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“Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?” (v.8).
Na sequência de sua carta aos coríntios, após manifestar o inspirado entendimento acerca do amor, Paulo esclareceu algo que até hoje tem sido muito mal compreendido no meio evangélico. Após o Pentecostes, quando os discípulos foram agraciados pelo derramamento do Espírito Santo, o dom de línguas foi a primeira evidência da promessa feita por Cristo: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra” (At.1:8). Havia uma necessidade real e lógica para aquele evento. O evangelho precisava ser pregado a todas as nações. Por isso que os que ali estavam presentes, “homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu”, ouviram os discípulos galileus falar cada um em sua “própria língua materna” (At.2:5, 8).
Ao espalhar-se o evangelho entre os povos, surgindo assim novos discípulos, o dom de línguas foi perdendo a sua importância dado o seu propósito. O dom de falar em outros idiomas, ou de interpretá-los, quanto qualquer outro dom concedido pelo Espírito, deve ter como finalidade “a edificação da igreja” (v.12), algo a que o apóstolo se referiu por quatro vezes só neste capítulo. A edificação da igreja se trata da confirmação e fortalecimento da fé, por meio do uso dos dons em conformidade com a vontade de Deus. E é aqui onde entra a profecia. Profetizar não se trata apenas de prever o futuro ou de experiências sobrenaturais. A tradução do verbo profetizar em grego significa “falar adiante”. Isso inclui proferir palavras que edifiquem, exortem e consolem (v.3) a igreja de Deus.
A vida de Jesus é o supremo exemplo da manifestação dos dons espirituais. Porque Ele nos amou, Sua vida foi dedicada a procurar, “com zelo, os dons espirituais” (v.1). Usando referências do Antigo Testamento, Jesus profetizava às multidões com o inconfundível sonido do Está Escrito. Jesus não apenas cumpriu as profecias que a Seu respeito foram escritas, como também confirmou a veracidade e a literalidade de muitos relatos hoje questionados até mesmo no meio cristão. A criação do homem e da mulher, a existência de Satanás, o casamento hétero e monogâmico instituído no Éden, o dilúvio, a destruição de Sodoma e Gomorra, a experiência de três dias de Jonas no ventre de um grande peixe, o dom profético de Daniel, dentre outras, são verdades que foram devidamente confirmadas por Jesus. E, segundo Ele, se queremos estar prontos para vê-Lo face a face, devemos ser santificados pela Palavra (Jo.17:17). Porque sem a santificação “ninguém verá o Senhor” (Hb.12:14).
Há uma frase de Billy Graham que diz: “Estude a Bíblia para ser sábio, creia para ser salvo, siga seus preceitos para ser santo”. Emoção e razão precisam estar em ponto de equilíbrio em se tratando de adoração. “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente” (v.15). Percebem, amados? E é exatamente na Palavra de Deus que encontramos esse ponto de equilíbrio que nos ajuda a fazer tudo “com decência e ordem” (v.40), “porque Deus não é de confusão, e sim de paz” (v.33). A proibição quanto às mulheres falarem nas igrejas, apesar de ser polêmico e dar margem para algumas teorias, certamente foi algo necessário dadas as circunstâncias temporais e locais. Pode se referir também a uma proibição apenas com relação a não criticarem as profecias. O que de fato é importante nesta ordem de Paulo era que tudo fosse “feito para edificação” (v.26) da igreja e, consequentemente, para o avanço da obra.
Longe de ser um sinal do favor do Espírito Santo, a glossolalia, ou falar em “línguas estranhas”, portanto, não é bíblico e muito menos uma prova de espiritualidade. Pelo contrário, “as línguas” (ou seja, falar em outros idiomas), “constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos” (v.22), pois é uma forma do evangelho impactar o coração dos “que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap.14:6). Temos um evangelho eterno a pregar, e “se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha” final? (v.8). Somente na Bíblia encontramos a linguagem da edificação. Se “o que profetiza edifica a igreja” (v.4), precisamos nos apegar ao estudo da Bíblia em oração para que a nossa vida profetize a favor dela. “Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de profetizar” (v.39), pois é melhor “falar na igreja cinco palavras” com entendimento, “para instruir outros”, do que “falar dez mil palavras em outra língua” (v.19). Vigiemos e oremos!
Bom dia, profetas do Senhor!
* Oremos por Adriano. Ele teve uma melhora nesses últimos dois dias. Deus seja louvado! Oremos uns pelos outros e pelo derramamento da chuva serôdia em nossa vida.
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #1Coríntios14 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
2 Comentários so far
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Amém… Preguemos, instemos dentro e fora do tempo!
Comentário por Filipe Venusto 22 de setembro de 2021 @ 3:11Bom dia amados irmãos peço oração por um amigo que está muita doente. Linike é o nome dele. Deus abençoe a todos.
Comentário por Adriana Maria de Jesus 22 de setembro de 2021 @ 6:21