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“Fez Davi como Deus lhe ordenara […]” (v.16).
Um verdadeiro filho de Deus não é conhecido apenas pelas palavras que saem de sua boca, mas pela Palavra que é vista em sua vida. Existem quatro ações de Davi que merecem destaque neste capítulo:
Ele reconheceu que o Senhor o confirmou como rei de Israel (v.2);
Ele consultou a Deus antes de agir (v.10);
Ele perseverou em primeiro ouvir a voz de Deus (v.14);
Ele foi obediente à instrução divina (v.16).
Há uma sequência lógica nessas ações. Percebam:
RECONHECER o poder de Deus;
CONSULTAR a Deus por meio da oração e da Palavra;
PERSEVERAR na comunhão;
FAZER a vontade de Deus.
Eis o exemplo que Cristo nos deixou. Eis a sequência de verbos que nos transforma segundo o caráter do Verbo divino (Jo.1:1). Seguindo esses passos, nenhum inimigo subsistirá. Porque Deus sai adiante de todo aquele que entrega suas batalhas a Ele. Por vezes, o Senhor não nos livra das “guerras”, mas nos motiva e ensina a vencê-las com as armas corretas (Medite em Ef.6:10-18). E o maior desejo de Deus é de falar com Seus filhos e de ouvi-los. RECONHECER, CONSULTAR, PERSEVERAR e FAZER promove uma vida de comunhão plena com o Senhor e de constante santificação.
O nome de Davi não ficou conhecido porque era um grande herói de guerra, mas porque Deus o tornou conhecido (v.17). Davi foi instrumento do Senhor, e não o contrário. Muitos têm usado o nome de Deus como instrumento para conquistar suas próprias ambições. Obstinados, agem com aparência de piedade, sendo que o coração endurecido não permite que o Espírito Santo os transforme. Davi foi chamado de o homem segundo o coração de Deus não pelo que fez, mas pelo que permitiu que Deus fizesse nele e por meio dele. Estava sempre disposto a ouvir a Deus e a obedecê-lO. Sabemos que Davi não foi perfeito, mas ao sentir o peso do pecado e das consequências, todas as vezes que agiu conforme seus próprios impulsos, ele sabia a quem recorrer: “A Ti, Senhor, elevo a minha alma. Deus meu, em Ti confio” (Sl.25:1-2).
No Vale de Elá, Davi olhou para cima e foi vitorioso. Na sacada do palácio, olhou para baixo e foi derrotado. Estamos todos inseridos no mesmo contexto, e entre erros e acertos, Deus não desiste de lutar por nós. Ainda que sejam muitos os inimigos, o mal que carregam consigo jamais terá voz ativa diante do “estrondo de marcha” (v.15) que vem da parte do Senhor em defesa de Seus filhos. Ainda que tenhamos de enfrentar “fileiras inimigas” (v.11), ou o nosso próprio coração enganoso, se seguirmos os passos que vimos hoje, certamente, Deus sairá adiante de nós e nos livrará, porque “Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para os que guardam a Sua aliança e os Seus testemunhos” (Sl.25:10).
Eu bem sei, meus irmãos, que não tem sido fácil viver nestes últimos dias. Muitas vezes nos sentimos como que encurralados e o desânimo tenta nos abater. Estamos inseridos em um mundo “como foi nos dias de Noé” (Mt.24:37). Ou seguimos o que Deus, por Sua infinita bondade e sabedoria nos deixou escrito, ou o tempo da oportunidade passará sem que o percebamos (Mt.24:39). Há um apelo constante e cheio de compaixão sendo feito ao nosso coração. É o Espírito Santo derramando as Suas últimas lágrimas de amor. Mas Ele “não agirá para sempre no homem” (Gn.6:3). Até quando Sua obra durará? Não o sabemos. O que realmente importa é que o tempo que o Senhor nos concede se chama presente. Precisamos deixar e destruir os deuses deste mundo da nossa vida (v.12). Seja hoje, agora, o tempo de entregarmos por completo o nosso coração a Deus; “eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” (2Co.6:2). Então, Jesus nos promete um futuro eterno com Ele.
Lembremos de Noé, que fez tudo “segundo o Senhor lhe ordenara” (Gn.7:5), e foi salvo ele e a sua casa. Lembremos de Abraão, que não negou o seu único filho e, pela fé, foi justificado. Lembremos de Daniel e de seus amigos, que não consideraram valiosa a própria vida, e seus nomes estão arrolados para a eternidade. “E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas” (Hb.11:32). Que, hoje, você e eu sejamos as derradeiras testemunhas de Jesus em meio às trevas morais e espirituais deste mundo. E que no fim deste grande conflito, sejamos reconhecidos como os perseverantes santos do Altíssimo (Ap.14:12). Vigiemos e oremos!
Feliz sábado e feliz ano novo, santos do Altíssimo!
Rosana Garcia Barros
#1Crônicas14 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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