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Comentário devocional:
Éfeso foi, talvez, a quarta maior cidade do Império Romano, logo depois de Roma, Alexandria e Antioquia. A arena de Éfeso podia conter 25 mil pessoas. A deusa padroeira era Diana, e seu templo era enorme, com 127 colunas de mármore. Acreditava-se que a imagem de Diana havia caído do céu (v.35). A cidade era a capital de negócios da Ásia Menor, e estava repleta de espiritualismo. Quando visitei Éfeso, fiquei espantado. Eu andei por horas, vendo rua após rua de ruínas escavadas. Eu vi a grande biblioteca, a arena, o mercado, os banheiros públicos ao longo das principais vias. Olhando para baixo, vi a estrada que levava ao porto e, à esquerda, o local onde as pessoas se reuniam. Maravilhei-me que Deus pudesse usar um homem para transformar toda aquela região em seguidores de Cristo, começando com a cidade profundamente pagã de Éfeso.
Paulo passou por Éfeso em sua viagem para Jerusalém, mas não pôde ficar (Atos 18:18-21). Então, ele prometeu voltar. Quando o fez, descobriu alguns discípulos de João Batista que não sabiam quase nada sobre Jesus Cristo. Quando Paulo lhes contou sobre o Salvador, Seu ministério, morte e ressurreição, e Sua promessa do Espírito Santo, eles aceitaram todas as novas de todo o coração. Imediatamente eles começaram a falar em outras línguas e profetizaram (vv.1-7), exatamente como aconteceu no dia de Pentecostes, cerca de 20 anos antes.
Como em cidades anteriores, os judeus se voltaram contra Paulo. Porém durante o seu ministério em Éfeso de mais de dois anos, todos os que habitavam na região da Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus (v.10).
Este centro cosmopolita estava mergulhado no espiritualismo. Mas onde o poder de Satanás é mais óbvio, o poder de Deus é mais claramente demonstrado. Os doentes eram curados, e quando os filhos de um sacerdote judeu apóstata tentaram usar o poder de Paulo, eles foram superados pelo demônio que estavam tentando expulsar. Isso levou os crentes a cortar completamente os laços com o espiritualismo, queimando seus livros sobre magia. “Assim, a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia” (v.20).
O que é preciso para ser um instrumento de Deus, como Paulo foi em Éfeso? Talvez devêssemos começar com a pergunta de Paulo aos primeiros discípulos: vocês receberam o Espírito Santo quando creram? (v.2). Em outras palavras, é Jesus verdadeiramente real em sua vida? A única fonte de poder é Jesus, através do ministério do Espírito Santo. O que significa isto? Jesus é o único que derrotou os poderes das trevas. Aceitar tudo o que Jesus é e o que Ele ensina é também aceitar o poder que Ele oferece. Paulo compreendeu esta verdade e viveu.
Ron E. M. Clouzet
Diretor do Instituto de Evangelismo NAD
Professor do Ministério e Teologia Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/19/
Traduzido por GASQ/JAQ
Texto bíblico: Atos 19
Comentários em áudio
Comentário devocional:
Bel era um dos principais deuses dos babilônios. Bel, assim como Baal, significa “senhor”, e era também o título aplicado ao principal deus deles, Marduk (Jer. 50:2 ), e a seu filho Nebo, o deus do conhecimento e da literatura. Os babilônios costumavam peregrinar até à cidade de Bel, no início de cada ano, levando as imagens em carroças puxadas por animais (v. 1). Mas esses deuses e todo esse esforço não conseguiriam evitar a queda de Babilônia.
A história revela que quando o rei assírio Senaqueribe destruiu Babilônia cerca de um século antes, levou o ídolo Marduk como despojo de guerra. Deus estava dizendo através de Isaías que o mesmo que acontecera no passado aconteceria de novo com os deuses de babilônia: “eles mesmos vão para o cativeiro” (v. 2b NVI).
E o maravilhoso Deus de Israel vai ainda mais longe ao contrastar os deuses incompetentes da Babilônia consigo mesmo. Enquanto os deuses dos pagãos precisavam ser carregados de um lugar para outro por animais de carga (v. 1b), o próprio Deus carrega Seus adoradores no colo, desde o nascimento até a morte! “Escute-me, ó casa de Jacó, todos vocês que restam da nação de Israel, vocês, a quem tenho sustentado desde que foram concebidos, e que tenho carregado desde o seu nascimento. Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e eu os levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei. ” (v. 3-4 NVI).
Você já ouviu falar do Poema das Pegadas? Certamente já. “Uma noite eu sonhei que estava andando na praia com o Senhor…” Às vezes, o autor (quem quer que seja), ao olhar para trás, só podia discernir um par de pegadas na areia, e isso o incomodava, porque ele imaginava que o Senhor o tinha deixado a andar sozinho durante o período mais difícil de sua vida. Finalmente, o Senhor lhe sussurrou: “Quando você viu apenas um par de pegadas, foram os momentos em que Eu te carreguei no colo.”
Como é difícil para nós lidar com o silêncio de Deus! Quão natural é para nós a ceder ao desânimo quando as coisas ao nosso redor parecem dar errado, quando a noite escura da alma parece habitar em nosso coração!
Deus, através de Seu servo Isaías, recorda-nos que fazer deuses a partir daquilo que Ele criou não é razoável nem trará a solução aos nossos problemas (v. 5-7). Apeguemo-nos Àquele que conhece o fim “desde o princípio” (v. 10 ARA), tendo a certeza de que a Sua salvação “não está distante” (v.13 NVI).
Concentremo-nos diariamente em Deus e lembremo-nos de que Sua libertação está próxima.
Ron E M Clouzet
EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/isa/46/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Isaías 46
Comentário devocional:
Este capítulo é tão rico que é difícil escrever um comentário limitado a poucas palavras.
Em primeiro lugar encontramos novamente a figura de Ciro. Os evangelistas atuais citam Isaías 44:26 a 45:1 e, efetivamente, impressionam sua audiência ao contar a história da conquista da Babilônia e como havia sido profetizada por Isaías, 150 anos antes de realmente acontecer. O nome do conquistador, os reis e nações subjugados, o rio desviado, os portões deixados abertos e a declaração de que Jerusalém e seu Templo seriam reconstruídos – tudo isso está contido nesses versículos.
A versão de Ciro, escrita no Cilindro de Ciro, agora no Museu Britânico, fala da conquista da Babilônia sem uma batalha sequer e a subsequente libertação dos cativos para adorarem como bem entendessem em suas próprias terras.
O historiador grego Heródoto, fornece mais alguns detalhes. Enquanto Ciro estava sitiando a cidade de Babilônia o seu cavalo favorito se afogou no rio Eufrates. Chateado com o rio, ele colocou seus homens a cavar canais para desviar o seu curso. O Eufrates corria então sob os muros e através da cidade, e quando o nível da água caiu o suficiente para permitir que o exército de Ciro foi capaz de percorrer o leito do rio e encontrar os portões internos da cidade aberta. Naquela noite o rei de Babilônia foi morto (Dan 5:30) .
Muitos eruditos liberais assumiram a posição de que a seção dos capítulos 40-66 de Isaías não podia ter sido escrita pelo profeta Isaías, mas, sim, por um “segundo” Isaías. Uma das principais razões é a menção de Ciro antes de seu nascimento, os detalhes desta profecia e o fato de que em vários lugares o texto fala do exílio na Babilônia e do retorno dos exilados. A conclusão errônea destes estudiosos é que esta parte de Isaías foi escrita dois séculos mais tarde, quando esses eventos já estavam ocorrendo, e não antes.
Contudo existem razões sólidas para creditar a Isaías a autoria também desta porção, uma delas é que o apóstolo João cita Isaías 6 e Isaías 53 como sendo de um único autor (veja João 12:38-41). Além disso, o livro de Isaías encontrado entre os Manuscritos do Mar Morto, copiado 150 anos antes de Cristo e descoberto em 1947, não dá nenhuma indicação de haver divisões no livro ou da existência de vários autores.
Outro ponto de destaque neste capítulo pode ser visto nos versos 11 e 12 quando Deus dá duas razões poderosas como prova de Sua divindade e atributos: o fato de que ele pode prever o futuro e que Ele é o criador do universo. Este aspecto é mencionado tantas vezes nestes capítulos que eu acabei chamando-o de: “a Assinatura de Deus”. Ela tem três componentes: 1) Ele criou os céus; 2) Ele criou a terra; e 3) Ele criou a raça humana para encher a terra. Isso é mencionado seis vezes nesta seção de Isaías (42:5; 44:24; 45:12, 18; 51:13, 16), duas vezes neste capítulo! “Fui Eu que fiz a terra e nela criei a humanidade. Minhas próprias mãos estenderam os céus; Eu dispus o seu exército de estrelas” (v.12 NVI).
Uma das experiências mais gratificantes para mim, nos últimos anos, tem sido a de aprender muito mais sobre cosmologia e a grandeza de Deus. O ajuste fino do universo e do planeta em que vivemos, e até mesmo a nossa própria biologia são evidências maravilhosas de que há um só Deus, e de que Ele unicamente tem o poder de colocar em operação tão grande projeto.
Louvado seja o Seu santo nome! Ele é o Criador!
Ron E M Clouzet
Diretor do Instituto de Evangelismo
Professor de Ministério e Teologia do Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/isa/45/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Isaías 45