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“O rei e todo o povo que ia com ele chegaram exaustos ao Jordão e ali descansaram” (v.14).
É de se admirar a atitude de Davi com relação ao que lhe disse Ziba. Com presentes, que naquele momento atendiam às necessidades do rei e de seus homens, Ziba encontrou a oportunidade de tomar para si tudo o que pertencia a Mefibosete. E mesmo sem buscar a verdade, Davi consentiu com a ambição daquele homem, quebrando a aliança que havia estabelecido com Jônatas.
Mas aquele ato de injustiça foi sucedido por uma jornada difícil e extremamente fatigante. Eis que “um homem da família da casa de Saul, cujo nome era Simei” (v.5), atirando pedras, ia “caminhando e amaldiçoando” (v.13) a Davi. Novamente, o rei mostrou uma atitude nada previsível. Diante de uma viagem carregada de insultos e de pedradas que constantemente ameaçavam a sua integridade física, Davi prosseguia em seu caminho como se nada estivesse acontecendo.
A sua perspectiva quanto à atuação divina incluía acreditar que até mesmo aquela maldição era um instrumento de Deus para puni-lo. Davi estava disposto não só a receber as bênçãos do Senhor, mas também a aceitar a Sua disciplina. Mesmo que Deus não fosse o responsável por aquela terrível perseguição, Davi era consciente de que a misericórdia divina sempre vai além de qualquer maldição.
Deus não era o autor daquela rebelião, nem tampouco da abominação cometida por Absalão com as concubinas de seu pai. Mas Ele pode permitir que o pecado revele seus efeitos. A profecia dada pelo profeta Natã a Davi quanto à vergonha pública de seu leito foi simplesmente a revelação do que futuramente aconteceria (2Sm.12:11). Davi, porém, aceitava toda a humilhação e insultos como sendo atos da justiça divina, os quais ele achava ser merecedor. E sua chegada ao Jordão, junto com o povo que o acompanhava, lhe concedeu finalmente um almejado descanso.
As ruins suspeitas e a fofoca podem nos levar à quebra do nono mandamento: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx.20:16). Ouvir apenas um lado da história nos torna passíveis de cometer algum tipo de injustiça. Davi foi além ao aceitar presentes de Ziba em troca de sua injusta decisão, mas também deu uma forte lição de humildade e domínio próprio ao ignorar os insultos de Simei. Mostrou certo desconhecimento ao atribuir a Deus a maldição proferida por Simei, mas revelou a sua firme confiança na bondade do Senhor.
Muitos têm depositado a sua confiança em pessoas tão falíveis quanto eles mesmos. Mas tão logo percebam uma falha, a decepção torna-se bem maior do que a admiração que antes devotavam. Davi foi considerado um homem segundo o coração de Deus, mas o Senhor não nos privou de conhecer as suas quedas. Certamente, saber que um homem que adulterou, assassinou e aceitou subornos encontrou o perdão divino, nos diz que Deus está sempre disposto a perdoar todo aquele que a Ele se achega de todo o coração. Sigamos, pois, a Jesus, o nosso perfeito Modelo, confiantes de que muito em breve as nossas muitas aflições darão lugar ao eterno descanso. Vigiemos e oremos!
Feliz semana, perseverantes de Deus!
Rosana Garcia Barros
#2Samuel16 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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