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Comentário devocional:
Jeremias teve um longo ministério, de cerca de 44 anos, dos dias de Josias até os últimos dias do Rei Zedequias, que reinou 11 anos. Os últimos dias registrados de Jeremias ocorreram depois da morte de Nabucodonosor. Em seu ministério Deus lhe mostrou a condição do povo de Deus, antes e depois do exílio. Apesar de suas advertências e admoestações, as pessoas continuaram rebeldes e desobedientes, para grande frustração do profeta e de Deus.
Neste capítulo, Deus falou com Jeremias em 605 aC, pouco antes da primeira invasão de Nabucodonosor (v. 1). Este era o sétimo ano de serviço de Jeremias para o Senhor. O profeta deveria escrever em um rolo todas as profecias e as mensagens que Deus lhe havia dado até aquele dia (v. 2). A vontade de Deus era que quando o rolo fosse lido perante o rei e seus príncipes, que todos se arrependessem, para que, assim, o Senhor perdoasse “a iniqüidade e o pecado deles” (v. 3, NVI).
Deus revelou uma mensagem a Jeremias, que ditou a Baruque, seu escriba (v. 4). Baruque, então, foi enviado para ler a mensagem na casa do Senhor no dia do jejum, quando muitas pessoas de toda Judá estariam em Jerusalém (v. 6-9).
Apesar de participarem do jejum, o coração do rei, dos líderes e de todo o povo estava endurecido. Baruque leu as palavras do Senhor à entrada da porta da casa do Senhor (v. 10). Alguns dos príncipes não estavam lá, mas Micaías, filho de Gemarias, estava e ouviu as palavras do Senhor (v. 11).
Micaías foi até a “câmara do escriba” e contou aos príncipes o que Jeremias havia dito (v. 13). Então eles mandaram o jovem Jeudi pedir que Baruque fosse até eles e lhes lesse o livro (v. 14, 15). Todos ficaram chocados com as palavras do Senhor através de Jeremias e “entreolharam-se com medo” (v. 16 NVI). Eles estavam convencidos de que Baruque e Jeremias estavam no caminho certo, e pediram que eles se escondessem (v. 19).
Em seguida, Jeudi foi convidado pelo rei para trazer e ler o livro perante ele (v. 21). O rei estava se aquecendo diante do fogo porque era inverno (v. 22). A medida de ouvia a mensagem, o rei, com uma faca, cortava o trecho lido do rolo e jogava a Palavra de Deus no fogo (v. 23). Entretanto, “O rei e todos os seus conselheiros que ouviram todas aquelas palavras não ficaram alarmados nem rasgaram as suas roupas” (v. 24 NVI). Ninguém é tão surdo como aquele que se recusa a ouvir.
O rei ordenou a seu próprio filho e seus amigos prenderem Jeremias e Baruque “mas o Senhor os tinha escondido” (v. 26).
Deus falou para Jeremias produzir uma outra cópia de seu texto através de Baruque, o escriba (vs. 28, 32). Deus acrescentou ao texto anterior palavras extras a respeito da punição do rei e dos seus servos, bem como dos seus descendentes.
Nosso Deus usou homens e mulheres capazes para escrever Sua Palavra e tudo que escreveram é historicamente correto. Seus textos apelavam para o arrependimento do povo e demonstravam a paciência de um amoroso Deus. Deus tenta, de diferentes maneiras, que todos se convertam. A punição divina é consequência direta das ações dos homens.
“Querido Deus, permita que não estejamos rasgando e queimando a Sua Palavra através do nosso desprezo e nossas más ações. Ao ouvirmos os Seus apelos que possamos nos colocar em harmonia com Seu plano divino. Salva-nos de nós mesmos, Senhor. Amém”.
Koot van Wyk
Coreia do Sul
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/36/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Jeremias 36
Comentário devocional:
Outra onda de falsas profecias surge na pessoa de Hananias. Ele previu que em dois anos a nação seria restaurada e o cativeiro babilônico chegaria ao fim. E quebrou o jugo que Jeremias colocara em seu pescoço. As pessoas que receberam esta profecia tiveram então que compará-la com o que Jeremias e outros profetas haviam dito antes.
Neste capítulo, Jeremias ajuda as pessoas a refletir: “Os profetas que precederam a você [Hananias] e a mim, desde os tempos antigos, profetizaram guerra, desgraça e peste contra muitas nações e grandes reinos.” (v. 8 NVI). Mas Hananias estava profetizando paz para as pessoas.
Um dos testes de um verdadeiro profeta é que: “o profeta que profetiza prosperidade será reconhecido como verdadeiro enviado do Senhor se aquilo que profetizou se realizar.” (v. 9 NVI). Não só as profecias de Hananias não se cumpriram, como ele morreu 2 meses após seu confronto com Jeremias (comparar v. 1 com v 17).
Nas últimas décadas presenciamos mais predições sobre o fim do mundo do que em todos os séculos anteriores da história. Algumas dessas profecias vieram acompanhadas de datas específicas. Entretanto, esses profetas e suas profecias não se cumpriram e portanto não passaram pela prova da Palavra de Deus.
Nós também precisamos ter em mente que esta é uma das provas em caso de haver uma predição correta de eventos. Os profetas da atualidade têm que cumprir todas as provas encontradas nas Escrituras para serem reconhecidos como profetas verdadeiros.
Algumas passagens da Escritura que podem ser utilizadas para testar alguém que reivindique em nossos dias possuir o espírito profético são: Isaías 8:20; Mat 7:15-20 ; 1 João 4:1-3. Ellen G. White é uma profetisa que viveu na segunda metade do século XIX e que foi submetida a tais testes bíblicos durante um longo período de tempo e provou ser uma verdadeira profetisa através do cumprimento de todos os requisitos apresentados pela Escritura.
A advertência em 1 João 4:1 se aplica hoje: ” Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” (NVI). Essa responsabilidade não é dada apenas a teólogos, pastores e líderes, mas cada pessoa deve testar os profetas para certificar-se de sua veracidade. E a igreja, corpo de Cristo, tem a responsabilidade de se posicionar contra os falsos profetas e a favor dos verdadeiros profetas.
“Querido Senhor, ajuda-me a avaliar qualquer pessoa que afirme ser um profeta com o teste bíblico de um profeta verdadeiro. Conduz-me à plena verdade pela Tua Palavra”.
Michael Sokupa
Heidelberg College , África do Sul
Isaías, filho de Amoz, parece ter sido membro de uma próspera e respeitada família de Jerusalém, pois não apenas o nome de seu pai é registrado, como também gozava de relações íntimas com a família real e com os mais altos oficiais do governo. Embora tenha, talvez, iniciado seu ministério profético nos últimos dias do reinado de Uzias, ele registra o ano da morte de Uzias (provavelmente 740 a.C.) como o tempo em que recebeu uma unção e comissão especial da parte de Deus no templo (cap. 6). Recebeu ordem de pregar ousadamente e sem qualquer transigência uma mensagem de advertência e denúncia contra o seu povo, devido a sua vida ímpia, de adoração idólatra, e de convocar a nação para entregar-se a um arrependimento e reforma completos. Foi odiado e sofreu a oposição do idólatra rei Acaz; foi favorecido e respeitado pelo rei Ezequias (716-698 a.C.) – que, não obstante, desconsiderou suas advertências contra a aliança com o Egito – e provavelmente foi martirizado pelo depravado e brutal filho de Ezequias, o rei Manassés, mais ou menos por volta de 680 a.C.
Isaías é merecidamente conhecido como o Profeta evangélico, visto que apresenta a mais completa e clara exposição do evangelho de Jesus Cristo que se pode encontrar em qualquer porção do Antigo testamento. Sendo um pouco parecido com a epístola aos Romanos, no Novo Testamento, o livro de Isaías serve de compêndio das grandes doutrinas da época pré-cristã, e aborda quase todos os temas cardeais de toda a gama da teologia. Ênfase especial recai sobre a doutrina de Deus, em Sua onipotência, onisciência e amor redentor. Em contraste com os imaginários deuses dos pagãos adoradores de ídolos, Ele se revela como o único verdadeiro Deus, o soberano criador do universo, que ordena todos os acontecimentos da história de conformidade com o Seu grandioso e completo plano. […] É principalmente na qualidade de Santo de Israel que Isaías apresenta o Senhor, que o impelia a profetizar. Sendo Santo, Ele requer antes e acima das formalidades da adoração por sacrifícios, o sacrifício vivo de uma vida piedosa.
Fonte: Bíblia Shedd, p. 980.