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“Joiada fez aliança entre si mesmo, o povo e o rei, para serem eles o povo do Senhor” (v.16).
Quando Deus ordenou a Moisés que Lhe construísse um santuário, ainda que fosse provisório e móvel, revelou nesta ordem o Seu desejo em estar sempre com o Seu povo: “E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles” (Êx.25:8). Desde o Éden, Deus tem manifestado o Seu prazer em Se relacionar com o ser humano. Esse relacionamento, contudo, é fruto de uma convivência. Uma relação sadia requer tempo, dedicação e humildade. Os quase sete anos em que o pequeno Joás passou morando no templo foi o suficiente para que Joiada se animasse a ungi-lo como rei. Joás tornou-se um excelente aluno, aprendendo aos pés de um líder espiritual que para reger a nação com sucesso bastava manter um relacionamento sadio com o Rei do Universo.
Assim, tudo foi devidamente organizado com zelo e muita cautela. Afinal, tratava-se da exposição do remanescente de Davi, cuja existência havia sido desconhecida até então. Obstinada por assumir o poder sem ameaças de ser deposta, vimos que Atalia mandou matar todos os possíveis herdeiros ao trono. Joás foi o sobrevivente daquela chacina, criado e educado às escondidas “na Casa do Senhor” (v.12), para assumir o trono usurpado. Estrategicamente, Joiada preparou todo o cenário do dia em que Judá celebraria o fim de um reino perverso e o início de um novo tempo. Sacerdotes e levitas, capitães e soldados, cantores “e todo o povo da terra se alegrava, e se tocavam trombetas” (v.13), pois o descendente de Davi assumia novamente o trono, segundo a promessa divina.
Com a morte de Atalia, houve um verdadeiro reavivamento e reforma no meio do povo. Primeiro, renovaram a sua aliança com Deus, a começar de seu líder espiritual, “para serem eles o povo do Senhor” (v.16). Em seguida, “todo o povo se dirigiu para a casa de Baal e a derribaram; despedaçaram os seus altares e as suas imagens e a Matã, sacerdote de Baal, mataram perante os altares” (v.17). Todo o serviço do santuário foi retomado “como está escrito na Lei de Moisés” (v.18). “Alegrou-se todo o povo da terra, e a cidade ficou tranquila” (v.21). Após aproximadamente seis anos, “no sétimo ano” (v.1), o povo pôde ver o livramento do Senhor. Nas palavras do salmista: “Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria” (Sl.30:11).
Todos nós também estamos sob o governo cruel e desleal do inimigo de Deus. Por todos os lados podemos ver seus altares malignos, onde milhares depõem suas vidas a custo de obter prazeres temporais e destrutivos, até que se deem conta de que tudo não passa “das alfarrobas que os porcos [comem]” (Lc.15:16). Muitos não estão dispostos a largar o lixo de Satanás. Outros, porém, necessitam do auxílio de quem lhes mostre o caminho da salvação e caminhe junto com eles. Joiada representa todo líder espiritual consagrado e dedicado à obra do Senhor; todo aquele que encaminha o povo para uma genuína entrega a Deus e abandono de tudo aquilo que O desagrada ou que O não representa; todo aquele que conhece o tempo e se anima em fazer o trabalho de Deus, a fim de “habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc.1:17).
Mas Joiada não poderia realizar tudo o que foi feito se ninguém tivesse lhe dado ouvidos. Os “capitães de cem” (v.1), “os levitas de todas as cidades de Judá e os cabeças das famílias de Israel” (v.2), “os sacerdotes” (v.6), “todo o povo da terra […] os cantores” (v.13), representam a diversidade de dons e de chamados do Espírito Santo para reunir “o povo do Senhor” (v.16) num só propósito, para o maior evento que esta terra jamais viu. “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem” (Mt.24:27). Quando a igreja de Deus derrubar de seu meio a falsa adoração, despedaçando tudo aquilo que se assemelha às filhas de Babilônia, apresentando ao Senhor o que Ele nos pede, que é o nosso “corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm.12:1), então, e só então, estaremos prontos para dar o alto clamor, e Jesus voltará.
Reavivamento e reforma não é fanatismo, amados! Reavivamento e reforma é a resposta incontestável daqueles que buscam andar com Deus “para serem eles o povo do Senhor” (v.16). Isso não significa usar de grosseria uns com os outros, mas de uma fé que, atuando pelo amor, une coração a coração, agindo pelo poder e eficácia do Espírito. Aguardemos as cenas que se seguem neste mundo com a firme esperança de que, após seis mil anos de pecado, logo nos alegraremos no sétimo milênio ao entrarmos na cidade santa e tranquila de nosso Deus. Que essa esperança aqueça o nosso coração e nos motive a perseverar na certeza de que muito em breve poderemos gritar: Viva o Rei Jesus! Vigiemos e oremos!
Bom dia, povo do Senhor!
Rosana Garcia Barros
#2Crônicas23 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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