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“Porém ele desprezou o conselho que os anciãos lhe tinham dado e tomou conselho com os jovens que haviam crescido com ele e o serviam” (v.8).
Após a morte de Salomão, Roboão, seu filho, foi declarado o novo rei de Israel. Todo o povo se reuniu ansioso para saber se o sucessor de Salomão lhes concederia um alívio trabalhista e tributário. Tomando conselho com os anciãos “que estiveram na presença de Salomão, seu pai” (v.6), Roboão só queria uma resposta que lhe favorecesse e o ajudasse a construir um império ainda maior e melhor. Porém, considerando desfavorável o conselho dos anciãos, foi buscar uma segunda opinião com “os jovens que haviam crescido com ele” (v.8).
Aliando-se a seus “amigos”, Roboão assumiu a postura de um déspota, lançando sobre o povo um jugo maior do que o anterior, causando assim a sedição de dez tribos de Israel, como o Senhor havia predito por intermédio do profeta Aías. Impedido de fazer guerra contra seus irmãos, Roboão reinou apenas sobre Judá, e Jeroboão reinou sobre Israel. Ambos os reinos levaram o povo à mais terrível corrupção e idolatria, dando início à fase do clamor dos profetas.
A idolatria de Jeroboão e seus meios de envolver o povo em uma falsa adoração foi só o início de tempos muito difíceis para aqueles que desejavam permanecer fiéis em meio à infidelidade. Hoje, os bezerros de ouro ganharam novas formas e têm sido erguidos sob o disfarce de conquistar pessoas. Uma igreja cheia é mais valorizada do que uma igreja reavivada. E é dentro desta perspectiva cada vez mais agravante, que nos aproximamos do limiar do “tempo de angústia, qual nunca houve” (Dn.12:1). Somente o Espírito Santo pode nos guiar “a toda a verdade” (Jo.16:13). E somente por meio do Espírito, o remanescente de Deus obterá a sabedoria para entender o tempo solene e decisivo que estamos vivendo.
Julgada muitas vezes de forma errônea como a voz do passado, a voz profética do Antigo Testamento realizou uma obra que sobrepuja a antiga necessidade e nos alcança com a força da Palavra que não pode ser mudada. O mesmo Deus que condenava a idolatria no passado, tanto mais a odeia hoje. O mesmo Deus que estabeleceu limites ao antigo Israel e o elegeu como um povo santo é O mesmo que declara ao Israel atual: “Vós sois a luz do mundo” (Mt.5:14). É na comunhão diária que obtemos a sabedoria que necessitamos para saber fazer diferença entre o “assim diz o Senhor” e as opiniões humanas. Então, guiados pelo Espírito do Senhor, nossa vida revelará a quem de fato servimos.
Muitos têm “escolhido a seu bel-prazer” (v.33) suas próprias formas de adoração. Assemelhando-se ao mundo, buscam maneiras de imitá-lo, enquanto afirmam que não o imitam, “vestindo” o profano com “roupas” de santidade. Enquanto isso, outra classe, cuidadosamente constrói uma cerca em torno de si e repele todo aquele que julga não ser santo o suficiente. E nesta guerra religiosa acaba acontecendo o mesmo que aconteceu em Israel: divisão. Amados, tomemos “por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor” (Tg.5:10). Homens e mulheres que, mesmo em meio à apostasia predominante, foram perseverantes em obedecer à Palavra de Deus. Necessitamos desta unidade em torno da Palavra e da oração, então, o mundo será iluminado com a glória de Deus e Jesus Cristo voltará. Portanto, “tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa” (Hb.10:36). Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, perseverantes do Senhor!
Rosana Garcia Barros
#1Reis12 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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