Reavivados por Sua Palavra


Hebreus 6 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
24 de novembro de 2021, 0:45
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“E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa” (v.15).

Após avaliar a fé dos hebreus cristãos como infantil no sentido de não haver progresso espiritual, o autor os exortou a se aprofundarem no conhecimento de Deus de modo que se deixassem “levar para o que é perfeito” (v.1). Ao elencar seis “princípios elementares da doutrina de Cristo” (v.1), pondo-os à parte como não sendo essencial naquele momento que neles se prendessem, ele não os desconsiderou. Pelo contrário, chamando-os de “base” (v.1), confirmou o sólido fundamento da doutrina de Cristo sobre a qual devemos construir e desenvolver a nossa fé. Os hebreus precisavam compreender a necessidade da edificação da fé; de seu crescimento e amadurecimento.

Notem que os princípios fundamentais apresentados neste capítulo contêm uma sequência lógica:

1. “Arrependimento de obras mortas”: O verdadeiro arrependimento envolve o abandono das obras da carne. O arrependimento nada mais é que a resposta humana à bondade divina (Rm.2:4);

2. “Fé em Deus”: Quando aceito a Jesus como Senhor e Salvador de minha vida, e me arrependo de meus pecados, é a fé em Seus méritos de justiça que me fortalece para prosseguir andando com Ele. Pois “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1Jo.5:4);

3. “Batismos”: O batismo é a demonstração pública de que desejo seguir os passos do meu Salvador a começar pelo cumprimento da justiça que Ele mesmo Se submeteu ao iniciar o Seu ministério terrestre, nos deixando o exemplo. “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dEle” (At.22:16);

4. “Imposição de mãos”: O ato de imposição de mãos a que o autor se referiu aqui pode estar associado ao ato iniciado pelos apóstolos ao impor as mãos sobre os que eram batizados, a fim de receberem o poder do Espírito Santo. Pois não há nada de mágico no batismo. O batismo deve ser uma resposta de obediência e de entrega; a permissão humana para a atuação divina. Então, “[o] Espírito Santo tomará as coisas de Deus e as revelará a você, transmitindo-as como força viva ao coração obediente” (Ellen G. White, CPB, Parábolas de Jesus, p.149);

5. “Ressurreição dos mortos”: O autor também julgou ser este um assunto bem definido entre os judeus cristãos. A verdade de que Cristo ressuscitou dos mortos e que, haverá de ressuscitar os que dormem no pó da terra, deve compor a base da fé cristã. “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos, ouvirão a Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo.5:28-29);

6. “Juízo eterno”: Eis um dos assuntos mais polêmicos na Bíblia, e, ao mesmo tempo, mais simples de se entender quando estudado e compreendido à luz do seguro e imutável “Assim diz o Senhor”. Não temos o que temer do juízo divino se confiamos a nossa vida nas mãos de Jesus Cristo, nosso Advogado celestial, O qual pagou a nossa exacerbante fiança. Como bem pontuou o discípulo amado: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo.2:1).

Pois bem, amados, com base nessa segura doutrina, precisamos erguer as paredes de nossa fé e permitir que o Espírito Santo nos transforme em Sua casa habitável, Sua santa morada. Quando há uma ruptura desta fé e, deliberadamente, um retorno à velha vida, pode acontecer a impossibilidade de que o autor se referiu, o pecado imperdoável contra o Espírito Santo. Disse Jesus: “se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mt.12:32). Trata-se, por exemplo, da obstinação de Faraó, que mais e mais endurecia o seu coração diante das manifestações do poder de Deus no derramamento das pragas sobre o Egito. Condição esta que será novamente testemunhada nos ímpios quando caírem as últimas pragas sobre a Terra (Ap.16:9, 11, 21).

Como a última igreja de Deus na Terra, não podemos nos conformar com uma fé rasa e líquida, que se apega a questões que em nada nos edificam. Mas, firmes e constantes na oração e no diligente e sério estudo das Escrituras e do Espírito de Profecia, devemos, “cada um de [nós]”, mostrar, “até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança” (v.11), para que não nos tornemos indolentes, insensíveis à obra do Espírito do Senhor, “mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas” (v.12). Como Abraão esperou com paciência pelo cumprimento da promessa, somos chamados a suportar o que julgamos demorado: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt.24:13). “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap.14:12). Que o Espírito Santo faça de nós verdadeiros gigantes na fé. Vigiemos e oremos!

Bom dia, aperfeiçoados em Cristo!

* Oremos para que o Espírito Santo aumente a nossa fé. Oremos uns pelos outros.

Rosana Garcia Barros

#PrimeiroDeus #Hebreus6 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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