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“Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (v.7).
O nascimento de Caim gerou no primeiro casal alegria e conforto. Seus corações expectantes pelo cumprimento da promessa da redenção ficaram sobremodo radiantes. Ao olhar para seu primogênito, Adão via a possibilidade de logo retornar ao lar original. Com a chegada de Abel, a expectativa dobrou e, de uma forma que não podemos alcançar, ele e seu irmão cresciam sob a dedicada orientação e profundo amor de seus pais. Contudo, nem tudo mais eram flores. Assim como os cardos e espinhos cresciam por entre a vegetação, sentimentos ruins começaram a brotar no coração de Caim. O discurso de seu pai sobre os resultados da queda e o plano de Deus para salvá-los eram coisas as quais não compreendia. Ao avistar ao longe os querubins e a espada flamejante a guardar o Éden, pensava ser capaz de mostrar a Deus que ele merecia morar ali.
Caim sabia do engano e da entrada do pecado, bem como da promessa de um Salvador que lhes devolveria o direito de voltar a habitar no lugar para o qual foram criados. Mas parece que nada o convencia de que Deus poderia ter sido menos “duro” com o erro de seus pais. Que ele não tinha culpa de estar ali entre espinhos, quando poderia estar desfrutando das maravilhas do Éden. Não permitiu que seu coração fosse alimentado pela esperança da promessa de libertação dada por Deus, mas o endureceu com pensamentos egoístas e permitiu que Satanás dominasse as suas atitudes a tal ponto, que se negou a sacrificar um cordeirinho no altar do Senhor, mas não mediu esforços para golpear seu próprio irmão até a morte.
Abel, por sua vez, ofereceu a Deus justamente o que Deus havia requerido (v.4). Para que houvesse perdão de pecados, alguém deveria morrer. Enquanto Jesus não vinha, foi estabelecido um sistema de sacrifícios que simbolizava o sacrifício do verdadeiro Cordeiro de Deus. Mas Caim era lavrador e quis dar o que ele, com seu próprio suor, havia conseguido (v.3). Esse foi o problema: ofertar a Deus a vontade humana. Se a nossa vontade não estiver em comunhão com a vontade de Deus, de nada valem os nossos esforços. Como escreveu o sábio Salomão: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Pv.14:12).
O versículo sete do capítulo de hoje diz que os nossos desejos maus são contra nós, mas cabe a nós dominá-los. Mas, conseguimos isso sozinhos? De forma alguma! Há um Deus que, assim como falou a Caim na tentativa de fazê-lo chegar ao arrependimento, também fala conosco hoje. Não podemos esquecer que o domínio próprio faz parte do fruto do Espírito Santo (Gl.5:23). Novamente, o Senhor demonstrou a Sua longanimidade. Caim negou-se a oferecer sacrifício, mas, a sangue frio, sobre o campo que lavrou, derramou o sangue de seu próprio irmão. Antes disso, porém, ele não ficou sem admoestação. Novamente, o Senhor falou através de perguntas e terminou alertando sobre os resultados do pecado. Entretanto, Caim escolheu calcificar o coração para o mal e, ao contrário de Adão e Eva, que se esconderam do Senhor após o pecado, ao primeiro filho da perdição não foi perguntado onde estava, e sim: “Onde está Abel, teu irmão?” (v.9).
Até que ponto o ser humano pode chegar sem o temor do Senhor? Até às últimas consequências! Muitos professos cristãos têm sofrido da “síndrome de Caim”, oferecendo a Deus obras vazias, invejando as conquistas espirituais dos verdadeiros adoradores e tramando contra eles. Pensam que ninguém tem nada a ver com suas más atitudes e, em rebelião, declaram: “acaso sou eu tutor de meu irmão?” (v.9). Eximem-se da responsabilidade de zelar pela unidade do corpo de Cristo, fechando o coração aos apelos do Espírito Santo. Ao pôr um sinal sobre Caim e poupar-lhe a vida, ficou claro que Deus “não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades” (Sl.103:10). Mas, um dia, o período de misericórdia dos sete (v.15) ou dos “setenta vezes sete” (v.24) findará e o Senhor voltará para vingar os Seus servos.
Irmãos, fomos chamados por Deus para fazer parte da geração que, à semelhança de Enos, começará “a invocar o nome do Senhor” (v.26), cumprindo-se a tão aguardada profecia de Joel. Cheios do Espírito Santo, todos os verdadeiros adoradores estarão unidos num só propósito “e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl.2:32). Ainda há em sua vida um desejo ruim alimentado ou um pecado acariciado? O Senhor te diz, hoje: “a ti cumpre dominá-lo” (v.7). Clame a Deus pelo Espírito Santo! Se há uma dádiva que Ele deseja nos dar sem reservas é o Seu Santo Espírito (Lc.11:13). Vigiemos e oremos!
Bom dia, cheios do Espírito Santo!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #Gênesis4 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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