Filed under: justificação, Vida Cristã | Tags: circuncisão, justificação pela fé, salvação pela graça
Comentário devocional:
Ninguém em seu perfeito juízo tentaria tratar um paciente que sofre de doença cardíaca dizendo que ele simplesmente deveria melhorar sua higiene pessoal. No entanto, isso é similar ao que fazemos muitas vezes na igreja ao abordar a questão da doença espiritual do coração – o pecado. Essa é a questão que Paulo aborda de uma forma magistral em Gálatas 2, ao continuar a defesa da sua vocação apostólica e a mensagem do evangelho que ele proclamava.
Como vimos ontem, algumas pessoas na igreja primitiva insistiam que todos os homens gentios convertidos deveriam submeter-se à circuncisão se quisessem se tornar cristãos (Atos 15:1). Do ponto de vista destas pessoas, elas não estavam pedindo muito desses novos convertidos. Claro, isso envolveria uma inconveniência momentânea, mas realmente era uma solicitação pequena. Entretanto esse era exatamente o problema. Ao insistir sobre a circuncisão como um requisito para a salvação, eles haviam minimizado a extensão do problema do pecado a um pequeno procedimento cirúrgico, nada mais!
Paulo lembra aos Gálatas que o nosso problema requer uma intervenção muito maior. Ao invés de apenas alguns pequenos ajustes, precisamos de toda uma nova identidade, algo que nunca podemos fazer por nós mesmos. É, no entanto, exatamente o que Deus nos oferece em Cristo. Paulo chama esta solução radical de justificação pela fé – o ato divino onde Deus considera a vida perfeita de Cristo como se fosse a nossa (cf. Gl 2:16; Rm 3:21-30). Se houvesse algo que pudéssemos fazer para ganhar ou contribuir para a nossa salvação, então, como diz Paulo, Cristo não precisaria ter morrido (v. 21).
Que possamos reconhecer hoje essa gloriosa verdade do que Deus fez por nós em Cristo, e proclamar com o apóstolo Paulo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gal 2:20, NVI).
Carl P. Cosaert
Universidade Walla Walla
Estados Unidos
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/gal/2/
Traduzido por: JAQ/JDS/IB
Texto bíblico: Gálatas 2
Comentários em áudio
Filed under: Bíblia, Estudo devocional da Bíblia, salvação | Tags: Paulo, Romanos, salvação pela fé, salvação pela graça
Caríssimos,
O livro de Romanos é, segundo o pastor Carlos Hein, a melhor sistematização da salvação pela graça, através da fé, ou seja, como a salvação de processa, de verdade. Deste modo, um dos livros mais importantes da Bíblia.
Um livro que abalou Lutero e pode, também mexer com as suas estruturas.
Vamos lê-lo juntos?
Introdução ao livro de Romanos
Filed under: oração, parábolas, salvação | Tags: Juiz, parábolas, salvação pela graça, salvação pelas obras, viúva
1-8 Disse-lhes Jesus uma parábola. A data devia ser março de 31 d.C., pouco depois da ressurreição de Lázaro … e algumas semanas antes da última Páscoa. E o local devia ser alguma parte da Pereia. CBASD – Comentários Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 930.
Como 16.1-8, esta é uma parábola de contraste. Se um juiz que não teme a Deus (ou ao homem) pode ser levado a vingar uma viúva importuna, quanto mais o Justo Juiz do universo (cf Tg 4.12). No contexto, os crentes perseguidos são encorajados a orar confiantes em Deus, durante o intervalo que há entre a ascensão e a segunda vinda de Cristo. Bíblia Shedd.
3 viúva. No AT representa (com os órfãos) os desamparados e destituídos de todos os recursos (Sl 68.5; Lm 1.1). Bíblia Shedd.
5 molestar-me. Literalmente, “dar-me um olho preto [roxo]” (Jesus conta a estória com humor). Andrews Study Bible.
7 Se mesmo um juiz injusto (v. 6) fará aquilo que é direito, quanto mais Deus? Bíblia de Genebra.
13 não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu. Olhar para cima era costume quando se fazia oração, mas este homem estava muito consciente de sua indignidade para fazer isto. Ele simplesmente pediu por misericórdia, reconhecendo o seu pecado. Bíblia de Genebra.
batia no peito. Literalmente, “continuava a bater no peito”. As ações do cobrador de impostos evidenciam a sinceridade de suas palavras e constituem uma expressão vívida de seu senso de indignidade. ele se sentia indigno até mesmo de orar. Mas a consciência de sua necessidade o impelia a fazê-lo. CBASD, vol. 5, p. 935.
tem misericórdia de mim (NVI). O publicano não defende suas boas obras, mas, sim, recorre à misericórdia de Deus para lhe perdoar os pecados. Bíblia de Estudo NVI Vida.
22 vende tudo. Este desafio revelou que aquele homem não tinha realmente entendido os mandamentos. Quando ele se defrontou com a escolha, tornou-se claro que seus bens vinham antes de Deus. Bíblia de Genebra.
Jesus viu que este governante precisava, literalmente, abandonar todas as suas posses para ser completamente comprometido com Deus (ver 3:10; 19:8-9). Andrews Study Bible.
26 quem então pode ser salvo? (NKJV). Os ricos eram considerados ser especialmente favorecidos por Deus. Se eles não pudessem ser salvos, quem poderia? Andrews Study Bible.
Filed under: bens materiais, crescimento espiritual, parábolas, Reino de Deus, salvação | Tags: reino dos céus, salvação pela fé, salvação pela graça
Comentário devocional:
No capítulo anterior, Jesus começa a expor as características dos cidadãos do reino dos céus: inocência e submissão como às das crianças, o amor pelo próximo e a Deus, acima mesmo das riquezas e relacionamentos humanos. Neste capítulo Jesus complementa este tema, apresentando a parábola dos trabalhadores da vinha (v. 1-16). Nela, alguns trabalharam o dia todo e outros trabalharam apenas uma hora, mas todos receberam a mesma recompensa. Na verdade, aqueles que se comprometem com o serviço de Deus e dos outros, mesmo nas últimas horas da vida, recebem o mesmo dom da vida eterna.
Aqui, o Mestre deixa claro o conceito da salvação pela graça: a recompensa eterna é concedida não aos que trabalham a vida toda por Deus ou ao menos 51% dela; é concedida àquele que aceita o convite de maneira completa, sem restrições e decide seguir ao Senhor, não importa em que momento da vida esta decisão é tomada.
Você já foi tentado a adiar a decisão de seguir ao Senhor? Por que não desfrutar os prazeres do pecado por mais alguns temporadas e, em seguida, colocar-se ao lado de Jesus? Não é muito melhor ganhar a mesma recompensa, depois de trabalhar apenas na última hora, em vez de todo o dia?
O grande perigo de adiar essa escolha vital é não conseguir fazê-la mais tarde. Ninguém sabe por quanto tempo estará vivo. Além disso, os hábitos formados ao longo dos anos podem ser muito difíceis de quebrar. Depois de uma vida inteira dizendo “não” à liderança do Espírito Santo será que a pessoa conseguirá dizer “sim”, na última hora? Só Deus sabe o que vai no coração, mas algumas decisões no “leito de morte”, podem ser mais frutos de egoísmo ou do medo do que do amor a Deus. Agora é o dia de aceitarmos a salvação (2 Cor. 6: 2).
Na próximos versos, 17 a 19, Mateus registra a última viagem de Jesus a Jerusalém (v. 17-19) para enfrentar a sua própria execução cruel nas mãos de agentes de Satanás. Pior ainda, ele sentiria o peso esmagador dos pecados de todos os que seriam salvos e o sofrimento intenso de separação de Deus por causa do pecado. O Criador do universo tinha plena consciência do ódio e da dor que o aguardavam. Mas sabia, também, que este era o único caminho para provisionar a salvação àqueles que decidissem aceitá-la.
Cabe a nós, hoje, escolher nos unirmos a este Deus maravilhoso que fez e continua fazendo de tudo para nos salvar. Aqueles que aceitarem o seu amor e passarem a viver para servir aos outros (v. 20-24) um dia receberão a recompensa da vida eterna e se alegrarão em Sua presença.
Leo Van Dolson, Jr.,
Califórnia, E.U.A.
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/20/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: Mateus 20
Comentário em áudio
Filed under: graça, parábolas, salvação, sofrimento | Tags: generosidade, sacrifício, sacrifício de Jesus, salvação pela graça
1-16 Esta parábola dos trabalhadores da vinha vira os valores tradicionais de cabeça para baixo. Também é um claro ensino de que a entrada no reino se dá pela boa vontade em aceitar a graça de Deus somente e não por mérito ou pela quantidade ou qualidade de obras. A parábola também ensina que é Deus quem determina quem entra no reino. Alguns que não esperamos estarão lá. Andrews Study Bible.
Esta parábola só é difícil de entender para aqueles que falham em reconhecer sua absoluta dependência da graça diante de qualquer coisa boa que vem da mão de Deus. Não há espaço para o cristão ter ciúme das boas dádivas de Deus dadas aos outros. Bíblia de Genebra.
A divisão [inapropriada] entre o fim do cap. 19 e o início do 20 obscurece a íntima relação cronológica e temática entre ambos. Foi a conversa de Jesus com o jovem rico (Mt 19:16-22) e Sua subsequente discussão com os discípulos que levou à narração da parábola dos trabalhadores da vinha. De fato, a parábola ilustra especificamente a verdade declarada em Mateus 19:30, que é repetida no final como recurso de ênfase (Mt 20:16). CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 489.
4 o que for justo. Isto é, correto. Seria um pagamento proporcional às horas trabalhadas. Nesse exemplo, não houve negociação com nenhum dos últimos homens contratados. Não fizeram perguntas, mas aceitaram a oferta do empregador, confiando em sua promessa e em seu senso de justiça. CBASD, vol. 5, p. 490.
5-6 hora sexta… hora undécima, O dia, em Israel, estava dividido em quatro partes iguais, convencionalmente chamadas “terceira hora”, 9 horas da manhã; “a sexta hora”, meio dia; “a nona hora”, 15 horas; “o pôr do Sol” [a duodécima hora], 18 horas. Cada dia não era igual no verão e no inverno, por isso era raríssimo, senão difícil, especificar precisamente as horas; daí a necessidade da expressão “undécima hora”, v. 9, que, atualmente, num mundo de precisão mecânica, equivaleria a “cinco para as seis”. Bíblia Shedd.
8 Ao cair da tarde (NVI). Como os lavradores eram pobres, a lei de Moisés exigia que fossem pagos no fim de cada dia (cf. Lv 19.13; Dt 24.14, 15). Bíblia de Estudo NVI Vida.
10 os primeiros. estes representam aqueles que esperam e reivindicam um tratamento preferencial, pois julgavam ter se sacrificado mais e trabalhado mais diligentemente do que seus colegas. Também representam os judeus, que haviam sido os primeiros a aceitar o chamado do Senhor para trabalhar na Sua vinha (ver PJ 400; vol. 4, p. 13-19). CBASD, vol. 5, p. 491.
15 não me é lícito […]? O proprietário não se refere a qualquer estatuto legal, mas simplesmente pergunta: “Não é admissível que eu faça o meu desejo?”. CBASD, vol. 5, p. 491.
porque eu sou bom? Eles haviam acusado o proprietário de parcialidade e, por implicação, de injustiça. O proprietário explica que não é uma questão de justiça ou injustiça, mas de generosidade. Tratou todos os diaristas com justiça e, caso quisesse, não poderia fazer melhor que isso? Jesus deixa claro que não se ganha o favor divino, como os rabis ensinavam. Os obreiros cristãos não negociam com Deus. Se Deus lidasse com os seres humanos com base na estrita justiça, ninguém se qualificaria para a infinita generosidade do Céu e da eternidade. CBASD, vol. 5, p. 492.
18 Eles O condenarão à morte. Os líderes judaicos estavam planejando assassinar Jesus desde a cura do paralítico no tanque de Betesda, dois anos antes, e haviam designado espiões para segui-Lo aonde fosse … O sucesso da missão de Cristo na Galileia os levou a intensificar esses esforços … Depois disso, eles se tornaram mais agressivos em seus frequentes ataques públicos … Nos últimos meses, durante o ministério na Pereia, eles haviam feito várias tentativas de prendê-Lo e matá-Lo … Seus planos, por fim, tomavam uma forma mais definida, particularmente depois da ressurreição de Lázaro, poucas semanas antes. CBASD, vol. 5, p. 493.
19 e O entregarão. Pela primeira vez Jesus menciona o fato de que os gentios, as autoridades romanas, serviriam de instrumento em Sua morte. CBASD, vol. 5, p. 493.
22 ser batizados (ARC). Do gr baptizo. … Aqui é óbvio que a palavra é usada figurativamente. Assim como o cálice representa os sofrimentos de Jesus, o “batismo” representa Sua morte. CBASD, vol. 5, p. 494.
23 cálice. No Antigo Testamento, o “cálice” normalmente significa o derramamento da ira de Deus (Sl 75.8; Is 51.17, 22; Jr 25.15-16). Que os discípulos beberiam este cálice significa que eles passariam por sofrimentos, porém note-se que Jesus o chama “meu cálice”. Pelo fato de Jesus ter bebido o cálice da ira de Deus sozinho, os crentes não bebem a ira que merecem. Bíblia de Genebra.
26 sirva. Do gr. diakonos, “mordomo, “servo”, ou “diácono” (ver com. de Mc 9:35). CBASD, vol. 5, p. 494.
28 resgate. Do gr. lutron, “resgate”, “expiação”, ou “recompensa”. CBASD, vol. 5, p. 494.
Este termo se refere ao preço pago para livrar alguém da escravidão ou da prisão. O preço para a libertação do pecado e da condenação é a vida de Jesus, oferecida por nós. Bíblia de Genebra.
Filed under: salvação | Tags: amor, Israel, Jubileu, Messias, salvação pela graça
Comentário devocional:
O trompete de chifre de carneiro soa novamente! Desta vez não para alertar acerca de algum perigo (58:1), mas acompanhado de palavras que trazem alegria para o povo de Deus. Estas palavras são pronunciadas pelo Messias-Servo, cheio do Espírito do Soberano Governador do Universo, ao proclamar o “ano da graça do Senhor” (v. 2) ou o Ano do Jubileu.
A cada cinqüenta anos do calendário judaico se realizava um “jejum sagrado” de regozijo porque trazia liberdade, restauração e libertação para aqueles que tinham sido escravos ou se endividado por qualquer motivo. A chegada de “um ano de graça do Senhor” (v. 2) significava o ingresso na graça e libertação.
Estas palavras, porém, não se aplicavam apenas para Israel. O Messias–Servo está, na verdade, anunciando o Jubileu dos Jubileus. Cerca de 700 anos antes da Encarnação, Isaías disse ao mundo todo que o Messias nasceria na Terra. E, embora sendo completamente Deus (Is 8:8,10, 9:6), iria sujeitar Sua vontade em completa obediência ao Pai e ao Espírito (Is 50:4-9); Ele iria sofrer, morrer e ressuscitar (Is 52:13-53,12). Só então poderia o reino da graça ser anunciado – o tempo de libertação para toda a humanidade.
Jesus leu esta passagem no início do seu ministério público (Lc 4:17-19) dizendo que as palavras de Isaías se cumpriam naquele momento. Esta notícia maravilhosa que deveria ter sido bem recebida pelos ouvintes foi a razão de O tentarem matar por blasfêmia.
O Messias–Servo revela as armas do amor que Deus usa para recuperar o mundo das garras do inimigo cruel (Is 59:16 e seg.): pregar boas notícias, curar corações partidos, libertar cativos, confortar os que sofrem, reviver o espírito daqueles que estão desencorajados e com medo, restaurar o senso de auto-estima daqueles que foram abusados por muito tempo. Este é o Evangelho da Troca, isto é: em vez da dupla porção de punição (Is 40:2) que merecemos, Ele troca a nossa desgraça e vergonha por uma porção dupla de alegria eterna (Is 61:7).
Aqueles que recebem esta mensagem, por sua vez, tornam-se reparadores e restauradores de vidas quebradas. Tornam-se um reino de sacerdotes, uma nação santa, ministros do nosso Deus (v. 6), portadores das vestes da salvação fornecidas pelo próprio Jesus (v.10). Que maravilhoso privilégio!
Aleta Bainbridge
Sydney, Austrália
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/isa/61/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Isaías 61