II Samuel 24 – sexta, 01.02.2013
by Jeferson Quimelli
Este capítulo é outro capítulo duplicado. Isso significa que o Espírito Santo sentiu que seria bom incluir uma segunda narrativa do “Censo de Israel e Judá”, de Davi, em 1 Crônicas 21. O Espírito Santo queria dizer algo sobre o papel de Satanás neste censo. Apenas a duplicata (1Cr 21) ilustra isso claramente. Enquanto que o escriba neste capítulo disse que “irou-se o Senhor contra Israel” (v. 1 NVI), o escriba em 1 Crônicas 21:1 disse que “Satanás se levantou contra Israel.” O Senhor não trabalha em cooperação com Satanás, mas, em conflito com ele. O pecado é contra Deus e quando Ele mostra a sua ira isso cria uma zona livre para Satanás entrar e agir.
Davi foi imprudente em encomendar este Censo e quando Deus se afastou dele, Davi permitiu que o maligno o controlasse e pecou, ordenando a contagem dos filhos de Judá e Israel. Deus disse que Seus filhos iriam se multiplicar e Davi queria manter um controle para ver se Deus estava mantendo Sua palavra. Além disso, Davi queria gabar-se das bênçãos de Deus para provar a si mesmo que ele era um grande líder. Joabe era totalmente contra a contagem das pessoas.
Por que os números diferem? 2 Samuel 24:9 fala de 800 000 e 500 000 homens, enquanto que em 1 Crônicas 21: 5 se lê 1100 000 e 470 000 homens. A razão é dada em 1 Crônicas 21:6, onde se lê que alguns números de Davi foram retidos por Joabe. Deus condenou Davi por seu pecado e Davi confessou ao Senhor (2 Samuel 24:10) que ele havia pecado e pediu para ser perdoado.
De manhã, o profeta Gade deu a Davi três castigos para escolher por causa do seu pecado: 1) sete anos de fome, 2) ser perseguido por seus inimigos; 3) três dias de pestilência. Davi escolheu o último e 70 000 pessoas morreram. Quando o anjo do Senhor estendeu a mão sobre Jerusalém para destruir a cidade e Davi viu, ele clamou ao Senhor e disse: “Fui eu que pequei e cometi iniquidade. […] Que o teu castigo caia sobre mim”(v. 17 NVI). Então o profeta Gade disse a Davi: “Vá e edifique um altar ao Senhor” (v. 18 NVI). Assim, Davi decidiu comprar o terreno onde eles estavam e construir ali um altar. Entretanto, o dono da terra queria dar para ele de graça. Davi recusou porque não queria oferecer ao Senhor algo que não tinha lhe custado nada. O proprietário finalmente concordou em aceitar a oferta de Davi e recebeu pagamento pelos animais e pela terra. Quanto ao valor do pagamento, há dois números diferentes em 2 Samuel 24:25 e 1 Crônicas 21:24. A solução para descobrir a verdade é ler cuidadosamente como os escribas relataram a mesma operação: pela terra foram pagos 600 moedas [shekels] de “ouro” (1Cr 21:25) e para os bois, 50 moedas [shekels] de “prata” (2Sm 24:25).
Há outras diferenças entre 2 Samuel 24 e sua duplicata em 1 Crônicas 21. Mas nenhum desses eventos impediu que o Espírito Santo chamasse a nossa atenção para o problema do pecado que trouxe sofrimento ao remanescente. Contudo, a verdade permaneceu perfeita e imaculada pela obra do Espírito Santo, que é o Editor geral abrangente
Querido Deus,
Senhor Todo-Poderoso que não pode ficar longe dos imperfeitos seres humanos, nós Te adoramos e Te amamos com todo o nosso coração. Tu não escondes nada de ninguém e chegamos à surpreendente conclusão de que não importa o que os outros nos digam, não importa o que os outros falem, não importa o que os outros façam, (Tu, Senhor, estás dizendo para nós): Eu acredito em ti. Em nome de Jesus. Amém
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coréia do Sul
Trad JAQ – Rev GASQ
[NT: O comentário de amanhã, sábado, tem a assinatura de um brasileiro, o Pastor Leo Ranzolin, que já foi Vice Presidente da Associação Geral da IASD]
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II Samuel 23 – quinta, 31.01.2013
by Jeferson Quimelli
Este também é um capítulo duplicado. Isso significa que o Espírito Santo sentiu que seria bom incluir uma segunda vez as mesmas informações de 2Sm 23 em 1 Crônicas 11.
Uma parte que o escriba não incluiu em Crônicas foi a escatologia das “Últimas Palavras de Davi” de 2 Sm 23:2-7. Nestes versos, sabemos que Davi está falando do fim de todas as coisas porque no verso 7 ele usa termos específicos para descrever a destruição final e erradicação do mal: “serão totalmente queimados onde estiverem” (NVI).
Esta passagem nos sugere que a própria Trindade falou com Davi, porque o verso 2 se refere ao Espírito (ruah), e ao Verbo (wemilato), e, o verso 3, a Deus, a Rocha (Tsur) de Israel. A mensagem de Davi tinha um futuro reino messiânico em mente (versos 3-4), mas Davi a interpretou com esperança como se fosse aplicável à sua “casa” (verso 5). A monarquia de Israel, que começou com Saul, não estava no plano original de Deus; foi apenas pacientemente tolerada até que Deus estabelecesse a verdadeira monarquia de Israel sob o Messias.
Outro ponto importante a destacar de 2 Samuel é que naqueles dias algumas pessoas tinham dois nomes: por exemplo, Josebe-Bassebete era também chamado Adino. [NT: algumas versões, como a ACR, a ACF e a NKJV, trazem o texto adicional para o verso 8: “este era chamado Adino, o eznita”]. Em 1 Crônicas 11:11, temos outro apelido de Josebe como Jasobeão. Ao longo dos anos, diferentes escribas servindo no palácio de Davi e Salomão usaram diferentes grafias e diferentes formas de nomes.
Outra diferença tem a ver com números. Em 1 Crônicas 11:11 se diz que o chefe dos capitães matou 300 de uma só vez, enquanto que em 2 Samuel 23:8 se diz que o chefe dos capitães matou 800 de uma só vez. Era tão comum haver discrepâncias na contagem do número de vítimas em guerra ou desastres naturais no antigo Oriente Próximo como é hoje. Também é preciso lembrar que, posteriormente quando um escriba em Crônicas, por exemplo, fosse escrever o que estava sendo lido para ele de um relatório anterior, como de Samuel 23, haveria dificuldades de pronúncia e audição.
O Espírito Santo chama a nossa atenção para a realidade de lapsos de audição, escorregões de mão, lapsos de memória em práticas de cópia de escriba. A Palavra de Deus ainda está aí? Sim! É confiável? Absolutamente sim! Esses fenômenos na Bíblia não são exclusivos desses capítulos em duplicata. Alguns relatórios foram escritos em tempos de paz e outros em tempo de aflição e de guerra. A inspiração do Espírito Santo, enquanto Editor, exibe uma ampla compaixão para a humanidade, de forma a deixar que o homem fale para o homem em seus próprios termos, com suas imperfeições e, apesar dessas imperfeições, é o impacto do Espírito Santo na mente e no coração através da iluminação, o que realmente conta.
Como Davi disse: “Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra e luz, para os meus caminhos” (Sl 119:105). Além disso, “Guardo no meu coração as Tuas palavras, para eu não pecar contra ti” (Sl 119:11).
Querido Deus,
Espírito Santo, Editor da Palavra de Deus por mãos humanas, Tu tens a capacidade de retirar a imperfeição e deixar nossas mentes com um perfeito entendimento, toda a verdade. Nós sempre precisamos de sua orientação. Em nome de Jesus. Amém
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coréia do Sul
Trad JAQ – Rev GASQ
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II Samuel 21 – comentários bíblicos selecionados
by Jeferson Quimelli
1 Os capítulos 21 a 24 são uma espécie de apêndice ao livro de Samuel; compõe-se de eventos históricos e complementos poéticos, cuja ordem cronológica é irregular. O trecho de 21.1-14 [vingados os gibeonitas], por exemplo, deve ser colocado cronologicamente, antes do capítulo 9 (Bíblia Shedd).
2 pelos filhos de Israel. Nesta ofensa Saul não estava sozinho. Como rei de Israel, ele estava agindo com o povo e em favor dele. O povo, sem dúvida, o apoiou em sua campanha para exterminar os gibeonitas, e assim, a culpa recaía não só sobre o rei, mas também sobre eles. Isso explicaria por que o Senhor permitiu que a punição pela ofensa de Saul caísse sobre Davi e seu povo. A nação toda estava envolvida na violação do solene juramento feito mais de 400 anos abtes por Josué e pelos príncipes da congregação. Sob a capa do zelo nacionalista de Saul, existia um espírito de egoísmo, orgulho e arrogância que era totalmente estranho à humildade, imparcialidade e ao elevado propósito que Deus exigia de Seus filhos (CBASD-Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 2, p. 762).
3 que resgate vos darei […]? Davi devia ter dirigido esta pergunta a Deus, assim como fizera a respeito à causa da fome. O relato não declara que Davi tenha levado o caso ao Senhor, nem afirma que aquilo que os gibeonitas e o que Davi fez em resposta a isso estava em harmonia com o que Deus teria exigido a fim de corrigir a situação. A ação de Saul fora uma representação errônea da religião de Yahweh. Sua atitude provavelmente refletia a dos israelitas em geral, que, após a morte de Saul, continuaram a mostrar hostilidade para com esses estrangeiros que viviam em seu meio e a quem haviam prometido proteger. Era altamente essencial que a religião de Deus fosse vindicada. Não é revelado precisamente o que Deus teria exigido para alcançar esse fim. Um dos principais objetivos de se confessar as faltas para os que foram prejudicados é anular, tanto quanto possível, a má influência do ato errôneo. Pessoas têm ficado completamente desanimadas e têm perdido a salvação como resultado de erros alheios. É dever daquele que foi pedra de tropeço fazer tudo o que puder para tentar remover a causa de ofensa (CBASD, vol. 2, p. 762).
abençoem. Como o juramento feito [em nome do Senhor] a eles tinha sido violado, terim o direito de invocar a maldição divina sobre a terra (Bíblia de Estudo NVI, Vida)
6 Nos deem sete homens, para que os enforquemos. Este castigo (heb yoka) era previsto apenas para os apóstatas (Nm 25.4) e não se aplicava, propriamente, aos descendentes de Saul. Mas os gibeonitas, gente manhosa, já haviam enganado Israel uma vez (Js 9:3-15); e não é de estranhar que, aproveitando-se das circunstâncias a seu favor, repetissem a façanha. Se Davi tivesse consultado somente a Deus e não aos gibeonitas (3, 4), provavelmente a resposta seria outra (Bíblia Shedd).
em Gibeá.Gibeá foi a cidade onde Saul nasceu (1Sm 10.26; 11:44). Parece adequado que a expiação pelo crime de Saul fosse feita em sua cidade natal. […] Contudo, não há razão para se crer que a execução desses descendentes de Saul fosse considerada como um sacrifício humano expiatório e que, portanto, tivesse de ocorrer em Gibeá, como se fosse mais aceitável ali (CBASD, vol. 2, p. 762).
10 tomou um pano de saco e o estendeu para si. Rispa estendeu o pano de saco como um abrigo do sol forte (Andrews Study Bible).
Desde o princípio da ceifa; que se dava nos meses de abril e maio. Até que sobre eles caísse a água do céu, maias ou menos no mês de outubro (Bíblia Shedd).
15-22 Esta crônica [gigantes mortos pelos homens de Davi] é colocada, por alguns, depois do cap. 5, e, por outros, depois do cap. 12 (Bíblia Shedd).
19 e Elanã … o belemita, feriu Golias. Davi matou Golias de Gate; este homem, de acordo com 1 Cr 20.5, era um “irmão de Golias…” [Lami] (Andrews Study Bible).
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II Samuel 21 – terça, 29.01.2013
by Jeferson Quimelli
Neste capítulo, aprendemos mais sobre os historiadores da vida de Davi. Chegamos a pensar que eles eram por vezes desorganizados e não cronológicos. E eles tinham, sim, um sistema de cronologia.
Antes disso, tomamos conhecimento de uma situação nada agradável, envolvendo os inimigos de Saul e seus filhos, registrada com o provável propósito de reconhecer politicamente que Mefibosete havia sido poupado. Os gibeonitas, um remanescente dos amorreus, haviam feito um acordo mútuo com os israelitas durante o tempo de Josué. Sem nenhuma justificativa conhecida, Saul havia massacrado alguns dos habitantes desta cidade, que estava no território de Benjamim. A fome sobre a terra foi o castigo de Deus pelos atos de Saul.
Na sequência, Davi cedeu ao pedido dos gibeonitas de lhes entregar sete homens da família de Saul para serem enforcados, como uma reparação daquilo que Saul havia feito para eles. Davi, ansioso pela paz, concordou com o pedido, mas não lhes deu Mefibosete. Foi nos primeiros dias da colheita da cevada (2Sm 21:9) que estes sete homens foram enforcados na encosta de um monte para mostrar a todos que a justiça tinha sido feita. Dois dos filhos de Rispa, filha de Saul e sua concubina, Aiá, também foram enforcados. Rispa, acampou-se dia e noite sobre uma rocha para manter os pássaros e animais longe dos corpos (versículo 10).
Antes disso, os homens de Jabes-Gileade haviam ido furtivamente até a cidade de Bete Seã à noite, onde os filisteus tinham prendido os corpos de Saul e Jônatas em um muro, e roubaram os corpos, descendo-os do muro e trazendo-os para casa e dando a eles uma sepultura honrosa. Depois deste episódio com os gibeonitas, Davi foi a Jabes-Gileade, recuperou os ossos de Saul e Jônatas, acrescentou-lhes os ossos dos sete homens, e os enterrou dignamente, no túmulo do pai de Saul (v. 12-14). Então “Deus respondeu às orações em favor da terra de Israel” (v. 14 NVI).
Por que Deus aparentemente se agradou com a morte de sete descendentes de Saul e ouviu as orações para a terra? Na verdade, não foi Deus, mas os gibeonitas é que ficaram satisfeitos com a justiça e se voltaram para Deus, e Deus respondeu.
O historiador tem aqui mais um ponto para discutir conosco, ou seja, quem estava envolvido nas guerras de Israel com os filisteus*. O destaque aqui é que os soldados de Davi não quiseram mais que ele continuasse a sair para o campo de batalha porque Davi facilmente se cansava. Então o escriba nos conta dos homens que receberam o legado de Davi de lutar contra gigantes. Por exemplo, Abisai, filho de Zeruia, matou o gigante Isbi-Benobe, que tencionava matar Davi (v. 16). Em outra batalha, o gigante Safe foi morto por Sibecai (v. 18). Em outro confronto, Elanã matou o irmão de Golias, de Gate (v. 19). A última batalha desta lista ocorreu em Gate, onde Jônatas, filho de Simei matou um gigante que tinha seis dedos em cada mão e seis dedos em cada pé. Cada um desses gigantes estava armado com armas compatíveis aos seus tamanhos. Embora o nome do Senhor não seja mencionado nesta lista de guerras e confrontos, pode-se concluir que o Senhor protegeu Davi e lhe deu a vitória sobre seus inimigos através da mão de seus soldados.
Querido Deus,
Estamos vivendo em um mundo de divisões e mudanças de posicionamentos e acordos. Também a religião verdadeira está comprometida em todos os níveis, mas através de tudo isso, temos a certeza que irá guiar, conduzir, proteger e também cuidar de nós, em nossas necessidades diárias. Em nome de Jesus. Amém
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coréia do Sul
Trad JAQ – Rev GASQ
*NT: “guerras filistinas”, no original.
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II Samuel 20 – segunda, 28.01.2013
by Jeferson Quimelli
Até agora nós aprendemos muito sobre o historiador da vida de Davi. Pouco depois da morte de Davi ele selecionou peças que os escribas escreveram em relatos isolados e agendas diárias. Os escribas do palácio e os escribas militares que acompanhavam Joabe forneceram algumas dessas fontes. (Esta pesquisa sobre fontes é o que Lucas fez quando escreveu o seu evangelho, Luc 1:1-3). Precisamos, entretanto, nos lembrar que o Espírito Santo é o editor e ele supervisionou que o historiador não se concentrasse apenas romanticamente em Davi como grande estrategista ou apenas sobre as boas ações do rei. O Espírito Santo relatou os fatos com realismo, sem omitir as más escolhas feitas por Davi.
O capítulo começa com uma mini rebelião liderada por Seba, que tirou os homens de Israel da posição de apoiadores de Davi, por suas costas. O Espírito Santo e o escriba usaram a palavra Belial para descrevê-lo, o que significa, literalmente, “não vale a pena” (v. 1). Davi voltou para sua casa em Jerusalém, tomou as dez mulheres, suas concubinas cerimoniais de cada tribo de Israel, trancou-as e nunca mais esteve com elas. Elas viveram, a partir dali, como viúvas. Normalmente, estas mulheres de casamentos cerimoniais eram fontes de informação sobre as notícias do palácio para cada tribo de onde vinham. A vida familiar do rei já era um caos e sua situação deteriorou-se ainda mais.
Davi queria sufocar rapidamente a rebelião de Seba antes que ela pudesse se espalhar. Então ele passou por cima de Joabe, seu próprio general, perdoou a Amasa, o ex-general de Absalão e lhe pediu para reunir os homens de Judá e ir atrás de Seba. Mas por alguma razão, Amasa se atrasou (2 Samuel 20:5). Joabe estava irado por Davi ter sido desconsiderado e seu jovem sobrinho ter sido colocado no seu cargo. Quando eles se encontraram em Gibeão, Joabe, como um Judas Iscariotes, deu um passo à frente, beijou Amasa e, enquanto fazia isso, empurrou a espada através de seu estômago (v. 10). Como o corpo de Amasa jazia sangrando no meio da estrada, os homens de Joabe paravam para olhar. Em seguida, um jovem leal a Davi, convocou o povo ao movimento. Então os guerreiros seguiram Joabe e o corpo de Amasa foi removido. O Espírito Santo quer que vejamos os resultados do pecado e as falhas de uma ação política errada.
Joabe e seus homens seguiram em frente e chegaram à cidade de Israel onde Seba estava escondido, Abel de Bete-Maaca. Eles estavam prestes a derrubar as paredes quando uma sábia mulher sábia. Ela disse que destruir aquela cidade era como destruir uma das mães de Israel e fazer isso seria destruir a herança do Senhor (v. 19). Joabe ouviu a mulher e defendeu-se que ele não queria derrubar ou destruir a cidade, mas apenas queria Seba. Se ele fosse entregue, Joabe iria embora. Então a mulher voltou para o interior da cidade, eles cortaram a cabeça de Seba e a jogaram por cima do muro. Tempos terríveis estes, por conta da lealdade à monarquia, um sistema escolhido pelo povo israelita, apesar de terem sido avisados das consequências de assim fazê-lo, nos dias de Saul (1Sm 8:11-18), pelo profeta Samuel. Após a morte de Seba, os homens voltaram para casa e Joabe voltou para Jerusalém.
O salário do pecado é a morte. Praticamente cada história bíblica tem algo deste aviso para compartilhar conosco. Não podemos deixar de concordar com Samuel, que a monarquia não é um sistema ideal e, em essência, nenhum sistema será satisfatório enquanto vivermos neste mundo de Satanás e de pecado.
Querido Deus
Sua Palavra é a verdade e Tu és o nosso Rei dos Reis. Nossa adoração a Ti está acima de nossa lealdade a qualquer outro governante político ou religioso. Dê-nos a sabedoria para observar os Seus princípios mesmos que os céus caiam. E que, em tempos de confusão, possamos falar com sabedoria.
Em nome de Jesus.
Amém
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coréia do Sul
Trad JAQ – Rev GASQ
Comentários bíblicos selecionados:
1 Bicri. O segundo filho de Benjamim (Bequer, Gn 46.21; 1Cr 7:6-9) (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
4 Amasa. Davi deixa Joabe de lado (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
5 Amasa … demorou-se. Não se sabe bem o motivo, mas tudo indica que foi por influência de Joabe que, deposto do comando, trabalhou, então, contra Amasa (19:13) (Bíblia Shedd).
Amasas provavelmente fez o melhor que podia , mas talvez tenha sido atrapalhado a cada passo por oficiais e homens ainda leais a Joabe, bem como pelas dificuldade próprias da inquietude geral e da divisão que prevaleciam (CBASD-Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 2, P. 757).
6 Abisai. Pela segunda vez, Davi deixa Joabe de lado (cf. v. 7) (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
9,10 Joabe … lhe pegou a barba para o beijar. Fingindo submissão e amizade ao seu comandante e primo, Joabe mata-o, cometendo outra vez uma ação traiçoeira (3.27; 1Rs 2.5) (Bíblia Shedd).
10 no estômago (NVI). Pela segunda vez, Joabe comete homicídio doloso a fim de garantir a sua posição de comandante do exército de Davi (v. 1Rs 2.5,6). Joabe e Abisai, seu irmão. Desafiando a ordem de Davi, Joabe retoma por conta própria a posição de comandante (cf. v. 23) (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
11 Quem estiver do lado de Joabe e de Davi. Para dissipar qualquer ideia de que Joabe estava aliado à conspiração de Seba, um apelo é feito para as tropas de Amasa apoiarem Joabe se realmente estivessem leais a Davi (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
Joabe colocou um de seus homens de confiança no local, e este ficou proclamando uma frase que dava a entender que o próprio Amasa tinha sido morto por traição à causa de Davi, e que agora era Joabe que liderava a perseguição aos rebeldes a fim de que Davi tivesse o trono assegurado. A lealdade de Joabe a Davi era bem conhecida dos homens empenhados nesse conflito, e eles também se lembravam de Amasa como o homem que estava no comando das forças de Absalão, contra as quais haviam combatido havia pouco. Esses homens tinham pouca confiança em Amasa, e provavelmente ficaram felizes em vê-lo fora do caminho. Joabe, é claro, matou Amasa porque não podia tolerá-lo como rival e porque estava determinado a continuar em seu antigo posto (CBASD, vol. 2, P. 758)..
12 Como o povo estava indeciso se ficava ao lado de Amasa ferido ou se seguia Joabe, um partidário deste escondeu o corpo daquele numa moita e, assim, o povo, não vendo mais a Amasa, seguiu a Joabe (Bíblia Shedd).
14 Abel-Bete-Maaca. Localizada ao norte de Dã (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
Uma cidade na parte mais ao norte de Israel, famosa por sua sabedoria (2Rs 15.29) (Andrews Study Bible).
23 Joabe reconquista o seu posto de general supremo das tropas, mesmo contra a vontade de Davi (Bíblia Shedd).
Embora nem sempre gozasse de muito facor, manteve esse cargo até participar da conspiração de Adonias (1Rs 1.7; 2.28-35) (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
24 Dos que estavam sujeitos a trabalhos forçados. O sistema de trabalhos forçados se transformou num espinho tão grande na carne dos israelitas durante o reinado de Salomão, que Adorão foi morto por apedrejamento durante as primeiras dificuldades do reinado de Roboão, quando as tribos do norte se revoltaram (1Rs 12:18) (CBASD, vol. 2, P. 760).
Cronista. Recolhia e anotava os eventos históricos do povo (Bíblia Shedd).
25 Escrivão. Ministro que cuidava das finanças e dos direitos do Estado (Bíblia Shedd).
Os sacerdotes. Ou seja, “principais sacerdotes”. Esta lista mostra a restauração da ordem política de Davi (Andrews Study Bible).
26 Ministro (cohen, sacerdote). Conselheiro, uma espécie e coordenador do Estado (8.16-18) (Bíblia Shedd).
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II Samuel 19 – Comentários bíblicos selecionados
by Jeferson Quimelli
1 Disseram a Joabe. A notícia do grande sofrimento de Davi pela perda de Absalão foi levada rapidamente a todos os seus homens. Joabe era o responsável pela morte de Absalão, e o sofrimento de Davi por seu filho poderia facilmente transformar-se em ira para com o comandante desobediente(CBASD-Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 2, p. 750).
3 às furtadelas. Em vez de entrarem marchando orgulhosamente em triunfo, os homens saíram de suas fileiras e entraram na cidade ás furtadelas, abatidos e envergonhados. Parecia que todos os seus esforços tinham sido em vão, e o que eles haviam considerado uma gloriosa vitória fora apenas um erro e, aos olhos do rei, uma triste derrota (CBASD, vol. 2, p. 750, 751).
11 os anciãos de Judá. Os anciãos da própria tribo de Davi haviam apoiado a rebelião de Absalão porque estavam descontentes com a mudança da capital de Davi de Hebrom para Jerusalém (15.7) (Andrews Study Bíble).
5 envergonhaste. O fato de que outros também estavam tristes naquele dia e choravam a morte de irmãos, maridos e pais que deram a vida para que Davi pudesse conservar o trono não significava nada para o rei. Foi uma expressão cortante e cruel feita pelo velho general, mas ele estava simplesmente dizendo a dura verdade (CBASD, vol. 2, p. 751).
13 Amasa…comandante. Embora Amasa merecesse a pena de morte pela traição, Davi o nomeou comandante do seu exército no lugar de Joabe, esperando garantir, assim, a lealdade dos que tinham seguido a Amasa, especialmente os da tribo de Judá (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
Foi um ato que agradou a todos (14), tanto a Israel como a Judá, em razão de Amasa ser deveras estimado, enquanto Joabe era apenas temido (Bíblia Shedd).
É presumível que Davi estivesse cansado da influência ditatorial de Joabe e desejasse livrar-se dele (CBASD, vol. 2, p. 752).
17 mil homens. Simei teme por sua vida. O número mostra seu poder em benjamim (ver Dan. 5:1) (Andrews Study Bíble).
20 casa de José. Uma designação das dez tribos do norte, em oposição a Judá e Simeão (Andrews Study Bíble).
22 que tenho eu convosco? A grandeza e a magnanimidade do rei foram demonstradas nessa ocasião. O rei tentava ganhar a nação novamente pela bondade e misericórdia. Indicou que seriam perdoados todos os que desejassem se reconciliar com ele. […] Ao advogar uma política de retaliação, os filhos de Zeruia estavam agindo como adversários da causa de Davi, não como amigos dela (CBASD, vol. 2, p. 753).
para que, hoje, se sejais adversários? A palavra “adversário” em hebraico é satan, donde veio o nome de Satanás. Com isto, confirma-se a tensão oculta que havia entre Davi e os filhos de Zeruia (1Sm 26.6; 2Sm 17.25) (Bíblia Shedd).
Zeruia. Irmã de Davi e mãe de seus comandantes, Joabe e Abisai (16:10) (Andrews Study Bíble).
23 Você não será morto. Davi cumpriu a promessa; pessoalmente, não se vingaria do delito cometido contra ele […] No seu leito de morte, no entanto, mandou Salomão cuidar do caso de Simei (v. 1Rs 2.8,9,36-46) (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
Simei era culpado de grande crime e devia ter sofrido a punição, mas executá-lo não estaria em harmonia com o espírito da ocasião. Davi escolheu aceitar como verdadeiro o professo arrependimento de Simei. Contudo, a insinceridade dele deve ter-se tornado evidente com o passar do tempo, por Davi posteriormente deu a Salomão instruções com respeito a ele: “Bem saberás o que lhe hás de fazer para que suas cãs desçam à sepultura com sangue” (1Rs 2:8, 9; cf 1Rs 2:44) (CBASD, vol. 2, p. 753).
24 não tinha tratado … as vestes. Sinais de tristeza (Ez. 24:17). Isto mostra que Mefibosete não tinha ambição de se tornar rei. Ele foi falsamente acusado por Ziba (Andrews Study Bíble).
25 Tendo ele chegado a Jerusalém. Em hebraico, a palavra “Jerusalém” não leva nenhuma preposição, razão por que alguns traduzem esta frase por: “Quando Jerusalém (população da cidade) chegou a encontrar-se com o rei”; e outros por: “Tendo ele (Mefibosete) chegado de Jerusalém…”, mudando a preposição a por de. (Bíblia Shedd).
Quando chegou de Jerusalém e encontrou-se com o rei, este lhe perguntou: “Por que você não foi comigo, Mefibosete”? (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
26 meu servo me enganou. Segundo a nova versão do incidente, os dois jumentos trazidos a Davi por Ziba foram preparados por ordem de Mefibosete, para que ele pudesse fugir com Davi. Em vez disso, eles foram roubados por Ziba, que deixou Mefibosete em casa, impotente para agir, devido a sua deficiência (CBASD, vol. 2, p. 753).
27 faze, pois, o que melhor te parecer. Mefibosete pede, de modo discreto, que Davi reconsidere a doação de suas propriedades a Ziba (v. 16.4) (Andrews Study Bíble).
29 dividam a propriedade. Davi, tendo diante de si testemunhos conflitantes sem possibilidade de confirmação, deixa de decretar uma sentença formal, e ordena a divisão das propriedades de Saul (Bíblia de Estudo NVI, Vida).
Se Ziba disse a verdade, devia ter ficado com tudo; se não, devia ter sido privado de todos os seus ganhos e ainda ter sido punido. A decisão conciliatória de Davi foi tanto fraca quanto injusta (CBASD, vol. 2, p. 754).
31 Barzilai, o gileadita. Um homem de rara beleza moral. Com 80 anos de idade, ainda revelava ser combativo (32), inteligente (35), atencioso (36) e amigo (37) (Bíblia Shedd).
37 Quimã. Diz Josefo que era filho de Barzilai, o que parece estar de acordo com 1Rs 2.7 (Bíblia Shedd).
43 Dez tantos temos no rei. Lit “dez mãos”, referindo-se ao fato de que Israel era composto de dez tribos e Judá de duas [Judá e Simeão]. O rei era considerado propriedade do povo em termos proporcionais (Bíblia Shedd).
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II Samuel 19 – domingo, 27.01.2013
by Jeferson Quimelli
Este capítulo trata da reinstituição da realeza. Davi fugiu de Absalão e mais tarde, as pessoas o responsabilizaram por ter feito isso (v. 9). Elas queriam saber o porquê do silêncio do rei quanto a restaurar a monarquia. Davi lamentou a perda de seu filho Absalão, mas Joabe, seu sobrinho (2 Samuel 17:25), veio a ele e lhe perguntou porque estava agindo como um “bebê chorão”. Joabe usou isso como uma terapia de choque para trazer Davi de volta à realidade. Superar a emoção da perda de seu filho é uma coisa. Retornar ao seu escritório de trabalho no palácio era outra.
Davi não sabia agora quem eram seus amigos e quem eram seus inimigos. Então ele começou a trabalhar diplomaticamente, a partir de Judá. Ele enviou alguns homens de confiança para perguntar aos líderes de Judá por que eles não tinham sido os primeiros a recebê-lo de volta (v. 11). Davi instruiu os homens para falarem com Amasa, sobrinho de Joabe, e para lembrá-lo de que eles, Davi e Amasa, eram da mesma família e lhe perguntar por que ele não tinha vindo recebê-lo de volta. Ele ofereceu-lhe o cargo de general do exército em lugar de Joabe. Judá atendeu às palavras do rei (v. 14), este foi para o rio Jordão e Judá veio escoltá-lo para casa.
O historiador da vida de Davi, então, registra a vinda de Simei que desceu ao Jordão para declarar lealdade ao rei, junto com os homens de Judá e 1.000 homens benjamitas. Admitindo sua culpa, ele veio receber Davi. Abisai, irmão de Joabe, sugeriu matá-lo (v. 21), mas Davi não o permitiu.
O próximo que veio saudar o rei foi Mefibosete. Suas necessidades físicas haviam sido muito negligenciadas, mas ele foi graciosamente restaurado por Davi. Durante a rebelião, Davi havia dado toda a propriedade de Mefibosete a Ziba, seu servo (2 Sm 16:4), mas agora ele determinou que Ziba lhe devolvesse a metade. Porém, Mefibosete disse que Ziba poderia ficar com tudo, pois o rei, de quem ele tudo dependia, já havia retornado (v.30).
Um avô de 80 anos, Barzilai, que sustentara Davi em Maanaim, veio e também saudou o rei. Davi queria que ele fosse com ele para o palácio, mas Barzilai preferiu ficar em sua terra e abrir mão dos privilégios da corte (comida, bebida, cantores e cantoras, v. 35), argumentando que não eram mais desfrutáveis por alguém de sua idade, mostrando que “uma árvore adulta não é fácil de arrancar.”
Todo o povo de Judá e metade do povo de Israel vieram saudar o rei. Mas as pessoas se dividiram em dois grupos: norte e sul. As tribos do norte se ressentiram de que o sul agisse como se fossem os únicos responsáveis do rei, desprezando o fato de que elas compunham 8/10 da nação (v. 43). Percebemos aqui que o escriba queria mostrar as raízes da futura divisão de Israel.
Querido Deus
Como somos fácil e apressadamente levados a pensar de forma tendenciosa a partir de “verdades transmitidas pelo twitter”, em vez de escavar profundamente em Tua Palavra! Dá-nos a generosidade e desprendimento de Mefibosete e da misericórdia de Davi para superar as divisões com a atitude de Cristo. Em nome de Jesus. Amém
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coréia do Sul
Trad JAQ – Rev GASQ
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II Samuel 18 – sábado, 26.01.2013
by Jeferson Quimelli
O escriba que acompanhava Davi registrou fielmente todos os eventos na vida de Davi que ilustraram os tristes resultados de atos pecaminosos. Este capítulo termina com as lágrimas de Davi. Amargas lágrimas. Uma combinação complicada de fatores levou a essa amarga experiência emocional.
Primeiro, nota-se que a árvore familiar de Joabe está envolvida. Abisai, irmão de Joabe, foi escolhido por Davi para ser general de um terço de seus homens e o próprio Joabe, de outro terço. Do outro lado, o sobrinho de Joabe, Amasa, foi colocado como general do exército de Absalão. Há, portanto, uma luta familiar acontecendo nesses capítulos (15-18).
Davi queria participar pessoalmente com seus homens da luta contra Absalão e seu exército, mas os homens de Davi insistiram que ele deveria ficar e se proteger estrategicamente dentro da cidade em que estava, Maanaim (v. 3). Assim, ele ficou ao lado da porta, acenou para eles e depois em voz alta gritou para Joabe, Abisai e Itai, os três generais, que deveriam tratar o seu filho Absalão com brandura. Milhares de pessoas ouviram estas palavras saírem da boca de Davi.
A próxima informação nos vem de um escriba militar que relatou a batalha e que a maioria dos homens de Absalão morreu na floresta (v. 6-8).
Absalão fez, então, uma coisa muito imprudente: ele fugiu dos homens de Davi, montado em um burro, através de uma espessa floresta de velhos carvalhos. Os carvalhos (na Palestina e em outros lugares) crescem não só na altura, mas também horizontalmente e correr montado em um burro por uma floresta como esta só poderia criar problemas. Absalão ficou preso na forquilha de um dos ramos horizontais, pendurado por seus cabelos longos. Joabe e os 10 jovens com ele foram avisados disto por um homem que havia visto Absalão, mas havia se recusado a matar o filho do rei. Joabe, então, o matou. Ele, então, tocou a trombeta e deteve seu povo de perseguir os fugitivos de Israel, terminando, assim, a guerra.
Aimaás, filho do sacerdote Zadoque, queria correr para avisar a Davi (v. 19), mas Joabe mandou um etíope, um povo de grandes corredores, ainda hoje, que tomou o caminho normal. De tanto Aimaás insistir para também correr, acompanhando o etíope, que Joabe deixou-o ir. Ele conhecia um caminho mais rápido e chegou primeiro a Manaaim para dar a Davi as tristes notícias sobre seu filho. “Davi estava sentado entre a porta interna e a externa da cidade” (v. 24 NVI), à espera de notícias. Podemos imaginar o otimismo de Davi, que ao reconhecer Aimaás disse: “Este é um bom homem e vem com boas notícias”. Quando Davi perguntou a respeito do seu filho, Aimaás declarou que havia acontecido grande confusão e não sabia muito mais. Em seguida, o etíope veio correndo e disse que o Senhor naquele dia livrara a Davi de todos que se levantaram contra ele (v. 31) e que desejava que todos os inimigos do rei morressem como aquele jovem (v. 32).
Este capítulo termina com o fortemente emocionado choro de Davi, no quarto acima da porta. Davi chorou alto, disposto a morrer como substituto por seu filho. Somos lembrados aqui de Alguém que disse o mesmo quando Adão pecou e aceitou um dia morrer como nosso Substituto.
Querido Deus,
Nós também somos afetados, por vezes, por problemas familiares e separação de nossos entes queridos devido ao pecado. Muitas vezes guerras emocionais se abatem sobre nós e nos deixam arrasados.Todos nós precisamos do Substituto que morreu por nossos pecados, para nos livrar e aos que aos rodeiam dos efeitos de nossa culpa e nos reconciliar com Ele, para que possamos também nos reconciliar uns com os outros.
Em nome de Jesus,
Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coréia do Sul
Trad JAQ – Rev GASQ
Comentários bíblicos selecionados:
3 não faças isso! Além do motivo citado, Davi estava ficando idoso, e já não era o guerreiro que havia sido. Essa é essencialmente a mesma ideia que Aitofel tinha expressado a Absalão (v. 17.2) (Bíblia de Estudo Vida).
5 tratai com brandura. No momento, Davi sentiu que preferia perder a própria vida e o reino a ver a ruína sobrevir a seu ímpio filho. A preocupação paternal de Davi para com o homem que havia trazido tanto sofrimento e dor à nação apenas intensificou a hostilidade de Joabe e seus homens contra Absalão (CBASD – Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 2, p. 745, 746).
8 o bosque … consumiu. Muitos se prederam na floresta. O terreno acidentado e as áreas de floresta significavam vantagem para Davi (Andrews Study Bible).
9 ficou pendurado. Pender de uma árvore era o sinal de maldição (Deut. 21.23) (Andrews Study Bible).
14 estando ele ainda vivo. Joabe não o matara de todo. Induz a seus moços que o matem, para que a culpa recaia sobre uma coletividade, a fim de que a culpa individual pudesse ser dissimulada (Bíblia Shedd).
16 a trombeta. O chifre de carneiro (shofar), tocado em contextos militares e religiosos (Andrews Study Bible).
23 planície. Provavelmente pelo caminho do vale do Jordão, e não pelo caminho das colinas, que era mais curto, porém mais difícil (CBASD, vol. 2, p. 747).
25 se vem só, traz boas notícias. Caso as notícias fossem más, muitos correriam, e cada um para o seu lado, procurando o escape (Bíblia Shedd).
33 Absalão, meu filho […]! Há poucos lugares na Bíblia que retratam uma dor mais profunda. A tristeza de Davi não era meramente a de um pai por seu filho que se fora, embora tal tristeza, para o terno rei, já tivesse sido suficientemente grande. O que tornava a situação mais difícil para Davi era o fato de ele próprio ser o responsável pela cadeia de eventos que culminou nessa terrível tragédia. Absalão matara Amnom depois de este ter violado a irmã, Tamar, e, por sua vez, foi morto em batalha contra o próprio pai. Tudo isso ocorreu como consequência natrual do hediondo pecado de Davi (CBASD, vol. 2, p. 748).
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II Samuel 17 – sexta, 25.01.2013
by Jeferson Quimelli
Os fatos do capítulo de hoje ocorreram em um tempo em que as pessoas colocavam o conselho de um homem em posição de igualdade com a palavra de Deus (2Sm 16:23). Quando Aitofel falava, as pessoas sempre pensavam que isto era um bom conselho (versículo 14), e foi dessa maneira que Absalão e todos os anciãos de Israel pensaram. Este capítulo contém vários eventos que chocam. O primeiro deles é o conselho do ex-assessor de rei Davi para que Absalão mate o rei (v. 2)! O segundo evento chocante é que este decreto de morte ao rei agradou tanto a Absalão quanto aos anciãos (v. 4). Anciãos são normalmente pessoas experientes. Surpreende como estava prejudicado o seu julgamento que se esperava sóbrio e sensato.
Assim como acontece com as ditaduras também acontece com as monarquias, ou seja, opositores e partidos de oposição não são tolerados. Essas pessoas devem ser mortas, mesmo que isso signifique matar o próprio pai, como no caso de Davi. Mas Davi tinha uma rede de espionagem montada por ele, baseada na permanência de Husai no palácio. Ele deveria obter informações e repassá-las aos sacerdotes Zadoque e Abiatar, que enviariam estas informações através de uma criada aos seus filhos, Jônatas e Aimaás. Eles as levariam a Davi (versos 15-18).
Husai foi então chamado por Absalão para ouvir se o plano de Aitofel era bom ou não. Husai discordou publicamente, destacando que Davi era um general guerreiro experiente e que o plano não funcionaria. Agora vem o terceiro evento surpreendente: Absalão e os homens de Israel, de forma imprevisível, acharam tão razoável o discurso de Husai, que mudaram sua forma de pensar e apoiaram Husai, o homem leal de Davi, contra Aitofel, o rebelde contra Davi. Neste ponto a superstição influenciou no julgamento, pois julgaram que os “bons conselhos” de Aitofel haviam sido ordenados pelo Senhor para trazer desgraça a Absalão. Para se opor ao conselho do Senhor (na visão deles), eles decidem seguir Husai e não Aitofel (v. 14).
Jônatas e Aimaás arriscaram suas vidas para avisar a Davi que ele deveria fugir e atravessar o rio Jordão. Davi e o povo de Israel que estava com ele se levantaram de noite e cruzaram o Jordão. Ao amanhecer estavam todos do outro lado (v. 22). O próximo evento chocante foi a reação de Aitofel quando ele viu que o povo não seguiu seu conselho. Ele tinha o peso da contrariedade (por seu conselho não ter sido seguido) e da condenação (consequência da vitória certa de Davi) em seus ombros e sofreu, assim, o resultado final de sua personalidade manipuladora e dominadora. Assim, ele cometeu suicídio (v. 23) (Note que suicídios não resolvem os problemas; apenas trazem choro e meses e anos de tristeza para aqueles que conheciam a pessoa).
Por fim, ficamos chocados ao saber que Absalão escolheu como general do seu exército a Amasa, que era sobrinho de Joabe, o general do exército de Davi.
Querido Deus
Nós, também, ficamos chocados, de tempos em tempos, por aqueles que nos rodeiam. Quando olhamos para dentro de nós mesmos, oramos para que retires de nós o espírito de manipulação, de controle sobre outros, de violência, do assassinato do espírito de livre escolha de outros. Mantenha nossos olhos sempre fixos em Ti, para que não confundamos os nossos julgamentos, que podem levar outros a ficarem chocados com nossos atos. Em nome de Jesus nós oramos,
Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coréia do Sul
Trad GASQ – Rev JAQ
Comentários bíblicos selecionados:
1. Aitofel. Conselheiro de Davi (16.23; 1 Cr 27.33), passou para o lado de Absalão. Bate-Seba era a sua neta (11.3; 23.34) e ele não podia perdoar a Davi o crime de ter seduzido à mesma e de ter morto o seu marido, Urias (Bíblia Shedd).
2 Enquanto está cansado. A essa altura Davi mal tinha tido tempo de chegar ao Jordão, e, uma vez que seus seguidores ainda não estavam completamente organizados, ele teria sido presa fácil para as forças de Absalão (CBASD-Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 2, p. 738).
Fugirá. Aitofel estava correto em sua estimativa da situação. Um ataque repentino à noite os deixaria em confusão e os espalharia em todas as direções. Dessa forma, poderiam ser evitadas as baixas de uma batalha em que as tropas estivessem organizadas, e Davi poderia ser capturado e morto sem praticamente nenhuma perda de homens em qualquer dos dois lados (Idem).
7-13 Os conselhos de Husai aproveitam, de modo sutil, a incerteza de Absalão, seu medo e seu egoísmo (Bíblia de Estudo Vida).
8 Bem conheces teu pai. Husai não se achava numa posição fácil. […] era necessário desviar a atenção dos fatos e fazer com que a situação parecesse totalmente diferente do que era. […] Portanto, ele chamou a atenção para Davi como o famoso guerreiro do passado, o tipo de homem que Israel amava e que outras nações temiam. […] O quadro que Husai pintou diante de Absalão criou na mente dele a imagem de um inimigo formidável: astuto e alerta, ousado e desafiador, sempre preparado para qualquer eventualidade. […] Seu discurso foi astuciosamente adaptado para engendrar medo no jactancioso, mas fraco filho de Davi (CBASD, vol. 2, p. 739).
10 cujo coração é como o de leões. Um símbolo de grande coragem. A fala de Husai é de excelente qualidade literária (Andrews Study Bible).
11 Eu, porém, aconselho. A sugestão era que eles tirassem o tempo necessário para reunir todo o Israel num grande e invencível exército e que Absalão assumisse seu comando pessoalmente. Esse era o tipo de argumento que agradava Absalão. Orgulhoso e vaidoso, o novo rei ficaria feliz em sair para a guerra à frente de suas tropas, marchando em pomposa majestade, sendo visto e admirado por todos e recebendo os aplausos de toda a nação. Nenhuma outra proposta conseguiria mexer tanto com a imaginação do rei. Além disso, talvez Husai tenha procurado criar uma brecha entre Absalão e Aitofel ao sugerir que Aitofel buscava os próprios interesses e glória particular ao desejar comandar as tropas (v. 1). Quão mais apropriado e eficiente seria que o próprio Absalão liderasse o exército vencedor! (CBASD, vol. 2, p. 739, 740).
Desde Dã até Berseba. Significa “toda a nação de Israel” (Andrews Study Bible) [Dã era a tribo mais ao norte e Berseba, a cidade mais ao sul].
12 Atacaremos […] cairemos. Com a primeira pessoa do plural, Husai toma o cuidado de se vincular com a revolta (Bíblia de Estudo Vida).
17 Rogel (Fonte de Rogel). Um poço do Vale do Cedrom, próximo aos muros da cidade de Jerusalém (Andrews Study Bible).
Fica na parte sudeste da cidade, conhecida como a Fonte da Virgem, a atual Fonte de Jó (Bíblia Shedd).
Uma serva. Nenhuma suspeita seria despertada por uma serva indo até a fonte buscar água (Bíblia de Estudo Vida).
22 Quando amanheceu. Davi e seus homens estavam cansados da fuga repentina e tinham tido pouca oportunidade de repouso. Naquela mesma noite estavam novamente a caminho, atravessando o Jordão e colocando uma barreira de água entre si e o exército de Absalão. […] Quando as circunstâncias pareciam mais sombrias, Davi colocou sua confiança em Deus, sabendo que o Senhor, que até então o havia sustentado não o abandonaria. O Salmo 3 descreve suas reações ante essa penosa situação (CBASD, vol. 2, p. 741).
23 Foi para casa. Gilo (2Sm 15:12), que ficava perto de Hebrom. Ele considerou a rejeição de seu conselho como uma afronta pessoal, pois pediu para comandar as tropas que perseguiriam Davi (v. 1), enquanto que Husai aconselhou que as tropas fossem comandadas pessoalmente por Absalão (v. 11). Com o orgulho profundamente ferido, Aitofel abandonou a causa que havia apoiado (CBASD, vol. 2, p. 741).
24 Maanaim. Ironicamente, o mesmo lugar onde Isbosete tinha buscado refúgio depois da morte de Saul (2.8) (Bíblia de Estudo Vida).
Passado o Jordão. Logo que Absalão reuniu as forças de Israel, cruzou o Jordão com um grande exército em perseguição a Davi. O conselho de Husai, contudo, havia conseguido seu objetivo, pois deu tempo para Davi escapar e se estabelecer nesse novo quartel-general. Nessas regiões desérticas e acidentadas da Transjordânia, o tamanho do exército de Absalão era mais um problema do que uma ajuda, pois os soldados eram indisciplinados e mal treinados. Em sua pressa e inexperiência, contudo, Absalão continuou avançando, ansioso por travar com Davia a batalha que, segundo ele, lhe daria o reino (CBASD, vol. 2, p. 742).
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II Samuel 16 – O sofrimento como bênção
by Jeferson Quimelli
O exílio, para Davi, foi uma bênção. Escreveu os Salmos 3, 4, 27, 41, 55, 61, 62, 63, um tesouro espiritual e literário. Ainda aprendeu a:
1) Humilhar-se;
“Sara a minha alma, porque pequei contra Ti” (Sl. 41.4); confessando os seus pecados, passou por um avivamento espiritual;
2) Confiar no Senhor somente;
“Só Ele é a minha rocha e a minha salvação” (Sl 62.1-2);
3) Não se irar inutilmente;
“Irai-vos e não pequeis” (Sl 4.4); o que Davi não tinha aprendido em 2 Sm 14.24. A resposta para o tipo de ofensas de Simei (16.5-8) é “consultar o coração no travesseiro” (Sl 4.4);
4) Louvar a Deus no sofrimento;
“Bendito seja o Senhor” (Sl. 41.13); todos louvam a Deus na alegria e na fartura, mas quase nunca na penúria e no sofrimento;
5) Amar a casa do Senhor (Sl 27.4-6);
6) Deixar a vingança com o Senhor.
“A Ti, Senhor, pertence a graça; pois a cada um retribuis segundo as Suas obras” (Sl 62.12).
(Bíblia Shedd).
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