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TEXTO BÍBLICO JUÍZES 9 – Primeiro leia a Bíblia
JUÍZES 9 – COMENTÁRIO BLOG MUNDIAL
JUÍZES 9 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS
COM. TEXTO – ROSANA GARCIA BARROS
COM. TEXTO – PR HEBER TOTH ARMÍ
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Texto bíblico: https://www.bibliaonline.com.br/nvi/jz/9
A história de Abimeleque e seu irmão mais novo, Jotão, é um bom exemplo de como Deus luta nossas batalhas. Abimeleque assassinou sua família a fim de progredir politicamente e os homens de Siquém o apoiaram apesar de seus métodos malignos. Depois que Abimeleque governou por três anos, o próprio Deus entrou em cena e despertou “um espírito de aversão entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém” (v. 23). Abimeleque destruiu as próprias pessoas que o apoiavam e depois foi morto. Jotão não desempenhou nenhum papel nessa vingança, mas Deus lutou por ele assim como lutara por seu pai Gideão.
Existe um inimigo em sua vida? Existe alguém que interferiu no que você acredita que Deus o chamou para fazer? Alguém feriu sua família? Embora seja impossível sem a graça de Deus, fomos convidados pelo próprio Jesus a amar nossos inimigos e a orar por aqueles que nos perseguem. Deixe que Deus seja seu defensor hoje. Seus planos e caminhos são melhores que os nossos. Ele sabe como trazer justiça, arrependimento e paz. Confie no Poderoso e Ele corrigirá as coisas e fará reparações por você.
Brennon Kirstein
Pastor at Hawaii Conference of Seventh-Day Adventists
Texto original: https://www.revivalandreformation.org/bhp/en/bible/jdg/9
Tradução: Pr. Jobson Santos/Jeferson Quimelli/Gisele Quimelli/Luis Uehara
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2323 palavras
As histórias de Gideão e Abimeleque formam o âmago de Juízes. … Abimeleque, que procurou estabelecer-se como um rei cananeu com a ajuda de Baal (v. 4), forma um nítido contraste com seu pai, Gideão (Jerubaal), que atacara a adoração e insistira que o Senhor reinava sobre Israel. Abimeleque tentou reavivar os costumes cananeus no próprio lugar em que Josué anteriormente reafirmara a lealdade de Israel ao Senhor (Js 24.14-27). Em todos os aspectos, Abimeleque era a antítese dos juízes nomeados pelo Senhor. Bíblia de Estudo NVI Vida.
A história de Abimeleque demonstra o desastre que o tipo errado de rei podia vir a ser. Abimeleque era um antilibertador, um opressor do povo e um violador da aliança. Bíblia de Genebra.
1 Siquém Tão logo Gideão foi enterrado, Abimeleque foi a Siquém para tentar induzir seus parentes, que haviam sido proeminentes cidadãos da cidade, a ajudá-lo a obter a mesma autoridade que seu pai exerceu. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 2, p. 370.
2 sou osso vosso e carne vossa (ARA; NVI: “sou sangue do seu sangue”). É possível deduzir, nessa palavras, que a mãe de Abimeleque e sua família fossem cananéias. Explicaria a adoração de Baal-Berite em Siquém, velha cidade cananéia, e a facilidade … [em ] conseguir a simpatia do povo local. Bíblia Shedd.
Sendo metade cananeu, Abimeleque deu a entender que seriam mais bem atendidos tendo ele como rei, em vez de ficarem debaixo do governo do 70 filhos de Gideão. Os seguidores que assim reuniu baseavam-se nesse relacionamento, que se tornou uma ameaça ao povo de Israel. Bíblia de Estudo NVI Vida.
4 Baal-Berite. Lit “Baal (senhor) da aliança.” Esse deus era uma imitação falsa do Deus que realmente era o Senhor da Aliança. Ver 9.4, nota. Bíblia de Genebra.
Casa de Baal-Berite Enquanto Gideão iniciara a carreira mostrando a futilidade da adoração a Baal, seu filho Abimeleque começa com uma doação do templo de Baal e com o assassinato de todos os seus irmãos. Esse é o resultado final da poligamia, ambição e falta de religiosidade. Há pouca afeição e muito ciúme nas famílias polígamas. CBASD, vol. 2, p. 370.
O templo de Baal-Berite pagava o salário dos que oprimiam Israel nos tempos de Abimeleque. Bíblia de Genebra.
5 à casa de seu pai. Evidentemente, a família de Gideão viveu em modéstia, sem uma guarda armada. Bíblia Shedd.
matou seus setenta irmãos… sobre uma rocha. Os 70 irmãos de Abimeleque foram abatidos como animais sacrificiais (v. 13, 19, 20; 1Sm 14.33, 34). … sacrifícios de coroação (v. 2Sm 15.10, 12; 1Rs 1.5, 9; 3.4). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Esses homens, com efeito, foram sacrificados a Baal-Berite. Bíblia de Genebra.
5 matou seus irmãos Era desta forma que os usurpadores asseguravam o trono; uma pessoa que não tinha direito ao trono eliminava todos os que possuíam esse direito, para que não houvesse competidores. Os déspotas antecipavam as conspirações e matavam todos os seus irmãos e parentes mais próximos. CBASD, vol. 2, p. 370.
Estes meio irmãos herdaram as propriedades e liderança de Gideão. Abimeleque não compartilhara a herança porque a sua mãe era uma concubina (comparar 11:1-2). Sem dúvida alguma ele estava enciumado. Então ele apelou para os parentes siquemitas para ajudá-lo a eliminar os seus irmãos para que ele pudesse assumir a liderança e transferi-la para Siquém. Isto demonstrou extrema ingratidão à família de Gideão, o libertador de Israel (8:35). Andrews Study Bible.
Jotão Literalmente, “Yahweh é perfeito”. O fato de Gideão ter escolhido esse nome para seu 70º filho indica que permaneceu um crente fiel ao Senhor apesar da estola sacerdotal que fizera. CBASD, vol. 2, p. 370.
6 proclamaram Abimeleque rei Esta foi a primeira experiência de reinado israelita, muito antes do rei Saul (1 Sam. 8-11). O fato de ter ela sido desastrosa deveria ter ensinado aos israelitas que um reinado humano não era uma boa idéia. Andrews Study Bible.
carvalho memorial. Cf Js 24.26. Lugar de longa associação sagrada (cf Gn 35.4), dando à proclamação do reinado de Abimeleque um cunho religioso. A área dos seus reinados era muito limitada, atingindo apenas uma pequena parte do território de Efraim. Bíblia Shedd.
7 monte Gerizim. O monte da bênção (Dt 27.12) foi usado para uma maldição. Essa inversão ressalta o tema que permeia a história de Abimeleque (8.33-9.57, nota). Bíblia de Genebra.
8 as árvores saíram. Fábulas desse tipo, nas quais objetos inanimados falam e agem, gozavam de popularidade entre os povos orientais da época (v. 2Rs 14.9). Bíblia de Estudo NVI Vida.
ungir para si um rei. Jotão estava familiarizado com o desejo do povo de ter um rei, não apenas para ser como as nações vizinhas, mas porque reconheciam que os frequentes reveses nas mãos dos inimigos se deviam a falhas na forma de liderança, enquanto que seus sofrimentos [na verdade] eram consequência de sua apostasia. CBASD, vol. 2, p. 371.
13 alegra os deuses. Acreditava-se comumente que os deuses participavam das experiências humanas comuns, como beber vinho. Bíblia de Estudo NVI Vida.
14 espinheiro. Nada produzia de valor; pelo contrário, ameaçava a lavoura, afogando as plantas novas (cf Mt 13.7). Bíblia Shedd.
Servia de figura apropriada para Abimeleque. Bíblia de Estudo NVI Vida.
O reinado de Abimeleque, produto da idolatria (v. 4), seria um espinho para Israel (2. 3, nota). Bíblia de Genebra.
15 refugiai-vos debaixo de minha sombra. Baixa e quase sem madeira ou folhagem, pouquíssima sombra podia oferecer. Bíblia Shedd.
Com ironia, ao oferecer sombra às árvores, o espinheiro simbolizou o papel tradicional dos reis como protetores dos seus súditos (v. Is 30.2, 3; 32.1, 2; Lm 4.20; Dn 4.12). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Com seriedade, o tolo espinheiro faz um convite absurdo. Os galhos baixos não proporcionam sombra e são cheios de espinhos. É uma ironia mordaz. Representa o absurdo da situação em que se encontram os siquemitas. Jotão diz ao povo que Abimeleque não pode lhes proporcionar mais proteção que a sombra e proteção que o arbusto de espinheiro pode prover à oliveira e à figueira. Era a promessa sem possibilidade de cumprimento. CBASD, vol. 2, p. 372.
cedros do Líbano. As mais valiosas árvores do Oriente Médio aqui simbolizam os homens principais de Siquém (cf. v. 20). Bíblia de Estudo NVI Vida.
saia do espinheiro fogo. No verão da palestina, quando faltavam as chuvas durante seis meses, o fogo que pega nos abrolhos os consome velozmente, ameaça as árvores de grande valor, tais como os cedros. Abimeleque, ao invés de proporcionar segurança aos siquemitas, tornava-se motivo de sua destruição. Bíblia Shedd.
Os espinheiros se constituíam em causa constante de incêndios porque se inflamavam com facilidade, e o fogo se espalhava rapidamente (Êx 22:6; cf. Sl 58:9; Is 9:18). … Esse é o resumo da moral da parábola: homens fracos, inúteis e perversos serão sempre os primeiros a se lançar ao poder, e, no final, trarão ruína sobre si e sobre as pessoas infelizes sobre as quais presidiram. CBASD, vol. 2, p. 372.
20 que saia fogo … e consuma. Predição tétrica de que Abimeleque e o povo se destruiriam mutuamente. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Beer. Nome muito comum, que significa “poço” [p. ex. Beer-seba]. Bíblia de Estudo NVI Vida.
23 espírito maligno [NVI; ARA: “espírito de aversão”]. A palavra hebraica traduzida por “espírito” é muitas vezes usada em referência a uma atitude ou disposição. Bíblia de Estudo NVI Vida.
O paralelo histórico com Saul é significante(1Sm 16.14). Bíblia de Genebra.
24 vingança Como a ira de Deus impõe sua justiça (Rm 1.18), o pecado do assassínio dos inocentes filhos de Gideão não podia deixar de ser punido. A lei de Deus é: “Como Ele fez, assim lhe será feito” (Lv 24.19). Somente por Cristo, que pagou nossa culpa, escapamos à terrível vingança de Deus sobre nossos pecados (Rm 3.23-25). Bíblia Shed.
25 Puseram … de emboscada Possivelmente Abimeleque residiu em Ofra depois de ter eliminado seus irmãos. Os homens de Siquem, insatisfeitos, armaram emboscadas esperando capturar Abimeleque quando estivesse escoltado por poucos homens. Enquanto aguardavam sua vítima, os impiedosos homens que formavam a emboscada assaltavam a todos os viajantes e caravanas que passavam por ali. Na região rural logo se formou uma situação de insegurança que prejudicou o prestígio e a popularidade de Abimeleque. CBASD, vol. 2, p. 373.
27 saíram ao campo. No fim do verão (nosso mês de outubro) se celebrava a grande Festa de Ano Novo entre os cananeus e a Festa dos Tabernáculos entre os hebreus. Esta última, sob influência dos cananeus, substituiu a Páscoa, como a grande festividade popular, até às reformas realizadas por Ezequias e Josias (2 Rs 23.12ss; 2 Cr 30.1ss). Bíblia Shedd.
fizeram uma festa. A vindima era uma das ocasiões mais alegres do ano (v. Is 16.9, 10; Jr 25.30), mas as festas e celebrações realizadas nos templos pagãos degeneravam-se muitas vezes em pândegas [leaviandade no agir; loucura] e devassidão. Bíblia de Estudo NVI Vida.
28 filho de Jerubaal. Gaal, astutamente, traça a linha de Abimeleque pelo pai, ao invés da mãe, natural de Siquém. Bíblia Shedd.
Servi, antes, aos homens de Hamor. Gaal se apresenta como defensor da velha religião cananéia. Bíblia Shedd.
30 Zebul, governador da cidade. Abimeleque não fez de Siquém sua capital, mas sim da cidade de Arumá (41), maior que a primeira; quem governava a Siquém era Zebul, seu delegado. Bíblia Shedd.
34 quatro companhias. Segmentos menores eram menos passíveis de serem detectados. Além disso, era boa estratégia atacar de várias direções. Bíblia de Estudo NVI Vida.
36 As sombras dos montes vês por homens. A astúcia de Zebul é notável. O plano sugerido a Abimeleque (23, 33), suas palavras proferidas para acalmar a suspeita de Gaal e, finalmente, o desafio, “Sai, pois, e peleja contra ele” (38), diante do qual Gaal teria de lutar ou ficar inteiramente humilhado, revelam a inteligência de Zebul. Bíblia Shedd.
37 carvalho dos Adivinhadores. Refere-se, provavelmente, à árvore onde adivinhos cananeus ou israelitas apóstatas desenvolveram suas práticas de agouros. Bíblia Shedd.
42 saiu o povo ao campo. Pressupõe que o assunto ficava encerrado depois da conquista de Gaal e suas forças, mas Abimeleque ainda quis reprimir ao povo de Siquém. Bíblia Shedd.
43 e os feriu É difícil compreender como os habitantes de Siquem ingenuamente creram que Abimeleque estaria satisfeito com o banimento de Gaal e que sua vitória inicial não seria seguida por um ataque à cidade. CBASD, vol. 2, p. 376.
45 semeou de sal. A fim de condená-la à perpétua esterilidade de desolação (v. Dt 29.23; Sl 107.33, 34; Jr 17.6; Sf 2.9). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Era prática, na antiguidade, que assegurava a desocupação da área por muito tempo, sendo por este rito, amaldiçoada e tornada improdutiva. Siquém só veio a ser edificada de novo durante o reinado de Jeroboão, um século e meio mais tarde. Bíblia Shedd.
Ruínas que datam da era cananéia oferecem evidências de uma área sagrada, que deve provavelmente ser associada ao templo de Baal-Berite ou El-Berite (v. 4, 46). As evidências arqueológicas, que são compatíveis com a destruição de Siquém por Abimeleque, indicam que sua área sagrada nunca mais foi reconstruída depois dessa ocasião. Bíblia de Estudo NVI Vida.
49 a incendiaram. Em cumprimento da maldição de Jotão (v. 20). Bíblia de Estudo NVI Vida.
A profecia de Jotão foi cumprida literalmente. Saiu fogo do espinheiro-rei e destruiu o povo de Siquem (v. 20). CBASD, vol. 2, p. 376.
50 Tebez. Cidade cerca de 15 km ao nordeste de Siquém. Ainda que não encontramos declarada a sua participação na revolta contra Abimeleque, devemos chegar a tal conclusão. Bíblia Shedd.
51 torre forte. O centro da defesa nas cidades da antiguidade era uma torre. Ainda que Abimeleque tomara a cidade, o povo todo se abrigara na torre, dentro da cidade. Novamente pensava em se utilizar do fogo para destruir (como fez em Siquém [49]), porém não contou com a habilidade de certa mulher desconhecida, que atirou uma pedra de moinho sobre sua cabeça (cf 4.21). Bíblia Shedd.
53 mulher. Enquanto os homens usavam arcos, flechas e lanças, as mulheres ajudavam a defender a torre deixando cair pedras pesadas sobre quem se aproximasse dela. Bíblia de Estudo NVI Vida.
pedra de moinho. Lit “pedra a cavalgar”, com cerca de 6 cm de grossura e 50 cm de diâmetro. Bíblia Shed.
V. nota em 3.16. A pedra superior e giratória de moinho era circular, com um buraco no centro. Moer grãos era serviço das mulheres (v. Êx 11.5), em geral considerado humilhante demais para os homens fazerem (v. 16.21). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Quebrou o crânio A palavra para “crânio” aqui é gulgoleth, de onde vem Gólgota, local onde Jesus foi crucificado. CBASD, vol. 2, p. 377.
54 escudeiro. O líder militar em geral levava consigo um jovem para levar seu escudo e lança (v. 1Sm 14.6; 31.4). Bíblia de Estudo NVI Vida.
mata-me. Uma desgraça que a todo custo se devia evitar seria a de morrer por mão de mulher (4.21n). Bíblia Shedd.
Para um soldado, era considerado uma vergonha morrer pelas mãos de uma mulher. A morte vergonhosa de Abimeleque foi lembrada durante muito tempo (2Sm 11.21). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Para que não se diga de mim Abimeleque, momentos antes de sua morte, considerou o que as pessoas pensariam de sua vida, porque essa é a base na qual a posteridade julga uma pessoa. Os assuntos a que as pessoas são mais sensíveis muitas vezes não são os que mais importam. Aqueles que cultivam apenas o orgulho e a ambição normalmente morrem como vivem: mais preocupados com que a reputação seja preservada do que em salvar sua alma da destruição. CBASD, vol. 2, p. 377.
o moço o atravessou O primeiro homem que procurou reinar sobre Israel e o primeiro rei, Saul, quiseram morrer do mesmo modo (ver ISm 31:3, 4). CBASD, vol. 2, p. 377.
Assim como Saul (1Sm 31.4), Abimeleque quis manter o seu orgulho até a morte. Esse incidente, assim como a presença de um espírito mau da parte de Deus (9.23, nota), ressalta uma grande semelhança entre Saul e Abimeleque. Bíblia de Genebra.
56 todo o mal dos homens de Siquém Deus fez cair sobre a cabeça deles. A mão de Deus tornou a maldição de Jotão (cf v 20) uma realidade. Bíblia Shedd.
Estas palavras apresentam a moral de todo o registro. O autor cria profundamente que Deus controla os eventos históricos, punindo tanto os crimes nacionais quanto os individuais. O assassino dos filhos de Gideão “sobre a rocha” é morto por uma pedra que atingiu sua cabeça, e os ímpios siquemitas, que, com a ajuda de Abimeleque, haviam utilizado o dinheiro do templo para contratar assassinos de homens bons, foram queimados no mesmo templo. A maldição de Jotão foi completamente cumprida. CBASD, vol. 2, p. 377-378.
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“[…] e o coração deles se inclinou a seguir Abimeleque, porque disseram: É nosso irmão” (v.3).
A atitude insensata de Gideão deu origem a um desastre familiar que se estendeu ao povo de Siquém. A fabricação da estola sacerdotal de ouro, “veio a ser um laço a Gideão e à sua casa” (Jz.8:27). Por mais que Gideão não tivesse a intenção de tornar a estola um objeto de idolatria, todo o Israel se prostituiu após ela. Ele teve 70 filhos, pois tinha muitas mulheres, além de outro filho com uma concubina siquemita, a quem chamou de Abimeleque.
A proposta que Gideão havia rejeitado de ser o primeiro monarca de Israel, Abimeleque, filho ilegítimo, reivindicou para si. Contratando a seu serviço “homens levianos e atrevidos que o seguiram” (v.4), Abimeleque matou os seus setenta irmãos “sobre uma pedra” (v.5), restando apenas o filho mais novo de Gideão, Jotão, que havia se escondido. E foi da boca deste que foi proferida a profecia de maldição sobre Abimeleque e sobre o povo que o havia declarado rei.
Resumindo: em cima de uma pedra Abimeleque matou os seus irmãos, e por meio de uma pedra lançada do alto, recebeu o golpe de morte. Que história trágica, não é mesmo? Mas duas coisas me chamaram a atenção nesta narrativa: primeiro, que a linhagem familiar ou o fato de pertencer a um grupo seleto não significa que todos sejam dignos de confiança. Segundo, que o mal feito a outrem volta-se ao próprio malfeitor; é só uma questão de tempo.
Em Seu ministério terrestre, Jesus foi maltratado e rejeitado pelos Seus, por aqueles que se autodeclaravam justos. Mas sobre isso Ele nos deixou advertência: “Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. E acautelai-vos dos homens” (Mt.10:16-17). O conselho do Mestre aos Seus discípulos se estende a nós hoje. Jesus se relacionava com todos, e Seus ensinos eram para todos, mas Seus amigos pessoais restringiam-se a doze pessoas. E mais restrito ainda era o grupo que O acompanhava aos Seus lugares de refúgio e oração. E, mesmo entre os doze, estava Judas, aquele que O trairia. Cristo não o rejeitou, mesmo conhecendo os desígnios de seu coração. Antes, o amou, demonstrando isto por preceito e por exemplo.
Passaremos a vida andando entre amigos e também entre inimigos. Mas a sabedoria que Jesus nos adverte a ter não é com a finalidade de nos afastarmos das pessoas, mas daqueles cujas atitudes possam nos afastar dEle. A arte da convivência requer de nós constante comunhão com o Senhor. Só a intimidade com Deus nos ajudará a termos sabedoria na escolha de nossos amigos mais íntimos. A Bíblia deixa bem claro de que Pedro, Tiago e João, estes três discípulos, definitivamente eram amigos íntimos de Cristo. Porque eram infalíveis? Não, amados. Pelo contrário, por Sua íntima comunhão com o Pai, Jesus enxergou neles pedras brutas que, se lapidadas, exerceriam influência poderosa no estabelecimento e fortalecimento da igreja cristã.
Abimeleque foi declarado rei simplesmente por um critério: “É nosso irmão” (v.3). Em nenhum momento o Senhor foi consultado. Agiram por impulso e receberam as trágicas consequências de uma escolha insensata. O apóstolo Paulo escreveu: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo” (Rm.16:17). Ou seja, não se envolvam em intrigas e maledicências, pois tais práticas provém daqueles que servem ao inimigo de Deus, que “com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Rm.16:18).
Clamemos, pois, ao Senhor, por prudência e sabedoria em nossos relacionamentos, para que nenhum deles nos seja pedra de tropeço em nossa comunhão com Ele. Sigamos o exemplo de Cristo, que nos ensinou o cumprimento da lei: “amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam” (Lc.6:27-28). Que assim como o foi com Jesus, que o Espírito Santo nos torne sábios praticantes do amor. Eu gostaria de encerrar o comentário de hoje com um texto do espírito de profecia que nos ajuda a compreender o nosso papel como membros do corpo de Cristo:
“Vocês terão muitas perplexidades a enfrentar em sua vida cristã em relação com a igreja; porém, não se esforcem demasiadamente por moldar seus irmãos. Se virem que não satisfazem as reivindicações da Palavra de Deus, não condenem; se eles provocam, não retribuam na mesma moeda. […] Havendo feito tudo quanto possam para salvar um irmão, deixem de afligir-se e prossigam calmamente com os outros deveres urgentes. […] Busquem unidade; cultivem amor e conformidade com Cristo em tudo. Ele é a fonte da unidade e da força” (Testemunhos Para a Igreja, v.5, p.347-348). Vigiemos e oremos!
Feliz semana, sábios e símplices do Senhor!
Rosana Garcia Barros
#Juízes9 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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JUÍZES 9 – A pior coisa que pode acontecer a alguém ou a uma congregação é se esquecer de Deus e dos Seus princípios para uma vida feliz, próspera e digna de ser vivida. Contudo, assim o capítulo do povo de Deus encerrou em Juízes 8 e continuou no capítulo 9.
Além dos 70 filhos com várias esposas, Gideão também teve Abimeleque com uma concubina, que tornou-se “o primeiro experimento israelita com a monarquia, muito antes do rei Saul (1Sm 8-11)”. Foi um desastres, porém, “o fato de ter sido um desastre deveria haver ensinado a Israel que um rei humano era uma ideia nociva” (Comentário Bíblia Andrews).
Abimeleque havia matado 69 dos seus 70 irmãos para garantir seu reinado; com seus homens mataram implacavelmente os siquemitas – e, Gaal – por se rebelarem contra ele. Sua crueldade cessou quando “uma mulher jogou uma pedra de moinho na cabeça dele, e lhe rachou o crânio. Imediatamente ele chamou seu escudeiro e lhe ordenou: ‘Tire a espada e mate-me, para que não digam que uma mulher me matou’. Então o jovem o atravessou, e ele morreu” (Juízes 9:54-55). Contudo, “ficou para a história como alguém morto por uma mulher (2Sm 11:21)” (Idem).
Débora e esta mulher são heroínas no livro de Juízes. Embora a cultura antiga fosse predominantemente machista, Deus considera as mulheres em Seus planos.
Jotão, meio-irmão sobrevivente de Abimeleque, contou uma parábola retratando o desejo que seu irmão tinha de reinar, comparando-o a espinheiro inútil (Juízes 9:7-21). “Se tivessem preservado uma clara percepção do certo e do errado, os israelitas teriam visto a falácia do raciocínio de Abimeleque e a injustiça de suas reivindicações. Teriam visto que ele estava cheio de inveja e imbuído de vil ambição de exaltar a si mesmo pela ruína de seus irmãos. Não são dignos de confiança os que são controlados por estratagemas e não por princípios. Eles irão perverter a verdade, esconder os fatos e interpretar as palavras dos outros com um sentido completamente diferente da intenção original. Empregarão palavras lisonjeiras, ao passo que há veneno de víbora em sua língua. Quem não busca fervorosamente a direção divina será enganado por suas palavras suaves e seus planos astuciosos” (Ellen White, CBASD, v.2, p. 1109).
Busquemos a direção divina! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.