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“Porque Tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; pois Tu fielmente procedeste, e nós, perversamente” (v.33).
A renovação espiritual experimentada pelos judeus, através do estudo da Lei de Deus, gerou um dos capítulos mais ricos das Escrituras. Com jejum, pano de saco e terra sobre a cabeça, os filhos de Israel compunham o cenário do genuíno arrependimento. Mas a forma de nada valeria se não houvesse a essência. Desde a criação em Gênesis, de Abraão, de Moisés e dos períodos dos reis, ficou muito clara a distinção entre a fidelidade de Deus e a recorrente desobediência do Seu povo.
Nenhuma outra nação testemunhou tantos milagres quanto Israel. No Egito, no deserto e em Canaã; nas planícies do Jordão, às margens do mar da Galileia e nas cidadelas de Judá, ambas as gerações foram testemunhas oculares dos prodígios do Senhor. Ainda assim, uma perseguiu e assassinou os profetas do Senhor, e a outra, condenou à cruz Aquele que diziam aguardar. Entre idas e vindas, “cometeram grandes blasfêmias” (v.26), “mas no tempo de sua angústia, clamando eles” (v.27), o Senhor os livrou “muitas vezes” (v.28). “Porém, quando se viam em descanso, tornavam a fazer o mal diante de” (v.28) Deus.
Tendo como fundamento o “Livro da Lei do Senhor, seu Deus” (v.3), seus corações foram tocados pela brasa viva do altar do Céu. Como uma chama, cada sentença lida lhes consumia a alma no ardente e sincero desejo de viver conforme o “assim diz o Senhor”. E tendo como professor o “bom Espírito, para os ensinar” (v.20), reconheceram sua condição vulnerável e sua necessidade da “grande bondade” (v.25) do único Deus verdadeiro: “Só Tu és Senhor, Tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e Tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus Te adora” (v.6).
Arrependimento e confissão de pecados são dois passos fundamentais na jornada cristã. Nenhum desses, no entanto, procedem da natureza humana. Porque “a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento” (Rm.2:4). E o arrependimento é que produz a confissão; o reconhecimento de nossa culpa e de que necessitamos do perdão divino. Pois “o que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv.28:13).
Amados, os altos e baixos de Israel e a grande misericórdia do Senhor e Sua terna disposição em perdoar, nos revela o que muitas vezes temos dificuldade de admitir: somos infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus (Ap.3:17). Quando baixar a guarda torna-se uma opção, abrimos um caminho de largas ideias no campo da iniquidade. E sob a encomenda de um coração “desesperadamente corrupto” (Jr.17:9), nos afastamos da influência do Espírito Santo e de Seu divino discernimento.
“Eis que hoje somos servos” (v.36). Servos de nossos gostos, servos do pecado que em nós habita. E a menos que busquemos andar com Deus, clamando por Seu auxílio e misericórdia, permaneceremos mortos em nossos delitos. Agora é o tempo de estabelecermos “aliança fiel” (v.38) com o Deus de nossa salvação. Agora é o momento em que o Espírito Santo deseja selar essa aliança em nosso coração com tinta que não se apaga. Propensos como somos a falhar, como o salmista, seguremos firme no braço que não pode tombar: “Todavia, estou sempre Contigo, Tu me seguras pela minha mão direita” (Sl.73:23). Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, salvos pelo “Deus perdoador” (v.17)!
Rosana Garcia Barros
#Neemias9 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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