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“[…] Fez Joás o que era reto perante o Senhor todos os dias do sacerdote Joiada” (v.2).
Mesmo se tratando de ser apenas uma criança em um trono, Joás havia recebido uma educação especial e seu instrutor permanecia ao seu lado como seu mais íntimo e fiel conselheiro. Desde a sua vida conjugal até os assuntos de interesse nacional, em tudo Joiada teve um papel a cumprir. Mas parece que os interesses de ambos não se harmonizaram tanto com relação a “restaurar a Casa do Senhor” (v.4). Ao perceber que suas ordens não foram cumpridas como desejava, prontamente requereu de Joiada uma resposta àquele descaso.
Joás foi além, trazendo para o lado de fora, “à porta da Casa do Senhor” (v.8), um cofre em que todo o Judá e Jerusalém pudesse ali depositar os recursos que seriam utilizados para a reforma do templo. Aconteceu que “todos os príncipes e todo o povo se alegraram, e trouxeram o imposto” (v.10). Todos se alegraram em participar da obra que embelezaria a Casa de Deus e os “que tinham o encargo da obra trabalhavam, e a reparação tinha bom êxito com eles” (v.13). Tudo estava acontecendo de forma favorável e até mesmo “o resto do dinheiro” (v.14) foi utilizado para fazerem utensílios e outros objetos para o serviço no templo.
É interessante observar que a fidelidade de Joás e do próprio povo estava condicionada à presença de Joiada: “Fez Joás o que era reto perante o Senhor TODOS OS DIAS DO SACERDOTE JOIADA” (v.2, grifo meu). “E continuamente ofereceram holocaustos na Casa do Senhor, TODOS OS DIAS DE JOIADA” (v.14, grifo meu). E esse tipo de fidelidade condicionada tem prazo de validade, e o deles acabou quando Joiada “morreu farto de dias” (v.15). Talvez a pouca importância que Joiada inicialmente deu ao pedido de Joás em reformar o templo reflita a sabedoria do sacerdote em perceber que o clamor pela reforma estava mais patente do que pelo reavivamento.
Isso fica muito claro quando Joás mandou matar o filho de Joiada porque ele, pelo poder do “Espírito de Deus” (v.20), havia declarado o “assim diz o Senhor”. Porque a reforma sem o reavivamento pode até embelezar por fora, mas nunca poderá operar a mudança que precisa ocorrer por dentro. Não podemos depender da fé de outros para manter a nossa em pé. E caso isso aconteça, logo a fragilidade e a corrupção humana ficarão expostas, de forma que “O Senhor o verá e o retribuirá” (v.22). E de uma história que tinha tudo para se desenvolver e terminar bem, corremos o sério risco de acabar como Joás, de menino rei àquele que não foi considerado digno de ser sepultado “nos sepulcros dos reis” (v.26).
Amados, é certo que todos nós temos referências espirituais; pessoas que admiramos e que podemos dizer: “Ali vai um homem de Deus (uma mulher de Deus)”! E isso é saudável e faz parte da edificação de nossa fé. Contudo, essa admiração precisa obedecer ao limite de que a fé provém da minha experiência pessoal com Deus. A fé e o testemunho de outros devem constituir como ferramentas divinas para a construção de minha própria fé e testemunho. Portanto, usar de muito zelo e rigor em reformar enquanto se negligencia o reavivar mais cedo ou mais tarde só lhe deixará “gravemente enfermo” (v.25) da malignidade do pecado. Que a minha e a sua vida sejam templos do Espírito Santo, das quais “Deus é o arquiteto e edificador” (Hb.11:10). Vigiemos e oremos!
Bom dia, templos do Espírito do Senhor!
Oremos pelo batismo do Espírito Santo. Oremos uns pelos outros.
Rosana Garcia Barros
#2Crônicas24 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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