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“Assim, estas nações temiam o Senhor e serviam suas próprias imagens de escultura; como fizeram seus pais, assim fazem também seus filhos e os filhos de seus filhos, até ao dia de hoje” (v.41).
Hábitos, costumes, tradições, raízes culturais fazem parte da história de cada ser humano e são coisas difíceis de serem mudadas, que dirá esquecidas. Mas Israel e Judá esqueceram de suas origens e da aliança feita com o Senhor, Deus de seus pais, Abraão, Isaque e Jacó. Tornaram-se desobedientes e se envolveram com as abominações e com os costumes idólatras das nações vizinhas, ignorando que “o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem” (v.15).
Deus, em todos os tempos, tem um povo para chamar de Seu e que promove a verdadeira adoração. Um sacerdote foi enviado aos pagãos que foram habitar em Samaria, “e lhes ensinava como deviam temer o Senhor” (v.28). Da mesma forma, Deus preserva, hoje, um “sacerdócio real” (1Pe.2:9), que busca ensinar, por preceito e por exemplo, o “assim diz o Senhor”. Mas em meio aos tantos “ismos” deste século, relativismo, sincretismo, feminismo, pluralismo, legalismo, formalismo, o puro evangelho de Cristo acaba sendo deturpado e as ideias humanas colocadas acima da sabedoria divina.
Quando a nação eleita deu as costas ao Senhor, tornou-se escrava não somente das nações inimigas, mas de suas próprias paixões e condescendências. O culto misto foi promovido pela nova população de Samaria e se enraizou de tal forma, que foi transmitido de geração em geração (v.41). Quando transformamos a adoração em tradição, perdemos o foco do que realmente significa temer a Deus, e deixamos de atender ao apelo solene e urgente: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap.14:7).
Existe algo de maravilhoso nesta mensagem. O Deus Criador convida a obra-prima de Sua criação a viver na Terra o que nossos primeiros pais viveram originalmente: uma vida de relacionamento com Ele. Através de Sua Palavra, podemos visualizar o incomparável e santo caráter de Deus descrito em linguagem que podemos compreender. “O Senhor advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas” (v.13). O mesmo Ele tem feito, hoje, em nossa geração. Quando Deus levanta um povo para chamar de Seu, Ele mesmo define a sua identidade, como o foi com a descendência de Jacó: “a quem deu o nome de Israel” (v.34).
A nossa identidade revela quem somos, de onde viemos e para onde estamos indo. Se a perdemos, ou simplesmente ela deixa de ser relevante, nossa história cai no esquecimento porque o nosso padrão deixa de ser santo e torna-se comum. A Bíblia deixa bem claro que a causa do cativeiro assírio dos israelitas não foi uma questão de conquista territorial apenas, mas a consequência inevitável de andar “nos costumes estabelecidos pelos reis de Israel” (v.8), e não nos mandamentos e estatutos do Rei dos reis e Senhor dos senhores. Porque “não deram ouvidos; antes, se tornaram obstinados” e “não creram no Senhor, seu Deus” (v.14).
Eu pergunto: Como pode o povo de Deus fazer diferença no mundo, se o mundo e seus costumes “tomaram posse” (v.24) da igreja de Deus? Percebam que o rei da Assíria “trouxe gente de Babilônia” (v.24) e de outras regiões para habitar em Samaria, enquanto os israelitas foram espalhados pela Assíria. Do mesmo modo, Satanás tem infiltrado seus agentes no meio do povo de Deus e trabalhado para que muitos sejam espalhados, perdendo o vínculo com o que é santo e agradável a Deus. Como a verdadeira adoração no santuário envolvia a música certa, as vestimentas certas, as pessoas escolhidas para o serviço, as cerimônias a serem observadas, precisamos ser bem sinceros e refletir um pouco (e nem precisa refletir muito para chegar a uma conclusão): a minha adoração reflete a imagem de Deus ou a imagem de meus “próprios deuses” (v.29)?
Amados, ou o povo de Deus entende que pesa sobre ele a responsabilidade de educar uma geração de verdadeiros adoradores, ou cairá na maldição de estar prestando um culto misto e abominável e transmitindo esta derrota a “seus filhos e os filhos de seus filhos” (v.41). Então, enquanto prossegue em uma adoração misturada, impura, incorre no perigo de passar pelo que Israel passou, pois o Senhor “o afastou da Sua presença” (v.18); Ele “os expulsou da Sua presença” (v.20); “o Senhor afastou a Israel da Sua presença” (v.23). E isso porque Israel quis andar “nos costumes estabelecidos pelos reis de Israel” (v.8); quis andar conforme as nações pagãs, “das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem” (v.15); “andaram nos costumes que Israel introduziu” (v.19); “procederam segundo o seu antigo costume” (v.40).
Como vimos, costumes podem ser incorporados em nossa vida como maldições muito difíceis de serem eliminadas. Como o Senhor falou a Israel e os advertiu “pelo ministério de todos os Seus servos, os profetas” (v.23), temos hoje em mãos a santa e pura Palavra de Deus e “o espírito da profecia” (Ap.19:10), que estão a preparar um povo para o retorno de Jesus. Não há desculpas para a ignorância diante da luz que recebemos. Tenhamos sempre em mente que a nossa cidadania não é daqui, meus irmãos, mas celestial. E como aquele sacerdote que foi escolhido para ensinar os habitantes de Samaria “como deviam temer o Senhor” (v.28), que, pela graça de Deus, nossa voz, nossa escrita e nossa vida sejam a repercussão de um claro e sonoro “assim diz o Senhor”. Vigiemos e oremos!
Bom dia da preparação, cidadãos da pátria celeste!
Rosana Garcia Barros
#2Reis17 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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