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“Tornou-lhe ele: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do Senhor, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água. (Porém mentiu-lhe)” (v.18).
O capítulo de hoje apresenta uma das histórias mais intrigantes da Bíblia. Conhecido apenas como “um homem de Deus” (v.1), este profeta foi encarregado em declarar uma mensagem de juízo a Jeroboão. Entretanto, o Senhor não o havia instruído apenas quanto ao conteúdo da mensagem, mas também quanto ao seu procedimento no retorno para casa. Com palavras fortes e em alto e bom som, o profeta expôs a Jeroboão o juízo vindouro sobre “os sacerdotes dos altos” (v.2) e um sinal para provar a veracidade de suas palavras.
Nem o altar rachado, ou a sua mão ressequida, além da cura milagrosa, foram suficientes para mudar o coração do rei de Israel. Com os olhos voltados para o instrumento humano, ofereceu-lhe recompensa, que logo foi recusada em obediência ao “assim diz o Senhor”. Encontramos muitas vezes esta expressão sendo utilizada pelos profetas. É como se fosse a assinatura de Deus na linguagem humana. É a forma de Deus de nos dizer: “Quem está falando é o homem, mas a autoridade da palavra é Minha”.
Mas apesar da recusa inicial do profeta e da sua fidelidade à ordem que o Senhor lhe havia dado “pela Sua palavra” (v.9), apareceu um terceiro personagem que representou a sua ruína. O profeta velho apresentou ao homem de Deus justamente uma palavra contrária a que Deus o havia ordenado, afirmando ter sido instruído por um anjo do Senhor. “Porém mentiu-lhe” (v.18). A Bíblia não diz o motivo da mentira que custou a vida daquele homem. Mas nos revela sobre o terrível perigo do engano. Percebam que o Senhor havia dito: “Não comerás pão, nem beberás água” (v.9). E o falso profeta disse: “que coma pão e beba água” (v.18). Isso não nos lembra da primeira mentira?
Foi uma contrafação como esta que causou a queda de nossos primeiros pais. Deus havia dito: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn.2:16-17). Então, Satanás distorceu a palavra do Senhor ao questionar: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” (Gn.3:1). E diante da resposta da mulher, veio a maior e a primeira de todas as mentiras: “É certo que não morrereis” (Gn.3:4).
Amados, por mais lamentável que tenha sido o fim daquele homem de Deus, ele sofreu os resultados de se dar crédito à palavras humanas em detrimento da Palavra de Deus. Como ele foi enganado por aquele falso profeta, Jesus nos advertiu que “surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito” (Mt.24:24-25). Às vezes, o engano pode surgir daqueles que menos esperamos. Aquele profeta velho pode representar líderes religiosos os quais admiramos, mas que mentem sob a capa de palavras brandas que afagam o nosso ego e acabam nos levando por um caminho diferente daquele que o Senhor nos apontou.
Portanto, meus irmãos, na jornada que nos levará para Casa, não é hora de ficarmos ociosos como o homem de Deus, “[sentados] debaixo de um carvalho” (v.14), mas “já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm.13:11). Já é hora de estarmos em tão íntima comunhão com o Céu, que, pela sabedoria do Espírito, saibamos discernir o que de fato procede de Deus, “porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1Jo.4:1). Já é hora de fazermos da oração os pulmões de nossa alma, enchendo-a do fôlego de vida do Espírito Santo. Já é hora de praticarmos a solene e sagrada ordem: “Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2Tm.4:5). Vigiemos e oremos!
Feliz semana, guiados pelo Espírito!
Rosana Garcia Barros
#1Reis13 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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