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1259 palavras
1 Ora, os profetas Ageu e … Zacarias. Começando em 29 de agosto de 520 a.C. (Ag 1.1) e continuando até 18 de dezembro (Ag 2.1,10,20), o profeta Ageu entregou uma série de mensagens para despertar o povo à retomada das obras do templo. Dois meses depois do primeiro discurso de Ageu, Zacarias uniu-se a ele (Zc 1.1) (Bíblia de Estudo NVI Vida).
A profecia não estava morta após o exílio. Deus continuou falando ao Seu povo. […] A avaliação de Ageu da comunidade revela que a interrupção da construção nao aconteceu apenas devido a pressões externas, mas também como resultado de prioridades erradas (Ag 1:4). O egoísmo torna as bênçãos de Deus impossíveis (Ag 1:6,9) (Andrews Study Bible).
Fora o desanimo do povo perante a oposição que permitiu a paralisação do trabalho. Com a exortação dos profetas Ageu e Zacarias, cujas palavras se registram nos seus Livros, a obra reiniciou-se em 520 a.C., depois de quinze anos de interrupção (desde 536-535 a.C.) (Bíblia Shedd).
Esta é a primeira menção do trabalho dos profetas entre os judeus depois do retorno do exílio. A profecia parece ter silenciado por cerca de 16 anos, desde o “terceiro ano de Ciro”, quando Daniel transmitiu sua última mensagem (Dn 10:1). Finalmente, a palavra revivera. Como os escritos legítimos dos dois profetas, Ageu e Zacarias, aqui mencionados foram preservados somos bem informados a respeito de como eles contribuíram, encorajando e orientando o recomeço da construção do templo. A partir dessas palavras, é evidente que a longa demora em realizar as ardentes esperanças em em relação à reconstrução do templo havia produzido um efeito adverso no espírito do povo. Ao vivenciar a oposição aos seus piedosos esforços para agradar a Deus e restabelecer o templo e seus serviços, seu entusiasmo desapareceu. Um desejo egoísta de receber conforto tomou o lugar do zelo por honrar a Deus. Em vez de aguardar uma oportunidade para recomeçar o trabalho e tirar vantagem disso, o povo aderiu a um adiamento indefinido e comentava entre si: “Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada” (Ag 1:2). Ao deixar de lado a ideia de ir adiante com a obra, começaram a empregar suas energias à prática de se estabelecerem em casas confortáveis (Ag 1:4, 9). Essa complacência resultou em juízos divinos, consistindo em colheitas pobres, problemas econômicos (Ag 1:6, 1:9-11) e grande insegurança política (Zc 1:12-2:9). Tais condições não eram reconhecidas pelo povo como sinais do desagrado divino; por isso, agentes humanos foram levantados por Deus para interpretar diante do povo o significado das circunstâncias em que se encontravam e inspirá-los a um zelo renovado. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 3, p. 380.
Profetizaram. A profecia não consiste essencialmente em fazer predições – como se entende a palavra de modo comum, mas impreciso. A maior parte das mensagens proféticas trata de exortar e instruir. Os que davam essas mensagens eram chamados profetas porque falavam em resposta à direção divina, e o que quer que falassem como resultado da iluminação divina era profetizar. CBASD, vol. 3, p. 381.
2 E começaram a edificar. Quando o local foi limpo e as trincheiras estavam sendo escavadas para a nova fundação, tornou-se visível que o novo templo não se compararia em tamanho e beleza ao que havia sido construído por Salomão, e por isso muitos lamentaram e choraram (Ag 2:3, 9; cf. Ed 3:12, 13). … Um estudo dos livros de Ageu e Zacarias enfatiza a precisão da declaração feita em Esdras 5:2, de que “os profetas de Deus” os ajudavam na reconstrução do templo. Suas emocionantes mensagens de exortação, instrução e incentivo contribuíram muito para essa tarefa. Na verdade, não fosse pelo ministério inspirado desses profetas, o templo poderia ter permanecido em desolação. CBASD, vol. 3, p. 381.
3. Tatenai. O sátrapa da província “Aquém do Eufrates” era Ushtani, em grego, Hystanes. … Sabe-se agora que Tatenai era o representante de Ushtani para a satrapia de “Aquém do Eufrates”. Por ser responsável por duas satrapias, Ushtani não podia dedicar tempo suficiente a ambas, pois a satrapia de Babilônia ocupava a maior parte de sua atenção. CBASD, vol. 3, p. 381, 382.
Quem vos deu ordem … ? … nos termos oficiais daqueles tempos “licença” e “ordem” eram equivalentes. CBASD, vol. 3, p. 382.
Este muro. A palavra aramaica traduzida aqui e no v. 9 como “muro” também é usada repetidamente em documentos aramaicos de Elefantina (ver p. 65-71 [CBASD, vol. 3]), porém, seu significado é obscuro. Nesses documentos pode ter o significado de “exterior”, “decoração” ou “detalhe”. … À luz dos textos de Elefantina, a pergunta de Tatenai poderia ser traduzida como “quem ordenou a construção do templo e o projeto desses detalhes [ou decoração]?”. CBASD, vol. 3, p. 382.
5 Os olhos de Deus. Enquanto o autor de Esdras dava toda glória a Deus pelo resultado da visita de Tatenai, não se pode deixar de admirar a imparcialidade desse importante oficial, que agiu de acordo com as mais elevadas tradições de integridade de um oficial persa. CBASD, vol. 3, p. 382.
8 À casa do grande Deus. Esta é uma notável expressão vinda dos lábios de um pagão. Os persas eram zoroastrianos, e não há dúvida de que o monoteísmo dos judeus apelava a eles como uma religião similar à que seguiam. Isso pode explicar parcialmente por que os reis persas e os oficiais demonstravam, em geral, boa vontade para com os judeus a respeito de seus desejos e aspirações. CBASD, vol. 3, p. 382 e 303.
Grandes pedras. Literalmente, “pedras de rolagem”, indicando que pedras de tal tamanho requeriam roletes para serem transportadas. Nos tempos antigos, pedras enormes eram usadas na construção de templos e de edifícios públicos. CBASD, vol. 3, p. 383.
A madeira se está pondo nas paredes. Faz-se referência ao método antigo de arquitetura de assentar uma carreira de madeira para três de pedra. … O método de construir muros alternando uma carreira com três de pedra é mencionado pela primeira vez em conexão ao templo de Salomão (1Rs 7:12). CBASD, vol. 3, p. 383.
12 Nossos pais provocaram à ira. Principalmente, devido à sua flagrante idolatria e às abominações morais envolvidas – sacrifício de crianças e ritos licenciosos pertencentes ao culto de Baal. Por séculos, com apenas pequenos e raros intervalos, “todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam mais e mais as transgressões, segundo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a casa que o SENHOR tinha santificado e, Jerusalém” (2Cr 36:14). CBASD, vol. 3, p. 384.
14 Sesbazar. Ver com. [CBASD] de Ed 1:8; 5:9. A partir da informação dada aqui, entende-se que Sesbazar, ou Zorobabel, como ele era mais comumente conhecido, fora nomeado governador da Judeia, fato não relatado previamente à comitiva de Ciro. CBASD, vol. 3, p. 384.
15. Faze reedificar a Casa de Deus. O local do templo era um terreno antigo e sagrado, escolhido pelo próprio Deus. Foi o local para onde Deus dirigiu Abraão quando ele foi sacrificar seu filho (Gn 22:2), onde o anjo parou e interrompeu a pestilência no tempo de Davi (2Sm 24:16, 17) e onde “a glória do SENHOR encheu a casa” no dia em que Salomão inaugurou o templo (2Cr 7:1). CBASD, vol. 3, p. 384.
17 Na Babilônia. Pensando que o decreto havia sido promulgado em Babilônia, Tatenai sugeriu uma investigação nos arquivos mantidos ali. … Parece estranho que os judeus não produzissem uma cópia do documento para comprovar a verdade de suas afirmações. É possível que seus inimigos, em um ataque surpresa, tenham roubado e destruído seus arquivos oficiais. Isso teria deixado os judeus sem qualquer evidência legal pela qual pudessem provar seu direito de reconstruir o templo. Deve-se observar, nessa negociação, que Tatenai pode ter tido uma impressão favorável sobre a sinceridade e a boa fé dos judeus. Ele não ordenou a interrupção do trabalho, mas permitiu que eles continuassem até que uma rigorosa investigação determinasse a validade de suas reivindicações e o rei pudesse proferir uma decisão a respeito. CBASD, vol. 3, p. 385.
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