Reavivados por Sua Palavra


EZEQUIEL 35 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
29 de abril de 2024, 0:45
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Como primogênito de Isaque, Esaú tinha por direito a primazia das bênçãos terrenas e espirituais. Crescendo como um forte caçador e líder, seu futuro parecia promissor, de sorte que seu pai estava disposto a lhe conceder tudo o que sua posição lhe garantia. Ao contrário de seu irmão Jacó, dedicado à pacata vida doméstica, Esaú era dado à vida pública e seus interesses visavam a riqueza e o poder. No entanto, sua força física e suposta autoridade eram facilmente derrotadas quando confrontadas com a fraqueza de seu caráter. O que desejava e pensava ser seu por direito, a bênção de não apenas herdar as posses corruptíveis, mas um nome que faria parte da tríade dos patriarcas de Deus, trocou pela satisfação de seu apetite (Gn.25:27-34).

Semelhante à troca feita no Éden, Esaú trocou a bênção pela maldição, de sorte que sua vida revelou o cumprimento da profecia dada a Rebeca em sua atribulada gravidez gemelar: “Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço” (Gn.25:23). Não era necessário que Rebeca usasse de mentiras para que fossem cumpridas as palavras do Senhor e sua astúcia custou caro para Jacó, que teve de enfrentar um caminho sobremodo difícil. Nem tampouco Isaque agiu com sabedoria intentando conceder ao mais velho o que Deus havia reservado “ao mais moço”. Mas ainda que o homem faça planos, mesmo que seja com a intenção de “ajudar” nos propósitos divinos, Deus, em Sua infinita misericórdia, usa até mesmo as frustrações e sofrimentos a fim de nos levar para mais perto dEle.

Não era propósito do Senhor que Esaú fosse o pai de uma nação inimiga de Seu povo. A profecia dada a Rebeca não era um futuro predestinado, mas a revelação de um Deus onisciente. Se Esaú tivesse se humilhado perante o Senhor como fez Jacó, certamente sua descendência também seria herdeira das mesmas promessas. Seir, ou Edom, se refere à descendência de Esaú, que se tornou uma terrível inimiga e perseguidora da nação de Israel. Infelizmente, o emocionante reencontro dos irmãos há tantos anos separados (Gn.33:4), não destronou o orgulho do coração de Esaú, que continuou perseguindo, por suas próprias forças, a bênção que havia perdido.

A experiência de Esaú nos é apresentada como uma importante e urgente exortação, como está escrito: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados; nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado” (Hb.12:14-17).

O que para os homens é uma aparência promissora, para Deus pode ser a causa determinante do fracasso. Esaú se apegou a um direito nominal, enquanto rejeitou o seu dever de submissão ao governo divino. Vivemos hoje sob o constante desafio de não cair na mesma armadilha: “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap.3:17). Esaú reclamou as promessas de Deus como se delas fosse merecedor. Jacó lutou com Deus com o coração contrito e quebrantado reconhecendo o seu demérito. Oh, amados, quanto necessitamos daquela noite de santa luta! Quanto necessitamos do toque corretivo de Deus em nossa coxa! Para que mancos, possamos reconhecer a nossa total dependência de Deus e urgente necessidade de mudança.

Sobre a nossa necessidade atual, há uma promessa a todos nós: “A história de Jacó é também uma segurança de que Deus não lançará fora aqueles que, arrastados ao pecado, se voltam a Ele com verdadeiro arrependimento. Deus enviará Seus anjos para confortá-los no tempo de perigo. Os olhos do Senhor estão sobre Seu povo. As chamas da fornalha parecem prestes a consumi-los, mas o Refinador os apresentará como ouro provado no fogo” (Ellen G. White, “O Grande Conflito”, edição condensada, CPB, p.270).

Clamemos pelo Espírito Santo, amados! Invoquemos o nome do Senhor, e Ele nos dará a herança de Jacó para sempre!

Santo Deus e Pai, como Esaú, muitos têm ignorado e até mesmo rejeitado a herança que o sangue de Cristo lhes garantiu. Dão as costas ao Senhor, enquanto declaram fazer parte do Teu povo. Oh, Deus Eterno, nos ensina a lutar em oração como Jacó! Arranca do nosso coração tudo aquilo que Te desagrada! Mostra-nos em que temos pecado contra Ti e santifica-nos! Que o Teu Espírito habite em nós, Pai de amor! Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, herdeiros da promessa!

Rosana Garcia Barros

#Ezequiel35 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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