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“Morava Mefibosete em Jerusalém, porquanto comia sempre à mesa do rei. Ele era coxo de ambos os pés” (v.13).
Após certificar-se de que não poderia construir um templo ao Senhor, Davi cuidou da segurança e do desenvolvimento da nação, ampliando as fronteiras de Israel através das vitórias contra os povos pagãos que ainda habitavam em Canaã. Lembrando-se da aliança feita com Jônatas, cuidou de investigar se ainda restava alguém da família de Saul para que pudesse usar de misericórdia para com ele, por amor de seu saudoso amigo.
Tomando conhecimento da existência de um filho de Jônatas, mandou chamá-lo à sua presença. Na condição em que se encontrava e pelas circunstâncias que lhe pareciam desfavoráveis, aquela deve ter sido a pior viagem da vida de Mefibosete, ou até mesmo a única viagem, tendo em vista a sua deficiência, pois era “aleijado de ambos os pés” (v.3). E diante do rei que era alvo da obstinada perseguição de seu avô, Mefibosete se prostrou “com o rosto em terra” (v.6), aguardando uma provável sentença de morte.
Qual não foi a sua surpresa, quando percebeu na voz daquele que julgava ser o autor de uma vingança, a doçura de quem lhe ditava o seu próspero e tranquilo futuro. Julgando-se “um cão morto” (v.8), foi elevado à condição de “um dos filhos do rei” (v.11). Este memorável episódio, através da atitude de Davi, da reação de Mefibosete e da graça a ele estendida, me fez lembrar da parábola das bodas. Diante da renúncia dos convidados, “o dono da casa disse ao seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos” (Lc.14:21).
Muitos têm escutado o convite de graça de Cristo: “Vinde, porque tudo já está preparado” (Lc.14:17), mas as suas prioridades deixam bem clara a rejeição. Notem a ordem de prioridades de Davi: primeiro Deus; segundo, sua família e o povo; terceiro, o cumprimento de suas responsabilidades. É quando há uma quebra ou desordem neste sentido, que passamos a viver confortavelmente perdidos. Não é no estado de guerra que estamos em maior perigo, mas na “segurança” da letargia.
Enquanto muitos que professam cristianismo estão a elevar suas obras como aparentes bênçãos, esquivando-se do chamado do Espírito Santo, os que se julgam a si mesmos “cães mortos” estão sendo preparados para comer sempre à mesa do Rei dos reis. Pois “quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt.23:12). Assim como Davi teve compaixão de Mefibosete por amor de Jônatas, naquele Grande Dia o Senhor terá compaixão de muitos por amor daqueles que por eles intercederam.
Portanto, vigiemos e oremos não somente por nós mesmos, mas também por aqueles que amamos e até por quem não merece o nosso amor. Afinal de contas, éramos todos “cães mortos”, mas a graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos elevou à estatura de filhos do Rei. Louvado seja o nosso misericordioso Deus!
Feliz semana, filhos do Rei dos reis!
Rosana Garcia Barros
#2Samuel9 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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