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“Mas agora, Senhor, Tu és o nosso Pai, nós somos o barro, e Tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das Tuas mãos” (v.8).
A conclusão da oração de Isaías reflete duas vertentes: a natureza humana e a natureza divina. A nossa natureza revela a nossa condição, que “todos nós somos como o imundo” (v.6); sem esquecer da nossa origem, pois que “nós somos o barro”, obra das mãos de Deus (v.8); e o sublime objetivo do plano da salvação na afirmação do profeta: “todos nós somos o Teu povo” (v.9). Oh, amados, se todos nos submetêssemos ao perfeito plano de Deus e confiássemos sem reservas em Seu poder salvador! Se cada manhã nosso coração fosse aberto aos oráculos do Céu e nossa vida depositada nos lugares celestiais! Então, como Isaías, nossos lábios se abririam para exclamar com profundo e real desejo: “Oh! Se fendesses os céus e descesses!” (v.1).
No último dia 22 de outubro, completaram-se 176 anos do desapontamento daqueles que doaram tudo o que eram e tinham para proclamar com alegria celeste o que acreditavam ser o dia da volta de Jesus. Seus corações estavam repletos de amor a Deus e uns pelos outros. Ainda que perseguidos e zombados pelos céticos e descrentes, e severamente provados pela apatia e ira daqueles que não souberam lidar com a decepção e tiveram seus corações endurecidos pela resistência à obra do Espírito Santo, os fiéis servos de Deus perseveraram em oração e no estudo das Escrituras a fim de obter resposta divina à sua frustração.
O livro de Daniel foi aberto e reveladas as verdades que haviam sido seladas “até ao tempo do fim” (Dn.12:4). Aquela geração de cristãos foi iluminada pela esperança que na “boca, era doce como mel” (Ap.10:10). O retorno do Salvador se tornou o tema de suas mais fervorosas orações e de seus estudos mais diligentes. Tudo foi empregado na obra de anunciar tão doce e maravilhosa notícia. Mas o findar do dia tão aguardado revelou mui amarga decepção. O Senhor, porém, saiu “ao encontro daquele que com alegria” (v.5) buscou a prática da justiça independente das circunstâncias adversas e iluminou a mente dos pioneiros com a luz de verdades que ainda precisavam profetizar “a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (Ap.10:11).
Temos a necessidade ainda maior de firmar a nossa vida no fundamento que é eterno e todo-suficiente. Tão perto como estamos do segundo advento do nosso Senhor e Salvador, mais do que nunca precisamos reconhecer a nossa real condição, “todas as nossas justiças, como trapo da imundícia” (v.6), e confiar na justiça de Deus, “que trabalha para aquele que nEle espera” (v.4). Como adventistas do sétimo dia, há mais de 170 anos anunciamos que Jesus vai voltar. Semelhante a Noé, que aparelhou uma arca e alertou o mundo antigo por 120 anos acerca da destruição da Terra pelo dilúvio, devemos trabalhar com vistas ao que declarou o apóstolo Paulo: “Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co.9:22).
Como o profeta, podemos indagar: “por muito tempo temos pecado e havemos de ser salvos?” (v.5). Mas, se, de fato, nos colocarmos nas mãos do Pai como barro, para que Ele seja o nosso Oleiro (v.8), somos alcançados pela consoladora e fiel promessa: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo.1:9). Louvado seja o Senhor Jesus Cristo que nos ama com amor eterno e que tem preparado para nós o que “nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu” (v.4)! Não sabemos o dia e nem a hora de nossa redenção, mas esta data está marcada no calendário do Céu com a precisão de um Deus que “é longânimo… não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe.3:9). Que nossas orações, nossa vida e nossa pregação revelem o maior desejo de nosso coração: estar para sempre com Jesus! Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, barro nas mãos do Oleiro!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #Isaías64 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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