo um diabo. CBASD, vol. 4, p. 742, 743.

14 querubim da guarda ungido. Um ser não humano, mas sobrenatural, um anjo que guardava o trono (no Lugar Santíssimo do Santuário). Andrews Study Bible.

A posição original de Satanás é ilustrada pelos querubins que cobriam o propiciatório no templo hebraico. Lúcifer, o querubim cobridor, estava à luz da presença divina. Era o mais elevado de todos os seres criados, e o primeiro em revelar ao universo os desígnios divinos (ver DTN, 758). CBASD, vol. 4, p. 743.

Na sua soberba, o rei de Tiro é semelhante àquele anjo que era revestido de glória, mas caiu até as profundezas por causa da sua soberba; descreve bem a origem e a natureza de Satanás. Os ornamentos são a glória sacerdotal. Bíblia Shedd.

Monte santo. O termo representa aqui a sede do governo de Deus, o próprio Céu, que é figurativamente representado como um monte (ver com de Sl 48:2). CBASD, vol. 4, p. 743.

15 até que se achou iniquidade. Literalmente, “injustiça”. Aparentemente este querubim abrigou em seu coração a falsa crença de que Deus era injusto. Andrews Study Bible.

16 comércio. No contexto cósmico, o sentido “difamação” se ajusta melhor: o querubim da guarda difamou a Deus ao acusá-Lo de injustiça. Andrews Study Bible.

A imagem é extraída do comércio de Tiro, mas a figura do rei de Tiro não se perde. A obra de Lúcifer em disseminar a rebelião no Céu é comparada ao comércio ganancioso, muitas vezes desonesto de Tiro. CBASD, vol. 4, p. 743.

Violência. A difamação cresceu ao ponto de se tornar violenta rebelião (como descrito em Apoc 12:7-8) Andrews Study Bible.

Te farei perecer. Literalmente, “[tratar como] profano”, no sentido de “expulsar, expelir”(Apoc 12:9). Andrews Study Bible.

17 elevou-se o teu coração. O querubim se tornou orgulhoso de sua beleza e sabedoria (ver Is 14:13-14). Andrews Study Bible.

corrompeste a tua sabedoria. O poder, a riqueza e a sabedoria perdem seu valor quando se misturam com a soberba; é como uma tomada elétrica desligada da força. Até mesmo um arcanjo que se desligue do contato amoroso de Deus nada mais faz com seus poderes sobrenaturais senão arruinar os homens e decretar sua própria e eterna destruição (AP. 20.10). Bíblia Shedd.

18 comércio. Após sua expulsão para a terra, ele continua sua difamação (comércio de palavras difamatórias). Andrews Study Bible.

Teus santuários. Muitos manuscritos hebraicos e algumas versões dizem “Teu santuário”. A óbvia referência é ao próprio lugar santo do Céu, que foi contaminado pela entrada do pecado. CBASD, vol. 4, p. 743.

E te reduzi a cinzas. A destruição de Satanás é ilustrada com a figura da eliminação de Tiro e de seu rei pelo fogo. Na verdade, a aniquilação do instigador do mal será pelo fogo que, no último dia, removerá todo o vestígio de pecado e purificará a Terra para futura habitação dos justos (Ap 20:14, 15; 21:1). CBASD, vol. 4, p. 743.

19 espantados. Precisa-se considerar que isto é uma figura. Satanás vai sofrer por longo tempo no lago de fogo depois de todos os outros pecadores já terem morrido (ver PE, 294, 295). Os justos, dentro da cidade, irão testemunhar a ação do fogo renovador. CBASD, vol. 4, p. 743.

Jamais subsistirás [NVI: você não mais existirá]. Esta declaração proporciona a certeza de que o pecado, uma vez erradicado, nunca mais maculará o universo de Deus (ver Na 1:9). Ao permitir que a rebelião amadurecesse plenamente, Deus garantiu o futuro. Os habitantes do vasto universo de Deus terão desenvolvido uma imunidade contra o mal que os tornará seguros contra qualquer transgressão futura. Os resultados da apostasia contra o governo de Deus já serão plenamente conhecidos. Todos estarão convencidos da justiça, benevolência e sabedoria do caráter de Deus. Nunca o pecado perturbará a perfeita harmonia que vai permear a Terra recriada por Deus. CBASD, vol. 4, p. 743.

21 Sidom. Uma cidade fenícia situada cerca de 40 km ao norte de Tiro. Andrews Study Bible.

Normalmente mencionada juntamente com Tiro; era uma cidade gêmea de Tiro, e lhe era súdita, naquela época. Bíblia Shedd.

22. glorificado. Isto é, vindicado. Andrews Study Bible.

23 pela espada. Depois do cerco de Nabucodonosor e da vitória parcial sobre Tiro, Sidom se tornou a principal cidade-estado fenícia. Mais tarde, Cambises colocou a cidade sob domínio persa (c. 526 a.C.). Uma revolta em 351 a.C. levou à destruição da cidade. Mais tarde, Sidom se rendeu a Alexandre e, posteriormente foi dominada por Roma. CBASD, vol. 4, p. 743, 744.

24 espinho que a pique. Uma figura provavelmente tomada de Números 33:55, aplicada ali aos cananeus em geral. CBASD, vol. 4, p. 744.

Sidom não era um espinho no sentido de ser uma ameaça bélica no lado do território dos israelitas, mas sim por ser um centro do paganismo organizado, cujos pensamentos nunca cessaram de influenciar os israelitas. Nisto se descobre porque Deus tinha ordenado aos israelitas extirpar qualquer sinal de paganismo, logo ao entrar em Canaã. (Dt 7.1-5). Bíblia Shedd.

A destruição de Sidom eliminou o último dos vizinhos inimigos de Israel, chamados “espinhos que piquem” e “abrolhos dolorosos” (Num 33.55) portando consistindo-se em uma mensagem implícita para Israel. Andrews Study Bible.

26 edificarão casas. Ver Is 65:9, 10; Jr 30:18; 32:41. Isto ilustra a condição ideal que Deus planejou para o Israel restaurado. Se tivesse cumprido os planos divinos, o povo de Deus teria habitado em segurança nas casas que eles próprios construiriam e teria comido livremente das vinhas que eles próprios plantariam. Contudo, nem mesmo a severa disciplina do cativeiro conseguiu efetuar a regeneração espiritual necessária para garantir o cumprimento da promessa divina. CBASD, vol. 4, p. 744.

Para mais informações a respeito da origem do mal, ver: Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 9 (Tratado de Teologia), cap. 7, Pecado, e cap. 28, O Grande Conflito.


Ezequiel 19 by Jeferson Quimelli
16 de julho de 2014, 0:00
Filed under: consequências, escolhas, Israel, pecado, profecias | Tags: , ,

Comentário devocional:

Ezequiel 19 é um lamento sobre a queda dos monarcas em Judá e a desolação e cativeiro de Judá. Foi escrito em forma poética e compreende duas partes. 

A primeira parte (v. 1-9) fala do fim trágico de dois dos últimos reis de Judá. Este reino é retratado como uma leoa criando seus filhotes (v. 2). O primeiro filhote, Jeoacaz, assumiu o trono após a morte de seu pai, Josias. Ele reinou apenas durante três meses, quando Faraó Neco II veio em 609 aC e carregou-o em cadeias para o Egito, onde morreu mais tarde em cativeiro (2Rs 23:31-34, Jer 22:11-12). O segundo filhote era ou Joaquim, que depois de um breve reinado de três meses, foi levado para a Babilônia em 597 aC (2Rs 24:8-15) ou Zedequias, que após ter seus olhos removidos foi levado para a Babilônia, preso com algemas de bronze, em 586 aC (2Rs 24:18-25:7).

A segunda parte deste capítulo (v. 10-14) lamenta o destino de Judá como nação. O reino agora é comparado a uma videira exuberante e seus reis como ramos frutíferos. A vinha foi “arrancada com furor e lançada por terra” (v. 12 NVI) retratando a devastação da terra e a deportação de seus habitantes para a Babilônia. Esta deportação ocorreu durante os reinados de últimos três reis de Judá: Joaquim, Jeoaquim e Zedequias. Ao tempo da última invasão, a terra tornou-se desolada, a cidade de Jerusalém, com seu templo, foi incendiada e a muralha da cidade, destruída. Com a deportação de Zedequias a linha davídica de reis chegou ao fim.

No momento em que Ezequiel escrevia esta profecia, a desolação completa da terra de Judá e a deportação de Zedequias ainda estavam por acontecer. Tivesse Zedequias aprendido com os erros de seus antecessores e atendido à Palavra de Deus, a cidade de Jerusalém e o Templo não teriam sido destruídos (Jr 38:17). Mas sua resistência obstinada resultou na queda de Judá e no fim da monarquia.

Não vale a pena persistir no pecado, porque o resultado final é sempre a destruição.

Chawngdinpuii Chawngthu
Universidade Adventista Spicer, Índia

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/19/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Ezequiel 19 

Comentário em áudio 



Ezequiel 5 by Jeferson Quimelli
2 de julho de 2014, 1:14
Filed under: caráter de Deus, correção, desobediência, pecado, profecias | Tags: , , ,

Comentário devocional:

Este é um daqueles capítulos cuja leitura muitos procurariam evitar. Nele, Ezequiel é instruído por Deus para raspar a cabeça e a barba com uma espada bem afiada. Deveria, então, pegar e queimar uma terça parte, cortar outra terça parte com a espada ao redor da cidade e espalhar a parte restante ao vento, salvando algumas mechas para costurar em sua roupa e, destas, ainda, atirar algumas no fogo para queimar. A aplicação deste recurso visual é clara: Deus está julgando o seu povo por causa de sua rebeldia e Sua ira está prestes a ser derramada sobre eles.

Julgamento e ira são temas que todos nós tentamos evitar. Eu tenho uma amiga que é conhecida por sua compaixão. Ela ama as pessoas e passa a vida cuidando daquelas que sofrem. Muitas vezes ela passa noites em claro orando por pessoas que estão padecendo. Ela ama a todos, não apenas aqueles que também a amam, mas também aquelas que não gostam dela por qualquer motivo. Esta senhora não quer que ninguém sofra, mesmo que alguns possam considerá-la seu “inimigo”.

Minha amiga compassiva leu essas passagens em Ezequiel e julgou ser o tratamento de Deus muito severo e arbitrário por punir as pessoas de forma tão severa. Mas, à medida que continuou a estudar as Escrituras, ela aprendeu que não podemos retirar esses tipos de passagens de seu contexto, sem considerar o que houve antes e depois.

Os textos bíblicos escritos antes de Ezequiel revelam não somente séculos de promessas de bênçãos pela obediência, mas também de advertências de disciplina e castigos que se seguiriam à rebelião. Então, as pessoas não foram pegas de surpresa nem eram ignorantes do mal que haviam feito. 

O passado de Israel também revela que durante séculos homens e mulheres de Deus lembraram a nação do amor de Deus e apaixonadamente apelaram ao povo para retornar à piedade. E, mais importante, revela que quando o Seu povo se arrependeu no passado, Deus os recebeu de volta. O capítulo cinco de Ezequiel não apresenta um Deus arbitrário, mas um Deus justo, que cumpre Suas promessas.

Assim como não podemos ler capítulos como este isolados do passado, não podemos lê-los isolados do futuro também. Na leitura de hoje, vemos que mesmo que tenhamos a tendência de minimizar o pecado, Deus o leva a sério, especialmente o pecado daqueles que tem maior conhecimento. Na leitura de amanhã, veremos que quando Deus traz julgamento, Ele também fornece graça. Amém.

Pr. Eric Bates
EUA

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/5/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Ezequiel 5 

Comentário em áudio