Reavivados por Sua Palavra


Efesios 4 – Comentários Selecionados by tatianawernenburg
22 de abril de 2015, 1:00
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1 Rogo-vos, pois. Com este versículo começa o que pode ser denominado de seção prática da epístola, embora o apóstolo Paulo não considerasse a doutrina e a prática como aspectos separados da fé. A teoria e sua aplicação estão entretecidas na apresentação que Paulo faz do grande tema da unidade dos crentes. Porém, nesta seção são dadas exortações especiais sobre os deveres e privilégios cristãos, devido à graça recebida e às responsabilidades mútuas entre os irmãos. A ênfase aqui é colocada mais nos efeitos do que nas causas da vida espiritual. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 1132.

2 Suportando-vos. Do gr. apechõ, “sustentar”. CBASD, vol. 6, p. 1133.

Em amor. A paciência somente se manifesta em um coração que ama. CBASD, vol. 6, p. 1133.

9 Regiões inferiores da terra. Pode-se entender este enunciado como se referindo à própria Terra, no qual “Terra” está ligada a “regiões inferiores”, ou a “inferno”, para onde se diz ter ido a alma de Cristo ao morrer. Esta última interpretação requer que a passagem seja referente à morte e ao sepultamento de Cristo. Foi a humilhação de Cristo que O levou à exaltação. Por meio dessa experiência, Ele Se tornou um sumo sacerdote compreensivo e eficaz, familiarizado com todas as vicissitudes da vida humana, inclusive com a morte. CBASD, vol. 6, p. 1134.

14 Agitados de um lado para outro. Literalmente, “atirados pelas ondas”. A falta de firmeza, muitas vezes associada à juventude, não deve ser a característica do crente, mas a paciência, a resistência e a estabilidade. Os que sempre buscam algo novo e são atraídos por ideias sensacionalistas, colocam uma base frágil para a vida da igreja. Da mesma forma, a especulação teológica e filosófica além dos limites legítimos produz instabilidade de crença e de caráter. CBASD, vol. 6, p. 1136.

Vento de doutrina. Paulo não menospreza a doutrina ou a teologia, como uma expressão sistematizada de conhecimentos a respeito de Deus, mas adverte contra a indecisão, incerteza e imprecisão que, com frequência, acompanham a reflexão teológica. Sem dúvida, ele também se refere à especulação ociosa que geralmente marca os debates religiosos. Os dois extremos são elementos perturbadores da vida da igreja. CBASD, vol. 6, p. 1136.

Artimanha. Literalmente, “jogo de dados”. Os “ventos de doutrina” são projetados para enganar, como quando um jogador ingênuo é vítima da astúcia de um trapaceiro. Não é apenas uma questão de acaso, pois os dados estão viciados; o que parece ser ensino de Cristo, em realidade não o é. CBASD, vol. 6, p. 1136.

17 Vaidade. Do gr. mataiotes. A ideia não é de presunção, mas de objetivos frívolos e vazios. O gentio sem Cristo vagueia sem objetivo, sem esperança, e descuidadamente. CBASD, vol. 6, p. 1137.

22 O velho homem. Esta expressão parece significar mais do que simplesmente antigos atos ou hábitos; inclui a própria mente e a natureza humana, de onde se originam os atos. O velho eu morre (Rm 6:6) e não deve reviver. CBASD, vol. 6, p. 1139.

25 Membros uns dos outros. A mentira tende a destruir a unidade da irmandade; o engano opõe um membro ao outro (ICo 12:15). Não pode haver verdadeira união entre as pessoas a não ser na base da absoluta confiança (Zc 8:16). CBASD, vol. 6, p. 1140.

26 Não pequeis. O texto grego indica que se trata de uma ordem. Esta advertência é feita para evitar que ira justificável produza reações de ressentimento pessoal, vingança e perda de domínio próprio. Alguém comentou que “às vezes, fazemos bem em demonstrar ira, mas temos confundido essas vezes”. CBASD, vol. 6, p. 1140.

Não se ponha o sol. Aqui está uma salvaguarda contra o abuso da indignação. Embora deva sempre haver indignação contra o pecado, o ressentimento acalentado é destrutivo. CBASD, vol. 6, p. 1140.

29 A que for boa. Não é suficiente que o cristão se abstenha da linguagem obscena. Suas palavras devem cumprir um propósito útil. Jesus advertiu contra o uso de palavras ociosas ou sem propósito útil (Mt 12:36). CBASD, vol. 6, p. 1141.

32 Perdoando. A bondade e a ternura são de pouco proveito, a menos que se expressem no espírito de perdão. A bondade pode ser meramente uma espécie de cortesia ou polidez, se não estiver disposta a dar o passo do perdão. O espírito de perdão é mais do que um ideal ou mesmo uma virtude, é uma decidida atitude do coração e da mente. O Senhor Jesus é o único modelo que devemos seguir (Mt 6:12; Lc 6:36). O perdão foi comprado a um preço infinito, porém, não custa nada ao pecador, exceto o sacrifício do orgulho pessoal de perdoar os outros. CBASD, vol. 6, p. 1142.



Ezequiel 5 by Jeferson Quimelli
2 de julho de 2014, 1:14
Filed under: caráter de Deus, correção, desobediência, pecado, profecias | Tags: , , ,

Comentário devocional:

Este é um daqueles capítulos cuja leitura muitos procurariam evitar. Nele, Ezequiel é instruído por Deus para raspar a cabeça e a barba com uma espada bem afiada. Deveria, então, pegar e queimar uma terça parte, cortar outra terça parte com a espada ao redor da cidade e espalhar a parte restante ao vento, salvando algumas mechas para costurar em sua roupa e, destas, ainda, atirar algumas no fogo para queimar. A aplicação deste recurso visual é clara: Deus está julgando o seu povo por causa de sua rebeldia e Sua ira está prestes a ser derramada sobre eles.

Julgamento e ira são temas que todos nós tentamos evitar. Eu tenho uma amiga que é conhecida por sua compaixão. Ela ama as pessoas e passa a vida cuidando daquelas que sofrem. Muitas vezes ela passa noites em claro orando por pessoas que estão padecendo. Ela ama a todos, não apenas aqueles que também a amam, mas também aquelas que não gostam dela por qualquer motivo. Esta senhora não quer que ninguém sofra, mesmo que alguns possam considerá-la seu “inimigo”.

Minha amiga compassiva leu essas passagens em Ezequiel e julgou ser o tratamento de Deus muito severo e arbitrário por punir as pessoas de forma tão severa. Mas, à medida que continuou a estudar as Escrituras, ela aprendeu que não podemos retirar esses tipos de passagens de seu contexto, sem considerar o que houve antes e depois.

Os textos bíblicos escritos antes de Ezequiel revelam não somente séculos de promessas de bênçãos pela obediência, mas também de advertências de disciplina e castigos que se seguiriam à rebelião. Então, as pessoas não foram pegas de surpresa nem eram ignorantes do mal que haviam feito. 

O passado de Israel também revela que durante séculos homens e mulheres de Deus lembraram a nação do amor de Deus e apaixonadamente apelaram ao povo para retornar à piedade. E, mais importante, revela que quando o Seu povo se arrependeu no passado, Deus os recebeu de volta. O capítulo cinco de Ezequiel não apresenta um Deus arbitrário, mas um Deus justo, que cumpre Suas promessas.

Assim como não podemos ler capítulos como este isolados do passado, não podemos lê-los isolados do futuro também. Na leitura de hoje, vemos que mesmo que tenhamos a tendência de minimizar o pecado, Deus o leva a sério, especialmente o pecado daqueles que tem maior conhecimento. Na leitura de amanhã, veremos que quando Deus traz julgamento, Ele também fornece graça. Amém.

Pr. Eric Bates
EUA

 

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/5/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Ezequiel 5 

Comentário em áudio