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“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices” (v.7).
Davi destacou duas formas do ser humano conhecer a Deus: por meio da Sua criação e da Sua Palavra. O Senhor nos deixou a Sua Palavra e, nela, a Sua Lei para que, com os olhos iluminados (v.8), possamos desfrutar da grande recompensa em guardá-los (v.11). Ele não nos deixou regras autoritárias e sem sentido, mas a “lei da liberdade” (Tg.2:12), que é perfeita e restaura a alma. Aquela que, como manifestação do caráter de Deus, “até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará [dela], até que tudo se cumpra” (Mt.5:18).
Já a criação, é a perfeita manifestação do poder de Deus. Na imensidão do céu, no gigantesco mar, da minúscula criatura a maior delas, na complexidade do corpo humano, podemos quase que ouvir: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn.1:31). Apesar da natureza não ter como falar, e nem expressar em palavras que toda ela é assinada pelo Criador (v.3), mesmo hoje tão arrasada pelos efeitos do pecado, não deixa de ser uma prova inequívoca, “até aos confins do mundo” (v.4), de que o Senhor é Deus. Como está escrito: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” (Rm.1:20).
Há uma relação intrínseca entre a criação do mundo e a Lei do Senhor. No centro dos dez mandamentos há um memorial cujas palavras confirmam a nossa origem: “Lembra-te do dia de sábado para o santificar […] porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êx.20:8 e 11). Quando adoramos a Deus no dia que é dEle (Ez.20:12; Mt.12:8), que Ele mesmo descansou, abençoou e santificou (Gn.2:2-3), reconhecemos o Senhor como o nosso Criador e Mantenedor. Por meio de Sua criação Deus fala. E se Ele fala por meio do que criou, não devemos nós também ser a voz de Deus ao mundo?
Após toda a manifestação de alegria e de amor pelo que Deus fez e por Sua Palavra, Davi encerrou este Salmo com um pedido: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença, Senhor, rocha minha e Redentor meu!” (v.14). Era como se Davi dissesse: “Que eu seja Tua testemunha, Senhor!”. A lei não tem a finalidade de salvar, mas é por meio dela que somos guiados à salvação e santificação em Cristo Jesus. Ela nos aponta os nossos pecados para que possamos nos arrepender e correr para os braços do Pai. Algo que é perfeito, que restaura a alma, que é fiel, que dá sabedoria, que é reto, que alegra o coração, que é puro, que ilumina os olhos, que é verdadeiro, que é justo, que admoesta, que concede recompensa aos obedientes. Como, pergunto eu, podemos duvidar de algo assim?
Não temos o poder de discernir nossas próprias faltas (v.12), amados. Nada refoge ao calor (v.6) de um Deus que tudo fez para a nossa felicidade. Como nosso Criador, o Senhor deixou impresso na criação as digitais do Seu amor eterno por nós (Jr.31:3). E como Pai, nos deixou a Sua lei como proteção até mesmo de nossos pecados ocultos (v.12). Se, como Davi, amamos ao Senhor (Sl.18:1), teremos o mesmo amor por tudo o que Ele criou (Hb.11:3), por tudo o que Ele falou (Mt.4:4) e com o Seu próprio dedo escreveu (Êx.31:18). Sigamos os passos de Jesus, que nos deixou o perfeito exemplo de obediência, e Ele nos cobrirá com Sua justiça e, por Sua graça, nos dará poder para obedecer. Vigiemos e oremos!
Bom dia, obras do Criador!
Rosana Garcia Barros
#Salmos19 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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