Filed under: evangelismo, Trabalho de Deus | Tags: ancião, ministério, pastores, Paulo, pregação
Comentário devocional:
O plano de Paulo para sua terceira viagem missionária era ir até Roma (Atos 19:21). Ele tinha estado em Antioquia, Atenas, Corinto e Éfeso (as grandes cidades do mundo Mediterrâneo), mas Roma era a maior e mais importante de todas. Ele não foi a Roma imediatamente, mas realizou muita coisa nesse meio tempo. Em Éfeso, ele escreveu cartas aos Coríntios, com muitas lágrimas, expressando sua preocupação para com eles (1Co 2:4). Além disso, ele decidiu ficar em Éfeso um pouco mais de tempo, tendo em vista o surgimento de novas oportunidades para o evangelismo (1Co 16:9). Neste momento, ocorreu em Éfeso o motim liderado por Demetrius (Atos 19:21-41) e Paulo voltou para Macedônia (Atos 20:1). Em Filipos, ele se encontrou com Tito, que retornava de Corinto trazendo a boa notícia da reação positiva à carta [1Co] que Paulo lhes escrevera (2 Cor 7:6-10). Mais à frente, o apóstolo foi a Corinto, onde permaneceu por três meses (At 20:2, 3). Enquanto ainda estava lá, ele escreveu aos Romanos, antecipando sua jornada para lá.
Paulo iria navegar de Corinto a Jerusalém. Mas em vez disso decidiu retornar por terra, através da Macedônia, depois que tomou conhecimento de uma conspiração para matá-lo (Atos 20:3). Depois de uma semana com Lucas em Filipos, ele se reuniu com os outros homens em Trôade, onde ele ressuscitou Êutico no meio de um sermão que durou toda a noite (Atos 20:7-12)! Na parte da manhã, os companheiros de Paulo embarcaram em um navio que ia para Assos, mas Paulo decidiu ir a pé. Ele queria privacidade para pensar e orar (Atos dos Apóstolos, p.392).
Novamente num navio, Paulo e sua equipe finalmente atracaram em Mileto, a 30 km de Éfeso. De lá, ele enviou uma mensagem para os anciãos para virem vê-lo. Quando chegaram, o apóstolo lhes disse: “Vocês sabem que não deixei de pregar-lhes nada que fosse proveitoso, mas ensinei-lhes tudo publicamente e de casa em casa” (v.20), proclamando “toda a vontade de Deus” (v.27 NVI). Ele lhes advertiu que “dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos. Por isso, vigiem! … ” (vv.30, 31 NVI). Então ele disse-lhes: “Cuidem de vocês mesmos … para pastorearem a igreja de Deus, que Ele comprou com o seu próprio sangue.”(v.28 NVI).
O grande apóstolo focava nas duas funções do ancião, de acordo com o Novo Testamento. A primeira, ensinar a Palavra (1Tt 1:5, 9), para o rebanho crescer espiritualmente e não se extraviar. A segunda, liderar (Atos 20:28), isto é, pastorear o rebanho com sabedoria e habilidade, fazendo referência ao ministério dos pastores de hoje de pastorear e supervisionar, que também se aplica aos anciãos.
Muitos que leem esse blog são líderes em sua igreja. Lembrem-se, vocês, de sua responsabilidade: ser um mestre da Palavra, e um pastor do rebanho. Estas são as duas principais responsabilidades de pastores e anciãos na igreja. Isto é o que Paulo fez, e, oh!, como ele amava o seu rebanho! (Atos 20:36-38).
Ron E. M. Clouzet
Diretor de Evangelismo do Instituto NAD
Professor do Ministério e Teologia do Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/20/
Traduzido por JAQ/GASQ
Texto bíblico: Atos 15
Comentário em áudio
Comentário devocional:
Em meio à mensagens de julgamento contra as nações, Ezequiel tem uma mensagem para os líderes espirituais, descritos de maneira figurada como maus pastores de ovelhas, que utilizam sua lã e comem a sua carne, mas não providenciam pasto adequado para elas, não procuram as perdidas nem cuidam das doentes (v. 1-10). O ideal do bom pastor presente no Novo Testamento, é primeiramente apresentado aqui em Ezequiel.
Ao condenar o egoísmo dos líderes, Ezequiel adverte que o julgamento está chegando (v. 17), um julgamento que vai separar as ovelhas das cabras (ver Mateus 25:31-46). No dia a dia é difícil saber quais pessoas agradam a Deus, é difícil saber quem são os justos e quem são os ímpios. No entanto, como Ezequiel 33 deixou bem claro, no juízo vindouro tudo será revelado. Se alguém está oprimindo o seu próximo, alguma das ovelhas de Deus, ainda dá tempo de mudar o comportamento e salvar a sua vida.
Nos dias de Ezequiel os pastores de Israel receberam a reprovação de Deus. Mas o Seu povo podia alegrar-se porque o Bom Pastor estava a caminho. O próprio Deus irá cuidar das ovelhas doentes e desgarradas. Ele irá cuidar das pessoas e trazer paz e prosperidade a elas. O Messias virá e será o Bom Pastor sobre todo o povo.
Como pais, professores, pastores, Ezequiel 34 nos adverte da solene responsabilidade de sermos sub-pastores do rebanho do Bom Pastor. Peçamos a Deus que nos ajude a cuidar ternamente das ovelhas a nós confiadas, sem jamais prejudicá-las ou explorá-las. Peçamos a capacidade de amar as ovelhas, do mesmo modo como elas são amadas pelo Supremo Pastor.
Ross Cole
Avondale College, Austrália
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/34/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: Ezequiel 34
Comentário em áudio
Filed under: caráter de Deus, fidelidade, integridade, Israel, Justiça, lealdade, Messias, testemunho | Tags: pastores, pecado
Comentário devocional:
É uma grande responsabilidade ser um líder espiritual; ser pastor é uma responsabilidade ainda maior.
Posso entender a paixão que leva uma pessoa a ministrar em nome do nosso Deus, pois desde cedo convivi com muitos pastores. Meu pai é um pastor aposentado e tenho cinco tios que também são pastores. Adicione a esta lista de bênçãos: um irmão, um cunhado e um filho, além de muitos amigos pastores e, especialmente, meu pastor atual.
Nos capítulos anteriores de Jeremias, o foco eram os líderes políticos da nação. Neste capítulo a mensagem é dirigida aos líderes espirituais, pastores e profetas. Deus pronuncia aqui um ai contra os pastores que dispersaram a Seu povo (v. 2).
Algo muito sério e de responsabilidade é representar a Deus perante o povo e pretender falar em Seu nome. É um pecado muito grande diante de Deus perverter Suas palavras, representá-lo mal e profetizar mentiras em Seu nome. Não devemos nunca usar o nome de Deus de maneira inconsequente e descuidada para dar credibilidade a nossos propósitos.
Num período em que os líderes espirituais estavam deixando de repreender o erro e eles mesmos cometendo os mais graves, o Espírito Santo, através de Jeremias, derrama um feixe de luz brilhante em um mundo escuro. Ele profetiza que o próprio Deus irá estabelecer novos pastores que cuidem de seu povo (v. 4) e irrompe em uma bela profecia messiânica! (v. 5-8.)
“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23:5-6, ARA). Eles precisavam desesperadamente da justiça de Deus assim como nós também precisamos.
Há um ditado que diz: “Como são os líderes assim é o povo”. Ou seja, o povo segue as ações de seus líderes. E não serão melhores do que eles. É de se admirar, então, que o mal ataque vigorosamente nossos pastores e líderes? Temos o privilégio de interceder por eles em oração, principalmente nestes tempos urgentes.
Uma prática que tem se demonstrado particularmente eficaz na neutralização da Palavra de Deus é a imoralidade. Mesmo que sejamos dedicados ao Senhor, ainda assim somos vulneráveis a tais tentações. Nos tempos de Jeremias, os falsos profetas e sacerdotes estavam levando o povo a decadência espiritual pela omissão da repreensão e por seus próprios atos. Jeremias chama esta situação de “uma coisa horrível” e compara o povo de Jerusalém ao povo de Sodoma (v. 14). Isso vale também para o nosso tempo.
Este capítulo trata acima de tudo acerca da deturpação da vontade de Deus. Dizer que Deus não gosta desta situação é um eufemismo. Foi com tremor que, como pastor, li: “Por isso me esquecerei de vocês e os lançarei fora da minha presença, juntamente com a cidade que dei a vocês e aos seus antepassados” (v. 39).
Jeremias lamenta profundamente a situação. Ele diz que seu “coração está quebrantado” por causa do uso indevido de “santas palavras” de Deus (v. 9). O profeta entende as graves implicações.
Fiquei impressionado com o conceito de que a Palavra de Deus poder ser “furtada” (v. 30). Pensei nas várias formas em podemos fazer isto, mas uma se destaca: os caminhos de um hipócrita – os que dizem uma coisa e fazem outra. Jesus alertou seus discípulos a respeito, porque os escribas e fariseus diziam uma coisa, mas suas ações não estavam em harmonia com o que diziam (ver Mateus 23:2-3).
Será que somos uma pessoa na igreja e outra na vida cotidiana? São os nossos pensamentos sujeitos à Santa Palavra de Deus? Deus está ansioso para que seu povo se desfaça da condição de Laodicéia, em que as pessoas permanecem com um pé na igreja e outro no mundo.
“Senhor, motiva-nos, constranja-nos e dá-nos a força para, como líderes espirituais, sermos fiéis à Sua Palavra em nossos corações e em nossas práticas diárias. Que assim, inspiremos outros a também Te servir, em espírito e em verdade, como Teus verdadeiros filhos e filhas. Amém.”
Dan Houghton
Centro de Pesquisa Hart
Califórnia, EUA
https://www.facebook.com/ReavivadosPorSuaPalavra
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/23/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Jeremias 23