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“Quem primeiro Me deu a Mim, para que Eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é Meu” (v.11).
Em sequência à humilde resposta de Jó, o Senhor prosseguiu com Seu segundo discurso. Em nenhum momento Jó recebeu alguma explicação acerca de seu sofrimento. Pelo contrário, ele ainda foi confrontado pelo fato de ser limitado até mesmo com relação aos grandes animais da Terra. As características do hipopótamo e do crocodilo foram destacadas pelo próprio Criador. O primeiro, “come a erva como o boi” (Jó 40:15), mas apesar de parecer tranquilo, possui extraordinária força, sendo “obra-prima dos feitos de Deus” (Jó 40:19).
O segundo animal, destacado no capítulo de hoje, em algumas versões conhecido como leviatã, “foi feito para nunca ter medo” (v.33). Diante de sua estrutura, como uma armadura intransponível, e de sua aparência assustadora, “tremem os valentes” (v.25). Os movimentos do crocodilo ao agitar-se na água assemelha-se a uma panela com água fervente, e, ao expelir “gotículas de água pelo nariz ou pela boca, ou quando espirra água ao movimentar-se, o reflexo do sol faz com que isso se pareça com tochas e faíscas” (CBASD, v.3, 688).
Mas ainda que aproximar-se destes animais seja uma ameaça para nós, a questão central não diz respeito à forma ou ao objetivo porque foram criados, mas aponta para o Criador que possui o controle de todas as coisas. Aquele que revestiu o crocodilo com escamas tão ajustadas umas às outras, “que entre elas não entra nem o ar” (v.16), é O mesmo que conhece a nossa estrutura, “e não permitirá que [sejamos] tentados além das [nossas] forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, [nos] proverá livramento, de sorte que a [possamos] suportar” (1Co.10:13).
Este capítulo não fala da força do crocodilo, mas do poder do Criador. Ele mesmo declara: “Quem é, pois, aquele que pode erguer-se diante de Mim?” (v.10). E continua: “Quem primeiro Me deu a Mim, para que Eu haja de retribuir-lhe?” (v.11). Todo o amor, toda a devoção, toda a obediência que possamos devotar-Lhe, é tão somente o reflexo do que Ele já fez por nós, como declara o apóstolo João: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1Jo.4:19). Jó não obteve a resposta que queria, mas, certamente, obteve a resposta que precisava.
Todo aquele que, com humildade e profundo interesse, se debruça a examinar a Palavra de Deus, não sairá sem resposta. O Espírito de Cristo repousa sobre o diligente estudante, cumprindo-se a fiel promessa: “Ele vos guiará a toda a verdade” (Jo.16:13). Semelhante às escamas do crocodilo, as verdades das Escrituras estão ligadas umas às outras “e não se podem separar” (v.17). Para o impenitente, são palavras duras e contraditórias. Para o crente piedoso, são palavras de vida e mais preciosas “do que o ouro refinado” (Sl.119:127).
O nosso mundo está sendo abalado com sinais já revelados na Bíblia. Mas em meio ao caos, as palavras do Senhor devem nos sossegar: “Pois o que está debaixo de todos os céus é Meu” (v.11). O Criador dos céus e da terra breve virá para vindicar o que é Seu. Cumpre-nos, hoje, obedecer às palavras de Jesus: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc.21:28). Como nunca antes, é hora de, como Jó, declararmos ao mundo a nossa bendita esperança: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a Terra” (Jó 19:25). Vigiemos e oremos!
Bom dia da preparação, “abatidos, porém não destruídos” (2Co.4:9)!
Rosana Garcia Barros
#Jó41 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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