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“O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; Ele é escudo para todos os que nEle se refugiam” (v.31).
O primeiro registro de um Salmo de Davi aponta para a retrospectiva de uma fé pessoal. Quando nos pastos a cuidar de suas ovelhas, não foi poupado de sofrer os revezes de seu trabalho. Ao enfrentar feras e fazer travessias perigosas em favor do rebanho, o jovem pastor aprendeu ricas e permanentes lições de confiança em Deus. Sua unção como rei de Israel pelas mãos do profeta e juiz do povo; sua vitória contra o zombador gigante; o livramento dos anos de fuga da ira de Saul; suas inúmeras conquistas em batalha; o perdão de Deus frente às suas terríveis quedas, toda a sua vida era uma clara demonstração não de sua própria capacidade, mas da misericórdia do Senhor e de Seu cuidado paterno.
Como nunca antes, Davi havia aprendido a confiar em Deus e a firmar-se em Sua Palavra. Isso não significa que nunca mais cometeria erros, mas que, mesmo que viesse a cometê-los, ele tinha a Quem recorrer. Nos versos 20 a 25, a declaração de Davi expressa a confiança que possuía no perdão divino. Não se tratava de presunção, mas de fé na verdade de que Deus havia lançado os seus “pecados nas profundezas do mar” (Mq.7:19). Neste cântico podemos ler a experiência de quem conhecia o Senhor. Ele é a Rocha segura. Ele é refúgio. Ele é salvação. Ele livra dos inimigos. Ele é julga com justiça. Ele é lâmpada. Ele é bondoso. Não foram atributos ditos para compor um cântico, mas foi um cântico composto para exaltar os atributos divinos que se mostraram muito reais na vida de Davi.
Percebam que o célebre rei de Israel não teve uma vida fácil. Foram nos momentos mais atribulados que sua fé mostrou-se preciosa. Com propriedade, Davi pôde declarar: “Na minha angústia, invoquei o Senhor, clamei a meu Deus; Ele, do Seu templo, ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos Seus ouvidos” (v.7). Como necessitamos desta fé que crê em Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal. Que descansa na certeza de que Ele nos ama e que providenciou o suficiente para que andemos em Seu caminho perfeito. Um tempo de grande angústia está bem diante de nós. A natureza geme, a iniquidade se multiplica e as infalíveis profecias das Escrituras se cumprem diante dos nossos olhos. É neste cenário que a igreja de Deus é fortemente sacudida e os soldados de Cristo enfrentam os mais difíceis, mas também os últimos e decisivos combates da fé.
Mediante sua confiança na provada Palavra de Deus, firmes na comunhão que os fortaleceu e forjou, como Davi, os fiéis da Terra seguem firmes em sua marcha, ainda que extremamente fatigados. Sobre este tempo solene, encontramos a seguinte revelação: “Foram-me mostrados os que eu antes vira a chorar e a orar com agonia de espírito. A multidão de anjos da guarda em seu redor fora duplicada, e estavam revestidos de uma armadura da cabeça aos pés. Marchavam em perfeita ordem, semelhantes a um grupo de soldados. Seu rosto expressava o tremendo conflito que haviam travado, a luta angustiosa por que haviam passado. Contudo, seu rosto, antes assinalado pela severa angústia íntima, resplandecia agora com a luz e glória do Céu. Haviam alcançado a vitória, e esta suscitava neles a mais profunda gratidão e santa e piedosa alegria” (EGW, Vida e Ensinos, p.176).
Oh, meus amados irmãos, falta pouco, falta muito pouco para o fim desta “luta angustiosa”! E nada é mais precioso, mais importante, do que mantermos nossos olhos fixos em Jesus, que sofreu a mais angustiosa das lutas para garantir-nos a vitória. Os pronomes possessivos do cântico de Davi — “meu Deus”, “minha cidadela”, “meu rochedo”, “minha salvação” — nos mostram o efeito produzido pelo amor da verdade no coração. Não podemos permitir ter nossa confiança em Deus abalada pelas circunstâncias ou afetada pelos inimigos. E isso só conseguimos mediante o agir do Espírito Santo em nosso coração. Permita que a maravilhosa obra que Ele já começou alcance o seu propósito diário até que Ele nos livre, de uma vez por todas, “do forte inimigo” (v.18). Semelhante a Davi, declaremos hoje: “Vive o Senhor, e bendita seja a minha Rocha! Exaltado seja o meu Deus, a Rocha da minha salvação!” (v.47). Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, “povo humilde” (v.28) do Senhor!
Rosana Garcia Barros
#2Samuel22 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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