Reavivados por Sua Palavra


Gênesis 43 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
25 de fevereiro de 2022, 0:45
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“Levantando José os olhos, viu a Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe, e disse: É este o vosso irmão mais novo, de quem me falastes? E acrescentou: Deus te conceda graça, meu filho” (v.29).

Jacó suportou até onde pôde a escassez de alimento. Esgotado, porém, o mantimento trazido do Egito, viu-se obrigado a mandar seus filhos novamente ao lugar que ameaçava roubar-lhe o terceiro filho. Foi quando Judá, o mesmo que havia arquitetado o plano para se ver livre de José, pronunciou-se como o garantidor da vida de Benjamim. Desta vez, suas palavras eram verdadeiras e percebendo Jacó a convicção de quem estaria disposto a dar a sua vida, permitiu a partida de seu caçula sob a tutela de Judá e dos demais. Mas assim como um dia enviou presentes a Esaú a fim de lhe aplacar a ira, procurou fazer o mesmo com o governador egípcio. Os pacotes com o melhor da terra foram preparados e, abençoando seus filhos, os despediu com a angústia de quem poderia nunca mais retornar a vê-los.

Chegando ao Egito, a caravana de Israel foi logo conduzida à presença de José, que vendo a Benjamim, deu ordens de que fossem levados à sua casa. Com grande temor seguiram o “mordomo da casa de José” (v.19) e lhe explicaram a razão de sua ansiedade. A resposta daquele serviçal egípcio lhes soou como um que conhecia o Deus de Israel: “Paz seja convosco, não temais; o vosso Deus, e o Deus de vosso pai, vos deu tesouro dos sacos de cereal”, e, confortando-lhes o coração, “lhes trouxe fora a Simeão” (v.23), que mais tinha aparência de convidado do que de encarcerado. Mas apesar de tratados com muitas gentilezas, os filhos de Israel foram cautelosos, cuidando de preparar “o presente, para quando José viesse” (v.25).

Chegando José a casa” (v.26), aquele presente o fez lembrar-se de seu pai, e na esperança de que ainda poderia vê-lo, perguntou-lhes: “Vosso pai, o ancião de quem me falastes, vai bem? Ainda vive?” (v.27). Contudo, foi quando avistou seu irmão Benjamim, “filho de sua mãe” (v.29), que suas emoções vieram à tona e precisou ausentar-se para chorar. Recompondo-se, retornou à presença de seus irmãos e deu ordens para que os servissem a refeição, sendo que, para Benjamim, a porção “era cinco vezes mais do que a de qualquer deles” (v.34). José estava disposto a tratá-los com misericórdia e a estender-lhes o perdão. Não sabia, porém, se eles estavam prontos para isso. Se àquele tempo o simples fato de José possuir uma roupa melhor os fez sentir um ódio homicida, que dirá se soubessem que ele ocupava o mais alto cargo na maior potência mundial daquela época! O grande teste final estava por vir.

Quando somos feridos, cada um de nós possui uma reação diferente. A depender das circunstâncias, o nosso coração é direcionado para a constante recordação da dor. Contudo, existem dois remédios, ou dois antídotos, que Deus usa a fim de oferecer cura ao coração machucado: a distância e o tempo. Os longos anos de separação foram sarando em José a ferida causada pela violência e desprezo de seus irmãos. Nem sempre conseguimos ficar distantes de quem nos machuca, mas podemos sim evitar os confrontos e estabelecer um espaço seguro onde estejamos protegidos não só das lembranças dolorosas, mas também do perigo de prorrogar e intensificar sentimentos que nos machucam ainda mais.

Podemos e devemos exercitar o perdão para com todos, mas o Senhor que sonda os corações conhece qual seja exatamente a forma de nos conduzir a isso e respeita a nossa individualidade. José era um homem de Deus, mas também era um ser humano como você e eu, e precisava de cura tanto quanto seus irmãos. O perdão é o único tratamento em que oferece a cura para quem o dá e para quem o recebe. Talvez ainda não tenha chegado o seu tempo de liberar o perdão. Talvez a recordação da dor esteja constantemente diante de você. Mas o mesmo Deus que era com José deseja derramar em seu coração o amor na Pessoa dAquele que, mesmo ferido, humilhado e desprezado, teve olhos de misericórdia para com Seus algozes, dando-lhes a “sentença” do perdão: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc.23:34). Abra o seu coração a Jesus de forma sincera e receba a mais linda e feliz cura! Vigiemos e oremos!

Bom dia, curados pelo dom do perdão!

Rosana Garcia Barros

#PrimeiroDeus #Gênesis43 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


1 Comentário so far
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Excelente!
🙏🏽

Comentário por Silvio Fernandes




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