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“Tendo o rei coberto o rosto, exclamava em alta voz: Meu filho Absalão, Absalão, meu filho, meu filho!” (v.4).
A morte de Absalão causou uma dor profunda e uma tristeza inconsolável no coração de Davi. Na visão de Joabe, contudo, as demonstrações do luto do rei por seu filho era como se fosse uma grande desconsideração para com todos do povo que, lutando com bravura, arriscaram sua vida em favor da nação e em favor do próprio Davi. Com palavras duras e diretas, e até com ameaças de sedição, o comandante do exército de Israel praticamente obrigou o rei a sair do seu luto e assumir uma postura favorável diante do povo, que “havia fugido, cada um para a sua tenda” (v.8).
Davi atendeu às palavras de seu subordinado, mas logo assumiu sua posição de monarca ao jurar colocar Amasa no lugar de Joabe. A atitude de Joabe em matar Absalão, contrariando as ordens do rei, e sua postura ao ameaçar abandonar seu reino, deixou bem claro que sua voz advogava a favor de seus próprios interesses. Não era desígnio de Davi agir com imprudência ou usar de injustiça para com ninguém. Àquela altura de sua vida, ele só desejava fazer a vontade de Deus e andar diante dEle com integridade. Ao poupar a vida de Simei, ao repartir as posses de Saul entre Mefibosete e Ziba, ao abençoar seu idoso amigo Barzilai, o fatigado rei de Israel demonstrou seu sincero desejo pelo bem de todos.
A morte é uma intrusa que aflige a humanidade desde que o pecado entrou no mundo. Ela é uma interrupção naquilo que Deus havia criado para ser eterno. É o salário que merecemos, “porque todos pecaram” (Rm.5:12). E o luto é um processo doloroso para os que ficam e sentem a ausência dos queridos que dormem. A Bíblia nos ensina que a morte é um sono, um estado de inconsciência. Ela não fala, em lugar nenhum, de um Céu imediato para os justos, nem tampouco de um inferno em chamas eternas para os ímpios. Mas Satanás, desde o princípio, busca deturpar a verdade sobre a morte, e, como Eva, multidões têm dado ouvidos ao seu destrutivo engano: “É certo que não morrereis” (Gn.3:4), como se houvesse uma existência além da morte.
Jó 3:13, Jó 14:10-12, Salmo 115:17, Salmo 146:4, Eclesiastes 9:5 e 10, Eclesiastes 12:7, Isaías 26:19, João 5:28-29, João 11:11-14, 1 Coríntios 15:54, 1 Tessalonicenses 4:16, Hebreus 11:13, são alguns dos muitos textos bíblicos que confirmam que a morte é uma interrupção da consciência até que o Senhor desperte os mortos para a ressurreição da vida ou para a ressurreição do juízo. Na tentativa de Davi em ser justo com todos, também encontramos uma importante lição acerca do juízo divino. Não há harmonia entre a justiça de Deus e em afirmar que há ou que haverá um inferno a arder em chamas atormentando os pecadores eternamente. Primeiro, que Deus não vai eternizar o que Cristo veio destruir, que é o pecado e seus resultados. Segundo, a Bíblia diz que “já não haverá luto, nem pranto, nem dor” (Ap.21:4). Portanto, isso exclui um lugar de tormento eterno. Terceiro, a destruição final foi preparada “para o diabo e seus anjos” (Mt.25:41). Os ímpios serão ali destruídos porque não aceitaram a redenção e não se arrependeram de seus pecados.
Como explicar, então, expressões como “fogo eterno” ou “atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”? Será que aqueles que se muito viveram, 70 ou 80 anos, vão passar a eternidade queimando, recebendo o mesmo castigo do originador de todo o mal? Se as leis humanas possuem uma dosimetria da pena, se nós, cujas justiças são “como trapo da imundícia” (Is.64:6), dosamos a penalidade conforme o ato ilícito praticado, será que Deus, que é em essência a própria Justiça, lançaria os pecadores impenitentes num lago de fogo e enxofre a arder eternamente?
Amados, o Dia do Senhor se aproxima “e arde como fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidade serão como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo” (Ml.4:1). A Bíblia afirma que haverá um lago de fogo e enxofre eterno, mas não eterno no tempo e sim, nas consequências. Deus destruirá para todo o sempre pecado e pecadores. Nunca mais o Universo terá uma mancha sequer do mal. A única lembrança que teremos do grande conflito serão as marcas que para sempre estarão no corpo do nosso Redentor. Ao olharmos para Jesus, irromperemos em louvor: “Glória ao Justo” (Is.24:16). DEle declararemos eternamente: Ele é o nosso “Senhor, Justiça Nossa” (Jr.23:6).
Logo o nosso Salvador voltará! Amém, amados? E hoje é exatamente o tempo oportuno para renovarmos a nossa aliança com Ele. A comunhão com o Senhor é o que nos concede o poder diário para com Ele perseverarmos. A verdade, que é a Sua Palavra, é o que nos ensina, nos santifica e ilumina o caminho de nossa peregrinação. A oração é o que nos enche do fôlego celestial e nos liga em mais íntima amizade com o Senhor. Não perca o privilégio da doce e sagrada comunhão! Quer despertados do sono da morte quer com vida, que Jesus nos encontre preparados para com Ele subirmos. Portanto, “prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus” (Am.4:12). Vigiemos e oremos!
Bom dia, alvos da justiça de Cristo!
Rosana Garcia Barros
* Oremos pelo batismo do Espírito Santo. Oremos uns pelos outros.
#2Samuel19 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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