Reavivados por Sua Palavra


2Samuel 21 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
28 de outubro de 2022, 0:45
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“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas” (v.1).

Três anos de fome em um lugar onde o Senhor havia prometido manar leite e mel. A fartura que por anos desfrutava a nação eleita foi substituída pela escassez e secura. Mas o homem segundo o coração de Deus atentou que havia algo de espiritual naquela situação. Davi confiava plenamente nas promessas de Deus e percebeu que aqueles anos de fome eram uma espécie de aviso divino a alertar de que algo estava errado. Saul havia quebrado um juramento feito entre Israel e os gibeonitas, quase os dizimando. Apesar de terem enganado os israelitas, havia uma promessa entre eles. Os gibeonitas estariam sempre sujeitos a trabalhos forçados em Israel, mas teriam suas vidas poupadas.

Ao consultar ao Senhor e descobrir a causa dos anos de fome, Davi prontamente procurou os gibeonitas a fim de fazer-lhes justiça. A resposta daqueles estrangeiros prova o porquê Deus interviu em seu caso. Eles não exigiram riquezas nem tampouco a morte de “pessoa alguma em Israel”. Como justiceiros do Senhor, eles pediram sete homens da família de Saul para que estes fossem enforcados. Certamente, estes sete homens e sua descendência seriam uma ameaça ao trono de Davi e de seus sucessores. Aquele pedido foi doloroso para Davi que, apesar de toda a perseguição sofrida por Saul, jamais desejou-lhe o mal nem tampouco à sua família. Preservando a vida de Mefibosete, “por causa do juramento ao Senhor” (v.7), Davi entregou nas mãos dos gibeonitas todos os demais descendentes de Saul, daqueles que poderiam insurgir-se contra o seu trono. Deus delegou aos gibeonitas o que Davi não teve coragem de realizar.

Percebam que, mesmo na velhice, Davi ainda descia com seus homens à guerra. Mas ficou evidente na última peleja que era um risco desnecessário submeter o rei ao perigo de morte. Quando a fome acabou e os gigantes da Terra foram abatidos, o coração de Davi foi tomado de profunda gratidão expressa em um cântico, o qual estudaremos amanhã. Uma coisa é certa, amados: a justiça de Deus não tarda e não falha. Ela se manifesta no tempo certo e do modo certo. Aquela mãe que enxotava as aves de rapina e as feras do campo dos corpos dependurados de seus filhos, podemos dizer que representa todos os que têm sofrido ao perderem seus queridos pelo álcool, pelo tráfico, pela violência, pelas trágicas consequências do pecado.

Como verdadeiros “abutres”, muitos surgem para lançar na face da família palavras de acusação, de crítica ou olhares de reprovação. Nesses momentos de terrível angústia, esses sofredores só gostariam de alguém que, como Davi, considerassem o seu sofrimento. Ao mandar buscar os ossos de Saul e de Jônatas oferecendo-lhes junto com os demais mortos um enterro digno, Davi nos deixou uma importante lição de compaixão e de consideração pelos enlutados. Mesmo se tratando de um ato de justiça divino, Davi sabia que Deus não tem “prazer na morte de ninguém” (Ez.18:32); que o sofrimento de Rispa e dos demais familiares era o sofrimento do Senhor também. O desejo de Deus é que “convertendo-se o perverso da perversidade que cometeu e praticando o que é reto e justo, [conserve] ele a sua alma em vida” (Ez.18:27).

Portanto, amados, a fome, a morte ou qualquer outro meio de Deus praticar a Sua justiça, só sobrevém quando o homem esgota as oportunidades que do Céu lhes são dadas. Vivemos em um tempo muito solene, mediante uma mensagem urgente, às vésperas do cumprimento da derradeira promessa. Conforme as profecias, desde 1844, o primeiro anjo tem dado o seu anúncio: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap.14:7). O inimigo já dizimou inocentes demais! Este mundo padece de fome e de injustiça, e logo o Justo Juiz Se levantará “para peneirar as nações com peneira de destruição” (Is.30:28), “para realizar a Sua obra, a Sua obra estranha” (Is.28:21).

O Espírito do Senhor apela ao nosso coração, hoje: “Ouve, te peço, a palavra do Senhor, segundo a qual eu te falo; e bem te irá, e será poupada a tua vida” (Jr.38:20). Chega de guerra! Como Davi, o Senhor está vendo como estamos mui fatigados. Busquemos ao Senhor de todo o nosso coração enquanto ainda podemos encontrá-Lo, a fim de que não se apague a nossa lâmpada. Olhemos para Jesus no Getsêmani, para Seu corpo prostrado, Suas palavras agonizantes, para o anjo que O amparava, e, acima de tudo, para o amor e a justiça que se encontravam e decididamente apontavam para Aquele que seria morto em nosso lugar. Porque, como os gibeonitas não exigiram riquezas, “não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que [fomos] resgatados do [nosso] fútil procedimento que [nossos] pais [nos] legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1Pe.1:18-19). Vigiemos e oremos!

Bom dia da preparação, remidos pelo sangue do Cordeiro!

Rosana Garcia Barros

#2Samuel21 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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