Reavivados por Sua Palavra


Lucas 18 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli

 

1-8 Disse-lhes Jesus uma parábola. A data devia ser março de 31 d.C., pouco depois da ressurreição de Lázaro … e algumas semanas antes da última Páscoa. E o local devia ser alguma parte da Pereia. CBASD – Comentários Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 930.



Como 16.1-8, esta é uma parábola de contraste. Se um juiz que não teme a Deus (ou ao homem) pode ser levado a vingar uma viúva importuna, quanto mais o Justo Juiz do universo (cf Tg 4.12). No contexto, os crentes perseguidos são encorajados a orar confiantes em Deus, durante o intervalo que há entre a ascensão e a segunda vinda de Cristo. Bíblia Shedd. 

 

3 viúva. No AT representa (com os órfãos) os desamparados e destituídos de todos os recursos (Sl 68.5; Lm 1.1). Bíblia Shedd. 

 

5 molestar-me. Literalmente, “dar-me um olho preto [roxo]” (Jesus conta a estória com humor). Andrews Study Bible.



7 Se mesmo um juiz injusto (v. 6) fará aquilo que é direito, quanto mais Deus? Bíblia de Genebra. 

 
8 depressa. Isto é, no tempo de Deus (2Pe 3.8) e não segundo o nosso [Sem demora = com certeza, cf. Ap. 22:20]. Bíblia de Genebra. 
 
9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos. Embora eles não sejam mencionados diretamente, fica claro que Jesus estava pensando nos fariseus. CBASD, vol. 5, p. 932.
 
por se considerarem justos. Isto é, segundo os próprios padrões de justiça, que os fariseus, de modo geral, colocavam em prática meticulosamente, ou pelo menos fingiam fazê-lo. O padrão farisaico de justiça consistia na observância estrita das leis de Moisés e da tradição rabínica. Em essência, era a justificação pelas obras. O conceito farisaico e legalista de justiça operava com base na premissa de que a salvação deve ser merecida por meio da observância de determinado padrão de conduta. Esses líderes davam pouca ou nenhuma atenção à devoção necessária a Deus e à transformação dos motivos e objetivos da vida do ser humano. os fariseus enfatizavam a letra da lei, ignorando seu espírito. CBASD, vol. 5, p. 932, 933.
 
desprezavam. Aqueles que se consideram modelos de virtude costumam olhar para as outras pessoas com desprezo. CBASD, vol. 5, p. 933.
 
10 Dois homens. Um deles se considerava santo e subiu com o propósito de se engrandecer diante de Deus e dos semelhantes. O outro olhava para si como um pecador e subiu para confessar suas faltas ao Senhor, clamar por misericórdia e obter perdão. CBASD, vol. 5, p. 933.
 
subiram ao templo. A palavra deve ser usada em referência à subida das regiões mais baixas da cidade até o monte Moriá [do templo]. CBASD, vol. 5, p. 933.
 
um, fariseu. Ser fariseu era o mais elevado ideal judaico de piedade na época. CBASD, vol. 5, p. 933.
 
outro, publicano. Em contrapartida, o publicano representava o nível mais baixo da escala social judaica. CBASD, vol. 5, p. 933.
 
11 de si para si mesmo. Ou seja, de maneira inaudível, talvez mexendo os lábios ou sussurrando. Aparentemente, o fariseu estava se dirigindo a si mesmo, não a Deus.
 
Ó Deus, graças Te dou. Sem dúvida, o que ele queria dizer seria: “Senhor, Tu deves ser grato por ter uma pessoa como eu entre aqueles que vêm Te adorar. Sou bem superior ao povo comum. … O povo comum ficava muito distante de seu exaltado padrão de justiça própria. CBASD, vol. 5, p. 933, 934.
 
nem ainda como este publicano. Quando os olhos do fariseu detectaram a presença daquele vigarista da sociedade, orou dizendo mais ou menos assim: “Senhor, é deste tipo que estou falando, aquele detestável cobrador de impostos. Alegro-me por não sr como ele.” CBASD, vol. 5, p. 934.
 
12 jejuo duas vezes por semana. O jejum não era ordenado na lei mosaica, a não ser o jejum do Dia da Expiação. Os fariseus, no entanto, também jejuavam nas segundas e nas quintas-feiras (v. 5.33; Mt 6.16; 9.14; Mc 2.18; At 27.9). Bíblia de Estudo NVI Vida. 
 
De acordo com a teologia dos fariseus, um crédito suficiente de atos supostamente meritórios cancelava a dívida de atos de maldade. CBASD, vol. 5, p. 934.



13 não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu. Olhar para cima era costume quando se fazia oração, mas este homem estava muito consciente de sua indignidade para fazer isto. Ele simplesmente pediu por misericórdia, reconhecendo o seu pecado. Bíblia de Genebra. 



batia no peito. Literalmente, “continuava a bater no peito”. As ações do cobrador de impostos evidenciam a sinceridade de suas palavras e constituem uma expressão vívida de seu senso de indignidade. ele se sentia indigno até mesmo de orar. Mas a consciência de sua necessidade o impelia a fazê-lo. CBASD, vol. 5, p. 935.



tem misericórdia de mim (NVI). O publicano não defende suas boas obras, mas, sim, recorre à misericórdia de Deus para lhe perdoar os pecados. Bíblia de Estudo NVI Vida. 

 
pecador. A consciência da própria necessidade é a primeira condição para ser aceito por Deus, numa percepção de que, sem Sua misericórdia, estaríamos completamente perdidos (ver PJ, 158). Em contraste com o fariseu, sem dúvida, o publicano pensou em muitos vícios e sabia que já os praticara todos; pensou nas virtudes e reconheceu que não possuía nenhuma delas. Assim como o apóstolo Paulo, ele sabia que era pecador (ver 1Tm 1:15) e necessitava da graça divina. … O publicano fala como se não existissem outros pecadores e ele fosse o único. Assim como o fariseu, ele se coloca numa classe totalmente separada. Não era virtuoso como as outras pessoas; era um pecador. O fariseu se considerava muito acima dos “demais homens” (Lc 18:11); o publicano se considerava muito abaixo dos outros. CBASD, vol. 5, p. 935.
 
14 este desceu justificado para sua casa, e não aquele. Isto é, por Deus (Rm 1.17n; 5.1). O fariseu, justificando-se a si mesmo, rejeita a justiça gratuita de Deus (cf Rm 3.20). Bíblia Shedd. 
 
O fariseu confiou nos seus próprios méritos, não tendo descoberto que nenhuma justiça humana é suficiente diante de um Deus que exige perfeição (Mt 5.48). O publicano confiou na graça de Deus e a encontrou. Bíblia de Genebra. 
 
O publicano sabia que era pecador (ver v. 13) e essa percepção abria caminho para que Deus o declarasse “sem pecado” – um pecador justificado pela misericórdia divina. … Era a atitude dos dois homens em relação a sia próprios e ao Senhor que fazia a diferença. CBASD, vol. 5, p. 935.
 
exalta. O problema do orgulho em oposição à humildade está no centro do grande conflitoCBASD, vol. 5, p. 935.
 
Lucas 18:14 encerra a “grande inserção” de Lucas, nome às vezes dado ao trecho de Lucas 9:51-18:14 (ver com. de Lc 9:51), pelo fato de os outros evangelhos não registrarem a maior parte dos eventos e ensinos desta seção. CBASD, vol. 5, p. 935.
 
17 pequeninosdos tais é o reino de Deus. Receber o reino requer: 1) Humildade, 2) Confiança, 3) proximidade e 4) Uma relação pessoal, como a da criança, que revela maior receptividade diante do amor de Cristo. Bíblia Shedd. 
 
18 homem de posição. Uma expressão geral para significar alguém da classe superior. Bíblia de Genebra. 
 
19 Bom Mestre. Esta não era uma forma comum de tratamento no Judaísmo; era mera bajulação. O homem presumiu que seus feitos lhe assegurariam a vida eterna. Bíblia de Genebra. 
 
Por que me chamas bom? Isto é, “sabes o que dizes? Só aquele que reconhece quem Eu sou, pode chamar-Me bom sem ser hipócrita”. Bíblia Shedd. 
 

22 vende tudo. Este desafio revelou que aquele homem não tinha realmente entendido os mandamentos. Quando ele se defrontou com a escolha, tornou-se claro que seus bens vinham antes de Deus. Bíblia de Genebra. 

 

Jesus viu que este governante precisava, literalmente, abandonar todas as suas posses para ser completamente comprometido com Deus (ver 3:10; 19:8-9). Andrews Study Bible. 



26 quem então pode ser salvo? (NKJV). Os ricos eram considerados ser especialmente favorecidos por Deus. Se eles não pudessem ser salvos, quem poderia? Andrews Study Bible. 

 
27 Os impossíveis do homem são possíveis para Deus. Deus, apenas, é capaz de salvar. Andrews Study Bible. 
 
30 no presente. Os seguidores de Jesus não precisam esperar até que cheguem “ao céu” para começar a receber Suas bênçãos, porque algumas podem ser recebidas mesmo agora. Andrews Study Bible. 
 
34 Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas [sobre vv 31-33, os sofrimentos e morte próximos]. Lucas reflete mais do que os outros sinóticos sobre a completa falha dos discípulos em compreender as tristes verdades que Jesus procurava revelar a eles. O motivo era que a mente deles estava cheia de conceitos equivocados quanto à natureza do reino que Cristo viera fundar. Parece que eles não tiravam da cabeça [melhor: “não admitiam”] qualquer coisa que não estivesse de acordo com suas ideias pré-concebidas sobre o assunto (ver DTN, 547, 548). CBASD, vol. 5, p. 936.
 
35 Ao aproximar-se Jesus de Jericó, um homem cego. Lucas dá a entender que Jesus estava entrando em Jericó, enquanto Mateus e Marcos dizem que o incidente ocorreu quando eles saíam de Jericó (Mt 20.30; Mc 10.46). Parece ter havido duas “Jericós” que distavam aproximadamente em 1,5 km uma da outra; as ruínas da cidade do Antigo Testamento, conquistada por Josué (Js 6), e a cidade construída por Herodes, o Grande. O encontro pode ter acontecido quando Jesus estava deixando a cidade antiga e entrando na nova. Bíblia de Genebra. 
 
Mateus relata que dois cegos foram curados (ver nota em Mt 20.30). É provável que, pelo fato de um deles tomar a palavra e se destacar, Marcos e Lucas não mencionam o outro. Bíblia de Estudo NVI Vida. 
 
43 todo o povo. Lucas acrescenta algo que Mateus e Marcos não mencionam: a reação dos que testemunharam o milagre. em contraste com os líderes judeus, que costumavam atribuir o poder de Jesus ao diabo (ver com. de Mt 12.24), o povo comum, cuja percepção não fora cegada pelo preconceito, creditava a Deus o poder de Cristo. CBASD, vol. 5, p. 936.


Lucas 16 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli
31 de dezembro de 2014, 0:00
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1 também. Indica uma conexão com a parábola anterior. Bíblia Shedd.

discípulos. Talvez não só os Doze (v. 6.13; 10.1). Bíblia de Estudo NVI Vida.

Havia um homem rico. Só Lucas registra esta parábola, bem como grande parte do ministério na Pereia. … As duas parábolas aqui relatadas [administrador infiel e o rico e Lázaro] se referem ao uso das oportunidades presentes levando em conta a vida futura (Lc 16:25-31), sobretudo no tocante aos bens materiais. A primeira parábola se dirigia especificamente aos discípulos, ao passo que a segunda foi proferida principalmente para os fariseus. A primeira ilustra um princípio vital de mordomia: o uso diligente e criterioso das oportunidades terrenas. A segunda aborda a mordomia de um ponto de vista negativo, assim como as parábolas do amigo importuno (Lc 11:5-10) e do juiz iníquo (Lc 18:1-8). Na primeira parábola, Jesus orienta a tirar o pensamento das coisas terrenas e voltá-lo para as eternas (PJ, 366). … Em geral, os comentaristas acham difícil explicar esta parábola por causa do aparente elogio feito ao administrador infiel (ver v. 8). Tais dificuldade se devem á tentativa de se atribuir significado a cada detalhe, bem como à sugestão de que o “homem rico” representa a Deus. Mas esta parábola não deve ser interpretada de maneira alegórica. Um princípio fundamental na interpretação de parábolas é que não se deve tentar atribuir significado especial a cada detalhe (ver princípios de interpretação das parábolas, nas p. 197, 200 [CBASD, vol. 5]). Jesus contou esta parábola a fim de ilustrar uma verdade específica, mencionada nos v. 8 a 14. CBASD, vol. 5, p. 909, 910.

desperdiçando (NVI). Tinha esbanjado as posses de seu senhor, assim como o filho pródigo, “desperdiçador” (15.13). Bíblia de Estudo NVI Vida.

8 elogiou o senhor. O homem rico não apoiava a desonestidade do administrador; foi por esse motivo que o dispensou de seus deveres. Mas a astúcia usada para levar a um clímax sua carreira de improbidade administrativa foi tão surpreendente, e ele foi tão meticuloso ao colocar em prática um plano digno de objetivos mais nobres, que o homem rico não pôde deixar de admirar [sua] esperteza e a diligência. CBASD, vol. 5, p. 911.

mais hábeis. As pessoas que vivem para este mundo costumam ser mais ávidas em aproveitar o que ele tem a oferecer do que os cristãos … para aquilo que Deus tem a oferecer. CBASD, vol. 5, p. 911.

Jesus usa a parábola para ilustrar que os filhos do mundo, frequentemente, usam aquilo que têm para favorecer seus próprios fins terrenos, e o fazem mais sabiamente do que fazem os filhos da luz para favorecer os objetivos inteiramente diferentes do reino de Deus. Bíblia de Genebra.

A sagacidade espiritual é: 1) Prejuízo agora para se obter lucro no céu; 2) Investimento dos bens para ganhar almas eternas (v. 9); 3) fidelidade na mordomia de bens alheios para receber riquezas próprias (v. 12). Bíblia Shedd.

9 fazei amigos. Apesar deste mordomo ser injusto, ele estabelece um exemplo aos “filhos da luz” na diligência na qual ele usou suas posses. Andrews Study Bible.

amigos. Devem ser os discípulos ganhos para Cristo por meio de fidelidade no pouco (10), isto é, utilizando os bens materiais na expressão de amor às almas. Bíblia Shedd.

13 servir. Servo é o escravo da casa. Bíblia de Genebra.

14 Os fariseus … O ridicularizavam. Ou, “zombavam”. Sem dúvida, os fariseus perceberam que Jesus dirigia Seus comentários a eles. … as parábolas da ovelha, da dracma e do filho pródigo foram dirigidas a eles, ao Jesus justificar Seu interesse pelos “publicanos e pecadores” (ver Lc 15:1-3). CBASD, vol. 5, p. 913.

16 A Lei e os Profetas vigoraram até João. “Até” a pregação do “reino de Deus” por João, os escritos sagrados constituíam o principal guia para a salvação (Rm 3:1, 2). A palavra “até” (do gr mechri) não implica, como alguns pensam, que “a Lei e os Profetas”, as Escrituras do AT, perderam força ou valor depois que João começou a pregar. O que Jesus quer dizer é que, até o ministério de João, “a Lei e os Profetas” eram tudo que as pessoas tinham. O evangelho chegou não para substituir ou anular Moisés e os profetas, mas para complementar, reforçar e confirmar esses escritores (ver com. de Mt 5:17-19). O evangelho não assume o lugar do AT, mas soma-se a ele. … Ao longo do NT, não há nenhuma ocasião em que se diminui o AT de alguma maneira. Pelo contrário, era em textos do AT que os cristãos encontravam as mais fortes confirmações de sua fé. Na verdade, o AT era a única Bíblia que a primeira geração da igreja possuía (ver com. de Jo 5:39). Eles não o desprezavam, como alguns cristãos fazem hoje, mas o honravam e obedeciam. Nesta mesma ocasião, Jesus anunciou que os escritos do AT eram suficientes para guiar a pessoas ao Céu (ver Lv 16:29-31). CBASD – Comentários Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 914.

Lucas aqui indica que o ministério de João Batista assinalou o grande ponto crucial na história da redenção (Mt 11.11, nota). Bíblia de Genebra.

17 til. Não passará da lei a menor parte, pois ela se refere à mensagem de Cristo e cumpre-se no reino de Deus (cf Mt 5.17, 18). Bíblia Shedd.

19-31 Esta parábola ensina a lição de que a riqueza terrena não é garantia de eterna de bem-aventurança, uma lição que também pode ser encontrada em Moisés e nos Profetas. Jesus utiliza uma estória popular, porém um fábula, sobre Abraão para reforçar seu ponto principal. Andrews Study Bible.

Certo homem rico. Assim como as demais parábolas, a do homem rico e Lázaro deve ser interpretada em harmonia com seu contexto e com o conteúdo geral da Bíblia. Um dos princípios mais importantes de interpretação é que cada parábola é proposta para ensinar uma verdade fundamental e os detalhes não precisam ter significado em si, a não ser como acessório da estória. Em outras palavras, não se deve insistir que cada detalhe da parábola tenha sentido literal e represente uma verdade espiritual, a menos que o contexto deixe claro que esse é o significado pretendido. Desse princípio se origina outro: os detalhes de uma parábola não servem de evidências doutrinárias. Somente o ensino principal da parábola, definido com clareza pelo contexto e confirmado pelo teor geral das Escrituras, junto com os detalhes explicados dentro do contexto, pode ser considerado acessório para uma discussão doutrinária (ver p. 197-200). O argumento de que Jesus tinha a intenção de ensinar com esta parábola, que os seres humanos, tanto os bons quanto os maus, recebem sua recompensa assim que morrem viola ambos os princípios. O contexto ensina com clareza que esta parábola tinha o objetivo de ensinar que o destino futuro é determinado pelo uso que as pessoas fazem das oportunidades da vida presente. Jesus não estava debatendo o estado do ser humano na morte ou o momento em que se recebe o galardão. Ele tão somente estabeleceu uma clara distinção entre esta vida e a futura, mostrando a relação existente entre as duas. Além disso, interpretar que esta parábola ensina o recebimento da recompensa imediatamente após a morte contradiz de forma clara a declaração do próprio Cristo de que “o Filho do Homem […] retribuirá a cada um conforme as suas obras” quando “vir na glória de Seu Pai, com os Seus anjos” (ver com. de Mt 16:27; 25:31-41; cf. 1Co 15:51-55; 1Ts 4:16, 17; Ap 22:12; etc.). … Nesta parábola, Cristo simplesmente fez  uso de uma crença popular a fim de deixar clara a lição que desejava plantar na mente de Seus ouvintes. CBASD, vol. 5, p. 916

Este homem é, ás vezes, chamado “Dives”, uma palavra latina que significa “rico”. Bíblia de Genebra.

20 Lázaro (“Deus ajuda”). Este nome específico talvez indique que Jesus, nesta parábola, conta uma história conhecida. Não deve ser interpretada como fonte de informação sobre a vida do além. 

Este é o único exemplo registrado em que Jesus dá nome a um dos personagens da parábola, recurso necessário neste caso por causa do diálogo (ver Lc 16:23-31). Embora Cristo tenha ressuscitado Lázaro de Betânia algumas semanas depois (ver Jo 11;1-46), não há ligação entre o personagem da parábola e o Lázaro ressuscitado. CBASD, vol. 5, p. 917.

22 seio de Abraão. Expressão judaica típica que significa “paraíso”. CBASD, vol. 5, p. 918.

A imagem de “seio” significa ser hóspede de honra num banquete (ver Jo. 13.23). Bíblia de Genebra.

23 inferno. Do gr hades, “sepultura” ou morte” (ver com. de 11:23). Hades é a morada de todos os seres humanos, bons e maus, até a ressurreição. CBASD, vol. 5, p. 918.

tormentos. A ideia de que após a morte, as pessoas vão para um lugar onde sofrem “tormentos” é completamente alheia às Escrituras, que ensinam com clareza que “os mortos não sabem coisa nenhuma” (Ec 9:5; ver com. de Sl 146:4). O próprio Jesus comparou a morte a um sono (ver Jo 11:11, 14). Concluir, com base nesta parábola, que Cristo ensina que os ímpios são levados a um lugar onde sofrem “tormentos” é contradizer Seu ensino claro sobre o assunto em diversas ocasiões, bem como a instrução da Bíblia como um todo. É no inferno de geena [juízo final] que os pecadores passarão por tormentos de fogo )ver com. de Mt 5:22), não no hades. Portanto, ao apresentar o homem rico “atormentado nesta chama” (Lc 16:24) no hades, Jesus está, sem dúvida, usando linguagem figurada, e não há razão em interpretar literalmente Suas palavras. CBASD, vol. 5, p. 918.

29 Moisés e os Profetas. Isto é, as Escrituras do AT. CBASD, vol. 5, p. 920.

31 Se não ouvem. Aqueles que não se impressionam com a declaração simples das verdades eternas encontradas nas Escrituras não teriam uma impressão mais favorável nem mesmo diante do maior dos milagres. Algumas semanas depois de proferir esta parábola, Jesus ressuscitou Lázaro dos mortos, como se desse uma resposta ao desafio dos líderes judeus por uma evidência maior do que tinham tido até então. Mas foi justamente esse milagre que levou os líderes da nação a intensificarem a conspiração contra Jesus (ver com. de Jo 11:47-54). E não apenas isso, eles entendiam ser necessário eliminar Lázaro a fim de resguardar a própria posição insustentável (ver Jo 12:9, 10; DTN, 588). Portanto, os judeus fizeram uma demonstração literal da verdade da afirmação de Cristo, de que os que rejeitavam o AT também rejeitariam uma luz maior, inclusive o testemunho de alguém que ressuscitasse “dentre os mortos”. CBASD, vol. 5, p. 921.



Lucas 15 by Jeferson Quimelli

Comentário devocional:

Como deveriam os crentes se relacionar com os não convertidos? Talvez um colega de trabalho ou vizinho que não seja cristão convidou você para uma festa. Ou você foi convidado para assistir ao casamento de um parente muito materialista. Muitos de nós achamos desconfortável conviver com pessoas que não compartilham nossos valores. Nós nos preocupamos com o que comer ou beber e o que dizer.

Jesus passou tanto tempo com os pecadores que os fariseus e escribas reclamaram: “Este homem recebe pecadores e come com eles” (V 2 NVI). Jesus respondeu com três de suas maiores parábolas: a da ovelha perdida, a da moeda perdida e a do filho perdido. Cada uma delas busca responder à pergunta: “Como é que Deus se relaciona com os pecadores perdidos?” Nestas parábolas Jesus explica Sua missão e descreve o plano de salvação de Deus. Cada uma das três parábolas tem três partes: 1) a perda de algo valioso; 2) a busca por aquilo que foi perdido; e 3) a celebração, quando aquilo que foi perdido foi encontrado.

Jesus inclui a todos, homens e mulheres, nessas parábolas: “Qual de vocês… “(V 4 NVI); “qual é a mulher… ” (V 8 NVI). Ao ler Lucas 15, imagine-se como o pastor a procurar por uma ovelha perdida ou imagine-se como a ovelha perdida nos lugares desertos. Sinta a ansiedade da mulher enquanto ela procura sua moeda perdida e o seu alívio quando ela a encontra. Ao imaginar o Pai correndo ao encontro de seu filho pródigo, lembre-se de que a resposta de Deus aos perdidos é compaixão, aceitação e alegria.

No que você se alegra? Esta é uma questão importante para os cristãos considerarem, porque a nossa resposta indica nossas prioridades. Em vez de nos alegrarmos quando um pecador perdido é encontrado e salvo, nós, assim como o irmão mais velho do filho pródigo, ficamos chateados quando um pecador recebe compaixão e perdão, mas não justiça pelo que ele fez. Pode ser que até nos identifiquemos com o irmão mais velho quando seu pai pede para ele participar da comemoração do retorno de seu irmão e ele responde: “nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele!”(V 29, 30 NVI).

Se você vê a sua própria atitude para com os pecadores na resposta do irmão mais velho, ouça o compassivo apelo do Pai para ele: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado” (v 31, 32 NVI).

Como é que Deus se relaciona com os pecadores? Ele procura por eles até que os encontra, comemora o seu retorno e os aceita como Seus filhos. Ele fez isso por nós; podemos fazer menos que isso para os outros?

Douglas Jacobs, D.Min.
Professor do Ministério e Homilética
School of Religion, Southern Adventist University

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/luk/15/
Traduzido por JAQ/GASQ
Texto bíblico: Lucas 15 
Comentário em áudio 



Lucas 15 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli

1-32 Três parábolas que mostram a alegria no Céu quando pecadores se arrependem. Andrews Study Bible.

1 os coletores de impostos e pecadores. Somente estes excluídos respondem ao chamado que Jesus havia feito (14;35). Andrews Study Bible.

os fariseus mais rígidos também consideravam “pecadores” as pessoas comuns, os amme ha’ares (literalmente, “o povo da terra”), que não tinham o privilégio da educação rabínica e, por isso, não eram dignos de respeito. O próprio nome “fariseu” (ver p. 39) indicava os membros desse partido como superiores ao povo comum e, supostamente, mais justos do que as pessoas em geral. … os líderes religiosos se irritavam ao ver que Jesus tratava de maneira amistosa os excluídos e rejeitados da sociedade … e que estes, por sua vez, Lhe correspondiam (ver PJ, 186). CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 898.

2 murmuravam. É um paradoxo as pessoas que se consideravam modelos de perfeição se sentirem tão desconfortáveis na presença de Jesus, enquanto os que não se consideravam justos se sentirem atraídos ao Salvador (PJ, 186). Certamente, era a hipocrisia dos primeiros e a falta de pretensão dos últimos que fazia a diferença (ver Lc 18:9-14). Uma classe não sentia necessidade das bênçãos que Jesus oferecia, ao passo que a outra reconhecia suas carências e não se esforçava para escondê-las … Uma estava satisfeita com sua justiça própria; a outra sabia que não tinha justiça própria a oferecer. Fazemos bem em nos perguntar como nos sentimos na presença de Jesus. CBASD, vol. 5, p. 898.

recebe pecadores. Os escribas e fariseus rejeitavam as pessoas que consideravam pecadoras, mas Jesus as recebia. Cristo respondera a esta acusação declarando que não viera chamar justos, mas, sim, pecadores ao arrependimento. … Cristo odiava o pecado, mas amava o pecador, ao passo que os fariseus e escribas acariciavam pecados, mas odiavam o pecador. CBASD, vol. 5, p. 898.

come com eles. Mais do que a simples associação, comer junto com alguém revelava aceitação e reconhecimento (cf At 11.3; 1Co 5:11; Gl 2.12). Bíblia de Estudo NVI Vida.

esta parábola. As parábolas de Lucas 15 enfatizam o interesse de Deus por aqueles que muitos costumam desprezar, os esforços divinos para conquistar a confiança deles e a alegria do Céu quando as pessoas se convertem. É importante notar que as três parábolas apresentam diferentes aspectos do problema do pecado e da salvação, e nenhuma é completa por si só. Em cada caso, o que estava perdido é encontrado e restaurado. CBASD, vol. 5, p. 898, 899.

4 da ovelha perdida (NVI). O tema do pastor era bem conhecido por causa de Sl 23, de Is 40.11 e de Ez 34.11-16. Bíblia de Estudo NVI Vida.

cem ovelhas. Nos dias de Jesus, isto era considerado um grande rebanho. CBASD, vol. 5, p. 899.

perdendo uma delas vai em busca da que se perdeu. Deus toma a iniciativa de buscar e encontrar, mesmo que apenas uma. Andrews Study Bible.

Na parábola, fica evidente que a ovelha se perdeu por sua própria ignorância e insensatez. Mas, uma vez perdida, parecia completamente impossibilitada de encontrar o caminho de volta. Ela percebia estar perdida, mas não sabia o que fazer. A ovelha perdida representa tanto o pecador individual quanto o mundo que se perdeu (PJ, 190). Esta parábola ensina que Jesus teria morrido mesmo que houvesse apenas um pecador (ver com. de Jo 3:!6), e Ele de fato morreu por um único mundo que pecou. CBASD, vol. 5, p. 899.

Segundo a parábola, a menos que o pastor fosse em busca da ovelha, ela permaneceria perdida. … A eficácia da salvação não consiste em nossa busca por Deus, mas, sim, na busca que Ele faz por nós. Se deixados sozinhos, poderíamos procurá-Lo por toda a eternidade sem sucesso. Qualquer conceito que considere o cristianismo uma mera tentativa humana de encontrar a Deus erra o alvo, ao não perceber que é Deus quem busca o ser humano (ver com. de Jo 3:16; cf Mt 1:21; 2Cr 16:9). CBASD, vol. 5, p. 899.

deserto. Do gr eremos, “deserto” ou “sertão; como adjetivo, o termo significa “ermo”, “desolado” ou “solitário”. A ênfase da palavra é sobre uma região não habitada … uma ruína. CBASD, vol. 5, p. 899.

6 alegrai-vos comigo. A alegria do pastor era maior que a ada ovelha, por mais agradecida que a pobre criatura estivesse. CBASD, vol. 5, p. 900.

8 dracma. Salário de um dia de trabalho. Andrews Study Bible.

7 júbilopor um pecador. Em contraste com os críticos de Jesus, que rejeitavam aqueles que eles viam como pecadores. Andrews Study Bible.

Os judeus haviam criado uma interpretação falsa da natureza do amor divino. … Os rabinos ensinavam que o pecador deveria se arrepender para que Deus Se dispusesse a amá-lo ou a prestar atenção sobre ele. … Concebiam o Senhor como aquele que derrama afeto e bênçãos sobre quem Lhe obedece e retém as dádivas a que não o faz. Na parábola do filho pródigo (v. 11-32), Jesus procura revelar a verdadeira natureza do caráter de Deus. CBASD, vol. 5, p. 901, 900.

8 Ou qual é a mulher. A parábola anterior parecia direcionada aos homens ali reunidos. É possível que esta se direcionasse, de maneira especial, às mulheres ouvintes. Com frequência, Jesus usava ilustrações que chamavam a atenção das mulheres em particular (cf. Mt 13:33; Lc 17:35). … Esta parábola enfatiza o valor intrínseco de uma pessoa bem como o fato de que um pecador perdido tem tanto valor aos olhos de Deus que Ele o “procura diligentemente”, a fim de tê-lo de  volta. CBASD, vol. 5, p. 900.

perder uma. A moeda não sabia que estava perdida. CBASD, vol. 5, p. 901.

9 Alegrai-vos comigo. A alegria partilhada com os outros é intensificada no coração de quem a reparte. Todo aquele que já teve a experiência de encontrar algo de valor que temia ter perdido para sempre consegue entender o júbilo dessa mulher (cf. Rm 12:15). Mas de todas as alegrias que a vida tem para oferecer, nenhuma se compara à de encontrar um pecador perdido e levá-lo a Jesus. CBASD, vol. 5, p. 901.

11 Certo homem. As parábolas da ovelha e da dracma perdida destacam a parte divina na obra da redenção; já a parábola do filho pródigo ressalta o papel humano em aceitar o amor de Deus e agir em harmonia com isso. … Na parábola, o filho mais novo representa os publicanos e pecadores; o mais velho, os escribas e fariseus. CBASD, vol. 5, p. 901.

12 a parte dos bens que me cabe. O mais jovem dos dois filhos herdaria um terço da propriedade; contudo, era um insulto pedir isso enquanto o pai ainda estava vivo. Andrews Study Bible.
… a exigência do jovem foi extremamente inadequada. Fica evidente que o pedido significava falta de confiança do filho no pai e uma rejeição completa e definitiva da autoridade paterna. CBASD, vol. 5, p. 902.
13 reuniu tudo o que tinha. Quer ficar livre das restrições impostas pelo pai, gastando da maneira que bem entende sua porção das riquezas da família. Bíblia de Estudo NVI Vida.
De fato, o pródigo não entendia a si mesmo nem ao pai.O pior é que ele não compreendia nem valorizava o fato de que o pai o amava e de que todas as decisões e exigências se baseavam, no fim das contas, naquilo que era melhor para os filhos. A narrativa deixa claro que o pai era sábio e compreensivo, ao mesmo tempo, justo, misericordioso e, acima de tudo, razoável. Em contrapartida, o jovem inexperiente parecia considerar como direito inquestionável o tirar plena vantagem de todos os privilégios filiais, sem assumir nenhuma responsabilidade. CBASD, vol. 5, p. 901.
uma terra distante. O jovem não se contentou em ficar perto de casa, onde se lembraria, de tempos em tempos, do pai e de seus conselhos. Procurou se livrar de todos os vínculos com seu lar. Portanto. a “terra distante” representa um distanciamento, o esquecimento de Deus. CBASD, vol. 5, p. 902.
dissipou todos os seus bens. Parece que sua consciência estava adormecida e, na “terra distante” do esquecimento dos conselhos e da orientação paterna, nada havia para impedi-lo de fazer tudo o que desejava. Segundo seu conceito de vida, ele estava aproveitando ao máximo. CBASD, vol. 5, p. 902.
vivendo dissolutamente. O gr asotos, “prodigamente”, “dissolutamente” ou “libertinamente”, é um advérbio derivado de a, prefixo negativo e soo ou sozo, “economizar”. CBASD, vol. 5, p. 902. 
15 alimentar porcos (NKJV). Trabalhar para um gentio alimentando animais imundos (Lv 11:7) era um dos mais degradantes trabalhos imagináveis para um judeu. Andrews Study Bible.
18 pequei. Um exemplo do arrependimento que Deus deseja (vv 7, 10, 13:2-5). Andrews Study Bible.
contra o Céu. A instrução religiosa que o pródigo recebera na casa do Pai não fora esquecida por completo. CBASD, vol. 5, p. 904.
20 levantando-se, foi. O pródigo agiu sem hesitar. Assim que tomou a decisão, partiu. Na parábola, é o filho quem toma a iniciativa de voltar. Parece ser escolha dele, não o amor do pai, que realiza a reconciliação. … No entanto, … a iniciativa da reconciliação e da salvação é de Deus. CBASD, vol. 5, p. 904.
correndo. Pessoas de respeito não corriam. Aqui, o pai abandona sua dignidade para mostrar seu profundo amor e perdão, mesmo antes que o seu filho fale. Andrews Study Bible.
sandálias. O pai não só atendeu às necessidades do filho, como também o honrou. Ao fazê-lo, deu evidências do amor e da alegria que enchiam seu coração. Por meio dessa parábola, Jesus justificou a aceitação dos pecadores que O rodeavam … e reprovou a atitude crítica dos escribas e fariseus. CBASD, vol. 5, p. 905.
22 O manto, o anel e as sandálias representam o seu retorno ao status elevado e autoridade – acima dos escravos e outros  servos. Andrews Study Bible.
23 novilho cevado. Especialmente cuidado e alimentado com grãos em antecipação de uma futura celebração. Andrews Study Bible.
25 o filho mais velho. Até aqui, Jesus justificou sua atitude amistosa em relação aos”publicanos e pecadores”. … O restante da parábola (v. 25-32) trata da atitude dos fariseus e escribas para com os “pecadores” …, representada pela atitude do irmão mais velho em relação ao mais novo. Essa parte da história deveria servir de repreensão aos hipócritas, cheios de justiça própria, que “murmuravam” sobre a forma de Cristo tratar os excluídos da sociedade (v. 2). CBASD, vol. 5, p. 905.
28 o pai procurava. O pai sentia compaixão também pelo seu filho mais velho, a despeito de sua atitude de ressentimento. Andrews Study Bible.
29 te sirvo. Sua ira evidencia que sua obediência não provinha de amor, mas apenas pelo propósito de obter uma boa recompensa. Andrews Study Bible.
nem um cabrito. Alimento menos caro que um novilho gordo. Bíblia de Estudo NVI Vida.
 
30 esse seu filho. O irmão mais velho recusou-se mesmo a reconhecê-lo como irmão, tão intenso era o ódio que sentia. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Se o irmão mais velho se arrependeu e recebeu o irmão perdido é deixado para aqueles “irmãos mais velhos”, que escutavam a Jesus, decidirem. Andrews Study Bible.
31 filho. Do gr teknon, “criança” ou “filho”. Neste versículo, o pai não usa a palavra costumeira para “filho”, huios, mas se dirige ao primogênito como o termo mais afetivo teknon. É como se ele dissesse: “meu querido garoto”. CBASD, vol. 5, p. 906.
 
32 era preciso. A festa não foi dada com base nos méritos; tratava-se apenas de uma expressão da alegria do pai e, desta alegria, também “era preciso” que o irmão mais velho participasse. Esta, diz Jesus, deveria ser a atitude dos escribas e fariseus em relação aos pecadores. … Não se diz que o primogênito tenha mudado sua forma de pensar, nem que o mais novo passara a ter uma conduta honrosa dali em diante. Nada disso era relevante na parábola. Na verdade, ela continuava a ocorrer na vida real e o resultado dependia dos ouvintes (ver PJ, 209). CBASD, vol. 5, p. 907


Lucas 8 by Jobson Santos
23 de dezembro de 2014, 0:44
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Comentário devocional:

Lucas 8 inicia falando das mulheres que acompanharam Jesus e seus doze discípulos em Sua turnê evangelística pela Galileia. Em gratidão por terem sido curadas “de espíritos malignos e doenças” (Lucas 8:2, NVI), elas passaram a cuidar das necessidades de seu Senhor e Mestre. O ministério de Jesus tinha atraído pessoas de todos os níveis da sociedade, incluindo Joana, mulher de Cuza, o administrador da casa de Herodes,  governador da Galileia. O trabalho dessas mulheres cuidando das necessidades físicas e financeiras de Jesus foi tão essencial como o trabalho dos doze discípulos. Que cura espiritual, mental, social ou física Jesus concedeu a você? Como você pode usar o seu tempo e bens para agradecê-Lo?

Lucas também compartilha conosco a Parábola do Semeador. Como toda parábola, esta também tinha uma verdade central, a de que os corações reagem de forma diferente à pregação do evangelho. Jesus queria enviar os seus discípulos “a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.” (Lucas 9:2). Antes porém, Jesus queria que eles entendessem que as pessoas responderiam de maneira diferente a pregação deles.

Ao ler a parábola do Semeador, peça a Deus que prepare o solo de sua mente e coração de forma que você possa ouvir e dar fruto (Lucas 8:15). Então, peça a Deus coragem e força para continuar compartilhando Sua Palavra, mesmo quando as pessoas não respondam da maneira que você gostaria. Embora os corações de muitas pessoas sejam difíceis, rochosos ou espinhosos, outros serão receptivos à Boa Nova que você está plantando.

No final da parábola Jesus exclamou: “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!” (Lucas 8: 8). Jesus confirmou a importância tanto de ouvir a Palavra de Deus como de obedecê-la (Lucas 8:18). Quando sua mãe e seus irmãos não conseguiam chegar até Jesus por causa da multidão, Ele voltou a ressaltar a importância de ouvir e obedecer a Palavra de Deus: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam” (Lucas 8:21).

Lucas 8 termina com histórias que mostram como os ventos e as ondas (Lucas 8:22-25), os demônios (Lucas 8:26-39), a doença (Lucas 8:43-48) e até mesmo a morte (Lucas 8:40, 41, 49-56) obedecem a palavra de Jesus. Hoje, a palavra de Jesus  ainda contém Seu poder curador. Conforme ouvimos e obedecemos à Sua Palavra, Jesus repreenderá os maus espíritos, as doenças que enfrentamos. E, se for necessário, restaurará também a nossa saúde mental.

Douglas Jacobs
Professor de Ministério e Homilética
Universidade Adventista do Sul

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/luk/8/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: Lucas 8

Comentário em áudio

 



Marcos 4 – Comentários selecionados by Jeferson Quimelli

1 entrou num barco. Afastando-se da multidão, Jesus podia, do palco do barquinho, ser ouvido por muito mais gente. Bíblia Shedd.

2 parábolas. Em geral continham continham uma verdade central, e não precisava haver significado em cada detalhe. Bíblia de Estudo NVI Vida.

8 Outracaiu em boa terrae cresceu, produzindo. Quando interpretando parábolas narrativas, o que é dito por último é usualmente a chave para entender a parábola. É a chamada “tensão final”. A parábola quer dizer que o reino de Deus triunfará extraordinariamente, a despeito de tentativas para deter o seu sucesso. Isto fica claro a partir do contexto do capítulo anterior: primeiro, os oponentes de Jesus estavam observando se Ele iria curar no sábado para que eles O acusassem; depois, eles O acusaram não só de ser insano, mas de estar operando em nome de Satanás; terceiro, mesmo Sua mãe e irmãos tiveram dúvidas. Mas a parábola ensina que o reino de Jesus terá sucesso extraordinário. Uma boa colheita na Palestina seria aquela que rendesse dez vezes mais. Trinta, sessenta e cem vezes mais seria realmente extraordinário. Andrews Study Bible.

9 Quem tem ouvidos. Esta frase é uma chamada para ficar atento. Bíblia de Genebra.

11 mistério. Significa “fechado” ou “escondido” no grego. Popularmente o termo dava nome ao tipo de ritos religiosos místicos. No NT trata da verdade de Deus, outrora oculta, mas agora revelada. Bíblia Shedd.

14-20 O “mistério” da parábola não é o seu ensino moral a respeito da dureza dos corações humanos. O “mistério” está no paradoxo que a vinda do reino de Deus deve ser comparada com uma frágil semente. Bíblia de Genebra.

19 ambições. Do gr. epithumia, “desejo ardente”, “anelo”, “anseio”. Foi “com desejo [gr epithumia]” que Jesus desejou celebrar a última Páscoa com os doze (Lc 22:15). O desejo é errado apenas quando é dirigido às coisas más. Aqui se trata de interesses mundanos, tais como o desejo de riquezas, que torna o “desejo” um mal. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 654, 655.

21 candeia. Neste caso, é uma ilustração da verdade revelada nos próprios ensinos de Jesus, especialmente mediante o uso de parábolas. Em Lucas 11:33 a 36 ela ilustra a forma em que os indivíduos percebem e recebem a verdade. CBASD, vol. 5, p. 654.

alqueire. Do gr modios. Uma medida de capacidade para secos, de aproximadamente 9 litros … A “candeia”, o “alqueire” e a “cama” eram peças do mobiliário encontradas em cada casa, tornando assim a ilustração mais vívida. CBASD, vol. 5, p. 654.

velador. Literalmente “suporte de lâmpada”. CBASD, vol. 5, p. 654.

22 nada está ocultosenão para ser revelado. Durante o ministério terreno de Cristo, coisas estão encobertas; mas virá o dia, da ressurreição em diante, quando tudo será revelado (Mt 10.26-27; Lc 12.2-3). Bíblia de Genebra.

24 no que ouvis. Há certas coisas que é melhor o cristão não ver ou ouvir; há outras que é sábio “ouvir”. CBASD, vol. 5, p. 654.

25 ao que tem se lhe dará. Este princípio é ilustrado nas parábolas dos talentos (Mt 25.14-30) e das minas (Lc 19.11-27). Bíblia de Genebra.

26-29 Somente Marcos registra esta parábola [da semente]. Enquanto a parábola do semeador ressalta a importância do solo apropriado para o crescimento da semente e o sucesso da colheita, aqui se ressalta o poder misterioso da própria semente. A mensagem do evangelho tem em si mesma o seu poder. Bíblia de Estudo NVI Vida.

27 dormisse e se levantasse. Tendo plantado a semente, o agricultor se preocupará de outros afazeres. Porém, o processo de crescimento prossegue independentemente de sua presença ou ausência, quer ele durma ou fique acordado. Ele pode cultivar e irrigar a semente enquanto ela cresce até ficar madura, mas não pode fazê-la crescer. CBASD, vol. 5, p. 654.

28 a terra. A planta cresce da terra e a terra contribui para o seu crescimento, mas é a própria planta que produz fruto. CBASD, vol. 5, p. 654.

por si mesma. Do gr authomate, “movida por seu próprio impulso”; de onde se deriva a nossa palavra “automático”. CBASD, vol. 5, p. 654.

29 passa [a foice] (NVI). Do gr. apostello, “enviar”, de onde se origina a palavra “apóstolo”, que significa “enviado” (ver com. de Mc 3:14). Em outra passagem, a obra dos apóstolos é comparada à dos ceifeiros. (Jo 4:35-38). CBASD, vol. 5, p. 654.

30 com que parábola … ? Cristo consulta os Seus ouvintes, por assim dizer,. Sua audiência foi convidada a participar na busca da verdade. CBASD, vol. 5, p. 654.

31-32 semente de mostarda. Assim como a parábola do semeador, esta parábola enfatiza a comparação entre o começo humilde do reino de Jesus e seu extraordinário final. O que faz isto extraordinário não é só o seu crescimento desproporcionalmente grande comparado a início, mas que é suficientemente expansivo para trazer a si não-judeus para fazerem parte do movimento. Andrews Study Bible.

33 muitas parábolas semelhantes. Marcos provavelmente se refere apenas às parábolas pronunciadas nessa ocasião, embora o mesmo também fosse verdade sobre todas as parábolas de Cristo. CBASD, vol. 5, p. 654, 655.

Marcos faz apenas uma pequena coletânea, selecionada de todo o ensino parabólico de Jesus. O tema principal dessas parábolas é o crescimento da semente, apontando para a tarefa principal de evangelização na igreja. Bíblia Shedd.

segundo o que podiam compreender (ARC). Cristo não falava por parábolas para ocultar a verdade, mas para revelá-la CBASD, vol. 5, p. 655.

34 Não lhes dizia nada sem usar alguma parábola (NVI). Jesus usava parábolas para ilustrar verdades, estimular pensamentos e despertar a percepção espiritual. O povo em geral não estava pronto para perceber a plena verdade do evangelho. Bíblia de Estudo NVI Vida.

35 para o outro lado (NVI). Jesus partiu do território da Galileia a fim de ir até a região dos gadarenos (5.1). Bíblia de Estudo NVI Vida.

outra margem (ARA). Seria a margem leste do mar da Galileia. Bíblia Shedd.

36 outros barcos. Estes estavam lotados de pessoas que ainda seguiam ansiosamente a Jesus (cf. DTN, 334). CBASD, vol. 5, p. 655.

37 grande temporal. O mar da Galileia fica a cerca de 213 m abaixo do nível do mar, tem cerca de 21 km de comprimento por cerca de 13 km de largura. Na sua extremidade meridional [sul], há um vale profundo cercado por rochas escarpadas. O vento, afunilando-se através de colinas que o cercam e através deste vale, pode açoitar o lago, provocando repentinas e violentas tempestades. Bíblia de Genebra.

O ar mais frio do Mediterrâneo desce pelos desfiladeiros estreitos entre as montanhas e é lançado fortemente contra o ar quente e úmido existente por cima do lago. Bíblia de Estudo NVI Vida.

38 dormindo. Jesus não era imune ao cansaço. Bíblia Shedd.

não Te importa […]? A súplica deles reflete uma impaciência que chegava ao limite do desespero. CBASD, vol. 5, p. 655.

com a cabeça sobre o travesseiro (NVI). O retrato de Jesus exausto e dormindo sobre o travesseiro normalmente guardado embaixo do assento do timoneiro é típico do toque humano que Marcos oferece. Bíblia de Estudo NVI Vida.

39 Acalma-te, emudece! As mesmas palavras pronunciadas por Jesus em 1.25 contra os demônios. Um dia, todo o mal espiritual e material ainda será afastado dos fiéis em Cristo (cf Ap 21.3, 4). Bíblia Shedd.

O ato de acalmar a tempestade parece-se com o seu poder de exorcizar: há a expressão demoníaca de violência (1.26; 5.4, 13), a ordem para a natureza aquietar-se (1.25, nota) e a calma resultante (5.15). Jesus amarra “o valente” (3.23-27) e corrige com Seu poder a criação física. Bíblia de Genebra.

41 Quem é este? Tendo em vista o que Jesus acabara de fazer, a única resposta a essa pergunta era: Ele é o próprio Filho de Deus! Foi demonstrada a presença de Deus, e não somente o Seu poder (v. Sl 65.7; 107.25-30; Pv 30.4). Marcos dá a sua resposta na primeira linha do seu evangelho (1.1). Por meio de semelhantes milagres, Jesus procurava procurava firmar e aumentar a fé que os discípulos tinham na Sua divindade. Bíblia de Estudo NVI Vida.