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“Entraram em aliança de buscarem ao Senhor, Deus de seus pais, de todo o coração e de toda a alma” (v.12).
Asa não só promoveu reformas religiosas, mas reformas espirituais que mudariam o curso da nação. À semelhança do Reino do Norte, Judá se envolveu com os deuses estrangeiros e levou para dentro de seu território as mesmas abominações que o Senhor havia condenado. O terceiro rei de Judá liderou o povo num verdadeiro movimento de reavivamento e reforma, que foi confirmado e abençoado pelo Senhor através da profecia de Azarias, um profeta que aparece apenas neste capítulo da Bíblia, mas cujas palavras fortaleceram o coração de Asa e, certamente, continuam sendo uma força a ser considerada na vida de todo cristão que se dispõe no serviço do Senhor.
A obediência de Asa gerou uma assembleia solene, reunindo “todo o Judá e Benjamim e também os de Efraim, Manassés e Simeão que moravam no seu meio, porque muitos de Israel desertaram para ele, vendo que o Senhor, seu Deus, era com ele” (v.9). E após oferecerem grande “sacrifício ao Senhor” (v.11), foi feita uma aliança nacional “de buscarem ao Senhor, Deus de seus pais, de todo o coração e de toda a alma” (v.12). “Todo o Judá se alegrou por motivo deste juramento”, e o “Senhor lhes deu paz por toda a parte” (v.15). Foi um tempo de renovar “o altar do Senhor” (v.8) em cada coração.
A reforma promovida por Asa não excluiu os de sua própria casa. Até mesmo sua avó foi deposta “da dignidade de rainha-mãe”, por ter feito “uma abominável imagem” (v.16), que Asa cuidou de destruir e queimar. Mas houve um porém: os altos “não foram tirados de Israel” (v.17). Uma mancha foi ignorada e aquele cujo coração “foi perfeito todos os seus dias” (v.17), colheria no futuro as terríveis consequências de tal concessão.
Nunca houve tempo em que se falasse tanto em reavivamento e reforma como nos últimos anos. Homens e mulheres têm se dedicado à obra de renovar “o altar do Senhor” (v.8) e preparar um povo que esteja pronto para o segundo advento de Cristo. Contudo, sem incitar juízo infamatório ou julgamento prévio, precisamos ponderar acerca do que temos visto e ouvido. Há a urgente necessidade de mudança no meio do povo de Deus, mas não é a mera aparência de piedade que identifica a verdadeira adoração. “Mas, quando, na sua angústia, eles voltaram ao Senhor, Deus de Israel, e O buscaram, foi por eles achado” (v.4).
Toda reforma deve ser resultado de um reavivamento. Os dois andam juntos. Reavivamento sem reforma é presunção. Reforma sem reavivamento é legalismo. O prefixo “RE” significa “duas vezes”. Reavivamento, então, é viver novamente, é buscar de volta a vida eterna perdida no Éden. Reforma é buscar de volta a forma original, a imagem e semelhança do nosso Criador, que foi corrompida pelo pecado. Portanto, o movimento de reavivamento e reforma é o caminho de volta para o Paraíso, e deve ter início em nosso coração, transformando-nos segundo o caráter de Cristo.
A nossa busca, porém, precisa ser diária e constante, e não pode depender da fidelidade alheia. É importante ter pessoas ao nosso redor que nos animem e encorajem pelo caminho; referências que nos revelem o quanto vale a pena ser fiel a Deus. Entretanto, não podemos e não devemos depositar toda a nossa confiança em pessoas, para que as decepções não abalem a nossa fé. Percebam que um dos motivos da apostasia de Israel foi por estar “muito tempo sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei” (v.3). O conhecimento do Senhor é o bem mais precioso que podemos ter e compartilhar. Não o ignoremos, nem tampouco o guardemos só para nós enquanto milhares desfalecem pelo caminho.
Diante de um cenário profético em rápido andamento, que a nossa vida seja governada pelo Espírito Santo, e ensinada, corrigida, repreendida e educada na justiça pela Palavra de Deus, “a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm.3:15-16). Eu sei, meus irmãos queridos, que têm dias em que choramos por dentro dores que só o Senhor conhece. Principalmente quando dizemos sim ao chamado de Deus, entramos em tempestades sem saber quanto tempo irá durar e o que nos custará. Mas uma coisa é certa: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt.24:13). Assim como as palavras de Azarias vieram ao meu encontro hoje, o Senhor lhes diz: Meus filhos, sejam “fortes, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra terá recompensa” (v.7). Vigiemos e oremos!
Bom dia, escolhidos do Senhor!
Rosana Garcia Barros
#2Crônicas15 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
1 Comentário so far
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“Reavivamento sem reforma é presunção. Reforma sem reavivamento é legalismo.” Perfeito irmã Rosana Barros! Louvado seja Deus, continuem !
Comentário por Jônathas Sousa 30 de janeiro de 2023 @ 5:51