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“Porém cometeram transgressões contra o Deus de seus pais e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra, os quais Deus destruíra de diante deles” (v.25).
O capítulo de hoje inicia relatando o desvio de conduta de uma pessoa e termina com o desvio de conduta de um grupo de pessoas. Sendo onisciente, Deus conhece o fim desde o começo. Ele sabia o que Rúben faria, mas não o desamparou por isso. Ele também sabia que aquele grupo das tribos transjordânicas que Lhe foram fiéis na guerra, em tempo de bonança Lhe dariam as costas, mas nem por isso os abandonou na peleja. É por isso que a justiça de Deus se difere da nossa, pois está intrinsecamente ligada à Sua grande misericórdia.
O pecado de Rúben o levou a perder o direito à primogenitura, sendo esta conferida a José, filho de Jacó com Raquel. De Judá nasceria o Príncipe da Paz (Is.9:6), mas a atitude de José o fez maior do que seus irmãos, assim como vimos ontem com Jabez. O direito que Rúben tinha não impediu o Senhor de conferi-lo a José; assim como Davi, o menor dentre os irmãos tornou-se o maior; assim também como Jacó prevaleceu sobre Esaú. A ordem genealógica não concede privilégios a quem vem primeiro, se este não colocar Deus em primeiro lugar em sua vida.
As tribos transjordânicas eram compostas pelos filhos de Rúben, pelos filhos de Gade e pela meia tribo de Manassés. Além de serem “homens valentes, que traziam escudo e espada, entesavam o arco e eram destros na guerra […] capazes de sair a combate” (v.18), formavam um só exército munido da única arma realmente eficaz: confiança em Deus, “porquanto confiaram nEle” (v.20). Na luta, confiaram no Senhor e “de Deus era a peleja” (v.22). E Deus levantou entre eles “guerreiros valentes, homens famosos, cabeças de suas famílias” (v.24).
Porém, bastou a poeira assentar, bastou um momento de descanso das armas, e logo “cometeram transgressões contra o Deus de seus pais e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra, os quais Deus destruíra de diante deles” (v.25). Na guerra confiaram em Deus. Na bonança, O trocaram por abominações. Esta é uma realidade que tem se repetido à cada geração. Contudo, só conseguirá perseverar até o fim aquele que dia após dia reveste-se da armadura de Deus: A couraça da justiça, o cinto da verdade, os calçados da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé, o capacete da salvação, a espada do Espírito que é a Bíblia; e orando em todo o tempo, “vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef.6:10-18).
No grande conflito entre o bem e o mal não há quem esteja neutro. Todos nós estamos inseridos na batalha que definirá o nosso destino eterno. E como adquirir a perseverança que precisamos? Eis que a Palavra de Deus nos responde: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança” (Tg.1:2-3). Quem lê o versículo 26 do capítulo de hoje sem a exata compreensão do todo, interpreta a ação de Deus como uma punição e não como mais uma oportunidade de conversão.
O povo havia se “prostituído” com outros deuses e o Senhor utiliza esta expressão todas as vezes que Seus filhos trocam a Sua aliança eterna pelas ofertas do deus deste mundo. Esta foi a realidade profetizada por Oseias: “porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor” (Os.1:2). Mas o desejo de Deus não é o de castigar, mas o de corrigir para salvar: “e acontecerá que, o lugar onde se lhes dizia: Vós não sois Meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo” (Os.1:10). Louvado seja o Nome acima de todos os nomes! Louvado seja o nome do Senhor, que não Se cansa de nos amar!
Eu bem sei que passar pela prova é desconfortável e, por vezes, desesperador, mas também é o momento em que mais nos aproximamos da experiência de sofrimentos de Jesus e, temos a oportunidade de ter nossa esperança e fé aquecidas e fortalecidas, mesmo que nossa vontade não seja atendida. Quando engravidei pela última vez em 2020, e descobri que tinha algo errado em minha gestação, clamei a Deus por um milagre. O milagre não veio da forma que pedi e desejei, mas o fato de ter feito de Deus a minha fortaleza, ainda que eu não compreendesse muitas coisas, me fez perceber que o inimigo pode até nos oprimir a ponto de ficarmos “como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, mas não mortos; entristecidos, mas sempre alegres” (2Co.6:9-10). Porque a nossa esperança está além deste mundo; ela está em Cristo e na fiel promessa de habitarmos com Ele para sempre.
Se perseverarmos no reavivamento e reforma através da Palavra de Deus e da oração, alcançaremos a vitória prometida, não por nossas justiças maltrapilhas, mas pela justiça de Cristo que, por Sua graça, venceu a guerra contra o pecado por nós. Mas, até lá, que na provação ou na bonança, estejamos vigilantes, sabendo que há um inimigo ao nosso redor “procurando alguém para devorar” (1Pe.5:8). “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que O amam” (Tg.1:12). Vigiemos e oremos!
Bom dia, perseverantes na provação!
Rosana Garcia Barros
#1Crônicas5 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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