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“Então, disse Hamã ao rei Assuero: Existe espalhado, disperso entre os povos em todas as províncias do teu reino, um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as do rei; pelo que não convém ao rei tolerá-lo” (v.8).
Ocupando um alto cargo no governo persa, Hamã foi condecorado pelo próprio rei com privilégios superiores a “todos os príncipes que estavam com ele” (v.1). Movido pelo orgulho e exaltação própria, seu ego era massageado cada vez que “se inclinavam e se prostravam perante” ele (v.2). Mas, à semelhança dos três jovens hebreus no campo de Dura (Dn.3), Mordecai “não se inclinava, nem se prostrava” (v.2); uma afronta que não seria ignorada.
A postura de Mordecai e sua firme resolução em não se curvar diante de Hamã, encheu o ímpio agagita de ira, de modo que “teve como pouco, nos seus propósitos, o atentar apenas contra Mordecai […], por isso, procurou Hamã destruir todos os judeus, povo de Mordecai, que havia em todo o reino de Assuero” (v.6). Seu argumento diante do rei revela um plano maligno por trás de tudo, semelhante à matança dos bebês meninos no Egito (Êx.1:22), dos meninos em Belém (Mt.2:16) e do “tempo de angústia qual nunca houve” (Dn.12:1) que o remanescente do Senhor terá de enfrentar num futuro próximo.
Os judeus ainda eram conhecidos como “um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos” (v.8). Ou seja, era um povo peculiar, um povo diferente. Ainda que em terra estrangeira e por tantos anos separados uns dos outros, a Lei de Deus os tornava únicos. E pela fidelidade de um, todos responderiam com a própria vida. Da mesma forma que um membro comprometido faz sofrer todo o corpo, como corpo de Cristo, a queda ou a vitória de um afeta o todo. Naquele momento de perplexidade, parecia que tudo estava perdido e, em um só dia, o povo de Deus seria dizimado da Terra. Mas Deus usaria aquela situação aparentemente terrível para renovar a fé de Seu povo e uni-lo num mesmo propósito.
Amados, precisamos fazer uma distinção muito clara entre sensacionalismo e cumprimento profético. E uma das formas de compreendermos essa distinção é estudando o sermão profético de Jesus nos capítulos 24 e 25 do livro de Mateus. O objetivo de Seu sermão não foi causar perplexidade, e sim promover vigilância e preparo. Pensando estar alcançando seus propósitos egoístas e malignos, Hamã foi o autor do decreto de morte que faria o povo de Deus renascer das cinzas. Mediante um período de oração e jejum coletivo, o povo veria a manifestação do braço da Onipotência, e isso lhe fortaleceria a fé como há muito tempo não experimentavam.
Ao vermos os sinais proféticos se cumprirem, aproximando-se o tempo sobremodo difícil, que façamos parte do povo que, mesmo espalhado entre os povos da Terra, esteja unido num mesmo propósito de invocar ao Senhor e nEle confiar. Como Mordecai não nos curvemos ao príncipe deste mundo, mas nos revistamos de toda a armadura de Deus para que possamos “resistir no dia mau” (Ef.6:13) e encararmos os últimos acontecimentos com a segura esperança que nos foi dada por Cristo: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc.21:28). Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, nação santa!
Rosana Garcia Barros
#Ester3 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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