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“E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (v.17).
O cerne do evangelho é “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (v.3-4). Não é de se admirar, portanto, que Ele virá buscar aqueles que procuraram viver “segundo as Escrituras”. “Cristo, as primícias”, rompeu os grilhões da morte para que sejam salvos “os que são de Cristo, na Sua vinda” (v.23). A Bíblia é clara quanto ao estado do homem na morte. Quando Lázaro morreu, Jesus declarou: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jo.11:11). Assim como Jesus descansou no sepulcro e ressurgiu ao terceiro dia, os mortos estão num estado de inconsciência, de noite de sono, até a manhã da ressurreição. Referindo-se àqueles que viram Jesus após Sua ressurreição, Paulo disse a respeito dos que já haviam morrido: “porém alguns já dormem” (v.6).
Paulo também deixou evidente de que os ressuscitados terão um corpo material glorificado: “Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória” (v.42). Para os gregos, era inconcebível a ideia da ressurreição do corpo material. Porém, os próprios discípulos foram testemunhas oculares de que a ressurreição de Jesus se deu de forma corpórea, ao tocarem em Suas feridas e ao Lhe darem algo para comer (Lc.24:39 e 43). Além do mais, após a morte de Cristo, a Bíblia relata a ressurreição de “muitos corpos de santos que dormiam” e de como “apareceram a muitos” (Mt.27:52 e 53).
O apóstolo precisava desmistificar da mente dos coríntios esta questão e procurou torná-la uma lição simples de se entender. Primeiro, ele deixou bem claro que crer na ressurreição de Jesus é a base da fé cristã e a nossa única esperança de remissão: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (v.17). A ressurreição e ascensão de Cristo de forma corpórea, como Aquele que venceu a morte eterna, é a garantia da vida eterna aos “que são de Cristo, na Sua vinda” (v.23). A humilde declaração de Paulo, ao dizer: “não eu, mas a graça de Deus comigo” (v.10), introduz a sua defesa de que, ao pregar sobre a ressurreição dos mortos, não estava falando sobre uma opinião própria, mas inspirado pelo Espírito de Deus.
Precisamos ser cautelosos quanto a teorias humanas que acabam minando a nossa fé e lançando por terra as verdades eternas das Escrituras. “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (v.33). Assim como aquela teoria estava abalando a igreja de Corinto, muitos falsos ensinamentos têm contaminado a igreja de Deus e prejudicado o seu avanço. Satanás, como grande estudioso da mente humana, analisa cada grupo de pessoas lançando sobre eles as filosofias que mais se adequam, a fim de que sejam completamente dominados por ideias que bloqueiam a exata compreensão do “Assim diz o Senhor”. Por isso que Paulo iniciou este capítulo com a imprescindível advertência: “Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão” (v.1-2).
A vitória de Cristo sobre a morte nos outorgou participarmos com Ele da recompensa quando vier o fim. Ele destruirá “o último inimigo”, que “é a morte” (v. 26) e finalmente estaremos para sempre com o Senhor. Mas, “se Cristo não ressuscitou” (v.14), “comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (v.32). Percebem a seriedade do contexto? Todo aquele que crê no Salvador ressurreto, que pagou alto preço para nos resgatar deste mundo mau, almeja o Dia em que será transformado “num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta” (v.52). “Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade” (v.53).
O batismo “por causa dos mortos” a que Paulo se refere (v.29) não faria o menor sentido se o contexto fosse interpretado ao pé da letra, porque em lugar algum na Bíblia fala sobre batismo por “procuração”. A salvação é individual e intransferível. Porém, há coerência quando a ideia é de que aqueles que aceitam o evangelho e se batizam, tomam o lugar daqueles que já morreram, mas que dormiram na mesma esperança. Ora, se a ressurreição não fosse verdade, para que batizar-se e crer no mesmo evangelho de mortos que permanecerão mortos? Entendem? A expressão “por causa dos mortos” (v.29) seria melhor traduzida no grego como “em relação aos mortos”. Ou seja, o batismo só tem validade real se após a morte para o pecado houver ressurreição para uma vida de santificação. E a única morte de que não necessita ressurreição é a morte para o pecado. Como Paulo, precisamos perseverar no mesmo propósito: “Dia após dia, morro!” (v.31). O velho homem, este sim, deve ser sepultado, para dar lugar à nova criatura em Cristo Jesus.
Deus tem chamado um povo sóbrio e justo, que foge do pecado e que pensa mais no semelhante do que em si mesmo, “porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa” (v.34). “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (v.58). Quando isso for real na igreja de Deus, o mundo todo será advertido e, “então, virá o fim” (v.24). Vigiemos e oremos!
Bom dia, herdeiros da vida eterna em Cristo Jesus!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #1Coríntios15 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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