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“Então, Davi e o povo que se achava com ele ergueram a voz e choraram, até não terem mais forças para chorar” (v.4).
Sendo excluído da peleja pelos príncipes filisteus, Davi e seus homens retornaram a Ziclague. Contudo, ao retornar, perceberam que além de não haver mais casa, suas famílias e todos os seus pertences haviam sido levados. Não restou uma pessoa sequer. Tudo estava destruído! Mas a destruição maior foi a do coração daqueles homens. Os valentes de Davi não passavam de crianças desconsoladas. Alguma vez na vida você já chorou assim? Chorou até sentir que suas forças acabaram?
Quando meu filho mais novo foi levado para a UTI com apenas 4 dias de vida, eu conheci o pranto. Há dois anos eu também perdi um bebê, o que me fez chorar muito. É um choro que lhe faz perder as forças. É como se o seu corpo todo chorasse. É uma entrega total do ser àquilo que causa a dor. Mas, além de ter perdido tudo, Davi ainda teve que lidar com uma multidão de homens enfurecidos. “Porém Davi se reanimou no Senhor, seu Deus” (v.6) e fez o que nunca deveria ter deixado de fazer: consultar ao Senhor.
Revestido da força e do poder de Deus, mediante a promessa da vitória, Davi e seus homens avançaram em busca de tudo o que haviam perdido. Sendo que duzentos homens ficaram para trás, pois estavam muito cansados para continuar. Orientados por um servo egípcio, Davi e seus homens venceram os inimigos, recuperaram tudo o que haviam perdido e ainda ficaram com os despojos da guerra. Como o Senhor havia dito, “tudo Davi tornou a trazer” (v.19).
Davi estava colhendo o que havia plantado. O engano o levou àquela situação. Mas a misericórdia do Pai alcançou o Seu filho arrependido. E a atitude bondosa de Davi para com o servo estrangeiro e com os soldados que ficaram com a bagagem, revela o seu reconhecimento de que a batalha não foi vencida por ele e pelos quatrocentos homens, mas pelo poder do Senhor dos Exércitos. E ao dividir os despojos com os que ficaram para trás, Davi ilustrou a graça divina.
Você pode hoje pensar que a única coisa que faz é carregar uma bagagem de sofrimento. Que sua vida não é digna de receber coisa alguma. Mas deixa eu lhe contar uma coisa: Ninguém é digno! Só há Um que é digno. Só há um Homem que pisou nesta terra, que verdadeiramente foi justo: Jesus Cristo, o Justo (1Jo.2:1). Aqueles que Deus coloca na linha de frente de Sua batalha, devem ser também muro de defesa para os que se encontram abatidos. O Senhor não faz acepção de pessoas. Ele chamou guerreiros e valentes, mas também chamou cuidadores de bagagens. Neste grande conflito, os soldados só vencem usando a armadura de Deus (Leia Ef.6:10-18) e os carregadores de bagagens só carregam o que podem suportar.
Não importa o que digam ou o que façam os maus, Deus sempre ampara e supre as necessidades de todos os que tomam parte em Seu serviço. Quer na linha de frente ou na retaguarda, todos nós somos amados por Deus com o mesmo amor que O fez esculpir nossos primeiros pais. Ainda que os sofrimentos desta vida nos deixem sem forças, o Senhor deseja nos reanimar e nos recriar, a fim de que possamos todos participar das “partes iguais” (v.24) do reino eterno. Vigiemos e oremos!
Bom dia, alvos do amor Deus!
Rosana Garcia Barros
#1Samuel30 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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