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“Disse Moisés: Esta coisa que o Senhor ordenou fareis; e a glória do Senhor vos aparecerá” (v.6).
Cumpridos os sete dias da consagração de Arão e seus filhos, eles estavam prontos para ministrar no santuário. Antes, porém, que pudessem interceder pelo povo e abençoá-lo, novamente o Senhor deixou bem claro que ninguém poderia comparecer diante de Sua presença de forma impura. Toda “a congregação se pôs perante o Senhor” (v.5), para aguardar a Sua manifestação. Arão ofereceu o primeiro sacrifício ao Senhor e o holocausto, “que era por si mesmo” (v.8), “como o Senhor ordenara a Moisés” (v.10). Logo após, “fez chegar a oferta do povo” (v.15), e o holocausto, e o “sacrifício pacífico, que era pelo povo” (v.18). “Depois, Arão levantou as mãos para o povo e o abençoou” (v.22). Moisés e Arão entraram na tenda da congregação e, ao sair, “abençoaram o povo; e a glória do Senhor apareceu a todo o povo” (v.23), no que vendo que saiu fogo diante de Deus, consumindo o sacrifício, todo o povo “jubilou e prostrou-se sobre o rosto” (v.24).
Esta experiência ecoa um princípio eterno do Reino de Deus: a pureza é um requisito indispensável para que possamos contemplar a glória de Deus. Encontramos o conceito de pureza e santidade destacado no livro de Levítico. O Senhor fez questão de distinguir o puro do imundo, o santo do profano. Se o povo seguisse fielmente as orientações do Senhor, a Sua glória estaria sempre diante deles (v.6). Este era o diferencial na vida de Moisés. Moisés estava sempre na presença de Deus porque era um homem que vivia a vontade do Senhor em sua vida. Havia uma particular intimidade entre ele e o Ser infinito. Tudo na vida de Moisés declarava “Santidade ao Senhor” (Êx.28:36). Enquanto seus olhos estivessem voltados para Deus, os perigos que o assediavam eram substituídos pela confiança na destra do Senhor dos Exércitos a guardá-lo.
É uma fé semelhante a esta que o Senhor deseja que tenhamos, mediante uma vida de dependência de Deus e de comunhão pessoal e diária com Ele. Tenho visto inúmeros testemunhos de cristãos que só tiveram um encontro real com Cristo após anos de igreja. Pessoas que viviam uma religião vazia e cuja letargia espiritual não lhes permitia avançar na jornada cristã. Jovens que nasceram e cresceram em um lar cristão, mas que, apesar de sua fidelidade em cumprir os mandamentos de Deus, qual o jovem rico, eram infelizes em seu legalismo formal. Estavam paralisados, estáticos e, o pior disso tudo, não percebiam ser esta a sua situação. Apenas sentiam que faltava algo.
O amável e compassivo Salvador tem vasculhado o mundo a fim de encontrar Suas ovelhas e Suas dracmas perdidas, e com braços abertos aguarda os pródigos retornarem ao lar. Muitos têm correspondido aos esforços de um Deus que não desiste de nos procurar, outros, porém, quando finalmente O encontram, à semelhança do jovem rico, ficam tristes em ter de abandonar o que há no mundo e dão as costas à vida eterna.
Ser puro, amados, não tem a ver simplesmente com limpeza exterior, mas com pureza de coração. Todas as cerimônias de purificação em Israel declaravam o desejo de um Deus que deseja nos lavar de dentro para fora. Como Davi, precisamos pedir todos os dias: “Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve” (Sl.51:7). O salmista estava se referindo não a um banho para lavar as impurezas de seu corpo, mas de seu coração: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro” (Sl.51:10). Como Moisés mantinha o olhar fixo no Senhor, somos chamados para fazer o mesmo. Olhemos para Jesus, Suas obras, Sua vida. Ouçamos a Sua voz das colinas do Jordão e do barquinho à beira mar. Sigamos os passos do Mestre. Ele mesmo nos convidou a fazer parte de Sua escola: “aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt.11:29).
Hoje, o nosso Sumo Sacerdote está com as mãos levantadas para abençoar o Seu povo. Há uma necessidade urgente de que a Sua igreja, purificada pelo fogo do Espírito, declare em alto e bom som de que a glória do Senhor está prestes a aparecer a toda a Terra. Pois eis que Cristo “vem com as nuvens, e todo olho O verá” (Ap.1:7). E quando este Dia chegar, “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente” (Sl.24:3-4). Lembre-se de que há um Deus que deseja lhe salvar muito mais do que você deseja ser salvo. Busque ao Senhor. Apegue-se a Ele. Como Jacó, não desista de lutar até que Ele te abençoe. Quem assim o fizer, “obterá do Senhor a bênção e a justiça do Deus da sua salvação” (Sl.24:5). Vigiemos e oremos!
Bom dia, limpos de mãos e puros de coração!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #Levítico9 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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Bom dia!
Comentário por Silvio Fernandes 22 de abril de 2022 @ 7:48