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“Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas” (v.11).
A menção de que alguns dos discípulos veriam Jesus no Seu reino antes de passar pela morte (Mt.16:28) se concretizou “[seis] dias depois” (v.1), quando Jesus “foi transfigurado diante deles” (v.2). O “Seu rosto resplandecia como o sol, e as Suas vestes tornaram-se brancas como a luz” (v.2). Pedro, Tiago e João tiveram um vislumbre do reino dos céus na pessoa de Cristo glorificado, e de Moisés e Elias, que representam, respectivamente, os mortos justos que serão ressuscitados e os fiéis que estarão vivos na ocasião do retorno de Jesus. Extasiado com o que via, Pedro propôs montarem ali mesmo um acampamento, o que reforça o fato de que Moisés e Elias foram levados ao Céu de forma corpórea, assim como acontecerá com os salvos no grande Dia do Senhor (1Co.15:51-54).
Que momento solene e sagrado aqueles três discípulos puderam testemunhar! Envolvidos por “uma nuvem luminosa” (v.5), “caíram de bruços, tomados de grande medo” (v.6). Daquela nuvem, o Pai declarou as mesmas palavras ditas no batismo de Jesus (v.5). Diante da presença de Deus toda a conjuntura humana perde as forças. Isaías, Daniel, João são exemplos de pessoas que foram tomadas de grande temor diante das visões divinas. Mas assim como o anjo do Senhor os tocou restaurando-lhes a força, Jesus tocou em Seus discípulos, “dizendo: Erguei-vos e não temais” (v.7). Por mais emocionante e marcante que fosse aquela experiência, ela só poderia ser compartilhada após a ressurreição de Cristo. O relato do que ali aconteceu seria bem mais impactante e eficaz após a vitória de Jesus sobre a morte, confirmando a bendita recompensa já desfrutada por “Moisés e Elias” (v.3).
A profecia acerca de Elias e a forma como os escribas acreditavam que aconteceria também explica a atitude de Pedro em se oferecer para armar tendas. É bem provável que ele tivesse ligado aquele momento à profecia pensando que Elias havia chegado. Jesus desvendou, então, o verdadeiro sentido profético, de que a vinda de Elias não se tratava do próprio Elias vindo à Terra, mas da representação de dois ministérios: um que antecederia a primeira vinda de Cristo, que foi o de João Batista (v.13), e outro que antecede o segundo advento de Cristo. Por isso que Jesus usou uma aplicação no passado: “Eu, porém, vos declaro que Elias já veio” (v.12), e outra no futuro: “De fato, Elias virá” (v.11). Como João Batista, Deus separou um povo peculiar nos últimos dias a fim de “habilitar para o Senhor um povo preparado”; um povo que vai “adiante do Senhor no espírito e poder de Elias” (Lc.1:17).
Enquanto Jesus estava no monte na presença do Pai, Satanás se manifestava na vida de um menino, o qual não pôde ser curado pelos discípulos. Estamos lidando constantemente com um inimigo de forças superiores. Seria impossível vencê-lo não fosse a intervenção de Cristo. Mas para que isso aconteça, é preciso ter fé. É necessário habitar “no esconderijo do Altíssimo” (Sl.91:1), “por meio de oração e jejum” (v.21). Quem assim o faz, torna-se parte do último Elias, que irá restaurar “o altar do Senhor, que estava em ruínas” (1Rs.18:30) e que através de uma vida de oração, receberá o fogo do Espírito e a chuva serôdia. Até lá, continuaremos, como foi com Pedro, tendo que lidar com as questões corriqueiras deste mundo, mas o Senhor até nesses assuntos promete cuidar de Seus filhos até que Ele volte.
Amados, a Bíblia diz que “os discípulos se entristeceram grandemente” com a notícia da morte de Cristo (v.23). Nós, porém, temos uma notícia tão maravilhosa para dar ao mundo, que o apóstolo Paulo escreveu: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Fp.4:4). Precisamos sair no espírito e poder de Elias para anunciar a bendita esperança de que muito em breve não apenas três discípulos verão Jesus em toda a Sua glória, mas “todo olho O verá” (Ap.1:7). Sua morte não foi o fim e Sua ressurreição não foi exclusivista. Em Seu plano consumado e perfeito, “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras […] e foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Co.15:3, 4), “para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co.5:21). “Erguei-vos” Elias do Senhor “e não temais” (v.7), pois, muito em breve, “levantando os olhos, a ninguém [veremos], senão Jesus” (v.8). Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, último Elias!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #Mateus17 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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Comentário por Enio Sergio 15 de maio de 2021 @ 8:19