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“Então, disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do rei” (v.9).
A fome apertou em Samaria. Não havia esperança. Entretanto, a profecia dada por intermédio de Eliseu era de boas-novas. E para toda boa notícia, há pelo menos uma opinião negativa, esta veio do “capitão a cujo braço o rei se apoiava” (v.2). Ou seja, era um homem de confiança no reino de Jorão e que semeou dúvida acerca da palavra profética. Por não ter acreditado na Palavra de Deus, ele veria o cumprimento da profecia, mas dela não iria usufruir.
Opiniões contrárias nunca impediram o agir de Deus. Mesmo que muitos (até mesmo a maioria) tenham duvidado de Sua Palavra e de Suas promessas, nenhuma delas deixou de se cumprir (Js.21:45). Deus usa até mesmo instrumentos improváveis para revelar que Suas palavras são fiéis e verdadeiras. Desta vez, Ele usou quatro leprosos. Primeiro, eles começaram a desfrutar sozinhos dos despojos do exército sírio. Então, caíram em si e perceberam que não podiam mais se calar diante de tão boas-novas. Se amanhecesse e eles fossem pegos, certamente seriam punidos pelo silêncio. A notícia da fuga dos sírios salvaria o povo da morte por inanição e da abominação do canibalismo.
A Bíblia diz que eles foram e bradaram; anunciaram a salvação. Sabem, amados, esta história não nos faz pensar em algo muito sério? A lepra do pecado tem destruído a humanidade e o mundo. Destruído nossos sonhos, destruído nossa alegria, destruído nossa saúde, destruído nossa esperança! E o que estamos fazendo para amenizar tão grande sofrimento? Estamos fazendo como aquele homem de confiança de Jorão, espalhando dúvidas sobre a Palavra do Senhor? Estamos como no início estiveram aqueles leprosos, escondendo o tesouro do Reino dos Céus só para nós? Ou estamos como os leprosos quando caíram em si, e bradaram e anunciaram as boas-novas antes que fosse tarde demais?
A última e grandiosa promessa de Deus é a do retorno glorioso de Cristo. “Porque o Senhor cumprirá a Sua palavra sobre a terra, cabalmente e em breve” (Rm.9:28). “Eis que vem com as nuvens e todo olho O verá” (Ap.1:7). “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da Terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt.24:30). Assim como o capitão de Israel, muitos só contemplarão, mas não desfrutarão da salvação; porque fecharam o coração para os apelos do Espírito Santo. Outros que conheciam as boas-novas, mas não as compartilhou, também serão “tidos por culpados” (v.9). Se você, por exemplo, soubesse que o seu vizinho está correndo risco de morte, você não o alertaria? E porque damos tão pouca consideração à missão que envolve vida ou morte eterna? Porque tanta apatia espiritual quando deveria haver uma fervorosa busca pela plenitude do Espírito Santo?
Cristo nos deixou a missão que deve ser a nossa maior prioridade nesta terra: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, e deixou uma promessa a todo aquele que busca cumpri-la: “E eis que estarei convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt.28:19-20). A grande prova final está chegando e não vai tardar. É preciso estar pronto para resisti-la. Os que não aproveitaram as oportunidades, com adormecida consciência da morte iminente, trocarão a verdade pelo erro para desfrutar de uma falsa segurança que os levará a confiar no primeiro engano: Certamente, não morrereis! (Gn.3:4).
Como aqueles leprosos foram atalaias para a salvação da casa de Israel, hoje, somos atalaias para o Israel espiritual de Deus (Gl.6:16). Mesmo que cansados e machucados pelo grande conflito em que estamos envolvidos, pela fé, podemos erguer nossos olhos acima deste mundo escuro e contemplar Aquele que prometeu estar conosco na missão de salvar. Quando Deus diz ao ímpio: Certamente morrereis! E não nos importamos em alertá-lo e adverti-lo, Deus requererá o sangue deste ímpio de nossas mãos (Ez.3:18). A verdadeira piedade habita em todo coração que confia em Deus e nEle se refugia. Na mais humilde alma há o mais genuíno poder e o maior amor pela missão. Viver para salvar é viver para amar, e amar para sempre! Isto deve começar em nosso coração, do nosso coração para a nossa casa, e de nossa casa para o mundo.
Assim como Israel padecia de fome, o mundo padece pela falta de esperança. Todo filho do reino celestial deve ser arauto do Senhor, anunciando as boas-novas de salvação em Cristo Jesus. A verdadeira compreensão das Escrituras aliada a uma vida de oração, eis o que norteará o povo de Deus na jornada rumo à eternidade; algo que só será revelado aos humildes de espírito, que temem a Deus e reconhecem que sem a esclarecedora voz do Espírito Santo é impossível adentrar na intimidade do Pai e conhecer-Lhe o caráter imaculado. Pois “a intimidade do Senhor é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança” (Sl.25:14). Assim como a notícia dada a Israel, precisamos bradar e anunciar ao mundo com nossa voz e com nossa vida: “Está perto o grande Dia do Senhor; está perto e muito se apressa. Atenção!” (Sf.1:14). Vigiemos e oremos!
Bom dia, arautos do segundo advento!
Rosana Garcia Barros
#2Reis07 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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