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653 palavras
1 Nome. Neste caso, “reputação”. A hipocrisia caracterizava essa igreja, que não era aquilo que fingia ser. As igrejas da Reforma professaram ter descoberto o que significa viver pela fé em Jesus Cristo. Todavia, em sua maioria, caíram em um estado semelhante ao da organização da qual haviam se separado (cf. 2Tm 3:5). CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 835.
Estás morto. Protegidas pelo poder e prestígio do estado e abrigadas pelo refúgio de credos confessionais rígidos, as igrejas nacionais do mundo protestante passaram a se contentar, de modo geral, com a forma de piedade, sem seu poder. CBASD, vol. 7, p. 836.
8 Uma porta aberta. Os adventistas do sétimo dia defendem que o encerramento do período de Filadélfia (1844) marca o início do juízo investigativo (ver com. de Dn 7:10; Ap 14:6,7). … O ritual do santuário terrestre consistia essencialmente de duas partes, o serviço diário da ministração pelo pecado, no lugar santo, e o serviço anual, no Dia da Expiação, que era considerado um dia de juízo, no lugar santíssimo (ver Hb 9:1, 6, 7; ver com. de Dn 8:11, 14). Considerando que o santuário terrestre era “figura e sombra das coisas celestes” (Hb 8:5), conclui-se que os serviços diário e anual do santuário terrestre encontram correspondentes no ministério de Cristo no santuário celestial. Falando em termos do santuário terrestre, que era uma “figura do verdadeiro” (Hb 9:24), no antitípico Dia da Expiação, iniciado em 1844, nosso grande Sumo Sacerdote deixou o lugar santo do santuário celestial e entrou no santíssimo. Assim, a “porta fechada” seria a do lugar santo do santuário celestial e a “porta aberta”, a do santíssimo, no qual Cristo se acha envolvido na obra do grande antitípico Dia da Expiação, desde 1844. … Em outras palavras, a “porta fechada” indica o encerramento da primeira etapa do ministério celestial de Cristo e a “porta aberta”, o início da segunda etapa. CBASD, vol. 7, p. 838.
Ninguém pode fechar. Cristo levará avante a obra de redenção até terminá-la. O ser humano nada pode fazer para impedir Seu ministério nas cortes do Céu, nem em Sua jurisdição e em Seu controle sobre as questões terrenas. CBASD, vol. 7, p. 838.
12 Nova Jerusalém. Não é “nova” no sentido de ser uma réplica da cidade literal com o mesmo nome, mas o contraste celestial de sua correspondente terrena. A antiga Jerusalém deveria ter se tornado uma metrópole nesta Terra e perdurado para sempre (ver vol. 4, p. 16, 17). Todavia, por sua falha em cumprir o plano designado, esse papel será concedido à nova Jerusalém. A expressão “nova Jerusalém” só ocorre no Apocalipse, mas o conceito é anterior (ver Gl 4:26; Hb 12:22; sobre o conceito de “Jerusalém”, ver com. de Js 10:1). CBASD, vol. 7, p. 838.
18 Ouro. Representa as riquezas espirituais, oferecidas como o remédio de Cristo para a pobreza espiritual dos laodicenses. Este “ouro” figurado pode ser interpretado como uma referência à “fé que atua pelo amor” (Gl 5:6; Tg 2:5; cf. PJ, 158) e às obras que resultam da fé (ver 1Tm 6:18). CBASD, vol. 7, p. 843.
Refinado pelo fogo. Sem dúvida, a referência aqui é à fé que foi provada e purificada pelo fogo da aflição (ver com. de Tg 1:2-5; cf. Jó 23:10). CBASD, vol. 7, p. 843.
Vestiduras brancas. Fazem contraste com a nudez dos laodicenses, que se destacava diante da ostentação de acharem que não careciam de nada (v. 17). As vestiduras brancas podem ser interpretadas como a justiça de Cristo (Gl 3:27; ver com. de Mt 22:11; Ap 3:4; cf. T4, 88). CBASD, vol. 7, p. 843.
Colírio. Perto de Laodicéia, havia um templo dedicado ao deus frígio Men Karou. Uma famosa escola de medicina se desenvolveu junto com o templo, e lá era possível conseguir um pó para os olhos. Esse fato pode formar o contexto para a figura empregada aqui. O colírio figurado oferecido aos laodicenses é o antídoto do Céu para a cegueira espiritual. O propósito é abrir os olhos para a verdadeira condição da igreja. Esta é a obra do Espírito Santo (ver Jo 16:8-11). Somente por meio de Sua obra de convencimento é que a cegueira espiritual pode ser removida. CBASD, vol. 7, p. 843.
Quadro resumo com as informações mais significativas das 7 Igrejas do Apocalipse, conforme as Lições da Escola Sabatina do 2º semestre de 1989 (LES892).


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“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (v.6, 13 e 22).
A Idade Média, conhecida como “Idade das Trevas”, foi o marco histórico de uma decidida luta entre o engano e a verdade. Desde o mais simples casebre até o mais suntuoso palácio, havia a influência do clero ou da reforma. A mais acentuada batalha acontecia nos lares, dos quais saíam os mais fiéis defensores da verdade, ou os mais cruéis perseguidores. Não poucos tiveram que deixar o seu lar paterno devido às ameaças de seus próprios familiares. O período da igreja de Sardes (1517 a 1798) certamente foi um período de trevas de perseguição, mas também de grande luz, dada a divulgação da Palavra de Deus através dos reformadores, que levaram a Bíblia aos lares de seus conterrâneos em sua língua materna. Mas assim como no antigo Israel, quando a morte de um líder fiel marcava o início de esfriamento e apostasia nacional, com a morte daqueles que derramaram lágrimas e sangue em favor da verdade, a Reforma foi perdendo a sua força no sentido de buscar por mais luz a fim de compreenderem toda a verdade. Com a queda ascendente do papado e o período de trégua das perseguições, as fogueiras se apagaram, mas instalou-se o maior dos perigos: a letargia espiritual. Em 1798 o papa Pio VI foi preso pelo general napoleônico Berthier, marcando o fim da supremacia papal. Houve um cântico de alegria (que é o significado da palavra “Sardes”) entre os protestantes pela conquista da liberdade de culto. Também sinais extraordinários no mundo natural, como o terrível terremoto de Lisboa (1755) e o dia escuro na Nova Inglaterra (1780), marcaram o final desse período como uma preparação para o que estava por vir: o início do tempo do fim.
“Sê vigilante” (v.2) deveria ser a ordem rigorosamente obedecida pelos cristãos, contudo, foram achadas apenas “umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras” (v.4). Restavam uns poucos fiéis que perceberam o cumprimento das profecias e que muitos tesouros ainda precisavam ser descobertos na preciosa mina da verdade. Munidos da Palavra de Deus, passavam horas em estudo e oração a fim de compreenderem as Escrituras, principalmente no que se referia às profecias de Daniel e Apocalipse. Foi assim que teve início o período profético da igreja de Filadélfia (1798 a 1844). Como a igreja de Esmirna, a igreja de Filadélfia (que significa “amor fraternal”) também não recebeu nenhuma repreensão. A sabedoria celestial foi derramada sobre os fiéis e sinceros estudantes da Bíblia que com súplicas clamavam por mais luz. O período profético de Daniel 8:14, que iniciou em 457 a.C., conforme a profecia contida em Daniel 9:25, as duas mil e trezentas tardes e manhãs (em tempo profético, dois mil e trezentos anos), foi concluído em 1844, ano que marcou o grande desapontamento para aqueles que acreditavam que Jesus retornaria no final desse período. A boa notícia do retorno do Salvador cruzou os oceanos e milhares de pessoas se reuniam expectantes pelo grande acontecimento. Mas, conforme revelado a João, o que foi doce ao paladar, tornou-se amargo ao estômago, quando Jesus não veio e a decepção e desânimo tomaram conta dos pregadores do advento (Ap.10:9-10).
Mas nem todos foram vencidos pelo desânimo, e, reunidos em grupos de oração, buscaram no Senhor a resposta à sua queixa. Como Habacuque, subiram à torre de vigia e de lá obtiveram a resposta: “Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará” (Hc.2:3). A Palavra de Deus não falhou. O que tinha que acontecer, aconteceu, como estava escrito: “É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (Ap.10:11). A profecia se cumpriu. O tempo profético estava correto, mas o evento não era a volta de Cristo, e sim o início de Seu ministério como Sumo Sacerdote no lugar Santíssimo do santuário celestial. Foi dado início ao juízo investigativo conforme Daniel 7:9-10, onde o caso de cada ser humano desde Adão até o último ser humano antes da volta de Cristo seria avaliado e julgado no tribunal divino. A partir desse momento de decepção e descobertas de verdades que há muito haviam sido lançadas por terra (Dn.8:12), Deus levantou a Sua última igreja na Terra, detentora da última mensagem de advertência a ser dada ao mundo: a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Inicia-se o período da igreja de Laodiceia (1844 até a volta de Jesus), a última igreja. De todas as igrejas, esta é a única que não recebe nenhum elogio. Laodiceia significa “povo do juízo”. Com o passar do tempo, a fidelidade com que a derradeira igreja do Senhor foi alicerçada, foi perdendo a sua força pela mesma arrogância que privou os líderes judeus de reconhecer em Jesus o Messias prometido: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma” (v.17). O fato, portanto, de apenas pertencer à igreja de Deus antes do segundo advento de Cristo é tão inseguro quanto ter sido um escriba e fariseu na época do primeiro advento.
Cumpriu-se na vida dos perseverantes pioneiros adventistas a fiel profecia: “Porque guardaste a palavra da Minha perseverança, também Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra” (v.10). Hoje, todos estes fiéis atalaias da verdade descansam no pó da terra até que do alto a voz da Onipotência os desperte do sono. Nenhum deles passará pelo “tempo de angústia qual nunca houve” (Dn.12:1). Estão guardados no sono dos justos pela fidelidade de um Deus que não mente e que jamais falha em Suas promessas. Oh, amados, quanto necessitamos obter de Cristo o ouro refinado da fé e do amor, as vestes de Sua justiça e o colírio de Seu Espírito, ou jamais reconheceremos a nossa miserável condição! A mensagem que temos em mãos só abalará o mundo quando ela estiver em nosso coração. A última igreja de Cristo não pode cumprir a sua missão enquanto Cristo estiver batendo do lado de fora! Quantas preciosas promessas Ele nos faz se tão somente dermos ouvidos ao “que o Espírito diz às igrejas”! Verdadeira conversão, fé inabalável, arrependimento, fidelidade às Escrituras, manter-se incontaminado do mundo, pureza de coração, perseverança e completa dependência de Deus, eis o que Ele espera encontrar na última geração dos justos.
Amados, não temos mais tempo a perder com coisas que atrasam e atrapalham a missão que Deus nos confiou. Um dia teremos de prestar contas ao Senhor da vinha, e nenhuma das desculpas que usamos diante de pessoas a fim de tentar justificar nossos erros servirá. Da boca dos servos de Deus, os verdadeiros profetas, nunca saiu um “eu acho”, mas sempre um claro e sonoro “assim diz o Senhor”. Isso, por si só, já não basta para entendermos que a sabedoria de Deus está em Sua Palavra e que precisamos abrir bem os ouvidos para a verdadeira palavra profética? Não haverá outra última igreja e nem outra última verdade presente. O relógio divino aponta para os minutos finais deste mundo de pecado, e a menos que demos ouvidos ao Espírito Santo, nossa “religiosidade” nos levará a ouvir a mais triste declaração: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade” (Mt.7:23). É porque Cristo tanto nos ama, que nos repreende e disciplina. Enquanto há graça e perdão, permita que Ele entre em seu íntimo e expulse dali tudo o que lhe impede de entregar-se a Ele por completo e de ser cheio do Seu Espírito. Aceite o convite da salvação: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, Comigo” (v.20).
Pai de amor e bondade, quão preciosa é a Tua Palavra! Quão preciosas as Tuas profecias, porque elas nos revelam que por tanto nos amar, o Senhor nos deixou claras orientações de como nos prepararmos para Te encontrar e de quão perto estamos nos aproximando deste glorioso momento. Ó, Senhor, fazemos parte da única igreja que não recebeu de Ti nem sequer um elogio. Tem misericórdia de nós, Pai! Somos uma geração tão tardia para entender e para Te conhecer! Eu me uno a cada um dos meus irmãos, neste momento, que desejam o Teu ouro refinado no fogo, as Tuas vestiduras brancas e o Teu colírio. Eis que abrimos a porta para que Tu, ó Rei da Glória, entre em nossa casa e juntos participemos do banquete de toda palavra que sai da Tua boca! Entra, Espírito Santo, e realiza a mudança genuína que tanto necessitamos! Nós suplicamos este milagre nos méritos e no nome de Jesus, o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação de Deus! Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia da preparação, fiéis da última igreja de Cristo!
Rosana Garcia Barros
#Apocalipse3 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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APOCALIPSE 3 – Cada aspecto da apresentação de Cristo em Apocalipse 1 está presente na abertura da mensagem a cada igreja. Jesus Se apresenta…
• …Para Éfeso, como Aquele que tem as sete estrelas em Sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro.
• …Para Esmirna, como O Primeiro e O Último, que morreu e tornou a viver.
• …Para Pérgamo, como Aquele que tem a espada afiada de dois gumes.
• …Para Tiatira, como O Filho de Deus, cujos olhos são como chamas de fogo e os pés como bronze reluzente.
• …Para Sardes, como Aquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas.
• …Para Filadélfia, como Aquele que é Santo e Verdadeiro, que tem as chaves de Davi.
• …Para Laodiceia, como O Amém, A Testemunha Fiel e Verdadeira, O Soberano da Criação de Deus.
Mais que qualquer outra coisa, o Apocalipse é a revelação de Jesus para uma igreja que aguarda Seu retorno, sofrendo neste mundo para cumprir a missão de levar o evangelho. Cada título revela um aspecto do caráter de Cristo e da Sua autoridade, direcionado às necessidades específicas de cada igreja.
Essas sete igrejas representam diferentes períodos da história da Igreja Cristã, revelando um processo de declínio espiritual e posterior restauração. Esse panorama profético pode ser assim resumido:
• Éfeso representa a igreja apostólica, fervorosa na fé, mas que começou a perder seu primeiro amor.
• Esmirna simboliza a igreja perseguida pelo Império Romano, mantendo-se fiel diante do martírio.
• Pérgamo marca a fase da aliança com o Estado, quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império, trazendo prejuízos doutrinários.
• Tiatira representa a Idade Média e a supremacia papal, período de escuridão espiritual, perseguições e afastamento da verdade bíblica.
• Sardes está relacionada à Reforma Protestante, que trouxe redescobertas importantes, mas que, com o tempo, voltou a esfriar-se espiritualmente.
• Filadélfia simboliza um período de avivamento e restauração, com o reavivamento missionário e o estudo das profecias apocalípticas.
• Laodiceia representa a Igreja atual, morna e complacente, chamada ao arrependimento e à verdadeira restauração espiritual.
A profecia das sete igrejas mostra-nos um ciclo de fé, declínio e restauração, e Cristo chamando-nos ao reavivamento.
Hoje vivemos em tempo de mornidão espiritual, mas ainda há esperança no chamado ao arrependimento.
Jesus cuida de Sua igreja… Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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3112 palavras (inclui texto bíblico)
3:1 Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas: Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto.
Sardes – “Sardes significa: ‘cântico de alegria’, ou ‘a que permanece’, ou ainda ‘o escape do remanescente’. – O Apocalipse Revelado, p. 43.
Período: “Pós-Reforma [protestante]” – LES892, P. 44.
“Sardes corresponde à igreja no século XVII e primeira parte do século XVIII, quando a verdade bíblica começou a abrir caminho por meio da pregação dos reformadores.” – SRA/EP, p. 37.
Nome – “Em Apocalipse 3:1 é sinônimo de reputação.” – LES892, p. 46.
“Sardes, a Igreja da Reforma e do tempo posterior a ela, assim como Pérgamo – falando de um modo geral – foi uma igreja espiritualmente morta, mas com alguns membros cuja relação com o Senhor tornou suas obras agradáveis a Cristo.” – LES892, p. 43.
Tens nome de que vives, e está morto – “Essa igreja era apática, sem vida e sem amor. Tinha aparência, mas carecia de poder. Que é uma igreja morta? Que é um cristão que ‘está morto’? Os membros da Igreja em Sardes tinham a reputação de que estavam espiritualmente vivos, mas não possuíam fé viva. Conseqüentemente, suas obras não podiam ser aceitas por Deus.” – LES892, p. 44.
“A Igreja de Sardes tornara-se indolente e letárgica, manifestando alarmante satisfação consigo mesma – uma forma de morte espiritual. Cristo não vivia mais no coração dos membros; sua fé era morta, e suas obras eram obras mortas, que Cristo não podia aceitar. ” – LES892, p. 45.
“A hipocrisia caracterizou [a igreja de Sardes], que não era o que pretendia ser. Declaradamente, as igrejas da Reforma haviam descoberto o que significa viver pela fé em Jesus Cristo; mas, em grande parte, elas acabaram caindo num estado que, nalguns aspectos, se assemelhava ao da organização da qual se haviam retirado. Seu nome – protestante – denotava oposição aos abusos, erros e formalismos da Igreja Católica Romana, e o nome Reforma dava a entender que nenhuma dessas faltas devia encontrar-se no rebanho protestante.” – SDABC, vol. 7, págs. 755 e 756), citado em LES892, p.48 e 49.
3:2 Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer; porque não tenho achado as tuas obras perfeitas diante do meu Deus.
Os restantes, que estavam para morrer – “Representa o que merecia ser preservado no protestantismo em decadência.” – LES892, p. 46.
“Apocalipse 3:2 profetiza a tragédia vivida pelas igrejas que, após a morte de seus fundadores deixaram morrer parte das verdades descobertas e pregadas pelos reformadores.” – SRA/EP, p. 37.
Não achei as tuas obras perfeitas – “…haviam deixado de manter comunhão com Ele. Estavam espiritualmente ‘mortos’, e não tinham, portanto, o poder interior do Espírito Santo para realizar as obras que Deus pudesse aceitar. O conceito bíblico de perfeição é semelhança com Cristo (Efésios 4:13). ‘A medida da estatura da plenitude de Cristo’ só é possível àquele que permite que Cristo habite continuamente no seu coração.” – LES892, p. 45.
“Obras perfeitas são as que Deus aceita. Em I S.João 2:29, verificamos que Deus considera justas as obras daquele que ‘é nascido dEle’. Tal indivíduo ‘é justo, assim como Ele é justo’ (I. S.João 3:7), não independentemente, mas porque o Cristo que é justo está vivendo no seu coração (Rom. 8:9 e 10). O problema dos membros da igreja em Sardes era haverem perdido a presença de Jesus no coração.” – LES892, p. 46.
“Nem todas as imperfeições são consideradas como pecado por Deus. … As obras imperfeitas das pessoas não eram consideradas pecado enquanto elas não haviam recebido a luz de Jesus. … Tudo o que fazemos é imperfeito, porque somos seres humanos decaídos e defeituosos. Mas nem tudo o que fazemos é pecado. Martinho Lutero estava certo ao escrever: ‘As obras que resultam da Palavra e são efetuadas com fé, são perfeitas aos olhos de Deus, não importa o que o mundo pensa sobre elas…’ – Luther’s Works, pg. 318.“ – LES892, p. 47.
3:3 Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se não vigiares, virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
3:4 Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram as suas vestes e comigo andarão vestidas de branco, porquanto são dignas.
Não contaminaram seus vestidos – “…não se contaminaram moralmente.” – LES892, p. 46.
“Quando João escreveu, em 95 A.D., Sardes estava vivendo principalmente de seu glorioso passado. As poucas coisas ainda vivas pareciam prestes a morrer. Sua atividade externa não era corroborada por espiritualidade interna. O que haviam recebido e ouvido não era lembrado e conservado. Mesmo em Sardes, porém, havia uns poucos que não tinham contaminado os seus vestidos.” – O Apocalipse Revelado, p. 44
“Os que lideraram a Reforma eram homens de vigorosa consagração, mas seus seguidores, supondo que todas as batalhas já haviam sido ganhas, acomodaram-se em religião organizada. Grandes movimentos iniciados por homens como Lutero e Knox tornaram-se meras religiões de Estado, sustentadas pelo erário público.” –O Apocalipse Revelado, p. 45.
3:5 O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Vitória em Cristo – “Tentações e enganos serão suscitados pelo grande enganador para prejudicar a obra do instrumento humano; mas, se ele confia em Deus, se é manso e humilde de coração, guardando os caminhos do Senhor, o Céu se alegrará, pois ele alcançará a vitória.” – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 960, citado em LES892, p. 48.
“Só Cristo pode ajudar-nos e conceder-nos a vitória. Cristo precisa ser tudo em todos para nós. Ele precisa habitar no coração, Sua vida deve circular por nós, assim como o sangue circula pelas veias. Seu Espírito tem de ser um poder vitalizador que nos leve a influenciar outros a tornarem-se semelhantes a Cristo e santos.” – Comentário de Ellen G. White, SDABC, vol. 5, p. 1144, citado em LES892, p. 48.
De modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida – “Em Sardes houve alguns cujas obras foram agradáveis a Deus (Apoc. 3:4). Eles permitiram que o Espírito Santo vivesse no seu coração. A vontade de Cristo é que todos sejam como esses vencedores em Sardes: ‘O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida.’ Verso 5. Os nomes não são apagados do livro da vida antes que sejam examinados no juízo investigativo que precede o Segundo Advento (Ver Dan. 7:9 e 10; 12:1; Comparar com S. Mat. 22:11-14).” – LES892, p. 47 e 48.
“Os nomes de todos aqueles que uma vez se entregaram a Deus estão escritos no livro da vida, e o seu caráter está sendo passado agora em revista diante dEle. Anjos de Deus avaliam o valor moral. Eles observam o desenvolvimento do caráter naqueles que vivem agora, para ver se os seus nomes podem ser conservados no livro da vida. É-nos concedido um tempo de graça para lavarmos e alvejarmos as veste do caráter no sangue do Cordeiro. Quem está fazendo isso? Quem está se afastando do pecado e egoísmo?” – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 960, citado em LES892, p. 48.
“O Senhor não irá remover os nomes dos vencedores do livro da vida (Apoc. 3:5). Já os nomes dos que não venceram serão apagados. O livro da vida é revisado no juízo pré-advento (Dan. 7:10; 12:1). Durante esse tempo de julgamento (de 1844 até a volta de Jesus), o Senhor nos está convidando a depender inteiramente dEle. (Ver João 15:5-7.)” – LES963, lição 4, p. 6.
“Os nomes dos que perderam sua relação com Cristo como nascidos de novo são apagados (Apoc. 3:5). O selo de Deus do tempo do fim é colocado sobre os nomes mantidos no livro da vida (Apoc. 7:1-3; 14:1-5).” – LES963, lição 4, p. 4.
“Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo.” – O Grande Conflito, p. 628.
3:6 Quem tem ouvidos, ouça o que o espírito diz às igrejas.
3:7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre:
Período – “Três são as datas prováveis que se indicam para o começo desse período: 1755, quando ocorreu o grande terremoto de Lisboa, 1798, ano do escurecimento do Sol e da Lua, e 1833, a queda das estrelas.Na verdade, na profecia dos 7 selos, as três datas marcam uma época: O início do tempo do fim(6º selo). … As três datas indicadas obedecem à mesma época. Filadélfia chegaria até 1844, quando surge o último remanescente fiel da profecia.” – SRA/EP, P. 37.
“No período que se estendeu desde a Revolução Francesa até o começo do Juízo em 1844, houve um avivamento do espírito que caracterizou a Igreja de Esmirna.” – LES892, p. 43.
“Duas grandes revoluções políticas, uma na América, em 1776, e outra na França, 1789, afetaram tremendamente o pensamento do mundo, que subitamente começou a abrir-se para o evangelho. Guilherme Carey foi para a Índia em 1793; Roberto Morrison para a China em 1807, e em 1817 Roberto Moffatt foi para a África, seguido de Davi Livingstone em 1841. A Sociedade Bíblica Britânica começou a funcionar em 1804, e a Americana em 1816.” O Apocalipse Revelado, p. 48 e 49.
Filadélfia – “Filadélfia, que quer dizer amor fraternal, representa a última parte do século XVIII e a primeira do século XIX, com o nascimento da expansão missionária e a organização das Sociedades Bíblicas. Começa-se a estudar Daniel e Apocalipse e surgem os maiores reavivamentos da História.
“Constitui notável coincidência que as duas cidades, Esmirna e Filadélfia, que retiveram seu caráter e população cristã por mais tempo do que as outras cidades da Ásia Menor, são as cidades cujas igrejas foram tão puras e irrepreensíveis no tempo do apóstolo João, que as cartas escritas para elas são as únicas que não contém palavras de repreensão.” – SDABC, vol. 7, p. 757 e 758, citado em LES892, p. 50.
A Chave de Davi – “Este verso aplica a Cristo a profecia de Isaías a respeito de Eliaquim (Isa. 22:20-22; ver II Reis 18:18). Eliaquim foi escolhido para ter supervisão sobre ‘a casa de Davi’, segundo é indicado pelo fato de que lhe seria dada ‘a chave da Casa de Davi’. A posse da ‘chave’ por Cristo representa Sua jurisdição sobre a Igreja e sobre o propósito divino que deve ser realizado por intermédio dela.” – SDABC, vol. 7, pg. 757 e 758, citado em LES982, p. 50.
A porta fechada e a porta aberta – “A profecia do Antigo Testamento escrita por Isaías, já dizia que embora Ele [Cristo] nunca tenha praticado maldade (Isaías 53:6), nossos pecados seriam postos sobre Ele (Isaías 53:6), e que Sua morte seria expiatória (Isaías 53:10). Sua ressurreição garantiria Sua vitória sobre o pecado e a morte. Por isso é que quando Cristo abre a porta da salvação ao crente, ninguém a pode fechar, e quando a fecha por falta de fé do pecador nos méritos de Cristo, não há quem possa abri-la.” – SRA/EP, p. 31
“Esta porta [do lugar santíssimo do santuário celestial] não foi aberta até que a mediação de Jesus no lugar santo do santuário terminou em 1844. Então Jesus Se levantou e fechou a porta do lugar santo e abriu a porta que dá para o santíssimo, e passou para dentro do segundo véu, onde permanece agora junto da arca e onde agora chega a fé de Israel. Vi que Jesus havia fechado a porta do lugar santo, e que nenhum homem poderia abri-la; e que Ele havia aberto a porta para o santíssimo, e que homem algum poderia fechá-la”. – Primeiros Escritos, p. 42.
3:8 Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
A qual ninguém pode fechar – “Nenhum ser humano pode impedir que Cristo seja bem sucedido na realização de Sua obra no Lugar Santíssimo.” – LES892, p. 50.
“…não há nenhum poder que possa fechar a porta da comunicação entre Deus e a alma.” – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 961, citado em LES892, p. 49.
3:9 Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo.
Sinagoga de Satanás – Ver comentário sobre Apoc. 2:9.
3:10 Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra.
Hora da provação/tentação – “Um grande tempo de prova que precede o Segundo Advento. Não é declarado qual será a sua duração.” – LES892, p. 50.
3:11 Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
Guarda a tua coroa – “O povo de Deus, nos últimos dias, deve usar a coroa da vitória espiritual (Apoc. 3:11; 6:2). Eles usam a coroa de duas maneiras: 1ª Eles possuem a dádiva da vida eterna (I S. João 5:12 e 13); 2ª Obtém a vitória sobre o pecado pelo poder de Cristo que habita neles (I S. João 5:4; Rom. 6:14).” – LES892, p. 100.
3:12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome.
Coluna no templo – “O vencedor terá uma posição importante na presença de Deus.” – LES892, p. 50.
3:13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
3:14 Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
Laodicéia – “Laodicéia que dizer ‘julgamento do povo’. … também interpretado como ‘povo justo’, ou ‘povo justificado’. … A graça é a fonte; o sangue o meio; a fé o método pelo qual nos apropriamos da graça; nós a mostramos pelas obras, S. Tia. 2:22, 24. Boas obras jamais podem produzir justificação; mas a justificação é revelada pelas obras.” O Apocalipse Revelado, p. 51.
“A mensagem à Igreja de Laodicéia tem aplicação especial à Igreja nos últimos dias. A Igreja de Laodicéia era muito semelhante à Igreja contemporânea.” – LES892, p. 44.
3:15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente!
Conheço as tuas obras – “Muitos do professo povo peculiar de Deus estão tão conformados com o mundo que seu caráter peculiar não é discernido, e torna-se difícil fazer distinção ‘entre o que serve a Deus e o que não O serve’.Deus faria grandes coisas por Seu povo se eles se separassem do mundo. Caso se submetessem à Sua direção, Ele torná-los-ia um louvor em toda a Terra. Diz a Testemunha Verdadeira: ‘Conheço as tuas obras’ ” – Testimonies, vol. 2, p. 121, citado em LES892, p. 50 e 51.
“A Igreja de Laodicéia é repreendida por sua falta de fervor espiritual, mas os membros que recebem a dádiva da justiça de Cristo são reintegrados na condição de pureza que distinguiu os cristãos primitivos.” – LES892, p. 43.
3:16 Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.
Morno – “Que não tem grande fervor espiritual.” – LES892, p. 52.
3:17 Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
3:18 aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas.
Que de Mim compres – “Vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço…” Isaías 55:1.
Ouro – “Riquezas espirituais oferecidas por Cristo.” – LES892, p. 52.
“Fé, mais preciosa do que o ouro.” I. S. Pedro 1:7.
Vestidos brancos – “O manto da justiça de Cristo” – LES892, p. 52. Ver Apoc. 7:13 e 14.
“…o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc. 19:8.
Colírio – “O Espírito Santo. Ele nos abre os olhos para que vejamos nossa verdadeira condição espiritual.” – LES892, p. 52.
“O ouro que Jesus quer que compremos dEle é o ouro provado no fogo; é o fogo da fé e do amor, que não está misturado com nenhuma substância impura. As vestiduras brancas são a justiça de Cristo, a veste nupcial que só Cristo pode dar. O colírio é o verdadeiro discernimento espiritual, que faz tanta falta entre nós, pois as coisas espirituais se discernem espiritualmente.” – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 965, citado em LES892, p. 51.
“Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei.” – Salmo 119:18;
“Ora, vós tendes a unção da parte do Santo, e todos tendes conhecimento.” – I S. João 2:20 e 27,
“…sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos,…” – Efésios 1:18.
“Estando situada numa região em que eram criados grandes rebanhos de ovelhas negras, Laodicéia tornou-se o centro comercial de lã preta e lustrosa, bem como de vestimentas pretas de fabricação local. … A cidade também era conhecida como centro exportador do famoso pó frígio para os olhos, e era um forte centro financeiro com grandes casas bancárias que atraíam muita riqueza. Além disso, obteve fama por ficar perto do templo de Caru, onde funcionava bem conhecida escola de medicina.
“Assim Laodicéia distinguiu-se nos tempos do Império Romano como uma das cidades mais ricas do Oriente. …
“O conhecimento da história, da riqueza e dos principais produtos de Laodicéia contribui para esclarecer certas declarações da carta que João dirigiu à comunidade cristã nesta cidade.” – SDABC, vol. 7, p. 101, citado em LES892, p. 52
“O Grande Médico não somente diagnosticou a condição espiritual da igreja de Laodicéia, mas deu também uma prescrição ou receita para que seja produzida a cura completa. A prescrição de Cristo consiste de três medidas: 1) ungir os olhos com o colírio espiritual, para que possamos reconhecer nossa verdadeira condição; 2) tirar nossas vestes de pecado e justiça própria, e revestir-nos do manto da justiça de Cristo; 3) receber dEle o ouro da ‘fé que atua pelo amor’.
“Para maiores informações, ver Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 476-478.” – LES892, p. 52 e 53.
3:19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te.
“Apesar da triste condição de auto-suficiência e miséria espiritual de Laodicéia, Deus continua a amá-la; não tolera seus erros, mas lhe dirige os conselhos mais comovedores e inclusive faz o mais terno oferecimento: entrar em comunhão íntima, se Lhe abrirmos o coração.” – SRA/EP, p. 38.
3:20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Porta: “A entrada do coração.” – LES892, p. 52.
3:21 Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono.
…que se assente comigo no trono – Reinar com Jesus. Apoc. 5:10; 20:4 .
3:22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
LES892 – Coffman, Carl – Lições da Escola Sabatina, 2º Trimestre de 1989, nº 375, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
LES963 – Gulley, Norman R. – Lições da Escola Sabatina, 3º Trimestre de 1996, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
* Estes comentários estão também disponíveis em: http://apocalipsecomentadoversoaverso.blogspot.com/2015/07/capitulo-3.html
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Texto bíblico: APOCALIPSE 2 – Primeiro leia a Bíblia
APOCALIPSE 2 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS
COM. TEXTO – ROSANA GARCIA BARROS
COM. TEXTO – PR HEBER TOTH ARMÍ
APOCALIPSE 2 – COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Acesse os comentários em vídeo em nosso canal no Youtube (pastores Adolfo, Valdeci, Weverton e Michelson)
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Texto bíblico: https://pesquisa.biblia.com.br/pt-BR/NVI/ap/2
A visão que João teve de Cristo em Apocalipse 1-3 descreve Jesus com imagens altamente simbólicas e apocalípticas, e também descreve a Igreja de Cristo em termos simbólicos. As sete igrejas literais da Ásia também são um símbolo da igreja ao longo da história. Na maioria deles, Jesus encontra algo a respeito de Sua Igreja para elogiar. Mas, como Médico fiel, Ele também diagnostica as enfermidades da Igreja em cada época.
O quadro geral da igreja em Apocalipse 2 é de uma igreja sob ataque, de dentro e de fora. A igreja de Éfeso, representando a era apostólica, é uma igreja fiel e ativa. Eles erradicam a apostasia e não se cansam de fazer o bem. A igreja primitiva foi tão bem-sucedida evangelisticamente que Paulo pode dizer que o evangelho havia sido “pregado a toda criatura debaixo do céu” (Colossenses 1:23). Mas eventualmente eles perderam seu primeiro amor (Ap 2:4). “Depois de um tempo, o zelo dos crentes começou a diminuir e seu amor por Deus e uns pelos outros diminuiu” (AA 580).
Todos os dias, também precisamos de uma nova visão a respeito de Jesus; precisamos da renovação do nosso amor por Ele; precisamos da certeza de que começamos o dia em Sua força e com um senso de Sua presença.
Clinton Wahlen, PhD
Diretor Associado do Instituto de Pesquisa Bíblica, EUA
Texto original: https://www.revivalandreformation.org/bhp/en/bible/rev/2
Tradução: Pr Jobson Santos/Jeferson Quimelli/Luís Uehara
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2267 palavras
1 Éfeso. Nos dias de João, Éfeso era a principal cidade da província romana da Ásia e, posteriormente, se tornou a capital … Situava-se ao ocidente, no final da grande estrada que atravessava a Ásia Menor desde a Síria. … Na época em que o Apocalipse, Éfeso deveria ser um dos principais centros do cristianismo. … Sua localização central em relação ao mundo cristão como um todo torna ainda mais compreensível que sua condição espiritual seja característica de toda a igreja durante o período apostólico, que se estendeu até por volta do fim do primeiro século (c. 31-100 d.C.; ver Nota Adicional a Apocalipse 2 [CBDAS – ref. aplicação das mensagens às sete igrejas a sete períodos consecutivos da história da igreja]). Esse período pode ser muito bem chamado de era da pureza apostólica, atributo extremamente desejável aos olhos de Deus. CBASD – Comentário Bíblico adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 821.
Anda. Uma descrição mais vívida do relacionamento entre Cristo e a igreja do que em Apocalipse 1:13, em que João diz que Cristo estava “no meio dos candeeiros”. CBASD, vol. 7, p. 822.
2 Conheço. A cada uma das igrejas, Cristo declara: “Conheço as tuas obras”. A advertência é de Alguém que conhece plenamente os problemas de cada igreja e, por isso, é capaz de recomendar uma solução apropriada e eficaz. CBASD, vol. 7, p. 822.
Obras. De maneira mais específica, obras que revelam o caráter. Jesus conhece toda a vida e conduta da igreja. CBASD, vol. 7, p. 822.
Perseverança. Do gr. hupomone, “perseverança”, “tolerância [ativa, constante]”, literalmente, “permanecer debaixo”. CBASD, vol. 7, p. 822.
Não podes suportar. Muitas vezes, tanto hoje quanto no passado, a igreja se encontra propensa a “suportar” ou tolerar ensinos e práticas maléficas, supostamente em nome da paz. … A igreja de Éfeso foi elogiada por fazer uma distinção clara entre a verdade e o erro, tanto na doutrina quanto na vida, e por se posicionar firmemente contra o erro. CBASD, vol. 7, p. 822.
Homens maus. Isto é, os falsos apóstolos mencionados com detalhes em seguida. erros doutrinários graves se refletem, mais cedo ou mais tarde, em graves problemas de conduta. Aquilo que uma pessoa faz resulta daquilo em que ela pensa e crê (ver Pv 4:23; Mt 12:34; 1Jo 3:3). CBASD, vol. 7, p. 822.
Prova. A igreja de Éfeso havia investigado as declarações e os ensinos dos falsos apóstolos. Inácio, ao escrever no início do 2º século [anos 100 a 199] fala sobre o zelo dos cristãos efésios em rejeitar as heresias (Aos Efésios, ix.1). … Embora, a princípio, possa ser difícil identificar os erro sutis de seus ensinos, os mestres podiam ser reconhecidos “pelos seus frutos” (ver Mt 7:15-20). … O cristão sincero que é sensível às coisas espirituais recebe a promessa de que pode, caso queira, detectar o espírito não cristão e os motivos que impulsionam cada mestre do erro (ver com. de 1Jo 4:1; Ap 3:18). CBASD, vol. 7, p. 822, 823.
Se declaram apóstolos. Dentre as heresias mais graves que ameaçavam a igreja no fim do primeiro século estavam o docetismo e uma forma inicial de gnosticismo (sobre essas e outras heresias que assolaram a igreja apostólica, ver no vol. 5 [CBASD], p. 1007-1109; vol. 6, p. 38-46). … A situação de Éfeso, nesse período, relativa aos embates com falsos profetas, também se aplicava à igreja como um todo. CBASD, vol. 7, p. 823.
3 Suportaste. A igreja de Éfeso … suportava com perseverança a inevitável aflição causada por falsos mestres e a perseguição nas mãos de judeus e gentios fanáticos. CBASD, vol. 7, p. 823.
Por causa do Meu nome. Ver com. de At 3:16. Os seguidores de Cristo eram conhecidos por Seu nome e passaram a ser chamados de cristãos. Foi a fidelidade a esse Nome e a lealdade ao Senhor que os sujeitaram à perseguição por parte das autoridades romanas (ver p. 795, 796) e levaram ao sofrimento nas mãos daqueles que estavam propensos a subverter sua fé. CBASD, vol. 7, p. 823.
4 O teu primeiro. Este sentimento incluía amor por Deus e pela verdade, amor uns pelos outros como irmãos e pelas pessoas em geral (ver com. de Mt 5:43, 44; 22:34-40). CBASD, vol. 7, p. 823.
5 Moverei do seu lugar o teu candeiro. Ver com. de Ap 1:12. A igreja perderia o status de representante oficial de Cristo. CBASD, vol. 7, p. 823.
6 Nicolaítas. Uma das seitas hereges que assolavam a igreja de Éfeso e Pérgamo (ver v. 15) e talvez de outros lugares. Irineu identifica os nicolaítas como uma seita gnóstica. … no segundo século parece que os adeptos desta seita ensinavam que os atos da carne não afetavam a pureza da alma e, por isso, não tinham consequência alguma para a salvação. CBASD, vol. 7, p. 823, 824.
7 Ouça. Ouvir a Palavra de Deus só faz sentido se, a partir de então, a vida se conforma ao que foi ouvido (ver com. de Mt 19:21-27). CBASD, vol. 7, p. 824.
Às igrejas. A promessa aqui feita à igreja de Éfeso pertence também a todas as “igrejas” da era apostólica, representadas pela de Éfeso. E, embora fosse apropriada em particular a essas igrejas, também se aplica aos cristãos de todas as eras (ver com. de Ap 1:11). CBASD, vol. 7, p. 824.
Vencedor. O contexto (v. 2-6) revela que a vitória aqui mencionada se refere originalmente a vencer os falsos apóstolos e mestres que tentavam os cristãos a comer da árvore do conhecimento humano. Assim, é muito apropriado que a recompensa ao vencedor fosse o acesso à árvore da vida. CBASD, vol. 7, p. 824.
8 Esmirna. Durante muito tempo, pensava-se que este nome deriva de muron, uma goma aromática extraída da árvore árabe Balsamodendron myrrha. Essa goma era usada para embalsamar mortos e de modo medicinal como unguento ou bálsamo, e também era queimada como incenso … Depois, os eruditos passaram a favorecer a hipótese de que deriva do nome da deusa da Anatólia Samorna, que era adorada na cidade. Historicamente, o período da igreja de Esmirna pode ter se iniciado por volta do fim do primeiro século (c. 100 d.C.), estendo-se até cerca de 313 d.C., quando Constantino passou a apoiar a causa da igreja… Na verdade, as profecias dos cap. 2 e 3 não são, estritamente falando, temporais. As datas são sugeridas apenas para facilitar uma correlação aproximada da profecia com a história. CBASD, vol. 7, p. 824, 825.
Morto. Ver com. de Ap 1:18; 2:1. Para uma igreja que enfrentava perseguição e morte por sua fé, a ênfase na vida de Cristo teria grande importância. CBASD, vol. 7, p. 825.
Tribulação. A perseguição intermitente nas mãos de vários imperadores romanos caracterizou a experiência da igreja durante esse período. … A opressão política chegou ao auge sangrento sob o governo de Diocleciano (284-304) e de seus sucessores imediatos (305-313). Historicamente, o período representado pela igreja de Esmirna pode muito bem ser chamado de era do martírio. CBASD, vol. 7, p. 825.
Judeus. É provável que o termo esteja num sentido figurado; assim como os cristãos de hoje são, às vezes, chamados de Israel (ver Rm 2:28, 29; 9:6, 7; Gl 3:28, 29; 1Pe 29). Da forma que é usado aqui, sem dúvida, o termo se refere àqueles que afirmavam servir a Deus, mas, na verdade, serviam a Satanás. … Durante essa época, Tertuliano chama as sinagogas de “fontes de perseguição”. CBASD, vol. 7, p. 825.
Sinagoga de Satanás. Por ser um centro da vida judaica em comunidade, sem dúvida, a sinagoga (ver vol. 5, p. 44-46) era o local onde muitas conspirações eram tramadas contra os cristãos. O nome Satanás significa “acusador” ou “adversários” (ver com. de Zc 3:1; Ap 12:10). Esses centros judaicos se tornaram, literalmente, “sinagogas do acusador”. CBASD, vol. 7, p. 825.
Postos à prova. O imperador Trajano (98-117 d.C.) promulgou a primeira política romana oficial favorável ao cristianismo. … Ele ordenou que os oficiais romanos não fossem atrás dos cristãos. Todavia, caso lhe fossem levadas pessoas por outras ofensas e elas demonstrassem ser cristãs, deveriam ser executadas, a menos que se retratassem. Embora essa lei não vigorasse de maneira uniforme, ela continuou a existir até Constantino promulgar o edito da tolerância, em 313 d.C. Logo, durante dois séculos, os cristãos estiveram sujeitos a prisão e morte repentinas por causa de sua fé. Seu bem-estar dependia, em grande medida, do favor de seus vizinhos judeus e pagãos, que poderiam deixá-los em paz ou reclamar deles perante as autoridades. Isso pode ser chamado de perseguição permissiva. O imperador não tomava a iniciativa de perseguir os cristãos, mas deixava que seus representantes e as autoridades locais tomassem as medidas adequadas contra os cristãos. Essa política deixava os cristãos à mercê das várias administrações locais de onde moravam. Eles foram alvos de ataque principalmente em épocas de fome, terremotos, tempestades e outras catástrofes, pois seus vizinhos pagãos supunham que a recusa dos cristãos em adorar seus deuses ocasionava o derramamento da ira desses deuses sobre toda a Terra. … Os romanos observavam que o cristianismo estava crescendo em extensão e influência, através do império, e que era incompatível com seu estilo de vida. Percebiam que, com o tempo, o movimento acabaria destruindo o estilo de vida romano. Por isso, em geral, eram os imperadores mais capazes que perseguiam a igreja, ao passo que aqueles que levavam suas responsabilidades menos a sério se contentavam em não incomodar os cristãos. CBASD, vol. 7, p. 826.
Dez dias. Com base no princípio dia-ano de contagem dos períodos proféticos (ver com. de Dn 7:25), é interpretada como um intervalo de dez anos literais e aplicada ao período de perseguição imperial mais intensa (303-3132 d.C.). Foi iniciada por Diocleciano e continuada por seu associado e sucessor Galério. … Os governantes acreditavam que a igreja havia crescido tanto em força e popularidade dentro do império que, a menos que o cristianismo fosse deixaria de existir e o império se desintegraria. CBASD, vol. 7, p. 826, 827.
11 Segunda morte. Em contraste com a primeira morte, que põe um fim temporário á vida e da qual há ressurreição, “tanto de justos como de injustos” (At 24:15). A segunda morte é a extinção final do pecado e dos pecadores; dela não se pode ressuscitar (ver com. de Ap 20:14; cf. 21:8). CBASD, vol. 7, p. 827.
13 Trono de Satanás. Pérgamo havia se destacado em 29 a.C. por ser o local do primeiro culto a um imperador romano vivo. … Era um centro do pensamento helenista (greco-mesopotâmico) e da adoração ao imperador. Tinha muitos templos pagãos; por isso, sua designação como o trono de Satanás era bastante apropriada (ver p. 79). A extensão do período de Pérgamo na história da igreja pode ser considerada desde a época em que Constantino apoiou a causa cristã, em 313 d.C., ou de sua suposta conversão, talvez de 323 ou 325, até 539 (ver Nota Adicional a Apocalipse 2). Foi durante essa época que o bispo de Roma conquistou a liderança religiosa e, até certo ponto, política da Europa Ocidental (ver Nota Adicional Daniel 7), e quando Satanás Satanás estabeleceu seu “trono” dentro da igreja. O papado era uma mistura habilidosa de paganismo e cristianismo. Esse período pode ser chamado de era de popularidade. CBASD, vol. 7, p. 828.
14 Balaão. Ver Nm 22-24. A analogia com Balaão sugere que havia, em Pérgamo, pessoas cujo propósito era provocar divisão e levar ruína à igreja à igreja, incentivando práticas proibidas aos cristãos (ver com. de At. 15:29). CBASD, vol. 7, p. 828.
Coisas sacrificadas. Constantino … se dedicou à política de misturar paganismo e cristianismo tanto quanto possível, na tentativa de unir os elementos divergentes dentro do império, e com isso se fortalecer. A posição favorável e até mesmo dominante que concedeu à igreja a transformou em presa das tentações que sempre acompanham a prosperidade e a popularidade e a popularidade, Durante o governo de Constantino e de seus sucessores, que deram continuidade a essa política favorável, a igreja logo passou a ser uma instituição político-eclesiástica e perdeu muito de sua espiritualidade. CBASD, vol. 7, p. 829.
17 Pedrinha branca. Um dos costumes mais antigos era que os membros de um júri usassem uma pedra preta e outra branca para determinar absolvição ou condenação. CBASD, vol. 7, p. 829.
Nome novo. Na Bíblia, o nome de uma pessoa geralmente representa seu caráter. … Este versículo promete um “nome novo” para o cristão, isto é, um caráter novo e diferente, modelado com base no de Deus (cf. Is 62:2; 65:15; Ap 3:12). CBASD, vol. 7, p. 829.
18 Tiatira. Quando aplicada à história cristã, a mensagem a Tiatira é particularmente apropriada à experiência da igreja verdadeira durante a Idade Média (ver Nota Adicional a Apocalipse 2). As tendências iniciadas em períodos anteriores se tornaram dominantes durante a Idade Média. As Escrituras não estavam disponíveis ao cristão comum, e a tradição foi exaltada em seu lugar. As boas obras passaram a ser consideradas o meio para a salvação. Um sacerdócio terreno e humano obscureceu o sacerdócio verdadeiro e divino de Jesus Cristo (ver Nota Adicional a Daniel 7). CBASD, vol. 7, p. 830.
20 Tolerares. A igreja estava em falta não só porque muitos se submeteram não só porque muitos se submeteram à apostasia, mas também porque não foi feito nenhum esforço para deter o avanço do mal. CBASD, vol. 7, p. 830.
Jezabel. Assim como Jezabel propagou a adoração a Baal em Israel (1Rs 21:25), alguma falsa profetisa da época de João estaria desencaminhando a igreja de Tiatira. A mensagem revela que, mais do que em Pérgamo (Ap 2:14), a apostasia era desenfreada. Aplicada ao período de Tiatira na história cristã, a figura de Jezabel representa o poder que causou a apostasia medieval (ver Nota Adicional a Daniel 7; ver com. de Ap 2:18; cf. Ap 17). CBASD, vol. 7, p. 830.
Praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas. Ver com. de Ap 2:14; cf. 2Rs 9:22. A acusação era, em primeiro lugar, à igreja local de Tiatira. Quando aplicada ao período de Tiatira na história cristã, representa uma mistura do paganismo com o cristianismo (ver com. de Ez 16:15; Ap 17:1). Esse processo foi acelerado durante o governo de Constantino e seus sucessores. O cristianismo medieval absorveu, em grande medida, formas e práticas pagãs. CBASD, vol. 7, p. 830, 831.
23 Filhos. A fornicação de Jezabel era habitual, pois já tinha filhos. O provável sentido figurado é que ela havia conquistado adeptos comprometidos. CBASD, vol. 7, p. 831.
27 Cetro. O contexto sugere que o “cetro” aqui é tanto um símbolo de governo quanto um instrumento de punição. CBASD, vol. 7, p. 832.
28 Estrela de manhã. Isto é, o próprio Cristo (ver Ap 22:16; cf. 2Pe 1:19). CBASD, vol. 7, p. 832.
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“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (v.29).
As cartas às igrejas da Ásia são dirigidas aos seus respectivos “anjos”, cuja palavra significa “mensageiros”. Cada carta contém a mesma estrutura: Cristo fala de Si mesmo, descreve a igreja e encerra com uma promessa aos fiéis. A aplicação historicista às sete cartas se encaixa com perfeição na História, dadas as circunstâncias vividas pela igreja cristã no curso do tempo. Aquele que conhece o fim desde o princípio deixou à Sua igreja de todos os tempos conselhos e promessas a fim de que guardassem a sua fé com perseverança.
Começando pela igreja de Éfeso, a realidade desta comunidade apontava perfeitamente para a igreja primitiva. Éfeso significa “desejável” e abrange o período de 31 a 100 d.C. Inicialmente liderada pelos apóstolos, essa igreja experimentou a messe da chuva temporã: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At.2:42). Havia uma busca genuína pelo Espírito Santo e pelo conhecimento de Cristo através das Escrituras. As reuniões de oração eram constantes e suas vidas testificavam do amor genuíno e altruísta de Cristo. Mas o que havia começado de forma poderosa foi esmorecendo e a igreja cristã enfrentou um período crítico de apatia espiritual: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor” (v.4). Há um risco muito grande de nos perdermos em uma religião de formalidades, fazendo tudo certinho e evitando a aparência do mal, enquanto o nosso coração está endurecido para o amor de Cristo. Mais do que nunca, precisamos dar ouvidos ao apelo divino: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras” (v.5). Se assim o fizermos, em atitude de humildade, buscando ao Senhor de todo o coração, o Espírito Santo nos instruirá no caminho que devemos andar.
A igreja de Esmirna (do ano 100 a 313 d.C.), foi uma das duas únicas igrejas as quais Jesus não repreendeu. Esmirna significa “Perfume”. Enfatizando a Sua morte e ressurreição, Jesus falou a um povo que sofreu pelo terrível período de tribulação e pobreza. O coliseu romano foi o palco de terríveis atrocidades cometidas contra os cristãos, mas a postura íntegra daqueles homens, mulheres e crianças testemunhava de uma fé inabalável; suas vidas eram “o bom perfume de Cristo” (2Co.2:15). Foi um período de severa perseguição, que se agravou no ano 303, quando Deocleciano promulgou um decreto que proibia a prática do cristianismo em todo o império. Foram “dez dias” (v.10; em tempo profético, dez anos) de muito sofrimento para o povo de Deus, até que no ano 313, o edito de Constantino concedeu aos cristãos a tão sonhada liberdade religiosa. Esse período crítico da igreja cristã e a fidelidade de seus membros, mesmo em face da morte, nos deixou um legado de inabalável confiança nAquele “que esteve morto e tornou a viver” (v.8), o qual prometeu: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (v.10). Foi em um dos períodos mais tristes e terríveis da história cristã que os servos de Deus deixaram o mais lindo e fiel testemunho. Diante de nossa realidade atual de liberdade religiosa, reflita nisso.
A próxima igreja foi do período de 313 a 538 d.C.; um período de ascendência para a cidade de Pérgamo, que se tornou um dos principais centros do império. Pérgamo significa “Elevação”. Ali, foi erguido um templo dedicado à adoração da deusa romana e do imperador. Jesus Se apresentou a esta igreja como “Aquele que tem a espada afiada de dois gumes” (v.12); uma referência direta às Escrituras, como está escrito: “Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hb.4:12). Foi um período crítico, onde as verdades da Bíblia estavam sendo lançadas por terra em troca de uma paz temporária. Os mesmos pecados cometidos por Israel no tempo em que Balaão incitou a Balaque estavam contaminando a igreja cristã de Pérgamo. A prostituição espiritual através de uma mistura do santo com o profano estava pondo em risco a fé de muitos. Era necessário que se arrependessem e voltassem a se alimentar do sólido e suficiente maná proveniente das Escrituras. Quão terrível é omitir qualquer brilho da verdade, enfraquecendo a nossa luz! Temos uma verdade presente hoje que inclui um estilo de vida diferenciado do mundo. Muitos podem até se utilizar de sua posição privilegiada, como fez Balaão, a fim de defender sua particular opinião acerca do que chama assuntos controversos, mas o Senhor não tem controvérsias em Sua segura Palavra, nem tampouco deixa espaço para confusão e vãs discussões. Quer fazer o que você acha que não tem problema, você é livre para isso. Mas, por favor, não use como argumento o nome de Jesus e Sua santa Palavra, porque Ele e a Palavra que são um (Jo.1:1) não tem meio termo, é “sim, sim” ou “não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mt.5:37).
O significado da palavra Tiatira, “sacrifício”, já nos revela muito acerca deste período profético, que vai do ano 538 ao ano 1517 d.C. Sendo o período de trevas, com a supremacia papal e também das primeiras luzes da Reforma Protestante, a igreja cristã se dividiu entre aqueles que se submeteram à autoridade e toleraram as práticas abusivas e idolátricas da igreja romana, se unindo a seus serviços religiosos apóstatas; e aqueles que permaneceram inabaláveis à autoridade das Escrituras, separando-se da igreja católica e de suas tradições. Foi um tempo muito crítico para os fiéis, que eram poucos. Mas Deus provou mais uma vez que os poucos que estão com Ele se tornam a maioria. Os valdenses, Calvino, John Huss, Jerônimo, Lutero, foram uns poucos que se levantaram com fé e coragem em favor da verdade e iluminaram a Europa e o novo mundo com as boas-novas da justificação pela fé. Morticínio, insegurança e medo estavam por toda a parte diante das constantes ameaças das autoridades eclesiásticas. Muitos preferiram ceder aos reclamos papais a fim de defender suas vidas e propriedades, mas acabaram perecendo justamente pelo modo que mais temiam. Não havia segurança, a não ser aquela contida no coração dos mártires que enfrentavam sua sentença com a dignidade e singeleza que comovia até mesmo seus verdugos. Todo reavivamento e reforma desperta com fúria a perseguição. Ellen White escreveu: “Haja um reavivamento da fé e poder da igreja primitiva, e o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se as fogueiras da perseguição” (O Grande Conflito, CPB, p.46).
Meus amados irmãos, todos esses recados de Cristo dados à igreja cristã de cada período da história deste mundo são perfeitamente aplicáveis a nós hoje. Precisamos dar atenção ao apelo divino, que em todo o tempo nos diz: “tão somente conservai o que tendes, até que Eu venha” (v.25). Também temos uma mensagem especial para o nosso tempo e conselhos inspirados que só entenderemos e aceitaremos mediante a sabedoria dada pelo Espírito Santo. Você está percebendo a importância de compreendermos as verdades contidas neste livro? Ele aponta para a veracidade de toda a Escritura e para as promessas infalíveis de um Deus que nos diz: “Eu virei outra vez”. Não podemos alicerçar a nossa fé em palavras de homens que disputam a razão nas redes sociais, mas na “espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef.6:17). Estude a Bíblia por si mesmo com o desejo e a humildade de conhecer “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm.12:2). Que Deus te abençoe em sua busca e até amanhã, pela graça de Deus!
Nosso Pai do Céu, não temos o que esconder e nem podemos, diante da Tua onisciência, que nos diz: “Conheço as tuas obras”. Só Tu conheces o nosso coração. Só Tu podes sondá-lo. E só Tu tens o poder de transformá-lo. Se abandonamos o primeiro amor, clamamos que Tua bondade nos conduza ao arrependimento e que possamos voltar à prática das primeiras obras. Se tivermos de padecer tribulação e pobreza, que sejamos fiéis até à morte. Se em nosso meio existem nicolaítas, ou os que sustentam a doutrina de Balaão e de Jezabel, que possamos conservar a verdade presente até que Cristo venha. Mas não conseguimos fazer nada disso sozinhos, Pai. Necessitamos do Teu auxílio! Necessitamos do Espírito Santo! Dá-nos Teu Espírito, Senhor, e fortalece-nos em Ti! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, perseverantes na verdade!
Rosana Garcia Barros
#Apocalipse2 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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APOCALIPSE 2 – Na primeira visão profética, João contempla Jesus no meio de sete candelabros – que representam as sete igrejas – segurando sete estrelas na Sua mão direita (Apocalipse 1:12, 16, 20).
Em Apocalipse 2:1, Cristo é descrito como Aquele “que tem as sete estrelas em Sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro”. A interpretação mais coerente é que essas estrelas representam os líderes espirituais – ou mensageiros – das igrejas.
“Anjo” significa mensageiro e pode-se referir tanto a seres celestiais quanto a mensageiros humanos – a mesma palavra grega aparece para João Batista em Mateus 11:10. No contexto das cartas às igrejas (Apocalipse 2-3), a ideia mais provável é que esses “anjos” sejam os pastores ou líderes responsáveis por transmitir a mensagem de Deus à congregação.
Essa imagem revela proteção, autoridade, responsabilidade espiritual, juízo e recompensa. Jesus sustenta Seus líderes e os guia no cumprimento da missão. Além disso, Ele julga esses mensageiros, conforme indicado nas cartas às igrejas.
Diante disso, fica evidente que:
• Cristo é o Líder Supremo da Igreja – Nenhum líder humano tem total controle sobre a obra de Deus. Todos são sustentados e corrigidos por Cristo.
• A Relevância contínua de juízo – Cristo não apenas apoia, mas também avalia a condição espiritual dos líderes e das igrejas.
Em nosso estudo, consideremos resumidamente a mensagem relacionada a cada uma das igrejas de Apocalipse 2:
1. A mensagem de Éfeso nos mostra que Deus não quer apenas nossa obediência, quer também nosso coração. Muitas igrejas hoje são ortodoxas na doutrina e ativas em boas obras, mas perderam o fervor espiritual; visando incentivá-las, a promessa é que, aquele que vencer comerá da árvore no paraíso de Deus.
2. Esmirna nos lembra que o sofrimento por Cristo não passa despercebido e que há uma recompensa eterna ao fiel. Cristãos ainda enfrentam perseguições hoje, seja física, ideológica ou moral, eles encontram conforto nesse texto.
3. A Pérgamo, o chamado de Cristo é para fidelidade absoluta. O perigo antigo do compromisso com o erro continua real. Muitas igrejas relativizam a verdade para serem aceitas culturalmente, elas precisam desta mensagem.
4. Tiatira representa igrejas que crescem em amor e espiritualidade, porém permitem a corrupção doutrinária. Devemos continuar rejeitando qualquer ensinamento que corrompa a santidade da igreja.
Por conseguinte, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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4576 palavras (inclui texto bíblico integral)
Capítulo 2 – Quatro primeiras cartas às igrejas
“Há alguma coisa em comum nas cartas escritas às sete igrejas: escreve-se ao anjo ou mensageiros de cada uma delas. Em cada caso, O Senhor Jesus Se apresenta com uma identificação especial adequada às necessidades desse período da igreja. Por exemplo, ao escrever a Esmirna (era de perseguição e martírio), apresenta-Se como ‘o que esteve morto e tornou a viver’ (Apocalipse 2:8). Há um elogio que reflete as virtudes desse período (menos no caso de Laodicéia, devido a sua mornidão espiritual). Há uma reprovação destinada a ajudar a crescer em áreas débeis da igreja, com exceção do período de Esmirna (era das perseguições e martírio) e Filadélfia (era do reavivamento). Também se inclui uma admoestação e uma promessa.” – SRA/EP, p. 33.
2:1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
Igreja de Éfeso – “Alguns definem o nome Éfeso como ‘desejável’. No tempo de João, Éfeso era a principal cidade da província romana da Ásia, e mais tarde foi sua capital. O cristianismo parece ter sido pregado ali pela primeira vez por volta de 52 A.D., quando Paulo se deteve ali durante algum tempo ao retornar a Jerusalém e Antioquia, de sua Segunda Viagem Missionária. … Ao ser escrito o Apocalipse, Éfeso deve ter sido um dos principais centros do cristianismo.” – SDABC, vol. 7, p. 742 e 743, citado em LES892, p. 32.
“Éfeso representa a Igreja doutrinária e espiritualmente pura. Esta foi a Igreja de Cristo e dos apóstolos. No entanto, mesmo na Igreja apostólica houve diminuição do primeiro amor.” – LES892, p. 43.
Período – “1º século A.D.” – LES892, P.30.
“É a época dos apóstolos, durante o século I. Foi um tempo de grande crescimento. O historiador Gibbons diz que os cristãos chegaram a ser nessa época uns 6.000.000. Os apóstolos deixaram bem claro, na Santa Bíblia, a doutrina pura de Cristo.” – SRA/EP, p. 34.
Segura as sete estrelas – “A palavra traduzida por ‘segura’ ou ‘conserva’ denota o completo controle de Cristo sobre toda a Igreja. Provê proteção e segurança quando Seu povo mantém a união com Ele.” – LES892, p. 31.
“Cristo anda no meio de Suas igrejas por toda a extensão da Terra. Observa com intenso interesse, para ver se o Seu povo está espiritualmente em tal condição que possam promover o Seu reino. Está presente em toda assembléia da Igreja. Conhece aqueles cujo coração pode encher do azeite sagrado, para que possam transmiti-lo a outros. Aqueles que fielmente levam avante a obra de Cristo, representando o caráter de Deus em palavras e ações, cumprem o propósito do Senhor para eles, e Cristo Se agrada deles.” – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 956, citado em LES892, P. 31.
“Dirigentes espirituais amparados por Cristo. […] Estas palavras [Apoc. 2:1] são ditas aos que ensinam na igreja – aqueles a quem Deus confiou pesadas responsabilidades. As suaves influências que devem abundar na igreja têm muito que ver com os ministros de Deus, os quais devem revelar o amor de Cristo.” – LES892, p. 25.
“Qual é a função da liderança humana na Igreja, segundo o desígnio de Cristo? (S. Mat. 23:11) As pessoas escolhidas para ocupar posições de liderança na Igreja não devem encarar suas funções do mesmo modo que o fazem os personagens revestidos de autoridade no mundo secular. O ‘servo’ dirigente também é membro do corpo de que Cristo é a cabeça, e não deve procurar exercer a função que só pertence a Cristo. Sua autoridade deve ser mais de índole moral. Não é fácil de exercer tal espécie de liderança. Ela precisa inspirar, incentivar e conduzir pelo exemplo, não pela imposição.” – LES892, p.26.
- C.: Ver também os comentários sobre Apoc. 1:16 e 20.
2:2 Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos;
Obras, … trabalho, … paciência (…deixaste o primeiro amor) – “A igreja em Éfeso simbolizava a Igreja apostólica, que era conhecida por seu intenso labor e paciência. Os cristãos primitivos procuraram incansavelmente purificar a Igreja da contaminação moral e falsas doutrinas. Tendiam, porém, a se tornar dogmáticos e intolerantes. Seu raciocínio ficou confuso, e seus sentimentos se endureceram. Eles perderam aquele grande amor pelo Senhor e Seu evangelho que os impelira a princípio.” – LES892, p. 31.
Conheço as tuas obras – Repetido para todas as igrejas.
Puseste à prova os que se dizem apóstolos – “Inúmeros versículos dos Atos e das Epístolas mostram a luta que tiveram os cristãos da era apostólica a fim de impedir que fossem introduzidas doutrinas pagãs na igreja (Por exemplo: I S. João 4:1-3; Atos 20:29 e 30; II S. Pedro 2:2). Entre outras coisas, são mencionados casos, evidentemente muito conhecidos da irmandade, como por exemplo Himeneu e Alexandre (I Tim. 1:20); II Tim. 4:14-15) e Diótrefes (III S. João 9). Os nicolaítas provavelmente tenham sido tenham sido seguidores de Nicolau de Antioquia com idéias gnósticas. O gnosticismo, o docetismo e outras idéias não bíblicas constituíam ameaça à pureza doutrinária, mas eles retiveram a doutrina pura. Em Apoc. 2:5, admoesta-se a arrepender e voltar às origens (a doutrina bíblica e a piedade cristã) ou do contrário Ele tirará ‘do seu lugar o castiçal’. À luz de Apoc. 1:20, poderíamos entender que deixaria de ser igreja de Cristo, pois o Senhor não aceita a apostasia. Aqui temos uma forte evidência de que é a doutrina verdadeira. Devíamos voltar À mensagem bíblica dos dias apostólicos.” – SRA/EP, p. 35.
2:3 e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste.
2:4 Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Deixaste o teu primeiro amor – “Os cristãos tornaram-se egoístas. “ – LES892, p. 32.
“Numa só geração foi o evangelho levado a toda nação debaixo do Céu. Pouco a pouco, ocorreu, porém, uma mudança. A Igreja perdeu seu primeiro amor. Ela tornou-se egoísta e amante da comodidade. Foi acalentado o espírito de mundanismo. O inimigo lançou o seu fascínio sobre aqueles a quem Deus dera luz para um mundo em trevas.” – Testimonies, vol. 8, p. 26, citado em LES892, p. 32.
“Estou instruída a dizer que estas palavras [Apoc. 2:4 e 5] se aplicam às igrejas … em sua condição atual. O amor de Deus desapareceu, e isto significa a ausência de amor uns pelos outros. É acalentado o próprio eu, o próprio eu, o qual está lutando pela supremacia. Até quando isto irá continuar?” – Review and Herald, 25 de fevereiro de 1902, citada em LES892, p. 20.
2:5 Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres
Pratica as primeiras obras – “…voltar às origens (doutrina bíblica e piedade cristã)…” – SRA/EP, p. 35
Tirarei do seu lugar o teu castiçal – “À luz de Apoc. 1:20, poderíamos entender que deixaria de ser igreja de Cristo, pois o Senhor não aceita a apostasia.” – SRA, p. 35.
Lembra-te, arrepende-te, pratica – “Três palavras resumem a mensagem: Lembrar, arrepender, praticar. O Mestre está dizendo: ‘Lembra-te do teu gozo anterior, quando o verdadeiro amor enchia o teu coração. Arrepende-te de teus pecados; compreende o perigo de tua condição. Pratica as obras do teu primeiro estado, ou então Eu te removerei.’ Obras não produzem amor, nem podem tomar o lugar do amor. As obras são apenas a evidência do amor.” – Roy Allan Anderson, O Apocalipse Revelado, p. 26 e 27.
Arrepende-te – “Na linguagem bíblica, arrepender-se significa mudar de opinião. Da mesma maneira, converter-se significa dar meia-volta e caminhar em sentido contrário. Arrependimento significa uma mudança genuína da mente e atitude para com Deus e para si mesmo e também para com os demais. A pessoa arrependida por meio do Espírito Santo começa a ver as coisas como Deus as vê. Conversão, portanto, significa dar uma volta e retroceder no caminho da vida de pecado, avançando para Deus.” – SRA/EP, p.31, sobre Atos 3:19 (“…arrependei-vos e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.”)
2:6 Tens, porém, isto, que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.
Nicolaítas – “Os nicolaítas provavelmente tenham sido seguidores de Nicolau de Antioquia, com idéias gnósticas.” – SRA/EP, P. 35.
“A primeira epístola de João foi escrita a uma coletividade que tinha de enfrentar a heresia gnóstica do primeiro século.” – Fred L. Fisher, Síntese das epístolas de João, Bíblia Vida, p. 340 Ver comentários sobre o verso 15.
Aborreces as obras dos nicolaítas – “As obras dos nicolaítas foram rejeitadas pela Igreja apostólica, mas toleradas no período posterior representado por Pérgamo. Alguns dos escritores cristãos no período pós-apostólico identificaram os nicolaítas com os gnósticos cristãos, que atribuíam idéias filosóficas GREGAS à Bíblia. […] Os nicolaítas praticavam os pecados de Balaão. Os versos 14 e 15 de Apocalipse 2 identificam os pecados de Balaão com o dos nicolaítas. […] Quais eram os pecados de Balaão? O estudo das passagens que falam de Balaão revela que os seus pecados eram avareza, hipocrisia, idolatria e imoralidade. (Ver Núm. 22 a 24; 25:1 e 2; 31:8 e 16; II S. Ped. 2:15; S. Jud. 11.) […] Os nicolaítas ensinavam que as obras da carne não afetam a pureza da alma, não tendo, portanto, nenhuma influência sobre a nossa salvação.” – LES892, p. 32, 33.
Doutrina dos nicolaítas – Ver comentários sobre os versos 14 e 15.
2:7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.
Ao que vencer – “A forma grega desta expressão significa ‘continua vencendo’. Este pensamento é salientado muitas vezes no livro do Apocalipse.” – LES892, p. 33.
Conheço as tuas obras (v.2) … ao vencedor … ouça o Espírito – “Dessas três declarações surgem nitidamente três mensagens de Deus para toda pessoa de nosso século: (1) Deus me conhece totalmente, não posso enganá-Lo. (2) É imperativo vencer; São Paulo dá a chave: ‘Tudo posso nAquele que me fortalece’ (Filipenses 4:13). (3) Devo obedecer à voz do Espírito Santo sempre.” – SRA/EP, p. 33
Árvore da vida – “Aquele que tem as chaves da morte, que esteve morto mas vive pelos séculos dos séculos (Apocalipse 1:18), que ‘Abre e ninguém fecha’ (Apocalipse 3:5) promete restabelecer a vida eterna perdida quando entrou o pecado. A árvore da Vida é mencionada 6 vezes na Bíblia. Três vezes em Gênesis e três em Apocalipse. Para que o homem não vivesse eternamente como pecador, Deus não permitiu que comesse desta árvore (Gênesis 3:22-25), mas agora, redimido pelo sangue de Jesus, é prometido que os vencedores comerão da dita árvore: receberão a vida eterna. Por isso diz que eles não sofrerão dano da segunda morte (Apocalipse 2:11; 20:6). O paraíso está no terceiro Céu do qual fala São Paulo em II Coríntios 12:2, 4.
2:8 Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e reviveu:
Esmirna – “É uma das mais antigas cidades do mundo e fica cerca de sessenta e cinco quilômetros ao norte de Éfeso. Das sete, é a única ainda existente hoje como cidade forte. […] Nenhuma outra cidade tem experimentado mais cercos, massacres, terremotos, incêndios e calamidades outras; mas ainda sobrevive. É indubitavelmente uma cidade de vida.” – O Apocalipse Revelado, p. 30.
Período histórico – “100 A. D. a 313 A. D.” – LES892, p. 30.
“A Igreja de Esmirna era pura, mas foi perseguida. No período pós-apostólico Satanás procurou manter as pessoas longe de Cristo destruindo aqueles que O seguiam.” – LES892, p. 43.
“Pobreza, perseguição, encarceramento e martírio afligiram a Igreja Cristã no período de 100 a 313 A.D.” – LES892, p. 33.
“Durante o período de Esmirna, os imperadores romanos ajudaram e favoreceram a perseguição dos cristãos. Houve ataques aos cristãos durante os reinados de Trajano (98-117), Adriano (117-138), Tito Antonino Pio (138-161), marco Aurélio (161-180), Sétimo Severo (193-211), Décio Trajano (249-251) e Valeriano (253-260) ” – LES892, p. 35.
“Esmirna significa ‘cheiro suave’, sendo sinônimo de mirra. A igreja de Esmirna devia passar por amarga perseguição, mas os seus sofrimentos, em vez de destruí-la, propiciaram ao mundo o rico perfume do Céu.” – O Apocalipse Revelado, p. 29.
2:9 Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás.
Tribulação e pobreza – “Na maioria dos casos, os que aceitavam o evangelho eram economicamente pobres e estavam em condição social desfavorável. Os pagãos perseguiam-nos à vontade. Mas o tratamento mais severo proveio dos círculos judaicos. Muitos cristãos tinham vindo do judaísmo.” – LES892, p. 33.
Sinagoga de Satanás – “Cristo refere-se à igreja presidida por Satanás chamando-a de sinagoga de Satanás. Seus membros são os filhos da desobediência. São aqueles que preferem pecar, que se esforçam por invalidar a santa lei de Deus. A obra de Satanás é misturar o mal com o bem, e remover a distinção entre o bem e o mal. Cristo quer ter uma igreja que se esforce por separar o mal do bem, e cujos membros não tolerem voluntariamente a prática do mal, mas a expelirão do coração e vida.” – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 958, citado LES892, p. 34.
Se dizem Judeus – “…essa expressão sem dúvida se refere aos que afirmavam servir a Deus, mas na realidade serviam a Satanás.” – LES892, p. 35.
“A figura tem sua base na História. O livro de Atos revela que muitas das dificuldades da Igreja primitiva resultaram de acusações caluniosas lançadas contra ela pelos judeus (ver Atos 13:45; 14:2 e 19; 17:5 e 13; 18:5, 6 e 12; 21:27). Evidentemente, esta era também a situação em Esmirna. Consta que, no segundo século, judeus ocasionaram o martírio de Policarpo, bispo de Esmirna. Durante esse tempo, Tertuliano fala das sinagogas como ‘fontes de perseguição’.” – SDABC, vol. 7, p. 746, citado em LES892, p. 35.
2:10 Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Tribulação de dez dias – “…refere-se aos dez períodos de perseguições gerais.
“Durante o segundo e o terceiro século os imperadores romanos procuraram exterminar a igreja cristã com perseguições, mas o exemplo dos mártires movia o coração dos sinceros, os quais se convertiam, aumentando assim o número de crentes.
“Há quem considere os 10 dias proféticos como o período de 303-313, da época da terrível perseguição de Diocleciano e seu sucessor, Galério. Um exemplo disso é Policarpo. Ele foi pastor ou bispo de Esmirna. O Estado exigia que ele adorasse a César como se fosse um Deus, mas ele não o fez e lhe custou a vida. Quando exigiram que renunciasse a Cristo, se quisesse salvar a vida, respondeu: ‘Servia meu Jesus por 50 anos e Ele não falhou para comigo um só dia. Como poderia traí-Lo agora?’ Foi queimado vivo, atado a um poste na encosta do Monte Pagus, no ano de 168. Como ele, milhões se tornaram mártires.” – SRA/EP, p. 35.
“ Iniciados por Diocleciano em 303 A.D., os ataques aos cristãos continuaram até o cristianismo ser reconhecido como religião legal do Império pelo famoso Edito de Milão, promulgado por Constantino em 313 A.D.” – LES892, p. 34
“Durante o segundo e terceiro séculos os imperadores romanos procuraram apagar a igreja mediante perseguição. Eles temiam o cristianismo porque este estava penetrando o pensamento popular. Consideravam-no com um rival. Certo número de perseguições – dez ao todo – foram instigadas mas a de Diocleciano foi a pior. Esta durou dez anos, de 303-313 A. D., ou até a subida de Constantino ao trono. Se avaliarmos isto como tempo profético – um dia como um ano literal (Eze. 4:6; Núm. 14:34), então os ‘dez dias’ da perseguição foram literalmente cumpridos.” – O Apocalipse Revelado, p. 31 e 32.
2:11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que vencer, de modo algum sofrerá o dano da segunda morte.
Segunda morte – “A primeira morte é o ‘sono’ que ocorre até o julgamento e da qual haverá ressurreição. A segunda morte é o contrário da vida eterna. Constitui o ‘salário do pecado’ – a perda permanente da existência. (Ver Rom. 6:23.)” – LES892, p. 35.
2:12 Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois gumes:
Pérgamo – “Pérgamo foi fundada por colonizadores gregos. Já era importante no quinto século A.C. […] Era considerada a mais rica cidade do mundo, devido ao grande número de templos, teatros, ginásios e monumentais edifícios públicos.” – LES892, p. 36.
Período histórico – “313 A.D. a 538 A.D.” – LES892, p. 30.
“Pérgamo cobre os séculos IV, V e a primeira metade do VI. Como Satanás não pôde destruir a igreja com as perseguições, tratou de corrompê-la e coloca-la em compromisso com o Estado, introduzindo na igreja pagãos não-convertidos e que conservaram parte de suas idéias. Esse paganismo introduzido na igreja foi tirando sua força espiritual.
“Quando, no ano 313, Constantino assinou o edito de tolerância, em Milão, dando liberdade de culto aos cristãos, e pouco depois se disse convertido, despertou a natural gratidão e admiração da igreja convertida. O imperador, porém, continuou sendo o pontífice máximo do paganismo, ao mesmo tempo que assistia aos cultos cristãos e convocava em 325 o Concílio de Nicéia. O imperador intrometeu-se em assuntos eclesiásticos, exercendo sua influência apaziguadora. Por exemplo, a 7 de março de 321, ditou a primeira lei tornando obrigatória a observância do dia em que os pagãos adoravam o Sol, prática que se infiltrou na igreja.” – SRA/EP, p. 36.
“Quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na Igreja Cristã. O espírito de transigência e conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a Igreja suportou sob o paganismo. Mas em cessando a perseguição e entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a humilde simplicidade de Cristo e Seus apóstolos, em troca da pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos; e em lugar das ordenanças de Deus colocou teorias e tradições humanas. A conversão nominal de Constantino, na primeira parte do século quarto, causou grande regozijo; e o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na Igreja.” – O Grande Conflito, p. 47 e 48.
”Teorias e tradições humanas tomaram o lugar da verdade cristã.” – LES892, p. 36.
“A Igreja de Pérgamo tolerou a deturpação da doutrina e o afrouxamento das normas cristãs.” – LES892, p. 43.
“Pérgamo tornou-se … um elo entre a antiga Babilônia e Roma.” – O Apocalipse Revelado, p. 34.
Espada de dois fios – “A ‘espada do Espírito’ torna-se a espada da punição para os que rejeitam o amor de Cristo, deturpam a verdade e se opõem a Seu povo.” – LES892, p. 35.
“…a espada do Espírito, … a palavra de Deus.” – Efésios 6:17.
Ver também comentário sobre Apoc. 1:16.
2:13 Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
Onde está o trono de Satanás – “Visto que o período representado por Pérgamo foi o do desenvolvimento do papado (313 a 538 A.D.), parece ser evidente que ‘o trono de Satanás’ é uma referência ao centro de adoração papal: Roma.” – LES892, p. 35 e 36.
Reténs o Meu nome…fé – “É interessante notar que mesmo numa igreja com tantos problemas como os que caracterizaram o período de Pérgamo, o Senhor encontrou muita coisa a ser elogiada.” – LES892, p. 37.
2:14 entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem.
Doutrina de Balaão – “A analogia com Balaão denota que havia em Pérgamo alguns cujo objetivo era dividir e arruinar a igreja incentivando práticas que eram proibidas aos cristãos. … Balaão influenciou Israel a ‘comerem coisas sacrificadas a ídolos e praticarem a prostituição’ (ver Num. 25:1 e 2; 31:16). Esses dois pecados conduziram à mistura do paganismo com a religião verdadeira. Ao ser aplicada à história da Igreja Cristã, essa representação é especialmente apropriada à situação da Igreja no período que se seguiu à legalização do cristianismo por Constantino em 313 A.D. e à sua conversão nominal dez anos mais tarde. Esse imperador adotou um plano de ação que consistia em misturar o paganismo com o cristianismo em tantos pontos quantos fosse possível, na premeditada tentativa de unir os diversos elementos dentro do império e fortalecê-lo desta maneira. A posição favorável, e até dominante, que ele concedeu à Igreja, tornou-a vítima das tentações que sempre acompanham a prosperidade e a popularidade. Sob o reinado de Constantino e seus sucessores, … a Igreja tornou-se rapidamente uma instituição político-eclesiástica e perdeu grande parte de sua espiritualidade anterior.” – SDABC, vol. 7, p. 749, citado em LES892, p. 37.
2:15 Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas.
Doutrina dos Nicolaítas – “Agora é amplamente ensinada a doutrina de que o evangelho de Cristo invalidou a lei de Deus; de que ‘crendo’ somos desobrigados da necessidade de ser praticantes da Palavra. Esta é, porém, a doutrina dos nicolaítas, que Cristo condenou tão severamente.” – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol.7, p. 957, citado em LES892, P. 33.
Ver também comentário sobre verso 6.
2:16 Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.
Arrepende-te – “Até as promessas de castigo do Apocalipse, que alguns poderiam considerar negativas, revelam o amor de Deus que nos quer conduzir ao arrependimento. (Ex.: Apocalipse 2:5, 16; 3:3). As repreensões e castigos prometidos por Deus têm como objetivo corrigir e curar; porque Ele nos ama (Apocalipse 3:18 e 19) e sabe que sem arrependimento não pode haver perdão. …
“A bondosa paciência de Deus tem limite. Se não há conversão terá que haver punição. (Ex.: Apocalipse 2:21-23; 3:3). Apocalipse 9:20, 21 fala de pessoas que nem mesmo sob as pragas descritas na sexta trombeta se arrependeram. Apocalipse 11:18 diz que Deus finalmente destruirá ‘os que destroem a Terra’. O pior será a segunda morte (Apocalipse 21:8; 22:15).” – SRA/EP, p. 51.
A Espada – “A Espada do Espírito é a Palavra de Deus.” – LES892, p. 35.
Ver também comentários sobre Apoc. 1:16 e 2:12.
2:17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.
Maná escondido: “Representa a vida espiritual em Cristo agora e a vida eterna pela fé em Jesus. (Ver SDABC, vol. 7, pág. 750).” – LES892, p. 37.
Ver também S. João 6:32-35
Pedra branca: téssera – “objetos que serviam de senha, entre os primitivos cristãos.” – Dicionário Aurélio. N.C.: Nome novo: A ser dado por Deus na Nova Terra, indicando nova personalidade/novo nascimento/nova pátria- Ver Isaías 62:2.
2:18 Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente:
Tiatira: “Era uma cidade da Lídia, ao lado da estrada entre Pérgamo e Sardes e à beira do rio Lico, afluente do Hermus. … transformou-se num importante centro comercial e industrial” – SDA Bible Dictionary, p. 1.094, citado em LES892, p. 39.
“A igreja de Tiatira é um símbolo adequado da Igreja Cristã durante toda a Idade Média (538 A.D. a 1517 A.D.). Em diversos países muitos cristãos mantiveram sua união com Cristo e a lealdade á singela fé de Seus apóstolos. Por exemplo, cristãos primitivos na Inglaterra, Escócia e Irlanda permaneceram fiéis à religião da Bíblia. Os valdenses e os seguidores de Wycliffe e Huss estavam mais perto do cristianismo apostólico do que a maioria de seus contemporâneos.” – LES892, p. 37.
“Em terras que ficavam além da jurisdição de Roma, existiram por muitos séculos corporações de cristãos que permaneceram quase inteiramente livres da corrupção papal. Estavam rodeados de pagãos e, no transcorrer dos séculos, foram afetados por seus erros; mas continuaram a considerar a Escritura Sagrada como a única regra de fé, aceitando muitas de suas verdades. Estes cristãos acreditavam na perpetuidade da Lei de Deus e observavam o sábado do quarto mandamento. Igrejas que se mantinham nesta fé e prática, existiram na África Central e entre os armênios, na Ásia.” – O Grande Conflito, p. 61.
“Tiatira significa ‘sacrifício de contrição’ e adequadamente representa o período da história da Igreja em que a fé simples foi mudada por meio da apostasia, ou sacrificada, sendo substituída por obras e penitências. A salvação não pode ser comprada ou merecida por nenhum meio; ela é dom de Deus. Vem a nós pela graça, e pela graça somente. Mas no quarto período da história da Igreja os homens se desviaram da simplicidade do evangelho de Cristo e em seu lugar construíram um elaborado ritual e um sacerdócio de feitura humana.” – O Apocalipse Revelado, p. 39.
“O período de Tiatira constituiu o ponto mais baixo. Durante a Idade Média predominaram as trevas espirituais e os erros doutrinários.” – LES892, p. 43.
2:19 Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas que as primeiras.
2:20 Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos;
Toleras Jezabel – “Jezabel, filha de um rei sidônio, adoradora de Baal, a qual introduziu a idolatria e corrupção religiosa em Israel, é aqui o símbolo da apostasia e corrupção religiosa aberta. A igreja se paganizara.” – SRA/EP, p. 36.
“Como filha de um rei pagão e adoradora de Baal, ela proveu a motivação para a apostasia de Acabe (I Reis 16:31-33; 18:19; 21:25 e 26). Perseguiu os profetas de Deus e pessoas fiéis (I Reis 18:4 e 13; 19:1-3; 21:5-15). Jezabel era prostituta e feiticeira (II Reis 9:22). Devido a sua vida perversa, o desagrado de Deus incidiu sobre ela (II Reis 9:30-37).
Que organização possuía as características de Jezabel durante a Idade Média? O papado medieval praticou a idolatria. A veneração do papa, de imagens e relíquias, do domingo em lugar do verdadeiro sábado, de sacerdotes terrestres como mediadores em lugar de Cristo, e dos elementos na missa – tudo isso constituía idolatria. A imoralidade espiritual provinha da aceitação de ensinos e práticas procedentes de religiões pagãs. O povo de Deus foi a vítima da Inquisição. Os valdenses, Wycliffe e os lolardos, Huss e seus seguidores, e os protestantes no século dezesseis, foram vítimas da perseguição papal.” – LES892, p. 38.
“No ano de 538 entrou em vigor o edito de Justiniano, que permitia condenar, até com pena de morte, os que não respeitassem os ensinos do bispo de Roma. Como aconteceu com Constantino, a religião pagã se tornou a religião oficial do império. Muitas doutrinas pagãs entraram na igreja nessa época, e os cristãos, influenciados por essas doutrinas, perseguiram aquela pequena minoria que se mantinha fiel às Escrituras.” – SRA/EP, p. 36.
2:21 e dei-lhe tempo para que se arrependesse; e ela não quer arrepender-se da sua prostituição.
2:22 Eis que a lanço num leito de dores, e numa grande tribulação os que cometem adultério com ela, se não se arrependerem das obras dela;
2:23 e ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que esquadrinha os rins e os corações; e darei a cada um de vós segundo as suas obras.
2:24 Digo-vos, porém, a vós os demais que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conhecem as chamadas profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei;
2:25 mas o que tendes, retende-o até que eu venha.
2:26 Ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações,
2:27 e com vara de ferro as regerá, quebrando-as do modo como são quebrados os vasos do oleiro, assim como eu recebi autoridade de meu Pai;
2:28 também lhe darei a estrela da manhã.
A Estrela da Manhã – “Refere-se a Cristo (Apoc. 22:16; comparar com II S. Ped. 1:19), mas às vezes também é aplicada a Wycliffe, ‘a estrela da manhã da Reforma’ (Ver o Grande Conflito, pg. 78).” – LES892, p. 39.
2:29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Referências principais
LES892 – Battistone, Joseph J. – Lições da Escola Sabatina, 2º Trimestre de 1989, nº 374, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
SRA/EP – Belvedere, Daniel – Seminário As Revelações do Apocalipse, Edição do Professor, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2ª ed., 1987.
SDABC – Seventh Day Adventist Bible Commentary.
* Também disponível em: http://apocalipsecomentadoversoaverso.blogspot.com/2015/07/apocalipse-2-as-quatro-primeiras-cartas.html