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"Embora houvesse vários lugares com este nome, quase não há dúvidas de que a Ramá mencionada por Jeremias neste versículo ficava próxima à sepultura de Raquel, que por sua vez, estava no ‘no território de Benjamim, em Zelza’ (1Sm 10:2). Ramá (possivelmente, a moderna Ramallah) ficava na estrada por onde os judeus exilados foram levados no caminho de Jerusalém para Babilônia, e parece ter sido um ponto de encontro dos cativos, antes da árdua jornada rumo ao cativeiro. O massacre de alguns israelitas pelos babilônios e o cativeiro de outros ocorreram próximo à sepultura de Raquel e revelam a pertinîencia desta ilustração. Raquel é representada como testemunhando a angústia experimentada por seus descendentes e chorando amargamente por seus filhos. Mateus, inspirado pelo Espírito Santo, aplicou esta passagem ao massacre de Herodes às crianças de Belém." Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol.4, p. 506.
Comentário devocional:
Este capítulo se baseia no mesmo tema discutido no capítulo anterior: a restauração de uma terra que foi devastada pela guerra e saqueada pelas nações invasoras (v. 4,11,18). Além disso, Deus reintroduz o tema da aliança.
O texto nos permite imaginar a longa caminhada dos cativos passando por Ramá, no caminho para a Babilônia, chorando pelo exílio e pelos que morreram (v. 15). Mas deixa claro a promessa de prosperidade futura, e ela é tão certa que o Senhor diz: “quando Eu os trouxer de volta do cativeiro” (v. 23 NVI).
A restauração não é uma probabilidade, é certa. Está agendada no cronograma de Deus. Quando Jesus dá os sinais de Seu retorno em Mateus 24, Ele usa como ilustrações as indicações da natureza para a chegada do verão. A segunda vinda de Cristo é tão certa quanto a chegada de uma estação no seu tempo determinado.
O povo a quem Deus dirige estas mensagens está em um estado de crise. Eles haviam quebrado os termos da aliança que Deus estabelecera e Ele, então, permitiu que os babilônios invadissem suas terras. Agora Deus quer restaurá-los e trazê-los de volta para casa.
Ele também quer renovar a aliança quebrada. Pela primeira vez em todo o Antigo Testamento Deus promete claramente: “‘Estão chegando os dias’, declara o Senhor, ‘quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá. Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha aliança, apesar de eu ser o Senhor deles’, diz o Senhor. ‘Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias’, declara o Senhor: ‘Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo.’”(v. 31-33 NVI).
Deus não está aqui removendo a lei ou se afastando dela – Ele promete que vai ajudar Israel a interiorizar a lei, de tal forma que ela faça parte de todos os aspectos de sua vida. Deus também promete: ““Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados.” (v. 34 NVI). Este ato de perdão é outra indicação de que o foco de Deus aqui não é alterar a lei, mas transformar o Seu povo. Ele os perdoa e os capacita, implantando Sua lei em seus corações.
A restauração da terra, a punição dos inimigos, o retorno das pessoas à sua terra, tudo isso não tem sentido se não houver uma relação de aliança. A reforma externa não tem sentido se não houver uma correspondente transformação de caráter e restauração do relacionamento com Deus.
“Querido Deus, transforme minha vida e coloque a Sua Lei em meu coração. Amém”.
Michael Sekupa
Heidelberg College , África do Sul
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/31/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Jeremias 31