Reavivados por Sua Palavra


Juízes 20 – segunda, 03.12.12 by Jeferson Quimelli
2 de dezembro de 2012, 23:36
Filed under: Estudo devocional da Bíblia

Texto bíblico à Juízes 20

Texto de hoje do blog da Bíblia:

Capítulo após capítulo testemunhamos a tolerância e a inércia dos israelitas em fazer algo a respeito de sua condição moral. Juízes se inicia com a morte de Josué e a apostasia subseqüente de Israel. Desde então, os filhos de Israel não somente foram oprimidos por causa da sua infidelidade: eles também se dividiram e chegaram, às vezes, até mesmo a lutar e matar uns aos outros. Neste capítulo, finalmente vemos o que não havia mais acontecido desde os dias de Josué: a nação inteira de Israel (exceto os benjamitas) se ajuntando “como um homem” (v. 8). Reuniram-se para tratar da “maldade” que havia ocorrido entre eles.

Os homens de Israel estavam unidos em sua indignação e tinham a intenção de eliminar esse mal de Israel, colocando à morte esses “homens perversos” de Gibeá. Os benjamitas, por outro lado, estavam determinados a proteger os malfeitores e se recusaram a entregar os homens maus. Confrontados com esta resposta, os israelitas foram a Betel (casa de Deus) e perguntaram não o que eles deveriam fazer, mas quem deveria lutar primeiro (20:18). Os israelitas já haviam decidido o que fazer. Infelizmente, os israelitas não buscaram a Deus suplicando por perdão e orientação. Eles não buscaram a Deus como seu rei e comandante, mas, sim, como se consulta a um oráculo a respeito de seu destino. É evidente que os israelitas não entenderam o papel de Deus em tudo isso pelo fato de terem eles trazido a Arca da Aliança de Siló para que servisse como um amuleto de boa sorte (cf. 1 Sam 4).

Deus responde aquilo que lhe haviam perguntado: Judá deveria lutar primeiro. Mas não há bênção ou promessa de vitória. Os benjamitas vencem e há uma grande matança. Desta vez, os israelitas realmente buscam o “conselho do Senhor” (20:23), mas o Senhor ainda não promete vitória. Somente após mais uma derrota colossal é que os filhos de Israel se aproximam do Todo-Poderoso da maneira que deveria ter feito desde o início: eles “jejuaram aquele dia até a tarde; e, perante o Senhor, ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas.” Só então o Senhor promete entregar os benjamitas em suas mãos (20:26-27). Então, “o Senhor derrotou Benjamim diante de Israel” (20:35 NVI).

Deus intencionalmente permitiu que Israel fosse derrotado duas vezes antes de conceder-lhes a vitória. Havia uma importante lição a ser aprendida sobre como obter a bênção de Deus. Mesmo sendo justa a causa – remover a iniquidade de Israel -, o Senhor exige arrependimento e humildade, especialmente considerando que toda a nação era merecedora da ira de Deus. Há um grande contraste entre o ultraje moral exibido em Gibeá e a completa falta de preocupação de Israel com todos os anos de aberta idolatria que eles praticaram. Sua punição contra a Gibeonitas foi a completa destruição de toda a vida e da propriedade, mas tal julgamento havia sido prescrito apenas para o pecado de idolatria (Dt 13:12-18)! Na sua hipocrisia, eles não perceberam que haviam sido mais diligentes na destruição de seus irmãos pelos pecados deles do que foram em buscar expiação pelos seus próprios pecados e extirpá-los do seu meio. Que isso sirva de lição para nós! Antes de corrigirmos a outros devemos corrigir a nós mesmos.

 

Justo E. Morales

Universidade Adventista do Sul

Trad JAQ – Rev JDS



Juízes 19 – domingo, 02.12.12 by Jeferson Quimelli
2 de dezembro de 2012, 23:35
Filed under: Estudo devocional da Bíblia

Texto bíblico à Juízes 19

Texto de hoje do blog da Bíblia:

Esta narrativa representa o capítulo mais negro na história de Israel durante o período dos juízes. De todas as atrocidades morais cometidas pelos israelitas até agora no livro, esta é, de longe, a mais terrível. As semelhanças entre esta história e a narrativa de depravação de Sodoma (Gn 19) são muitas para ser apenas coincidência. O escritor deliberadamente enfoca essa história para comparar a depravação moral de Israel com aquela do povo de Sodoma. As seguintes palavras resumem a história: “Nunca se viu nem se fez uma coisa dessas desde o dia em que os israelitas saíram do Egito” (Jz. 19:30 NVI) .

É importante destacar que o narrador não julga as ações dos personagens. Não devemos assumir que hospedeiro do levita estava correto ao preferir estupro heterossexual em vez de estupro homossexual. Ele fez isso porque lhe pareceu bem aos seus próprios olhos. Da mesma forma, a falta de hospitalidade não é o verdadeiro problema aqui, como alguns comentaristas têm sugerido. A violência cometida por esses homens não decorre de falta de espírito hospitaleiro, mas, sim, é proveniente de corações maus e depravados. A narrativa deixa claro que o crime aqui é estupro e assassinato, perpetrado pelos homens de Gibeá.

Tão horrível quanto esses atos tenham sido, a pior e mais chocante parte é que foram filhos de Israel quem os cometeram. Estupro e assassinato não eram menos comuns no antigo Oriente Próximo do que são hoje. Mas se pudessem ocorrer em outras nações, tais atrocidades não poderiam ter ocorrido entre o povo escolhido de Deus. Mesmo em uma época em que “não havia rei em Israel”, eles deveriam ter um padrão de viver mais elevado do que as nações vizinhas. A insistência do levita para ir a uma cidade israelita em vez de uma cidade estrangeira (19:12) só enfatiza este ponto: os israelitas deveriam ser pessoas melhores.

A decadência moral da sociedade israelita foi o resultado de viver como se não houvesse rei e como se Deus não estivesse por perto. Vivemos precisamente nesse tipo de mundo hoje. O temor de Deus parece algo antiquado e estranho para a maioria das pessoas em nossa sociedade. Os seguidores de Jesus, o povo escolhido de Deus, devem ser uma exceção, uma luz que brilha na escuridão.

A maioria de nós provavelmente nunca se envolverá em algo tão horrível como os eventos descritos aqui (Louvado seja o Senhor!). Mas sempre que assumimos uma postura de indiferença egoísta em relação ao pecado, fazemos exatamente como o anfitrião do levita.  O filósofo irlandês Edmund Burke escreveu, “tudo o que é necessário para que o mal triunfe é que os homens bons não façam nada.” Se esperarmos conveniência e comodidade para decidirmos quando nos levantar em favor do bem, perderemos muitas oportunidades para ajudar aqueles que têm sido feridos pelo pecado.

 

Justo E. Morales

Southern Adventist University

Trad JAQ-Rev GASQ/JDS

 



Juízes 19 – comentários selecionados by Jeferson Quimelli
2 de dezembro de 2012, 2:53
Filed under: Sem categoria

1 uma concubina Ela poderia ser uma esposa de categoria inferior, sem o mesmo status de uma segunda esposa. Não era um caso passageiro, mas aparentemente um relacionamento regular e duradouro, como revela o fato de que, apesar da infidelidade dela ter sido repreensível, o marido a procurou para conseguir uma reconciliação (CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia-, vol. 2, p. 428).

2 o deixou Do modo como ele a tratou depois (v. 25), não se admira que ela o tenha abandonado (Andrews Study Bible).

3 saiu alegre a recebê-lo A afoita hospitalidade do pai da concubina indica que a separação foi, possivelmente, considerada como uma desgraça para a família. O pai se mostrou disposto a apresentar desculpas e sua insistência para que o levita passasse vários dias com a família evidenciou que se alegrava na reconciliação (CBASD, vol. 2, p. 428).

4 seu sogro … o deteve O pai da moça insistiu com o levita para que ficasse mais tempo do que ele desejava. … Era evidente que ele não desejava que o casal discutisse novamente. Estava fazendo todo o possível para consolidar o relacionamento deles (CBASD, vol. 2, p. 428).

10 não quis passar ali a noite O levita reconheceu que seria difícil partir no dia seguinte, como já havia ocorrido nos dois dias anteriores. Por isso recusou o convite e iniciou  jornada para casa nesse horário impróprio. Os resultados foram desastrosos, como mostra o que vem a seguir … O autor de Juízes contrasta a hospitalidade exagerada do sogro com a absoluta falta de hospitalidade que logo o levita experimentou em Gibeá. Quanto ao levita, sua experiência foi a mesma de muitas almas fracas e vacilantes que adiam desnecessariamente e então fazem um esforço apressado e excessivo (CBASD, vol. 2, p. 428 e 429).

10-12 Jebus … cidade estranha [de estrangeiros] Antes da conquista de Jerusalém por Davi (2 Sm 5.6s), essa cidade era a fortaleza dos jebuseus e denominada Jebus. Ficava apenas a uns 10 km ao norte de Belém, a mesma cidade onde Jesus nasceu (Andrews Study Bible).

16 homem velho Este homem, conterrâneo do viajante, não era benjamita. Isto explica, em parte, as atitudes dos cidadãos de Gibeá para com ele (Bíblia Shedd).

22 filhos de Belial. Literalmente, “filhos da inutilidade”. A expressão era usada para descrever pessoas inúteis, más, vis, sem lei, brigões, etc. Posteriormente, a palavra Belial se tornou nome próprio, um sinônimo para Satanás (2Co 6:15, ARC), (CBASD, vol. 2, p. 430).

24 minha filha virgem e a concubina dele trarei para fora. Esta proposta, feita pelo velho anfitrião (comparar com a oferta similar de Ló, Gn 19:8) é terrível aos leitores modernos, que farão qualquer coisa para proteger mulheres. Devemos lembrar que Juízes está simplesmente relatando o que aconteceu dentro do contexto de outra cultura, que foi desenvolvida por homens, não por Deus. A Bíblia não apresenta aquela cultura como nosso padrão (Andrews Study Bible).
Apesar de se apreciar o desejo dele em manter o código de hospitalidade, a natureza da oferta causa horror. Reflete o baixo conceito da mulher na Antiguidade (CBASD, vol. 2, p. 430).
Para se manter uma lei ética, quebra-se outra que, no moderno sistema de valores, seria infinitamente mais importante (Bíblia Shedd).

25 pegou da sua concubina (ARC) O verbo traduzido como “pegou” é hazaq. Significa “agarrar” ou “pegar à força”. O esposo agarrou a indefesa mulher e forçou-a a sair (ver ACF, NVI). Natrualmente a concubina resistiu a um ato tão estúpido. A atitude do levita (não do dono da casa, conforme diz a ARA) foi de extrema covardia  (CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia-, vol. 2, p. 430).

26 caiu à porta Num último alento, ela voltou para casa onde estava o homem que deveria protegê-la, mas que a desamparou na hora da ameaça. Ela teve forças para se arrastar até a porta, mas não conseguiu bater para entrar. Caiu morta ali (CBASD, vol. 2, p. 430).

28 vamos Depois de uma experiência como essa, o levita se dirigiu a ela com uma indiferença chocante, de modo que o leitor passa a esperar qualquer coisa da parte dele. Não admira que a mulher já o tivesse abandonado uma vez (CBASD, vol. 2, p. 430).

29 despedaçou O verbo usado no original é o mesmo usado para o ritual dos sacrifícios (Êx 29.17; Lv 1:6; 8:20) (Bíblia Shedd).

30 nunca tal se fez O levita havia calculado bem. A história desse feito despertou a indignação moral de todos os hebreus na Palestina. Eles reconheceram que fora um crime tão tremendo que nem mesmo a época tão agitada em que viviam e a falta de um governo central poderiam servir como excusa para a impunidade (CBASD, vol. 2, p. 431).

Nota: Apesar do objetivo principal da chocante história de Jz 19 seja revelar as raízes da guerra civil de Jz 20, dos benjamitas contra o restante dos israelitas, não deixa de ressaltar no texto a falta generalizada de valor da mulher na cultura da época (revelada desde a experiência de Ló em Sodoma) e a insensibilidade e brutalidade do levita, que deveria ser um exemplo, enquanto líder religioso. A violência doméstica ou mesmo o silêncio quanto ao conhecimento dele são consideradas como sendo feitas ao próprio Jesus (” A Mim me fizeste…” Mt 25:40) e devem ser veemente combatidos por aqueles que se dizem cristãos.

Siglas:
ARA – Versão bíblica Almeida Revista e Atualizada, 2ª edição
ACF – Versão bíblica Almeida Corrigida e Fiel
ARC – Versão bíblica Almeida Revista e Corrigida
NVI – Versão bíblica Nova Versão Internacional



Juízes 19 – domingo, 02.12.2012 by Jeferson Quimelli
2 de dezembro de 2012, 1:00
Filed under: Sem categoria
Texto bíblico à Juízes 19
Texto de hoje do blog da Bíblia:
Esta narrativa representa o capítulo mais negro na história de Israel durante o período dos juízes. De todas as atrocidades morais cometidas pelos israelitas até agora no livro, esta é, de longe, a mais terrível. As semelhanças entre esta história e a narrativa de depravação de Sodoma (Gn 19) são muitas para ser apenas coincidência. O escritor deliberadamente enfoca essa história para comparar a depravação moral de Israel com aquela do povo de Sodoma. As seguintes palavras resumem a história: “Nunca se viu nem se fez uma coisa dessas desde o dia em que os israelitas saíram do Egito” (Jz. 19:30 NVI) .
É importante destacar que o narrador não julga as ações dos personagens. Não devemos assumir que hospedeiro do levita estava correto ao preferir estupro heterossexual em vez de estupro homossexual. Ele fez isso porque lhe pareceu bem aos seus próprios olhos. Da mesma forma, a falta de hospitalidade não é o verdadeiro problema aqui, como alguns comentaristas têm sugerido. A violência cometida por esses homens não decorre de falta de espírito hospitaleiro, mas, sim, é proveniente de corações maus e depravados. A narrativa deixa claro que o crime aqui é estupro e assassinato, perpetrado pelos homens de Gibeá.
Tão horrível quanto esses atos tenham sido, a pior e mais chocante parte é que foram filhos de Israel quem os cometeram. Estupro e assassinato não eram menos comuns no antigo Oriente Próximo do que são hoje. Mas se pudessem ocorrer em outras nações, tais atrocidades não poderiam ter ocorrido entre o povo escolhido de Deus. Mesmo em uma época em que “não havia rei em Israel”, eles deveriam ter um padrão de viver mais elevado do que as nações vizinhas. A insistência do levita para ir a uma cidade israelita em vez de uma cidade estrangeira (19:12) só enfatiza este ponto: os israelitas deveriam ser pessoas melhores.
A decadência moral da sociedade israelita foi o resultado de viver como se não houvesse rei e como se Deus não estivesse por perto. Vivemos precisamente nesse tipo de mundo hoje. O temor de Deus parece algo antiquado e estranho para a maioria das pessoas em nossa sociedade. Os seguidores de Jesus, o povo escolhido de Deus, devem ser uma exceção, uma luz que brilha na escuridão.
A maioria de nós provavelmente nunca se envolverá em algo tão horrível como os eventos descritos aqui (Louvado seja o Senhor!). Mas sempre que assumimos uma postura de indiferença egoísta em relação ao pecado, fazemos exatamente como o anfitrião do levita.  O filósofo irlandês Edmund Burke escreveu, “tudo o que é necessário para que o mal triunfe é que os homens bons não façam nada.” Se esperarmos conveniência e comodidade para decidirmos quando nos levantar em favor do bem, perderemos muitas oportunidades para ajudar aqueles que têm sido feridos pelo pecado.
Justo E. Morales
Southern Adventist University
Trad JAQ-Rev GASQ/JDS



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